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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA DIEGO ARTHUR HARTMANN ALEGRETE MECÂNICA DOS SOLOS II REDES DE FLUXO INTRODUÇÃO Fluxo unidimensional: Permeâmetros. Fluxo bidimensional: Barragens. Fluxo tridimensional: Poços. DE FLUXO 1D PARA 2D Calculo das cargas totais: Qual é a carga total no ponto indicado na face superior da amostra de solo? Carga Total = Carga Altimétrica + Carga Piezométrica 2 12 6 DE FLUXO 1D PARA 2D Calculo das cargas totais: Qual é a carga total no ponto indicado na face superior da amostra de solo? Carga Total = Carga Altimétrica + Carga Piezométrica 2 12 6 E qual a carga total no segundo ponto? DE FLUXO 1D PARA 2D Calculo das cargas totais: Qual é a carga total no ponto indicado na face superior da amostra de solo? Carga Total = Carga Altimétrica + Carga Piezométrica 2 12 6 E qual a carga total no segundo ponto? Concluímos então que as cargas são iguais em ambos pontos. Isso vale para toda face superior da amostra; DE FLUXO 1D PARA 2D Calculo das cargas totais: Qual é a carga total no ponto indicado na face superior da amostra de solo? Carga Total = Carga Altimétrica + Carga Piezométrica 2 12 6 E qual a carga total no segundo ponto? Concluímos então que as cargas são iguais em ambos pontos. Isso vale para toda face superior da amostra; E isso é válido para todos os conjuntos de pontos apresentados. DE FLUXO 1D PARA 2D Calculo das cargas totais: Podemos, então, traçar linhas que representam todos pontos com a mesma carga total; 2 12 6A estas linhas damos o nome de linhas equipotenciais; DE FLUXO 1D PARA 2D Análise do fluxo: Agora peguemos o ponto ilustrado na face inferior da amostra. 2 12 6 Qual o caminho que uma partícula de água fará ao percolar pela amostra? DE FLUXO 1D PARA 2D Análise do fluxo: Agora peguemos o ponto ilustrado na face inferior da amostra. 2 12 6 Qual o caminho que uma partícula de água fará ao percolar pela amostra? DE FLUXO 1D PARA 2D Análise do fluxo: Agora peguemos o ponto ilustrado na face inferior da amostra. 2 12 6 Qual o caminho que uma partícula de água fará ao percolar pela amostra? Podemos concluir que qualquer partícula na face inferior seguirá um caminho puramente vertical; DE FLUXO 1D PARA 2D Análise do fluxo: Agora peguemos o ponto ilustrado na face inferior da amostra. 2 12 6 Qual o caminho que uma partícula de água fará ao percolar pela amostra? Podemos concluir que qualquer partícula na face inferior seguirá um caminho puramente vertical; A estas linhas, que representam o fluxo das partículas, damos o nome de caminhos de fluxo. DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: A combinação das linhas equipotenciais e caminhos de fluxo 2 12 6 2 2 forma uma imagem similar a uma rede; Se espaçarmos as linhas equipotenciais e os caminhos de fluxo de forma a garantirmos a formação de uma rede de malha quadrada, ter- se-á uma rede de fluxo; Em uma rede de fluxo, os caminhos de fluxo são chamados de linhas de fluxo; A rede de fluxo nada mais é que uma forma gráfica de resolver a equação de Laplace. DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: A combinação das linhas equipotenciais e caminhos de fluxo 2 12 6 2 2 forma uma imagem similar a uma rede; Se espaçarmos as linhas equipotenciais e os caminhos de fluxo de forma a garantirmos a formação de uma rede de malha quadrada, ter- se-á uma rede de fluxo; Em uma rede de fluxo, os caminhos de fluxo são chamados de linhas de fluxo; A rede de fluxo nada mais é que uma forma gráfica de resolver a equação de Laplace. A solução da equação de Laplace, utilizando uma rede de fluxo, só é válida para um solo isotrópico e homogêneo, se: • A malha for formada por elementos quadrados; • As linhas de fluxo interceptam as linhas equipotenciais num ângulo reto; • Linhas de fluxo nunca cruzam com linhas outras linhas de fluxo; • Linhas equipotenciais nunca cruzam com outras linhas equipotenciais; DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: As áreas entre as linhas de fluxo são definidas como canais de fluxo (NF) (na imagem apenas uma é ressaltada); 2 12 6 2 2 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: As áreas entre as linhas de fluxo são definidas como canais de fluxo (NF); 2 12 6 2 2 As áreas entre as linhas equipotenciais são definidas como faixas de perda de potencial (ND) (na imagem apenas uma é ressaltada); DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: As áreas entre as linhas de fluxo são definidas como canais de fluxo (NF); As áreas entre as linhas equipotenciais são definidas como faixas de perda de potencial (ND); Quantas linhas de fluxo, linhas equipotenciais, canais de fluxo e faixas de perda de potencial estão ilustradas no permeâmetro ao lado? 2 12 6 2 2 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo: NF e ND não precisam ser números inteiros. 2 12 6 2 2 2 12 6 2 2 NF = 3,5 ND = 6 2 12 6 2 2 NF = 4 ND = 5,5 NF = 4 ND = 6 DE FLUXO 1D PARA 2D Propriedades das redes de fluxo: Como as larguras dos canais de fluxo são iguais, a vazão em cada canal de fluxo também é igual; 2 12 6 2 2 Em cada faixa equipotencial, a perda de carga é: E o gradiente hidráulico é: b l Qual é o gradiente hidráulico do exemplo? E sabendo que o gradiente hidráulico de um elemento da rede de fluxo é igual a: Substituindo: DE FLUXO 1D PARA 2D Propriedades das redes de fluxo: Lembrando da lei de Darcy: 2 12 6 2 2 l b DE FLUXO 1D PARA 2D Propriedades das redes de fluxo: Como os elementos são quadrados: A equação da vazão para um elemento fica: 2 12 6 2 2 l b E como todos os canais tem a mesma vazão, multiplica-se a vazão de um elemento pelo número de canais (NF) e tem-se a vazão total: DE FLUXO 1D PARA 2D Propriedades das redes de fluxo: E como todos os canais tem a mesma vazão, multiplica-se a vazão de um elemento pelo número de canais (NF) e tem-se a vazão total: 2 12 6 2 2 EXERCÍCIO DE FLUXO 1D PARA 2D Sendo o coeficiente de permeabilidade do solo no permeâmetro igual a 0,05 cm/s, qual será a vazão no permeâmetro? Considere as demais unidades em cm. Usando a equação anterior, qual será a vazão? NF = Número de canais de fluxo ND = Número de faixas de perda de potencial 2 12 6 2 2 EXERCÍCIO DE FLUXO 1D PARA 2D Sendo o coeficiente de permeabilidade do solo no permeâmetro igual a 0,05 cm/s, qual será a vazão no permeâmetro? Considere as demais unidades em cm. Ainda, considere que o último canal de fluxo teve sua dimensão horizontal cortada pela metade. NF = Número de canais de fluxo ND = Número de faixas de perda de potencial 2 12 6 2 2 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: O gradiente hidráulico não é constante. Gradiente da linha AC Gradiente da linha B 6 A C D B 10 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Se o gradiente hidráulico não é constante, a velocidade também varia; 6 A C D B 10 Assim, a velocidade é menor na face externa do permeâmetro e maior na face interna. Para o permeâmetro ao lado: DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Como a rede de fluxo é uma solução gráfica para a equação de Laplace, precisamos seguir as regras anteriormente mencionadas; 6 A C D B 10Um delas é que os canais de fluxo devem ter a mesma vazão; Se os canais devem possuir a mesma vazão e a velocidade é menor na face externa do permeâmetro, logo percebe-se que os canais externos devem ser mais largos que os internos. DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Para isto, ao traçar a rede de fluxo, basta seguir a regra da formação de quadrados; 6 A C D B 10 Por exemplo, a rede de fluxo do permeâmetro ao lado possui linhas de fluxo espaçadas igualmente (errado). DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Qualquer tentativa de traçar as linhas equipotenciais resultará em uma malha inconsistente. Isso quebra uma das regras de traçado da rede de fluxo. 6 A C D B 10 Quadrado Retângulo DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Deve-seespaçar as linhas de fluxo de forma que a distância entre elas aumente conforme se aproximem da face externa do permeâmetro; 6 A C D B 10 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Deve-se espaçar as linhas de fluxo de forma que a distância entre elas aumente conforme se aproximem da face externa do permeâmetro; 6 A C D B 10Desta forma é garantida uma rede de fluxo com elementos mais próximos de um quadrado; DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: Deve-se espaçar as linhas de fluxo de forma que a distância entre elas aumente conforme se aproximem da face externa do permeâmetro; 6 A C D B 10Desta forma é garantida uma rede de fluxo com elementos mais próximos de um quadrado; Atenção especial deve ser dada ao último canal de fluxo, pois este está com elementos de geometria retangular. DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: A forma retangular se deve ao fato de não ser um canal inteiro, ou seja, 5 < ND < 6. 6 A C D B 10 b1 b2 b3 b4 b5 b6 DE FLUXO 1D PARA 2D Redes de fluxo em permeâmetros curvos: A forma retangular se deve ao fato de não ser um canal inteiro, ou seja, 5 < ND < 6. 6 A C D B 10 b1 b2 b3 b4 b5 b6 l1 l2 l3 l4 l5 l6 b1 = l1 b2 = l2 b3 = l3 b4 = l4 b5 = l5 b6 < l6 EXERCÍCIO DE FLUXO 1D PARA 2D Sendo o coeficiente de permeabilidade do solo no permeâmetro igual a 0,05 cm/s, qual será a vazão no permeâmetro? Considere as demais unidades em cm. 6 A C D B 10 DE FLUXO 1D PARA 2D Percolação sob pranchada: DE FLUXO 1D PARA 2D Percolação sob pranchada: DE FLUXO 1D PARA 2D Percolação sob pranchada: DE FLUXO 1D PARA 2D Percolação sob pranchada: DE FLUXO 1D PARA 2D Percolação sob pranchada: TRAÇADO DAS REDES Feito por tentativas: Primeiro são determinados os limites. Linhas de fluxo e linhas equipotenciais limites TRAÇADO DAS REDES Feito por tentativas: Depois são traçados três a quatro canais de fluxo. Muitos canais distraem dos aspectos mais importantes TRAÇADO DAS REDES Feito por tentativas: Por fim são traçadas as linhas equipotenciais. Não se ater a detalhes antes de garantir um bom esboço TRAÇADO DAS REDES Feito por tentativas: Não esquecer das regras de traçado da rede de fluxo. Ângulos retos; Formar quadrados; Linhas de fluxo não cruzam com equip. TRAÇADO DAS REDES Redes sem contorno definido: Algumas redes de fluxo não possuem as superfícies freáticas claramente definidas. Opções: • Solução de Dupuit (1863) • Solução de Schaffernak e van Iterson ou Método da Tangente • Solução de Leo Casagrande ou Método do Seno • Solução de Kozeny • Solução de Artur Casagrande TRAÇADO DAS REDES Outras formas de determinar a rede de fluxo: Simulações. Fonte: Manual SEEP/W TRAÇADO DAS REDES Outras formas de determinar a rede de fluxo: Simulações. TRAÇADO DAS REDES Outras formas de determinar a rede de fluxo: Modelos físicos. Fonte: youtu.be/0EzoHXEzdwY EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO Sendo k = 10E-4 m/s, qual a vazão do problema abaixo? Considere as unidades em metros. A C D B 5 15,4 40 4,4 EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO Qual é a perda de carga por equipotencial? E o gradiente hidráulico na ultima faixa de perda de potencial? A C D B 5 15,4 40 4,4 Lembre da força de percolação! EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO Qual a carga total, altimétrica e piezométrica no ponto A? A C D B 5 15,4 40 4,4 Modo de cálculo 1: HA = 35 m (em relação a face inferior) HP = 15,4 – [15,4/14 * 6] + 5 = 13,8 m HT = 35 + 13,8 = 48,8 m EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO Qual a carga total, altimétrica e piezométrica no ponto A? A C D B 5 15,4 40 4,4 Modo de cálculo 2: HA = 35 m (em relação a face inferior) HT = 55,4 - [15,4/14 * 6] = 48,8 m HP = 48,8 – 35 = 13,8 m Perda de potencial EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO Determine a que altura subirá a água em piezômetros instalados nos pontos A e C. A C D B 5 15,4 40 4,4 EXERCÍCIO EXEMPLO PRÁTICO E no ponto D, que altura atingiria a água no piezômetro? A C D B 5 15,4 40 4,4 ANISOTROPIA Influência da origem do solo: Dependendo da origem do solo, o coeficiente de permeabilidade pode variar com a direção de percolação; Solos compactados, transportados, residuais jovens advindos de rochas metamórficas ou sedimentares; ANISOTROPIA Influência na rede de fluxo: 6 A C D B 10 KX = KY 6 A C D B 10 KX < KY ANISOTROPIA Influência na rede de fluxo: KX = KY KX > KY ANISOTROPIA Influência na rede de fluxo: KX = KY KX > KY 90° ≠90° ANISOTROPIA Cálculo da vazão: O cálculo da vazão é realizado usando a mesma equação. O coeficiente de permeabilidade a ser usado é a média geométrica dos coeficientes horizontal e vertical. Vazão Média geométrica do coeficiente de permeabilidade ANISOTROPIA Solução gráfica: kv kh = 2 x kv k ANISOTROPIA Condição de planos rotacionados: EXERCÍCIO PARA FAZER DEPOIS Para a barragem anterior, considerando que o peso específico natural do solo de fundação é 19 kN/m³, qual o FS para a situação de areia movediça a jusante? A C D B 5 15,4 40 4,4 EXERCÍCIO PARA FAZER DEPOIS Desenhar a rede de fluxo, calcular a vazão para um kh = kv, e calcular a ascensão da água no piezômetro instalado em A. Ainda, desenhar a rede de fluxo para o caso kh = 4kv e desenhar o diagrama de pressão na pranchada. *Considerar distâncias em metros 20 5 5 5 1 A k = 5x10-6 m/s
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