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VMI no DPOC

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Paciente DPOC em 
Ventilação Mecânica
UTI – Estagiária: Caroline Prandini
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• A doença pulmonar obstrutiva crônica é a limitação do fluxo de ar provocada por
resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de cigarro;
• Deficiência de alfa-1 antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais que
constituem causas menos comuns em indivíduos que não são tabagistas;
• Os sintomas compreendem tosse produtiva e dispneia, que se desenvolvem durante
anos, e os sinais comuns envolvem a diminuição dos sons respiratórios e a ausculta
de sibilos.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• Os casos graves podem ser complicados por perda ponderal, pneumotórax, episódios
frequentes de descompensação aguda, insuficiência cardíaca direita e insuficiência
respiratória aguda ou crônica;
• O diagnóstico baseia-se na história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos
testes de função pulmonar;
• O tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e
antibióticos. Utilizam-se procedimentos de redução do volume pulmonar ou
transplante de pulmão na doença avançada. Cerca de 50% dos pacientes com doença
pulmonar obstrutiva crônica grave morrem em até 10 anos após o diagnóstico.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• O desenvolvimento ou agravamento da hiperinsuflação pulmonar dinâmica, com
aprisionamento aéreo, consiste na principal alteração fisiopatológica na exacerbação
da DPOC;
• Os principais mecanismos envolvidos são: aumento da obstrução ao fluxo aéreo
(causada por inflamação, hipersecreção brônquica e broncoespasmo) acompanhado
de redução da retração elástica pulmonar;
• Todos esses fatores resultam em prolongamento da constante de tempo expiratória,
ao mesmo tempo em que se eleva a frequência respiratória como resposta ao
aumento da demanda ventilatória, encurtando-se o tempo para expiração.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
• A hiperinsuflação dinâmica gera aumento substancial da autoPEEP ou PEEP
intrínseca (PEEPi), impondo uma sobrecarga de trabalho à musculatura inspiratória
para deflagração de fluxo de ar na inspiração;
• A hiperinsuflação também compromete a performance muscular respiratória,
modificando a conformação geométrica das fibras musculares, reduzindo a curvatura
diafragmática;
• Nas exacerbações muito graves, pode haver diminuição do drive no centro
respiratório à hipóxia e à hipercapnia, sendo decorrentes do desequilíbrio
ventilação/perfusão e de hipoventilação alveolar, agravando a acidose respiratória e
a hipoxemia arterial.
VMI no Paciente DPOC
O suporte ventilatório mecânico na DPOC está indicado nas exacerbações com
hipoventilação alveolar e acidemia e, menos frequentemente, naquelas com hipoxemia
grave não corrigida pela oferta de oxigênio suplementar.
Situações clínicas em que a intubação endotraqueal e ventilação mecânica invasiva são
preferíveis:
• Parada cardiorrespiratória iminente;
• Depressão do nível de consciência;
• Agitação psicomotora;
• Pneumonia associada;
• Obstrução de VAS e Excesso de secreção;
• Reflexo de tosse comprometido.
VMI no Paciente DPOC
Objetivos terapêuticos relacionados á ventilação mecânica invasiva na DPOC:
• Promover o repouso muscular respiratório;
• Minimizar a hiperinsuflação pulmonar;
• Melhorar a troca gasosa e a ventilação alveolar;
• Possibilitar a resolução da causa básica da exarcebação aguda;
• Possibilitar a aspiração de secreções;
• Otimizar o tratamento da DPOC.
VMI no Paciente DPOC
Suporte ventilatório invasivo e parâmetros inicias:
• Modo: Pressão controlada ou Pressão de suporte;
• Nível de pressão: o suficiente para manter VC > 350 e FR < 28;
• Frequência respiratória: 8-12;
• FIO2 suficiente para manter SpO2 > 92%;
• PEEP: 5 cmH20 ou 85% do Auto-PEEP ciclos/minuto para prolongar o tempo
expiratório;
• PaCO2 entre 45 e 65 mmHg (é tolerado a hipercapnia com PH acima de 7,20);
• Repouso muscular 24-48 h;
• Sedação deve ser analisada individualmente.
Referências
JEZLER, Sérgio; HOLANDA, Marcelo A.; JOSÉ, Anderson; FRANCA, Suelene.
Ventilação mecânica na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
descompensada. Jornal Brasileiro de Pneumologia, [S.L.], v. 33, n. 2, p. 111-118, jul.
2007. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s1806-37132007000800006.
Ventilação Mecânica na DPOC - Unidade de Terapia Intensiva Adulto Versão eletrônica
atualizada em Março – 2009 , Hospital Israelita Albert Einsten.
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1331420567ventilacao-dpoc.pdf.
http://dx.doi.org/10.1590/s1806-37132007000800006

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