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COORDENAÇÃO E EQUILIBRIO COORDENAÇÃO DEFINIÇÃO Habilidade de executar respostas motoras suaves, precisas e controladas. DEPENDE Do sistema neuromuscular intacto. COORDENAÇÃO Sinergismo Velocidade Distância Direção Ritmo Tensão muscular adequada Pureza CARACTERÍSTICAS DOS MOVIMENTOS COORDENADOS Estabelecer a conduta fisioterapêutica Determinar os níveis de habilidade e eficiência do movimento Planejar as atividades dentro das limitações funcionais do indivíduos AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA DEFICIÊNCIAS NA COORDENAÇÃO LESÕES NESSAS ÁREAS AFETAM A PRODUÇÃO DO MOVIMENTO COORDENADO Cerebelo Gânglios da base Coluna dorsais (posteriores) Funcionamento motor anormal. INCOORDENAÇÃO MOVIMENTOS Desajeitados Estranhos Irregulares Esforço excessivo na produção de uma contração Envelhecimento Fraqueza muscular e/ou instabilidade postural Dor Fadiga FATORES QUE AUMENTAM A INCOORDENAÇÃO Ataxia: a coordenação é perdida. As pessoas podem ficar instáveis ao caminhar e dar passos largos. Elas podem ter que se apoiar em móveis e paredes para se locomoverem. Dismetria: quando o paciente não consegue alcançar com precisão o alvo: hipometria e hipermetria. Decomposição dos movimentos: movimento realizado em partes sequenciais, a não de forma homogênea/único. Tremor intencional ou de repouso: movimento oscilatório involuntário. ALTERAÇÕES NA COORDENAÇÃO Fisioterapia: avaliação e tratamento 6a ed. CAPÍTULO 6 - Exame da coordenação e do equilíbrio Características das deficiências na coordenação Para acessar a Minha Biblioteca faça login pelo sistema da instituição antes no navegador de acesso ao QR code. TESTES DE COORDENAÇÃO TESTES QUE NÃO ENVOLVEM EQUILÍBRIO ATIVIDADES MOTORAS GROSSAS Postura corporal, equilíbrio e movimentosenvolvendo grandes grupos musculares Rastejar Andar de joelhos Ficar em pé Andar Correr ATIVIDADES MOTORAS FINAS Movimentos voltados à utilização de pequenos grupos musculares envolvendo a manipulação hábil e controlada de objetos Manipulação de objetos com a mão Destreza com dedos Ex: abotoar uma camisa, digitar ou escrever à mão ÍNDEX-NARIZ O ombro é abduzido a 90° com o cotovelo estendido. Pede-se ao paciente a trazer a ponta do dedo indicador à ponta do seu nariz. Pode-se alterar a posição inicial de partida para observar o desempenho em diferentes planos de movimento. ÍNDEX-ÍNDEX DO EXAMINADOR O paciente e o fisioterapeuta sentam-se em oposição. O dedo indicador do fisioterapeuta é mantido na frente do paciente. Pede-se ao paciente a tocar o dedo indicador do fisioterapeuta com a ponta do seu dedo indicador. A posição do dedo do fisioterapeuta pode ser alterada durante o teste para observar a capacidade de alterar a distância, direção e força do movimento. ÍNDEX-ÍNDEX Ambos os ombros são abduzidos a 90° com os cotovelos estendidos. Pede-se ao paciente é a trazer ambas as mãos em direção à linha média e aproximar os dedos das mãos opostas. ÍNDEX-NARIZ ALTERNADO O paciente toca alternadamente a ponta do seu nariz e a ponta do dedo do fisioterapeuta com o dedo indicador. A posição do dedo do fisioterapeuta pode ser alterada durante o teste para observar a capacidade de alterar a distância, direção e força do movimento. OPOSIÇÃO DOS DEDOS OPOSIÇÃO DOS DEDOS O paciente toca a ponta do polegar na ponta de cada dedo em sequência. A velocidade pode ser aumentada gradualmente. PREENSÃO PALMAR (AMASSA-MASSA) É promovida uma alternância entre a abertura e o fechamento do punho (da flexão a extensão completa dos dedos) A velocidade pode ser aumentada gradualmente. PRONAÇÃO/SUPINAÇÃO Com os cotovelos flexionados a 90° e colocados junto ao corpo, o paciente vira alternadamente as palmas para cima e para baixo. Este teste também pode ser realizado com os ombros flexionados a 90° e cotovelos estendidos. A velocidade pode ser aumentada gradualmente. A capacidade de reverter os movimentos entre grupos musculares opostos pode ser examinada em muitas articulações. São exemplos a alternância a entre a flexão e a extensão do joelho, tornozelo, cotovelo, dedos, etc O paciente é posicionado com o cotovelo flexionado. O fisioterapeuta aplica resistência manual suficiente para produzir uma contração isométrica do bíceps. A resistência é subitamente liberada. Normalmente o grupo muscular oposto (tríceps) contrairá e "impedirá" o movimento do ombro. Muitos outros grupos musculares podem ser testados à procura desse fenômeno, como os abdutores de ombro ou flexores e extensores do cotovelo. TESTE DO REBOTE PERCUSSÃO (MÃO) Com o cotovelo fletido e o antebraço em pronação, pede-se ao paciente para percutir o joelho com as mãos. Em decúbito dorsal, o paciente é convidado a tocar alternadamente o joelho e o ''Dedão'' do pé com o calcanhar do membro oposto. CALCANHAR-JOELHO ALTERNADO (CALCANHAR-HÁLUX) CALCANHAR NA CANELA Em decúbito dorsal, o calcanhar de um pé é deslizado para cima e para baixo sobre a perna do membro inferior oposto. Em decúbito dorsal, o paciente é instruído a tocar com o dedão do pé no dedo do examinador. A posição do dedo pode ser alterada durante o teste para observar a capacidade de alterar a distância, direção e força do movimento. DEDOS DO PÉ AO DEDO DA MÃO DO EXAMINADOR DESENHANDO UM CÍRCULO O paciente desenha um círculo imaginário no ar, seja com o membro superior ou com membro inferior (pode-se usar também uma mesa ou assoalho). Isso também pode ser feito pedindo ao paciente que desenhe um 8. Este teste pode ser realizado em decúbito dorsal para avaliação do membro inferior. FIXAÇÃO OU SUSTENTAÇÃO DO MEMBRO MS: O paciente mantém os braços horizontalmente à sua frente (sentado ou em pé). MI: O paciente é solicitado a manter o joelho em uma posição estendida (sentado). EXERCÍCIO DE FRENKEL APLICAÇÃO DA TÉCNICA 1. Paciente com vestimenta adequada para que possibilite a visualização do movimento. 2. Explicação clara do exercício com comando verbal preciso. 3. Velocidade e ADM determinada pelo Fisioterapeuta. 4. Técnica deve ser repetida várias vezes, com intervalos. 5. Cada exercício deve ser plenamente dominado pelo paciente, antes de progredir para outro. 6. Os exercícios precisam ser variados. 7. A progressão dos exercícios é ditada pela complexidade e não pela intensidade. 8. Iniciar os movimentos rápidos e depois fazê-lo lento. 9. Exercícios praticados com olhos abertos e depois fechado. DECÚBITO DORSAL 1. Flexionar e estender uma perna, deslizar o calcanhar para baixo sobre uma linha reta. 2. Abduzir e aduzir o quadril com o joelho fletido, calcanhar sobre a maca. 3. Abduzir e aduzir a perna com o joelho estendido, a perna deslizando na mesa. 4. Flexionar e estender o quadril e joelho com o calcanhar fora da maca. 5. Colocar um calcanhar sobre o joelho da perna oposta e desliza-lo homogeneamente pela tíbia em direção ao tornozelo. 6. Flexionar e estender as duas pernas juntas, o calcanhar deslizando na mesa. 7. Flexionar uma perna ao mesmo tempo que estende a outra. 8. Flexionar e estender uma perna enquanto abduz e aduz a outra. SENTADO 1. Colocar o pé na mão do terapeuta, que irá mudar de posição a cada tentativa. 2. Levantar a perna e colocar o pé sobre uma marca no chão. 3. Levantar e sentar com joelhos unidos. DE PÉ 1. Colocar o pé para frente e para trás sobre uma linha reta. 2. Andar ao longo de uma corda ou de uma fita no chão. 3. Andar entre duas linhas paralelas. 4. Andar e colocar o pé em cada traçado ou marcas feitas no chão. MARCHA 1.Ficar de pé segurando na barra paralela. 2. Soltar uma das mãos e transferir o peso do corpo para o MI homolateral, repetir com outro lado. 3. Soltar ambas as mãos do apoio e manter o peso do corpo igualmente distribuído nos MMII. 4. Andar de lado com e sem apoio na barra paralela. TREINO DE GIRO 1. Levantar os dedos do pé D e rodar o péparalelamente, girando sobre o calcâneo. 2. Apoiar todo o pé D no chão, levantar o calcâneo E e girar. 3. Trazer o pé E para junto do D. 4. Treinar o giro para D e E. Desenhar em quadro-negro/branco Desenhar diagramas simples como linhas retas, Usar marcações na parede ou no chão Ultilizar tabuas e jogos de coordenação EXERCÍCIOS PARA BRAÇOS E MÃOS círculos, linhas em zig-zag, mude um sinal de menos para um sinal de mais etc Usar talheres Fazer tranças Abotoar e desabotoar roupas Pentear o cabelo. ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA Nadar Pular corda Pintar Dançar OUTRAS ATIVIDADES EQUILÍBRIO Equilíbrio, ou estabilidade postural, descreve o processo dinâmico por meio do qual a posição do corpo mantém-se estabilizada. Mensuração do equilíbrio Estático: Significa que o corpo está em repouso. Dinâmico: Quando o corpo está em movimento uniforme, ou seja, com velocidade constante. CONCEITOS IMPORTANTES 01 02 03 CENTRO DE MASSA: É um ponto que corresponde ao centro da massa corporal total e é onde o corpo se encontra em perfeito equilíbrio. CENTRO DE GRAVIDADE: Refere-se à projeção vertical do centro de massa até o solo. Na posição anatômica de um adulto, está localizado um pouco à frente da S2 ou 55% da altura da pessoa. BASE DE SUPORTE: Perímetro da área de contato entre o corpo e sua superfície de apoio; o posicionamento do pé altera a BA e modifica a estabilidade postural da pessoa. 04 05 06 LIMITES DE ESTABILIDADE: Áreas limites de movimentos oscilatórios sem que o individuo/corpo se desequilibre. FORÇA DE REAÇÃO DO SOLO: Força exercida pelo solo em corpo em resposta a força peso seguindo a lei de ação e reação. CENTRO DE PRESSÃO: Um ponto no espaço plano que representa a origem do vetor da força de reação do solo em um corpo. INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS PARA O CONTROLE DO EQUILÍBRIO SISTEMA NERVOSO + SISTEMA MUSCUESQUELÉTICO + FATORES CONTEXTUAIS Controle do equilíbrio estático: posição Controle do equilíbrio dinâmico: estabilização do Reações posturais automáticas: em resposta a antigravitacional estável enquanto se está em repouso (ortostase ou sedestação). corpo em superfície de apoio móvel ou quando o corpo está se movendo sobre uma superfície estável (transferências de sentada para em pé ou ao andar). perturbações externas inesperadas (freio do ônibus). TIPOS DE CONTROLE ESTRATÉGIAS MOTORAS PARA CONTROLE DO EQUILÍBRIO Velocidade e intensidade das forças de deslocamento Características da superfície de apoio Magnitude do deslocamento do centro de Percepção do distúrbio pela pessoa Postura adotada no momento da Experiências prévias da pessoa massa perturbação FATORES QUE INFLUENCIAM O EQUILÍBRIO CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTO PARA O CONTROLE DO EQUILÍBRIO APÓS PERTURBAÇÕES ESTRATÉGIA DO TORNOZELO Durante uma perturbação anteriorizada, o tornozelo realiza plantiflexão. Já durante uma perturbação posterior, o tornozelo realiza dorsiflexão. ESTRATÉGIA DE TRANSFERÊNCIA DE PESO Transferir o peso do corpo lateralmente de uma perna para a outra. ESTRATÉGIA DE SUSPENSÃO Quando uma pessoa abaixa rapidamente o CM do seu corpo flexionando os joelhos e, assim, causando flexão associada dos tornozelos e quadris. ESTRATÉGIA DO QUADRIL Envolve deslocamento do CG por meio da flexão e extensão do quadril. O quadril também pode ser deslocado para as laterais. ESTRATÉGIA DO PASSO Realinha a BA sob o CG usando passos ou pulos rápidos na direção da força de deslocamento ESTRATÉGIAS COMBINADAS A maioria das pessoas saudáveis usa combinações de estratégias para manter o equilíbrio, dependendo das demandas de controle. As exigências de controle do equilíbrio variam de acordo com a tarefa e o ambiente. COMPROMETIMENTO DO EQUILÍBRIO Pode ser causado por lesão ou doença em qualquer estrutura envolvida nos três estágios processamento de informações: Impulso sensorial Integração sensório-motora Geração de resposta motora 1. 2. 3. DÉFICITS COM O ENVELHECIMENTO Com o envelhecimento, ocorre um declínio em todos os sistemas sensoriais (somatoriosensorial, visão, vestibular) e nos três estágios de processamento de informações. DÉFICITS DECORRENTES DE MEDICAMENTOS Há risco de quedas entre pessoas idosas que tomam quatro ou mais medicamentos Entre aquelas que fazem uso de alguns medicamentos específicos (hipnoticos, sedativos, antidepressivos, tranqulizantes, hipertensivos) Pessoas que cairem devem ter os medicamentos revistos e alterados, afim de previnir as quedas. AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO. 01 02 03 ANAMNESE DADOS PESSOAIS DADOS AMBIENTAIS DADOS LABORAIS 04 NÍVEL DE CONSCIÊNCIA TESTES DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO O equilíbrio estático pode ser avaliado observando-se a habilidade do paciente de manter diferentes posturas. TESTE DE ROMBERG TESTE DE EQUILÍBRIO UNIPODÁLICO (SLB) Pede-se para ao paciente ficar em pé sobre apenas uma perna, sem calçados, braços cruzados ne frente do tórax, sem deixar que uma perna toque a outra. São feitas tentativas de 30 segundos para cada perna, com uma pontuação máxima possível de 150 segundos por perna É feito com o paciente posicionado em pé, sobre os dois pés, com as mãos nos quadris, depois levantando uma perna e colocando os dedos daquele pé contra o joelho da outra perna. Ao comando do avaliador, o paciente levanta o calcanhar para ficar em pé sobre os dedos e tenta equilibrar-se pelo tempo mais longo possível, sem deixar que o calcanhar toque o solo ou o outro pé se afaste do joelho. Adultos normais devem ser capazes de equilibrar-se por 20 a 30 segundos sobre cada perna TESTE STORK STAND. TESTES DE EQUILÍBRIO DINÂMICO O controle do equilíbrio dinâmico pode ser avaliado observando-se a facilidade com que o paciente é capaz de ficar em pé ou sentado sobre superficies instáveis (p. ex., espuma ou bola suíça). a transição de uma posição para outra (p. ex., transferências de decúbito dorsal para sentado ou de sentado para em pé) e fazer atividades como caminhar, saltar, pular com um pé e com os dois pés O TESTE DE SENTAR-LEVANTAR (TSL) A pessoa senta em uma cadeia com os braços cruzados no tórax e então levanta e senta o mais rápido possivel, cinco vezes consecutivas cronometradas. O controle postural antecipatório é avaliado fazendo-se o paciente realizar movimentos voluntários que requerem o desenvolvimento de uma resposta postural para contrapor um distúrbio postural previsto TESTES DE CONTROLE POSTURAL ANTECIPATÓRIO Requerem que o paciente alcance em diferentes direções o mais distante possível, sem mudar a BA. Há dados normativos e os testes são confiáveis e válidos TESTE DE ALCANCE FUNCIONAL E MULTIDIRECIONAL É um teste de alcance do membro inferior que desafia os limites de estabilidade da pessoa. O paciente é instruído para alcançar o mais distante possível com uma perna em cada uma das oito direções prescritas, enquanto mantém o equilíbrio sobre a perna contralateral. TESTE STAR EXCURSION BALANCE TEST (SEBT) As respostas posturais automáticas ou o controle reativo podem ser avaliados pela resposta do paciente às perturbações externas. TESTE DE CONTROLE POSTURAL REATIVO Empurrões pequenos ou amplos, lentos ou rápidos, com ou sem aviso, aplicados em direções diferentes sobre o esterno, porção poterior do tronco ou pelve, são amplamente usados, porém não são quantificáveis ou confiáveis. O clinico estima de modo subjetivo as respostas como normais, boas, razoáveis, ruins ou incapazes. EMPURRÕES PEQUENOS, AMPLOS, LENTOS OU RÁPIDOS O Push and Release Test e o Postural Stress Test são medidas mais objetivas e confiáveis do controle postural reativo. O TESTE DE RETROPULSÃO (PULL TEST) Teste de empurrar e soltar (A) Antes de soltar, o centro de massa do sujeito está além da base de apoio do sujeito (calcanhares). (B) Imediatamente após a liberação do suporte. (C) Indivíduo recuperado usando um passo para trás. Os testes funcionais são usados paradeterminar as limitações nas atividades e restrições à participação e para identificar tarefas que um paciente precisa praticar. Teste timed up got (TUG) TEMOS Objetivo: mobilidade funcional básica (risco de queda) TESTES FUNCIONAIS. Escala de Tinetti de avaliação da mobilidade orientada pelo desempenho (POMA) Objetivo: Avaliar equilíbrio e marcha Escala de equlliôrio de Berg Objetivo: equilíbrio funcional (risco de queda) Four square step test (FSST) Objetivo: estabilidade dinâmica e capacidade do sujeito passar por cima de objetos Avaliação funcional da marcha Escala de avaliação da confiança do equilíbrio da atividade Y-Balance Test Objetivo: estabilidade postural da marcha Objetivo: confiança no equilibrio e medo de atividade física Objetivo: equilíbrio dinâmico e simetrial funcional (risco de lesão) A maioria dos programas de intervenção para o equilíbrio requer uma abordagem em múltiplos sistemas. O foco de atenção é importante para que se possa melhorar o desempenho do equilíbrio por meio de treinamento. Um foco externo de atenção significa que a pessoa em teste está atenta ao ambiente externo ao praticar o controle de equilíbrio Como em geral o treinamento de equilíbrio envolve atividades que desafiam os limites de estabilidade do paciente, é importante que o fisioterapeuta dê os passos necessários para garantir a segurança do paciente TREINAMENTO DE EQUILIBRIO TREINO DE EQUILÍBRIO ESTÁTICO Apoio com um pé à frente do outro e sobre uma perna só. São atividades mais desafiadoras Uso de resistências – peso das mãos ou resistência elástica EQUILÍBRIO EM BIPEDESTAÇÃO COM RESISETÊNCIA ELÁSTICA EQUILÍBRIO EM BIPEDESTAÇÃO COM O BRAÇO ABDUZIDO Acrescentar uma tarefa secundária (como apanhar uma bola ou fazer cálculos mentais) para aumentar ainda mais o nível de dificuldade EQUILÍBRIO EM BIPEDESTAÇÃO AO APANHAR UMA BOLA TREINO DE EQUILÍBRIO DINÂMICO Progredir as atividades sobrepondo movimentos como transferir o peso corporal, rodar o tronco, mover a cabeça ou os membros superiores. Variar a posição dos braços de abertos ao lado do corpo para acima da cabeça. EQUÍLIBRIO EM BIPEDESAÇÃO SOBRE TÁBUAS PROPRIOCEPTIVAS REDONDAS FAZENDO MOVIMENTOS DE BRAÇO E COM BRAÇO ACIMA DA CABEÇA Fazer o paciente realizar exercícios de braço e de perna estando em pé com apoio normal, apoio com um pé à frente do outro e apoio sobre uma perna só APOIO SOBRE UMA PERNA COM EXTENSÃO DE OMBRO RESISTIDA USANDO RESISTÊNCIA ELÁSTICA TREINO DE CONTROLE ANTECIPATÓRIO DO EQUILÍBRIO Equillbrio em bipedestação ao alcançar ou apanhar a bola a cima da cabeça. Usar diferentes posturas para variar (p. ex., sentado, em bipedestação, ajoelhado) e arremessar ou rolar uma bola com diferentes velocidades e alturas. Usar tarefas funcionais que envolvam múltiplas partes do corpo para aumentar o desafio do controle postural antecipatório, fazendo o paciente levantar objetos de pesos variados em diferentes posturas com velocidades variadas, abrir e fechar portas com maçanetas e pesos diferentes ou manobrar por um trajeto com obstáculos. TREINO DE EQUILÍBRIO REATIVO Deve-se fazer o paciente treinar o controle reativo do equilibrio com as seguintes atividades: Aumentar gradualmente a quantidade de oscilação em diferentes direções quando estiver em pé sobre uma superfície estável firme. Treinar estratégia do tornozelo, do quadril e do passo Para aumentar o desafio durante essas atividades, acrescentar forças externas previsíveis e imprevisíveis. Por exemplo, fazer o paciente levantar caixas idênticas na aparência, porém com pesos diferentes; arremessar e pegar bolas com pesos e tamanhos diferentes; ou, enquanto anda na esteira, parar e reiniciar subitamente a esteira ou aumentar/diminuir a velocidade. TREINO DE EQUILÍBRIO FUNCIONAL Se houver limitações para estender os braços, o paciente deve trabalhar em atividades como tentar pegar um copo sobre uma prateleira, alcançar atrás de si (como para posicionar o braço dentro da manga da camisa) ou pegar uma bola fora do centro. ▪ Fazer o paciente realizar duas ou mais tarefassimultaneamente aumenta o nível de complexidade da tarefa. ▪ Praticar atividades recreativas que o paciente gosta, como golfe, aumenta a motivação para a prática ao mesmo tempo em que desafia o controle do equilíbrio O fisioterapeuta deve enfocar atividades similares às limitações funcionais identificadas na avaliação. REFERÊNCIAS KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 6 ed. Barueri: Manole, 2016. BRÖTZ, Doris; et al. Fisioterapia de Coordenação para Portadores de Ataxia. National Ataxia Foundation. SULLIVAN, B; SUSAN. Fisioterapia: Avaliação e Tratamento. 6 ed. Barueri: Manole, 2017. https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Susan+B.+Sullivan&text=Susan+B.+Sullivan&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks