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Anestesia Geral Inalatoria mai2022

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Prof. PhD. MSc. Esp. Gustavo Castro
Médico veterinário – UFRRJ
Especialização em Anestesiologia Veterinária – USP
Doutorado em Medicina Veterinária –a UFRRJ
Mestre em Ciências – UFRRJ
Prof. Farmacologia e Anestesiologia – UNIG
Prof. Algologia e Anestesiologia – Qualittas
sedarevet
Tríade da Anestesia Geral
HIPNOSE
RELAXAMENTO 
MUSCULAR
ANALGESIA
HISTÓRIA DA ANESTESIA INALATÓRIA
 Por volta de 1776, Joseph Priestley descobriu o dióxido
de nitrogênio (N2O), ou óxido nitroso, também
conhecido como gás hilariante, por proporcionar
tremenda euforia e bem estar.
HISTÓRIA DA ANESTESIA INALATÓRIA NA 
MEDICINA VETERINÁRIA
 Primeiro relato em 1847, por Edward Mayhew,
utilizando Éter em caninos e felinos
 Pacientes demoravam de 10 a 45 segundos para se
tornarem inconscientes
 EXCITAÇÃO
 Preocupação com o bem estar animal
EQUIPAMENTOS PARA ANESTESIA INALATÓRIA
 Acesso às vias aéreas do paciente
 Laringoscópio
 Importante para avaliar a cavidade oral e visualizar a entrada 
da laringe
HUMANO!!
Não encoste na minha 
epiglote e/ou 
aritenóides...
E não esqueça da 
lidocaína!
EQUIPAMENTOS PARA ANESTESIA INALATÓRIA
 Acesso às vias aéreas do paciente
 Tubo endotraqueal
Fórmula:
𝑝𝑒𝑠𝑜𝑥4
EQUIPAMENTOS PARA ANESTESIA INALATÓRIA
 O tubo endotraqueal deverá ser conectado a um
sistema, composto basicamente por:
 Cilindro de oxigênio
 Válvula redutora de pressão
 Chicotes
 Fluxômetro
 Balão reservatório
 Vaporizador
 Vaporizadores
 Universal
 Não possui mecanismos para compensar fluxo,
temperatura ou pressão
 Não permite o cálculo da % vaporizada
 Não possui limite de vaporização
 Vaporizadores
 Calibrado
 Considera a pressão de vapor do fármaco
 Compensa o fluxo, temperatura e pressão
 Os pneumáticos são formados por um sistema de
bypass, onde o dial controla o fluxo.
 Os semieletrônicos e eletrônicos não fazem bypass,
a vaporização se dá em função da temperatura
 Espaço morto do circuito anestésico
 Traquéias
 Balão
 No mínimo de volume igual ao volume corrente do paciente
 Fornece elasticidade ao sistema
 Permite a ventilação do paciente
 Caníster
 Resistência mecânica:
 As válvulas unidirecionais
 Cal sodada
Os mamíferos produzem 
em média 3-5ml/kg/min
de CO2;
100g de cal sodada
absorvem 20L de CO2
Circuitos
 Valvulares – reinalatórios:
 Válvulas unidirecionais
 Canister com cal sodada
 Reaproveitamento do gás expirado
 Permite a utilização de baixos fluxos de gases frescos (10-
60 ml/kg/min)
 No sistema de reinalação total, pode-se reduzir ainda
mais o fluxo de 0xigênio (3-4ml/kg/min)
 Indicados para pacientes maiores que 7kg
 Ex.: Circuito circular valvular
Sistema com reinalação total
 Vantagens:
 Melhor conservação de calor e umidade (melhor
preservação da temperatura corpórea)
 Menor consumo de O2 e anestésico
 Poluição ambiental nula
Sistema com reinalação total
 Desvantagens:
 Mudança relativamente lenta de plano anestésico em
repostas à mudanças na concentração vaporizada
 Risco de acúmulo de CO2 no interior do circuito caso a
cal cal sodada esteja não funcional
 Risco de acúmulo de pressões excessivas no interior do
circuito (estar atento à distensão do balão reservatório:
abrir válvula de escape em caso de necessidade)
 Valvulares – não reinalatórios:
 Válvulas unidirecionais
 Não há mistura do gás inspirado com o expirado
 Oxigenação ou reanimação cardiopulmonar
 Ex.: Ambu e válvula de Hudson
 Avalvulares ou Não Reinalatórios
 Sistemas Mapleson,
 Não possuem válvulas ou canister.
 Baixa resistência mecânica à respiração
 Indicados para pacientes com peso inferior a 7Kg
 Maior perda de umidade e calor
 Necessita de um fluxo de gases frescos alto (acima de
200ml/kg/min)
 Ex.: Bain e Baraka
 Circuito de Bain
 Constituído por uma tubulação interna e por um tubo
corrugado, localizado externamente
 O gás fresco chega ao paciente através do tubo interno,
enquanto gases expirados pelo animal são eliminados
para o meio externo através do espaço existente entre o
tubo interno e o tubo corrugado
Agentes inalatórios
 Vantagens:
 Mínimo comprometimento da biotransformação, pois a
eliminação é majoritariamente pulmonar
 De fácil ajuste => Fração inspirada x Fração expirada =
Equilíbrio do fármaco
 Por ser realizada pelas vias aéreas, garante a sua
PATÊNCIA e o APORTE DE OXIGÊNIO ao paciente
Agentes inalatórios
 Desvantagens:
 Necessita de estrutura física complexa
 Recurso humano capacitado
 Baixas concentrações podem induzir amnésia, euforia,
hipnose, excitação e hiperreflexia
 Altas concentrações podem causar profunda sedação,
miorrelaxamento e diminuição da resposta motora e
autonômica frente a um estímulo doloroso,
progredindo para uma anestesia cirúrgica
Solubilidade
 É determinada sendo a razão entre dois meios
distintos
 Expressa a concentração necessária para que os dois
compartimentos entrem em equilíbrio, permitindo
com que o anestésico atravesse as membranas por
difusão, chegando ao órgão efetor
COEFICIENTE DE PARTIÇÃO 
SANGUE/GÁS: 
 Refere-se a solubilidade do anestésico no sangue
 É diretamente proporcional a velocidade de indução, tendo
participação também no tempo de recuperação anestésica
 Se for baixo = rápida indução e recuperação, como
isoflurano e sevoflurano
 Se for alto = lenta indução e recuperação, como o halotano
 O tempo de despertar de anestesias longas está associado
com a solubilidade do agente nos demais tecidos do
paciente
CAM = Concentração Alveolar 
Mínima 
 É o valor necessário para abolir a resposta motora
mediante um estímulo doloroso em 50% dos
indivíduos, sendo mediada na medula espinhal,
enquanto os centros superiores influenciam a amnésia,
a hipnose e a percepção da dor.
 Quanto menor a CAM, mais rápido o anestésico atinge
a concentração desejada, sendo o fármaco considerado
mais potente
CAM = Concentração Alveolar 
Mínima 
 É utilizada para comparar potência entre os
anestésicos inalatórios
 A CAM reduz ao utilizar-se outros fármacos na
anestesia, como opióides, agonistas α2 adrenérgicos,
benzodiazepínicos....
 Quando se utilizam dois agentes inalatórios, a CAM de
ambos são somadas
Analgesia
 Não promovem analgesia
Mecanismo de ação
 Não possuem mecanismo de ação bem definido
 Atuam em diferentes regiões do sistema nervoso
central, de forma inespecífica em regiões do córtex e
do hipocampo
 Inibem a transmissão do estímulo ascendente da
medula para o cérebro, de forma supra-espinhal
 Estimulação dos neurônios inibitórios, via
neurotransmissores GABAa e glicinérgicos
 Inibição dos neurônios excitatórios, via receptores
nicotínicos, serotoninérgicos, glutamatérgicos, NMDA
e AMPA
Ações em funções vitais 
 Todos os anestésicos levam a depressão cardiovascular
dose dependente.
 Pacientes hígidos: Alterações moduladas pelo aumento
de CO2 e pelo estímulo cirúrgico.
 Podem ocasionar hipertermia maligna
 Apresenta efeitos neuroprotetores e cardioprotetores
contra hipóxia
Efeitos hemodinâmicos
 Depressão hemodinâmica dose-dependente
 Hipotensão arterial
 Diminuição do débito cardíaco
 Halotano
 Bradicardia
 Celulas marcapassos
 Hiss-Purkinje
 Queda na RVS
 Inotropismo negativo
 Volume sistólico
HIPOTENSÃO 
SEVERA
 Isoflurano
 Hipotensão, pela queda da RVS
 Manutenção do débito cardíaco
 Aumento da FC
 Secundário a hipotensão?
 Halotano
 Vasodilatação cerebral
 Fluxo sanguíneo cerebral
 PIC
 O mesmo efeito ocorre com o isoflurano, mas em menor 
intensidade
Contraindicados em 
lesões cerebrais, por 
trauma ou tumores
 O fluxo sanguíneo renal é alterado, principalmente 
com o halotano. 
 Redução na filtração glomerular e no volume 
urinário
 Redução no fluxo sanguíneo hepático total
 Constrição hepática, com diminuição da oxigenação 
tecidual
 Essa diminuição no fluxo sanguíneo, tanto renal
quanto hepático é de 30-40% com o halotano e bem
menos intensacom os outros agentes inalatórios.
 O principal efeito indesejável dos agentes inalatórios é
a sensibilização do miocárdio às catecolaminas,
culminando em arritmias, principalmente extra-
sístoles ventriculares
Interações com outras drogas
 Quando se administra no paciente fármacos que 
deprimem o SNC, esta depressão pode se acentuar 
durante a anestesia inalatória
 Essa depressão prévia, na maioria dos casos, permite que 
a oferta de agente inalatório seja reduzida, o que 
minimiza os efeitos colaterais da anestesia geral
Exposição ocupacional aos agentes 
inalatórios
 Efeitos na fertilidade, defeitos de desenvolvimento
 Redução das funções cognitivas
 Teratogênese
 Efeitos ambientais
Isoflurano
 Baixa solubilidade no sangue e nos tecidos => indução
e recuperação rápidas
 A baixa solubilidade em gordura evita o acúmulo em
pacientes obesos
 É fácil manter ou mudar o plano anestésico do
paciente
 Irritante às vias aéreas, estimulando produção de saliva
e muco: Contraindicado para indução anestésica por
máscara
Isoflurano
 Provoca queda da pressão arterial e da resistência
vascular periférica, ambas dose dependente
 Observa-se pouca depressão miocárdica, a frequência
cardíaca é mantida, ou aumentada
 Débito cardíaco e o fluxo sanguíneo continuam bons
 Bom fluxo periférico
Isoflurano
 Em altas doses, ocorre depressão cardíaca, mas o
débito é mantido, pois pelo aumento da FC
 Não sensibiliza o miocárdio às arritmias induzidas pela
epinefrina
 Baixo metabolismo hepático 0,2%
Sevoflurano
 Não irritante às vias aéreas
 Pode ser utilizado para indução por máscara
 Rápida indução, pela baixa lipossolubilidade
 Risco de overdose
 Pode predispor o cérebro à atividades convulsivas
 Farmacologia semelhante a do isoflurano
 5% de metabolização

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