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ESTUDO DIRIGIDO - ENDOMETRIOSE

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Problematização 3 – Endometriose 
 
QUESTÃO 1: Definir endometriose 
endométrio (glândula e estroma) fora do útero 
CLASSIFICADA EM: 
 Peritoneal 
 Ovariana 
 Profuna (tecido de endometriose penetra > 5 mm) 
Locais mais comuns: retro cervical, útero- sacro, retossigmóide 
LOCALIZAÇÃO MAIS COMUM→ ovariana 
Ovário cheio de endométrio (tumor) = endometriona 
FATORES DE RISCO 
1- História familiar 
2- Branca 
3- Nulíparas* 
4- Gestação tardia 
5- Excesso de café e 
de álcool 
6- Estenose cervical 
** 
7- Fluxo aumentado 
** 
*a endometriose traz problemas de infertilidade 
**aumenta chance de menstruação retrógada 
 
QUESTÃO 2: Descrever sinais e sintomas da endometriose 
1- Dismenorreia 
2- Infertilidade 
 alterações tubo-peritoneais (obstrução) 
 Ambiente inflamatório → perda da qualidade dos oócitos 
3- Dispareunia de profundidade. 
4- Dor pélvica 
 acíclica, sem relação com a menstruação 
5- alterações intestinais: 
 alteração do hábito intestinal – a progesterona proveniente da 2ª metade do ciclo 
já leva aumento do trânsito intestinal 
 dor ao evacuar (disquezia) 
 sangramentos (é incomum, precisaria invadir até a mucosa para isso) – local mais 
comum de acometimento é o retosigmóide. 
6- Alterações urinárias: 
 Disúria, hematúria, polaciúria, urgência 
 Podem ser relacionados ao período menstrual 
 
QUESTÃO 3: Discutir os métodos diagnósticos 
 EXAME FÍSICO: 
 útero retrovertido, 
 espessamento e nodulações fundo de saco, 
 dor a mobilização do colo uterino. 
 
 USG. → ajuda na endometriose ovariana – aspecto em vidro fosco (no endometrioma) 
 USG pélvico e transvaginal com preparo intestinal 
 
 RESSONÂNCIA de pelve→ se for um implante 
pequeno, a ressonância ajuda a ver porque 
não conseguimos enxergar no USG 
 
(fonte: Lima CMA de O, Coutinho EPD, Ribeiro ÉB, Domingues MNA, Junqueira FP, 
Coutinho Junior AC. Ressonância magnética na endometriose do trato urinário 
baixo: ensaio iconográfico. Radiol Bras [Internet]. 2009May;42(Radiol Bras, 2009 
42(3)):193–7. Available from: https://doi.org/10.1590/S0100-39842009000300013) 
 Mas se o implante for muito pequeno nem 
a ressonância irá mostrar 
 Obs: não é porque o implante é muito 
pequeno que ele não pode causar dor 
 assim como não é porque não há queixa 
de dismenorreia que a mulher não tem 
endometriose (pensar sempre em casais 
inférteis) 
 Não há correlação direta entre EXTENSÃO 
DAS LESÕES X INTENSIDADE DA DOR 
 
 LAPAROSCOPIA = PADRÃO-OURO: Permite biopsia das áreas suspeitas = diagnóstico 
definitivo. 
 
(fonte: ¿Cuál es el papel de la Laparoscopía en la Endometriosis? | Mujer Bien) 
 Ca125: Marcador tumoral inespecífico: 
→ Se ele for encontrado não significa que é certeza de endometriose e se ele não for 
encontrado ele não exclui diagnóstico (baixa sensibilidade e especificidade) 
→ Pra que ele serve? → serve para caso ele seja positivo podemos usá-lo como parâmetro 
de resposta a tratamento nessa mulher com endometriose 
https://mujerbien.com/4-cual-es-el-papel-de-la-laparoscopia-como-diagnostico-en-la-endometriosis/
QUESTÃO 4: Investigar abordagens terapêuticas da endometriose 
 
→ Tto clínico é o de escolha na ausência de indicações absolutas para cirurgia 
→ Após exames de imagem: 
 Se for endometriose ovariana > 6cm, ou lesão em ureter, íleo, apêndice ou 
retossigmoide (com sinais de suboclusão) = cirurgia 
 Se não = tto clínico 
 
 DOR → inicialmente clínico: 
⎯ Pílula combinada (ACO) 
⎯ Progesterona 
⎯ Análogos GnRH (complementar com pequenas doses de estrogênio para diminuir o 
risco de menopausa química) – usar principalmente na perimenopausa 
⎯ Inibidores da aromatase 
 
 ENDOMETRIOMA: 
→ melhor é cistectomia (retirada da capsula) 
Endometriose ovarina: drenagem e coagulação, ooforoplastia, ooforectomia, se paciente 
com desejo reprodutivo deve-se tentar minimizar o risco de diminuição de reserva folicular 
 INFERTILIDADE → clínico não resolve 
→ Se endometriose mínima/leve: laparoscopia 
→ Endometriose severa: FIV 
 
 TRATAMENTO CIRÚRGICO: Objetiva: remover todos os focos, a via laparoscópica é a de 
preferência 
 ENDOMETRIOSE INTESTINAL 
 Shaving 
 Ressecção discóide 
 Ressecção segmentar 
 Lesões > 3cm, >40% da circunferência acometida, lesões multifocais, 
acometimento mais profundo que submucosa 
 
QUESTÃO 5: Identificar as complicações da endometriose 
 Aderências na bexiga e no intestino 
 Aderências na pelve 
 Endometriomas 
 Infertilidade e complicações na 
gravidez como aborto espontâneo, 
placenta previa, prematuridade, 
gravidez ectópica... 
 Cistite intersticial (síndrome da bexiga 
dolorosa) – pressão na baxiga, dor 
pélvica 
 Anemia 
 Úlceras 
 Enxaqueca 
 Cistos rompidos 
 Síndrome do intestino irritável 
 Miomas 
 Depressão 
 
 
 
QUESTÃO 6: Analisar as indicações cirúrgicas na endometriose 
 TRATAMENTO CIRÚRGICO: 
 Dor pélvica refrataria ao tto clínico 
 Dor score > 7 
 Infertilidade (após falha de técnicas de reprodução assistida) 
 Indicações cirúrgicas obrigatórias: 
 Íleo (risco de oclusão) 
 Ureter (risco de oclusão) 
 Endometrioma> 6 cm 
 Apêndice cecal (diferencial com tumor neuroendócrino) 
 
QUESTÃO 7: Investigar os diagnósticos diferenciais: 
 doença inflamatória pélvica, 
 adenomiose, 
 síndrome do cólon irritável, 
 doença diverticular, 
 câncer de cólon, 
 tumores ovarianos 
 cistite 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
1. CAMARGOS, Aroldo; MEL, Victor Hugo de. Ginecologia Ambulatorial. 2. ed. Belo 
Horizonte: Coopmed, 2008. 
 
2. FREITAS, Fernando (Et al). Rotinas em ginecologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 
 
3. NACUL, Andrea Prestes; SPRITZER, Poli Mara. Aspectos atuais do diagnóstico e 
tratamento da endometriose. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 32, n. 6, p. 298-
307, June 2010 .

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