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FATO GERADOR
A Constituição Federal-CRFB/88, Título VI, estabelece no art.145, especificamente, o poder de tributar. Este poder é compartilhado entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios, entes da Administração Pública que arrecadam capital financeiro para as políticas públicas, isto é, atender às necessidades básicas da população. Ao conjunto de normas destinadas a regular a instituição, cobrança, arrecadação e partilha de tributos dá-se o nome de “Sistema Tributário Nacional”, que abrange todas as disposições constitucionais, leis, decretos, instruções normativas, etc. reunidas no Código Tributário Nacional(CTN) - Lei 5.172/96.
A ideia desta dinâmica arrecadatória é que o cidadão ao pagar tributo (impostos, taxas, contribuição de melhora...) ao poder público (União, Estados, DF e Municípios), cada qual o toma para si como receita pública a ser empregada para custear os serviços e demais atividades que lhe são atribuídas pela Constituição e legislação em vigor. Por exemplo: a União recolhe Imposto de Importação(II), Imposto de Renda(IR), Imposto de Produtos Industrializados(IPI)...; os Estados/DF: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços(ICMS), Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores(IPVA)...; e os Municípios/DF: Imposto Predial e Territorial Urbano(IPTU), Imposto sobre Serviços(ISS).
Por outro lado, no Código Tributário, dentre outros documentos legais, está previsto cobrar tributos, um procedimento que permite e materializa a cobrança de impostos denominado lançamento tributário, que somente poderá ser exercido pela Administração Pública e depois de ter sido caracterizada a ocorrência legal e real de algo chamado “fato gerador”, isto é, a materialização de um direito tributário proveniente de uma situação de fato, prevista na lei de forma prévia, genérica e abstrata, que, ao ocorrer na vida real, cria a necessidade pela sua materialização do direito de surgimento da obrigação tributária, seja esta principal ou acessória. O fato gerador está regulamentado no Capítulo II/arts. 114 a 118 do CTN, carcterizando-se por 5(cinco) aspectos: sujeito ativo; sujeito passivo; hipótese de incidência; base de cálculo; alíquota. Portanto, podemos resumir como fato gerador a ação ou ocorrência que dá origem ao tributo cobrado pelo governo municipal, estadual ou federal que gera uma consequência e/ou obrigação tributária.
Podemos citar como exemplo de fato gerador, inicialmente, o IPTU no art. 32/CTN onde se lê: “O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.”
· Imposto de Renda: tem como fato gerador o auferimento de rendimentos acima do valor definido em legislação;
· ICMS: tem como fato gerador as operações relativas à circulação de mercadorias e de prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal;
· ISS: tem como fato gerador a prestação de serviços de qualquer natureza
· IOF: tem como fato gerador as operações de crédito, câmbio e seguro e as operações relativas a títulos e valores mobiliários.
Finalizando, podemos considerar ainda sobre este assunto a colocação de alguns autores no sentido de apresentarem a noção de hipótese de incidência, uma abstração contida na norma e que descreve um acontecimento relevante, anterior ao fato gerador, aonde este concretiza aquela abstração normatizada.
FONTE: capitalresearch.com.br - FATO GERADOR – Blog Capital – acesso em 17/03/2023
- www2.camara.camara.leg.br - SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL : acesso em 19/03/2023

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