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– Compreender a fisiologia e as mudanças anatômicas na gravidez; – Analisar a idade gestacional e a embrionária; – Compreender a gametogênese, fecundação e nidação. Na gestação, a placenta forma quantidades grandes de gonadotropina coriônica humana, estrogênios, progesterona e somatomamotropina coriônica humana → Gonadotropina coriônica humana: evita que o útero descanse a partir da secreção desse hormônio pelos tecidos embrionários em desenvolvimento. Além disso, evita a involução do corpo lúteo, fazendo com que ocorra secreções ainda maiores de estrogênio e progesterona. Esses hormônios impedem a menstruação e fazem com que o endométrio continue a crescer e armazenar grandes quantidades de nutrientes. A secreção contínua desses hormônios mantém a natureza decidual do endométrio uterino. Depois da 12ª semana, a placenta secreta quantidades suficientes de progesterona e estrogênio para manter a gravidez, sendo assim o corpo lúteo involui lentamente. → Estrogênio: causam o aumento do útero materno, aumento das mamas maternas e crescimento da estrutura dos ductos da mama, e aumento da genitália externa feminina da mãe. Outras funções são o relaxamento dos ligamentos pélvicos da mãe (articulações sacroilíacas mais maleáveis) e a sínfise pubiana se torna mais elástica, facilitando a passagem do feto pelo canal de parto. → Progesterona: faz com que as células deciduais se desenvolvam no endométrio uterino, importante papel nutricional. Diminui a contratilidade do útero grávido, evitando o aborto. Contribui para o desenvolvimento do concepto antes mesmo da implantação, pois aumenta as secreções da tuba uterina e do útero. Ajuda o estrogênio a preparar as mamas da mãe para a lactação. → Somatomamotropina coriônica humana: começa a ser secretado pela placenta em torno da quinta semana. Causa formação de tecidos proteicos, diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pela mãe, possibilitando mais glicose para o feto. Além disso, promove a liberação de ácidos graxos livres das reservas de gordura da mãe, proporcionando essa fonte de energia alternativa para o organismo materno. OBS: próximo ao parto, a secreção de estrogênio torna-se maior do que a de progesterona, pois aquele aumenta o grau de contratilidade uterina. – É definida pelo número de semanas entre o primeiro dia do último período menstrual normal da mãe e o dia do parto. Ou seja, é a diferença entre 14 dias antes da data da concepção e o dia do parto. – É o tempo decorrido desde a data da concepção até a data do parto e é 2 semanas menor que a idade gestacional. → Espermatogênese: se inicia na puberdade. Após várias divisões mitóticas as espermatogônias crescem e sofrem modificações, sendo transformada em espermatócitos primários. Cada uma dessas células sofre uma divisão reducional (primeira divisão meiótica) formando dois espermatócitos secundários haploides. Em seguida, esses espermatócitos secundários sofrem a segunda etapa da divisão meiótica; formando cada um, duas espermátides haploides, totalizando quatro. As espermátides passam pelo processo de espermiogênese se tornando espermatozoides maduros. Quando a espermiogênese é completada, os espermatozoides entram na luz dos túbulos seminíferos são armazenados no epidídimo e maturados durante a puberdade. → Oogênese: Durante a vida fetal inicial, as oogônias (células germinativas primordiais) se proliferam por mitose e se tornam os oócitos primários (antes do nascimento). Assim que os oócitos primários se formam, é desenvolvida uma única camada de células achatadas, as células foliculares; constituindo o folículo primário. O oócito primário é logo envolvido pela zona pelúcida, iniciam a divisão meiótica antes de nascimento, mas o término da prófase não ocorre até a adolescência. A fase de maturação dos oócitos se iniciam na puberdade, quando um folículo matura, o oócito primário aumenta de tamanho e antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao primário corpo polar. Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas é interrompida na metáfase. A divisão só é completada quando o espermatozoide penetra o oócito secundário. → Transporte de gametas: 1) Oócito – o oócito secundário é expelido do folículo ovariano junto com o fluido folicular. Durante a ovulação, as extremidades fimbriadas da tuba uterina aproximam-se do ovário, o movimento das fimbrias e a corrente de fluido produzida pelos cílios, levam o oócito secundário para o infundíbulo. O oócito passa para a ampola da tuba uterina como resultado da peristalse da parede da tuba. 2) Espermatozoides são transportados do epidídimo para a uretra por contrações peristálticas da espessa camada muscular dos ductos deferentes. A enzima vesiculase (produzida pelas glândulas seminais) coagula pequena parte do sêmen ejaculado e forma um tampão vaginal que impede o retorno do sêmen para a vagina. As prostaglandinas presentes no sêmen estimulam a motilidade uterina na relação sexual. A passagem dos espermatozoides do útero para a tuba uterina resulta das contrações da parede muscular uterina. → Sequência da fecundação: se inicia com o contato entre um espermatozoide e um oócito e termina com a mistura dos cromossomos paternos e maternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto. Fases da fecundação: 1) Passagem de um espermatozoide através da corona radiata; 2) Penetração da zona pelúcida, importante ação da enzima acrosina; 3) Reação zonal, ocorre quando o espermatozoide penetra na zona pelúcida e consiste na alternação nas propriedades dessa estrutura, tornando-a impermeável a outros espermatozoides; 4) Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide, a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática e as mitocôndrias não entram; 5) Término da segunda divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino; 6) Formação do pronúcleo masculino. O oócito contendo os dois pronúcleos haploides é denominado oótide. Quando ocorre a fusão desses pronúcleos, tem-se o zigoto → Formação do blastocisto: Logo depois que a mórula alcança o útero surge no interior da mórula a cavidade blastocíotica, o líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para formar esse espaço, se parando o blastômero em duas partes → 1) Trofoblasto: delgada camada celular externa que formará a parte embrionária da placenta. 2) Embrioblasto: massa celular interna que formará o embrião. Posteriormente, ocorre a degeneração da zona pelúcida que permite o rápido crescimento do blastocisto. Aproximadamente 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial. Logo em seguida o trofoblasto se diferencia em duas camadas citotrofoblasto (camada intena) e sinciciotrofoblasto (camada externa), estes produzem enzimas que erodem os tecidos maternos, possibilitando a sua implantação no endométrio.
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