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COMPARTIMENTOS LÍQUIDOS - 60% corpo é líquido - 2/3 LIC, 1/ 3 LEC Líquidos são encontrados dentro ou fora das células (meio intra e extracelular) Espaço extracelular: 20% dividido em compartimento vascular (plasma) e compartimento intersticial (intercelular), contém grandes quantidades de sódio e menos potássio, é transportado no sangue circulante, e em seguida, misturado por difusão ao sangue e aos líquidos teciduais, nele, encontram-se íons e nutrientes necessários às células para manutenção da vida celular Espaço intracelular: 40% do peso corporal, mais quantidades de potássio e menos sódio A homeostase é a capacidade que o corpo tem de se manter equilibrado, e tem como base a unidade estrutural e funcional dos organismos: a célula, que é mantida em decorrência dos ambientes externos e do sistema do organismo. Quando esse equilíbrio é desestruturado, o organismo utiliza-se de mecanismos autorreguladores para voltar ao estado inicial. Origem dos nutrientes do líquido extracelular e remoção dos produtos finais do metabolismo Sistema respiratório: remoção do CO2 pelos pulmões, troca de CO2 por O2 nos alvéolos, sangue capta nesses alvéolos o O2 necessário para as células. Trato Gastrointestinal (TGI): Sangue bombeado pelo coração também flui para as paredes do TGI, e diferentes nutrientes dissolvidos, são absorvidos para o líquido extracelular, o material não digerido e não aproveitado, é eliminado nas fezes Fígado: Nem todas as substâncias absorvidas no TGI, podem ser usadas pela célula, O fígado altera as composições químicas de muitas dessas substâncias para formas mais utilizáveis, e outros tecidos do corpo também contribuem para modificar as substâncias absorvidas ou as armazenam até que sejam necessárias. O fígado também elimina alguns resíduos produzidos no organismo e substâncias tóxicas que são ingeridas. O rins: absorve, filtra substâncias desnecessárias filtram substâncias desnecessárias (ureia, ác. úrico, excesso de íons e água do LEC) e CO2 através dos capilares glomerulares para os túbulos e depois reabsorvem necessárias como glicose, aa, água e íons. Os produtos residuais metabólicos (ex uréia) são pouco absorvidos e passam pelos túbulos renais para urina. A regulação das funções corporais acontece pelo sistema nervoso e sistema hormonal O sistema nervoso regula as atividades musculares e secretórias Receptores sensoriais aferentes: detectam estado do corpo/ambiente (ex. pele, olhos) SNC: constituído por medula espinhal e cérebro, que armazena informações, gera pensamentos e reações Eferentes motores: transmitem sinais apropriados para realização de respostas SNP: constituído pelos sistemas somático e autônomo, que opera em nível subconsciente Sistema hormonal: os hormônios são transportados do LEC a outras partes do corpo para ajudar na regulação da função metabólica. ex: adrenocorticóides controlam Na+ e K+ e metabolismo protéico, paratireóideo controla Ca+ e PO4+ dos ossos. Características dos sistemas de controle: FEEDBACK NEGATIVO: resposta negativa para estímulo inicial. se algum fator se torna excessivo/deficiente, o sistema de controle inicia série de alterações que restabelecem valor médio do fator. Ex: Eritropoiese, consumo de açúcar - aumento de glicose no sangue - produção de insulina, antígenos e anticorpos FEEDBACK POSITIVO: leva à instabilidade e à morte em alguns casos. Estímulo inicial causa mais estímulo. Conhecido como ciclo vicioso, mas pode ser bom quando moderado e superado por feedback negativo como o caso do parto e coagulação sanguínea. Coagulação - quando o vaso rompe e inicia coágulo, enzimas (fatores de coagulação) são ativadas e algumas agem sobre outras inativas no sangue adjacente, aumentando a coagulação até o orifício fechar. Ocasionalmente pode sair do controle e formar coágulos indesejados, causando ataque cardíaco agudo. Parto - quando as contrações ficam suficientemente fortes para que a cabeça empurre o colo, o estiramento do colo envia sinais aumentando as contrações. Quando esse processo fica suficientemente potente, o bebê nasce. Se não forem suficientemente potentes, as contrações cessam e somente após alguns dias elas recomeçam. Nossas células possuem membrana plasmática, ela é seletiva e não é tudo que entra e tudo que sai dela, atua fazendo uma barreira que possibilita a diferenciação em relação a quantidade de substâncias fora e substâncias dentro em relação a concentração (ions) variando a quantidade dentro e fora da célula Meio extracelular: ions sódio, cálcio concentrado Meio intracelular: potássio, magnésio concentrado Temos mais concentrado Na+ fora da célula, que tem tendência a entrar Temos mais concentrado K+ dentro da célula, que tem tendência a sair Potencial de repouso da membrana: tensão elétrica que existe através da membrana celular, diferença de potencial elétrico K+:Meio extracelular vai ser mais positivo que o meio intracelular, temos canais de K que permitem a saída de K da célula e mantém ela em repouso, K mais concentrado sai da célula a favor do gradiente de concentração, ou seja, se estamos jogando o K que é mais negativo para fora da célula, estamos deixando o interior mais positivo, mas a diferença de potencial elétrico faz com que o K volte para dentro da célula. Chega uma hora que quando essas forças de entrar K, e sair K se chocam e impede a difusão, denominado potencial de Nerst que é a força elétrica que é preciso para impedir a difusão de um íon Potencial de Nerst de K+: -94mV - força que impede o K de sair Na+: Na+ mais concentrado fora da célula, deixando o LEC positivo, o sódio tem estímulo de concentração para entrar, e diferença de carga, porém o Na+ tem dificuldade de entrar e sair da célula, mas vai entrar na célula por um gradiente químico, porque ele é mais concentrado fora, e pela diferença de carga, quando o sódio entra na célula, deixa seu interior mais positivo, e começa a atrapalhar o DPE, por que ele só entra e não sai, deixando dentro + e fora negativo. Então entra em ação a bomba de Na+ K+ ATPase que consegue equilibrar o LEC com mais concentração de Na+ e o LIC com mais concentração de K+ Potencial de Nerst para Na+: +61mV, potencial que impede o sódio de entrar na célula Potencial de membrana da fibra nervosa em repouso: -90mV no interior da célula, -86 mV na Na+ K+ eq de goldman, e -4mV na bomba NaK Quando a célula está em repouso, dizemos que ela está polarizada Potencial de ação: é uma onda de descarga elétrica que viaja ao longo da membrana celular modificando sua distribuição de carga elétrica. Elas podem ser geradas por vários tipos de células do corpo, mas as mais ativas em seu uso são as células do sistema nervoso para enviar mensagens entre as células nervosas ( sinapse) 1- Há um estímulo da célula em repouso -90 mV que faz com que o Na+ que estava mais concentrado fora da célula, comece a entrar rapidamente dentro da célula, pela abertura dos canais de Na+; 2- como o Na+ é o principal íon que define carga, a entrada de Na+ na célula, deixa ela POSITIVA se chamando DESPOLARIZAÇÃO invertendo o potencial de membrana, deixando dentro + e fora -; essa despolarização, se move ao neurônio permitindo o impulso nervoso, e tem limite, e quando o Na+ para de entrar pelo fechamento dos canais de Na+, os canais de K +35mV+= começa a abrir e ter um rápido fluxo de K+ para fora da célula, repolarizando a membrana, deixando o LEC positivo, e o LIC negativo, pela concentração de mais K fora da célula, entrando em ação a bomba NaK para manter a homeostase. Abertura dos canais de Na+ para estrada da célula - despolarização Abertura dos canais de K+ para saída da célula - repolarização Os potenciais de ação caminha por toda fibra nervosa, de um neurônio a outro, até chegar no SNC LEI DO TUDO OU NADA: A estimulação de um neurônio obedece à Lei do Tudo ou Nada, segundo a qual, para que ocorra o potencial de ação, o estímulo deve ser intenso o suficiente para atingir o limiar de excitabilidade, que fica em torno de –55 mV. Não existe potencial d e ação mais forte ou mais fraco, pois, atingindoo limiar de excitabilidade, todos os potenciais de ação terão sempre a mesma amplitude de +30 mV. Caso não consigam atingir o limiar de excitabilidade, não ocorrerá o potencial de ação , ou seja, ou o estímulo é suficientemente intenso para estimular o neurônio, desencadeando o potencial de ação, ou não vai acontecer nada. A mielinização das fibras nervosas faz com que o impulso se propague de forma saltatória, tornando mais rápida a propagação pela presença de bainha de mielina. O nodo de ranvier, o fluxo é mais lento; na região mielinizada, o fluxo é mais rápido e “salta” para o próximo Nodo de Ranvier. Por causa desse padrão “saltatório” do potencial de ação, de Nodo de Ranvier em Nodo de Ranvier, é que a transmissão nas fibras mielinizadasfoi chamada de condução saltatória Não mielinização propagação contínua, não tem bainha de mielina, são mais lentas. Sangue: Fundamental no nosso corpo; forma de condução de O2; coagulação em caso de hemorragia; transporte de nutrientes, resíduos celulares, hormonais e anticorpos. ● Composto por: ● Plasma: componente líquido do sangue, que possui proteínas, aminoácidos, glicose e os principais são albumina (fundamental para manutenção da pressão osmótica), globulina alfa e beta (anticorpos e imunoglobulinas) e fibrinogênio (fundamental para coagulação) ● Elementos Figurados: células, hemácias, plaquetas e leucócitos. As Hemácias ou glóbulos vermelhos ou eritrócitos que são células achatadas, sem núcleo e bicôncava (auxiliam a passar pelos capilares) e sua principal função é o transporte de hemoglobina, que por sua vez, executam o transporte de gases como O2 para pulmões e tecido e CO2. Concentração de hemácias no sangue: No homem saudável, o número médio de hemácias por milímetro cúbico é de 5.200.000 (±300.000); e, na mulher, é de 4.700.000 (±300.000). As pessoas que vivem em grandes altitudes apresentam número maior de hemácias. A variação de hemácias também se dá por altitude, idade e sexo. Produção de hemácias: ● Primeiras semanas da vida embrionária: Saco Vitelino ● Segundo trimestre da gestação: o fígado passa a constituir o principal órgão de produção de hemácias, embora número razoável também seja produzido pelo baço e pelos linfonodos. ● O último mês de gestação e após o nascimento: as hemácias são produzidas exclusivamente na medula óssea. ● Após 5 anos: hemácias continua a ser produzida na medula óssea dos ossos membranosos, como vértebras, esterno, costelas e íleo. Mesmo nesses ossos, a medula passa a ser menos produtiva com o avanço da idade. Gênese das células SANGUÍNEAS (HEMATOPOIESE) - processo no qual TODAS as células sanguíneas são formadas - célula tronco hematopoiética pluripotentes dá origem a linhagem linfoide e mieloide Unidades formadoras de colônia: incentivo para formação da diferenciação celular Dentro das hemácias existe a hemoglobina que ajudam a carregar o O2 até os capilares formada por: ● 4 hemes protaporfirina IX associadas ao Fe (que ajudam ao se ligar com o O2 para transportá-lo ● 4 globinas 2 alfas e 2 betas O Fe da hemoglobina é importante pois carrega o O2 até a célula, e se há falta de Fe, alguns pacientes podem sofrer com anemia Gênese das hemácias-ERITROPOIESE: produção e maturação de eritrócitos/hemácias/glóbulos vermelhos na medula óssea As hemácias têm tempo médio de vida de 120 dias, como não tem núcleo, ela não consegue sofrer mitose. A hemocaterese é a destruição das hemácias no baço - quando ela chega nos sinusóides que são capilares finos, as hemácias velhas não tem a capacidade de elasticidade igual às novas, então ela vai ser destruída no baço. A produção de hemácias no sangue é influenciada por um hormônio produzido do parênquima renal, que vai atuar na medula óssea, estimulando a produzir proeritroblasto, que posteriormente, vão ser as hemácias. A concentração de O2 é um fator importante para a produção de hemácias, a hipóxia promove aumento importante na produção de eritropoietina para produção de hemácias, até a concentração de O2 aumentar no sangue. Um fator que diminui a produção de eritropoietina no parênquima renal, são doenças renais crônicas, insuficiência renal, que tende a prejudicar a produção das hemácias, fazendo com que o paciente sofra com anemia. Anemia Ferropriva : Carência de Fe, nível de ferritina reduzido (estoque de Fe), má absorção de ferro, sangramento menstrual excessivo, perda crônica de sangue, ingestão dietética inadequada; quadro que acomete crianças e mulheres adultas. Anemia megaloblástica: a carência de vitamina B12 (vitamina que provém das carnes) e ácido fólico que são importantes para a maturação final das hemácias, e sua carência a lenta reprodução dos eritroblastos; VCM (tamanho da hemácia) maior que 100 fL, formação acima do normal pelo defeito na síntese de DNA, pela falta de vitamina B12; os macrófagos da medula óssea já destroem as hemácias chamando esse processo de eritropoiese ineficaz, e não há células para repor no tempo de 120 dias. Anemia hemolítica: há a destruição aumentada dos eritrócitos antes do tempo de 120 dias, pode ser hereditários- resultam em defeitos intrínsecos, que podem ser na membrana, no metabolismo, e na hemoglobina, ou seja, hemácias defeituosas podem ser adquiridas- ao longo da vida, autoimune, por agentes físicos e químicos. Metabolismo do Fe - para a hemácia se formar, precisamos de Fe, ácido fólico e vitamina b12 Temos cerca de 4 a 5g de Ferro no nosso organismo- 65% de Fe na hemoglobina; 4% na forma de mioglobina; 1% na forma de vários compostos heme que promovem a oxidação intracelular, 0,1% está combinado com a proteína transferrina no plasma sanguíneo, e 15% a 30% estão armazenados para uso futuro, em sua maior parte no sistema reticuloendotelial e nas células parenquimatosas do fígado, sobretudo na forma de ferritina. Transporte e armazenamento do Fe - Quando o ferro é absorvido pelo intestino delgado, ele imediatamente se liga ao plasma sanguíneo com a alfa e beta apotransferrina para formar a transferrina, e é transportado pelo plasma sanguíneo. No citoplasma o ferro se combina com a apoferritina formando a transferrina. O excesso de ferro no sangue é depositado nos hepatócitos, e em maior quantidade nas células retículo endoteliais da medula óssea. Há perda diária do Fe- 1mg nas fezes; 2 mg no período menstrual Regulação do Fe- Quando o corpo fica saturado com ferro e todas as apoferritinas das áreas de reserva de ferro já estão combinadas ao ferro, a absorção de ferro adicional pelo trato intestinal diminui acentuadamente. Por outro lado, quando as reservas de ferro estão depletadas, a intensidade da sua absorção pode ser acelerada provavelmente por cinco ou mais vezes o normal. Assim sendo, o ferro corporal total é regulado em grande parte pela variação da intensidade de sua absorção. Quando as hemácias completam seu tempo de vida de 120 dias e são destruídas, a hemoglobina das hemácias é fagocitadas pelas células do sistema retículo endotelial, fazendo com que o Fe presente nas hemoglobinas seja liberado, e armazenado no reservatório de ferritina Leucócitos- células de defesa (glóbulos brancos), produzidos na medula óssea e no tecido linfático; vão ser transportados para áreas de infecção e inflamação grave, promovendo rápida e potente defesa contra agentes infecciosos; quando os leucócitos sobem, é sinal de infecção; nos protegem de diversos patógenos como: vírus, fungos, protozoários; se movimentam por movimentos amebóides; são atraídos para área inflamada por quimiotaxia (substâncias químicas diferentes nos tecidos inflamados que fazem com que os neutrófilos e macrófagos) A produção é mediada por fatores de crescimento de bactéria; temos cerca de 7.000 leucócitos por microlitro de sangue; o tempo de vida dos granulócitos são de 4 a 8 horas no sangue e de 4 a 5 dias no tecido Podem ser granulócitos (eosinófilos, neutrófilos, basófilos) 65% e não granulócitos (monócitos/macrófagos, linfócitos e plasmócitos) 35% Neutrófilo polimorfonuclear: primeiros a atuar na linha de frente de defesas, são fagocitários,produzidos na medula óssea; importante frente a bactérias, vírus; faz diapedese (migração do sangue para os tecidos para destruir e fagocitar esses agentes; fazem fagocitose com menos bactérias que macrófagos e morrem após destruir esses agentes. Eosinófilos polimorfonucleares: células da imunidade natural; ricos em grânulos de histamina, bradicinina e heparina, participam de processos alérgicos e anafiláticos; age contra parasitas liberando substâncias dos grânulos. Basófilos polimorfonucleares: células com muitos grânulos que possui substâncias como heparina (anticoagulante) bradicinina, e histamina; importante para processos alérgicos juntos com eosinófilos e mastócitos; possui receptores para o IgE. Linfócitos: responsáveis pela imunidade adquirida, importante para sobrevida do ser humano, localiza-se nos linfonodos, mas também em tecidos linfóides, como baço, áreas submucosas do TGI, timo e medula. Linfócito T: fazem a imunidade celular, atuam contra agentes que estão centro da célula Linfócito B: ação humoral, após exposição a patógenos, vão atuar sobre essas bactérias e agentes fora da célula Os plasmócitos é a diferenciação dos linfócitos B, que liberam os anticorpos Ig que ajudam no processo de destruição de bactérias Monócitos e macrófagos: monocito- macrófago que ainda está na corrente sanguínea, e migra por diapedese para tecidos se tornar macrófagos Macrófago: destruição de agentes invasores - muito fagocitários - , forma fagossomos, liberam enzimas que destroi o agente e continua a viver Gênese dos Leucócitos: são formadas por duas grandes linhagens: mielocítica e linfocíticas; a mielocítica começa com o mieloblasto e dá origem ao neutrófilo, macrófago/monócito, eosinófilo, basófilo; e a linfocítica começa com o linfoblasto e dá origem ao linfócito T e B, e posteriormente, ao plasmócito Fagocitose- Processo que deve ser seletivo, para não atingir as boas células; função mais importante dos neutrófilos e macrófagos Ocorrência da fagocitose: 1- superfícies lisas resistem a fagocitose, superfícies ásperas tendem a aumentar a fagocitose; 2- substâncias naturais do nosso organismo tem revestimento proteico protetores que repelem os fagócitos - tecido morto não tem esse revestimento, e é sujeito a fagocitose-; 3- sistema imune desenvolve anticorpos contra agentes que se aderem na membrana desses agentes fazendo com que tornem-se suscetíveis a fagocitose Fagocitose por neutrófilos: neutrófilos nos tecidos já são células maduras, capaz de iniciar a fagocitose, e se aproximam da partícula a ser fagocitada (pela superfície áspera, sem revestimento proteico e com anticorpos aderidos a membrana dos agentes infecciosos), envolve essa partícula formando o fagossomo e fazendo com que os neutrófilos ativam enzimas que ajudam a degradar a partícula fagocitada. As enzimas lisossomais (capacidade de degradar partículas) ajudam a digerir as partículas fagocitadas em componentes menores que podem ser liberados na corrente sanguínea ou removidos do corpo. Um só neutrófilo pode fagocitar cerca de 3 a 20 bactérias antes de ser inativado e morrer. Fagocitose por macrófagos: quando ativados pelo sistema imune, são fagocitários muito mais potentes que os neutrófilos, com capacidade de fagocitar até 100 bactérias e também tem capacidade de envolver partículas maiores. Após a digestão da partícula, os macrófagos podem eliminar os produtos residuais e funcionar por meses. Uma vez fagocitadas, a maioria das partículas é digerida pelas enzimas intracelulares: Quando a partícula estranha é fagocitada, lisossomos e outros grânulos citoplasmáticos no neutrófilo ou no macrófago entram em contato imediatamente com a vesícula fagocítica e suas membranas se fundem, esvaziando muitas enzimas digestivas e agentes bactericidas nessa vesícula. Apenas nos macrófagos há lipases, que digerem as membranas lipídicas das bactérias Sistema reticulo endotelial: monócitos são células capazes de se deslocar pelos tecidos, entretanto, depois de entrarem nos tecidos, se transformam em macrófagos, outra grande parte dos monócitos ficam presas no tecido, que tem a mesma capacidade dos macrófagos móveis, e quando apropriadamente estimuladas, podem romper as conexões e virar macrófagos móveis, capaz de responder a quimiotaxia, e outros estímulos relacionados ao processo inflamatório. Essa combinação de monócito, macrófagos, macrófago móvel, macrófagos teciduais fixo e algumas células endoteliais são chamadas de sistema reticuloendotelial Macrófago nos linfonodos: Partículas estranhas são aprisionadas na malha dos seios dos linfonodos que são revestidas por macrófagos teciduais, que fagocitam as partículas e impede a sua disseminação pelo corpo Macrófago nos alvéolos pulmonares: vários microorganismos penetram no nosso corpo pelos pulmões, grande parte dos macrófagos se faz presente nos alvéolos pulmonares (nas paredes integrais) e fagocitam partículas retidas que quando digeridas, os produtos finais da digestão pode ser liberados na linfa (fluido intersticial no momento que chega ano vaso linfático), se não puder ser digerida, vai haver o engolfamento da partícula, e ela vai ser dissolvida lentamente. Macrófago nos sinusoides do fígado (células de Kupffer): outra via de invasão bacteriana do corpo é pelo trato gastrointestinal, oriunda de alimentos digeridos passar através da mucosa do TGI para o sangue porta (proveniente do intestino, pâncreas e baço). Antes que o sangue entre na circulação geral, ele passa pelos sinusóides do fígado (capilares do fígado), que são revestidos por macrófagos teciduais fixos chamados de células de Kupffer, que atua formando uma filtragem no TGI eficaz, fazendo com que quase nenhuma bactéria passe do sangue porta para circulação sistêmica. Macrófago do baço e da medula óssea: se o organismo invasor consegue passar do sangue porta para a circulação sistêmica, há outras linhas de defesa no qual os macrófagos teciduais ficam retidos na malha reticular desses órgãos e quando partículas estranhas entram em contato com os macrófagos pelos mecanismos de fagocitose (quimiotaxia, região áspera, liberação de anticorpos contra agentes infecciosos na membrana desse agente), os agentes infecciosos são fagocitados. Inflamação: papel dos neutrófilos e macrófagos: a inflamação é uma lesão tecidual, causada por bactérias, traumas, agentes químicos ou qualquer outro fenômeno, causando alterações teciduais chamadas de inflamação. Suas características incluem o aumento de fluxo sanguíneo devido a dilatação dos vasos sanguíneos locais; aumento da saída de líquidos intersticiais pelos capilares; coagulação de líquidos nos espaços intersticiais; migração de granulócitos e monócitos pra o tecido inflamado (pelos mecanismos já citados anteriormente); dilatação das células teciduais. Efeito do emparedamento da inflamação: O emparedamento das áreas lesadas é quando a isolamos do tecido ao seu redor, no qual os vasos linfáticos e espaços teciduais são bloqueados por coágulos, fazendo com que o líquido não flua por esses espaços, evitando a disseminação de bactérias. A intensidade do processo inflamatório é proporcional ao grau de lesão Estafilococos: bactérias que quando invadem o tecido, liberam toxinas letais e a inflamação se desenvolve com muita rapidez, porém, em pouco tempo ela é emparedada impedindo a disseminação dessa bactéria pelo tecido Estreptococos: bactéria não causa destruição tão intensa do tecido, então o emparedamento se desenvolve mais lentamente, fazendo com que haja reprodução e migração dessa bactéria para outros tecidos, promovendo a disseminação pelo corpo. A estreptococos tem mais tendência de causar morte do que estafilolocos, mesmo que eles causem mais lesão tecidual. Resposta dos macrófagos e neutrófilos à inflamação: 1 linha de defesa: macrófagos teciduais quando ativados pelos produtos da infecção, aumentam de tamanho de passam a ser móveis; 2 linha de defesa: neutrófilos invadem área inflamada pela quimiotaxia, aderência e agem imediatamente na função de remover tecido estranho e matar bactérias. Muitasvezes causam Neutrofilia que é o aumento do número de neutrófilos no sangue, causado pelo produto da inflamação que cai na corrente sanguínea, e são transportados para medula óssea, fazendo com que haja a liberação de mais neutrófilos; 3 linha de defesa: monócitos chegam no tecido inflamado, aumentam de tamanho e se transformam em macrófagos; 4 linha de defesa: aumento de produção de granulócitos e monócitos na medula óssea - produção aumentada pela estimulação das células progenitoras granulócitos e monocíticas da medula, levando de 3 a 4 dias para maturação dos granulócitos e monócitos e que atinjam o estágio de deixar a medula. Controle de Feedback das respostas dos macrófagos e neutrófilos: fatores estimulantes controlam as respostas dos macrófagos e neutrófilos as inflamações ( TNF, IL-1, GM-CSF, M-CSF, G-CSF). O TNF e o IL-1 vão estimular os fatores de colônia de granulócitos e monócitos para produção dos mesmos, que gera um mecanismo de feedback, iniciando com a inflamação do tecido, e prossegue na formação de grande número de leucócitos para remover a causa da inflamação. Eosinófilos: fagocitos fracos, apresentam quimiotaxia, mas não dão proteção significativa contra infecções como os neutrófilos; eosinófilos altos: sinal de infecções parasitárias - eosinófilos agem destruindo parasitas utilizando mecanismos como: 1- se prendendo a eles e liberando enzimas hidrolíticas (conjunto de proteínas que degradam a molécula em moléculas menores na presença de água) dos seus grânulos; 2- liberando de forma altamente reativa O2, que são extremamente letais para parasitas; 3- liberação pelos grânulos da proteína principal; Os eosinófilos vão se concentrar em tecidos onde ocorrem reações alérgicas causadas pela participação de mastócitos e basófilos nessas reações e liberar o fator quimiotáxico, que faz com que os eosinófilos migrem para esse tecido alérgico inflamado, participando da detoxificação das substâncias. Basófilos: semelhantes ao mastócitos, pois liberam heparina no sangue (substância que impede a coagulação sanguínea) e também liberam pequenas quantidades de bradicinina e serotonina, principalmente os mastócitos liberam essas substâncias durante processos alérgicos Mastócito e basófilo têm papel importante nas reações alérgicas: o anticorpo que causa alergia, o IgE tem propensão a se prender nos mastócitos e basófilos. Quando o alergênico reage com o anticorpo IgE, promove a ruptura do mastócito ou do basófilo que liberam histamina, bradicinina, serotonina e heparina que causam reações vasculares responsáveis pelas reações alérgicas. Leucopenia- condição clínica ocasionada quando a medula óssea produz poucos leucócitos, deixando o corpo desprotegido contra bactérias e agentes que possam invadir os tecidos. Sistema imune: capacidade de resistir contra quase todos os tipos de microorganismos ou toxinas que tendem a lesar os tecidos e órgãos. No nosso corpo temos Imunidade inata: resulta de processos gerais, não é direcionada a um microorganismo patogênico específico; são ex dessa imunidade a fagocitose por leucócitos e células do sistema retículo endotelial; destruição de microorganismos deglutidos pelas secreções ácidas do estômago e pelas enzimas digestivas. Imunidade adquirida: se desenvolve após o primeiro contato com o microorganismo, vírus, toxinas, necessitando de semanas e meses para adquirir imunidade contra o agente invasor. Por esse motivo, a imunização é importante para a proteção dos seres humanos A imunidade adquirida pode ser dividida em Imunidade humoral (células B)- linfócitos B produzem anticorpos circulantes que são moléculas de globulina no plasma sanguíneo, capazes de atacar o agente invasor Imunidade mediada por células (célulasT)- depende da formação de grande número de linfócitos T ativados, produzidos nos linfonodos para destruir agentes estranhos A imunidade adquirida difere da imunidade inata pelos tipos de células imunes que recrutam, especificidade, tempo de ativação (a imunidade adaptativa demora mais tempo para ser formada) e em alguns mecanismos efetores. Além disso, é sempre importante ressaltar que a imunidade adquirida requer um primeiro contato com o microrganismo ou toxina para que possa se desenvolver. Imunidade adquirida são iniciada por antígenos- compostos que desencadeiam a ativação da imunidade adquirida são chamados de antígenos que contém proteínas e grandes polissacarídeos existentes na estrutura desses microrganismos que deixa claro o reconhecimento da invasão desses antígenos Linfócitos: responsáveis pela imunidade adquirida, importante para sobrevida do ser humano, localiza-se nos linfonodos, mas também nos tecidos linfóides do baço, áreas submucosas do do TGI, timo, medula óssea. O tecido linfóide se distribui pelo corpo para impedir invasores e toxinas a se disseminarem; o agente invasor vai penetrar nos líquidos teciduais e depois é transportado para os linfonodos no qual vai ser impedido de entrar no sangue circulante. Linfócitos T ou tímicos- destinados a formar linfócitos T, e são células pré processadas no timo Linfócitos B- destinados a formar anticorpos, pré processados no fígado e responsável pela imunidade humoral Antígenos específicos entram em contato com linfócitos T e B, o T formando células T ativadas e o B são ativadas para formar anticorpos Anticorpos são gamaglobulinas chamadas de imunoglobulinas Ig que constituem 20% da proteína do plasma sanguíneo formada por combinações de cadeias leves e pesadas e são específicas para determinado antígeno. Temos no nosso corpo IgM, IgG, IgD, IgE, e a IgA Os anticorpos atacam o invasor por vários processos como aglutinação, precipitação, neutralização e lise e também atuam no ataque direto ao invasor e pela ativação do sistema de complemento dotado de diversos meios para destruir o invasor
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