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SENTENÇA 1. Conceito - É o ato do juiz que põe fim ao processo com ou sem o exame do mérito (Antigo conceito). A sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei, conforme a nova redação do art. 162, § 1.º, dada pela Lei 11.232 (Novo conceito). Vale excepcionar, contudo, que a sentença continua como ato de extinção do processo, quando não se pronuncia sobre o mérito. Isso foi mantido na nova redação do art. 267 (extingue-se o processo, sem resolução de mérito). Mas, quando se resolve o mérito, a sentença não mais extingue o processo (haverá resolução de mérito, diz o art. 269).. 2. Classificação a) definitiva É aquela que inviabiliza nova análise da pretensão material. b) terminativa É aquela que termina o processo, não obstando a propositura de nova ação. c) declaratórias É aquela cujo objeto limita-se à declaração da existência ou da inexistência de determinada relação jurídica. As sentenças meramente declaratórias são desprovidas de provimentos de natureza eficaciais. d) condenatórias São aquelas que determinam o adimplemento de uma obrigação, servindo como título executivo judicial. e) constitutivas É a sentença que constitui ou desconstitui determinada relação jurídica. OBS: Pontes de Miranda acrescenta a classificação de duas outras eficácias: a mandamental, que trás em seu bojo uma ordem e a auto-executiva, que apesar de possuir uma condenação, dispensa o processo de execução. 3. Requisitos a) relatório (nome, resumo do pedido e da defesa) É uma breve disposição da realidade consubstanciada nos autos. b) fundamentação É requisito indispensável de todas as decisões judiciais. Decorre do próprio princípio da livre persuasão racional ou convencimento motivado. Possui 03 finalidades: (a) fator de conformação; (b) fator de impugnação da decisão judicial; (c) fator de controle do órgão jurisdicional pela sociedade. c) dispositivo Também denominado de conclusão, é a única parte que faz coisa julgada material. 4. Valor da condenação Todas as vezes que tivermos sentença de natureza condenatória o juiz deverá arbitrar o valor correspondente. 5. Custas processuais – 789, § 3º. Na Justiça do Trabalho as custas são pagas ao final e não antecipadamente. 6. Dispensa e isenção das custas - art. 790-A da CLT – a) beneficiários da Justiça gratuita, b) União , Estados, Municípios, autarquias e fundações públicasç c) Ministério Público do Trabalho. - responsabilidade solidária do sindicato quando o sindicato prestar assistência judiciária gratuita ao trabalhador será considerado solidário ao pagamento das custas processuais que o trabalhador seria condenado. 7. Publicação em audiência Obrigatória a publicação de sentenças em audiência, mesmo quando ocorre o fracionamento de audiências. 8. Correção de erros materiais - art. 833 da CLT – uma vez publicada a sentença o juiz não poderá mais modifica-la. Contudo, admite-se 02 formas de alteração: (a) correção de erros materiais de ofício ou a requerimento das partes, antes da execução (art. 833 da CLT) e, (b) embargos de declaração (art. 897-A, parágrafo único da CLT). 9. DISCRIMINAÇÃO DE PARCELAS PARA EFEITOS PREVIDENCIÁRIOS – as sentenças condenatórias e nas sentenças homologatórias de acordo deverá o juiz fixar a natureza jurídica das parcelas para efeitos previdenciários, disciplinando a responsabilidade pelo recolhimento. 10. COISA JULGADA Conceito - É a eficácia que torna imutável o provimento jurisdicional. 10.1 Coisa julgada material A imutabilidade de uma decisão que aprecia o mérito da causa. 10.2 Coisa julgada formal É a eficácia que torna imutável o provimento jurisdicional e que não houve análise meritória. 10.3 Eficácia da coisa julgada criminal. Se absolvido pela inexistência de autoria opera-se a coisa julgada; se absolvido em legítima defesa, opera coisa julgada; por falta de prova não faz coisa julgada.
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