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Sistemas Urinário e Renal - Fisiologia - Super Material - SanarFlix

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Rins - Estrutura geral ............................................... 4
3. Rins - Componentes ............................................... 7
4. Circulação renal ........................................................19
5. Bexiga e vias urinárias ...........................................21
Referências Bibliográficas ........................................27
3SISTEMA URINÁRIO 
1. INTRODUÇÃO
O aparelho urinário é formado pe-
los dois rins, dois ureteres, bexiga 
e uretra. A urina produzida nos rins 
passa pelos ureteres até a bexiga e é 
lançada no exterior pela uretra.
O sistema urinário tem diversas fun-
ções. É responsável pela remoção 
de produtos tóxicos da circula-
ção, provenientes do metabolismo, 
através da formação da urina e sua 
eliminação; produz hormônios: a re-
nina, que participa da regulação da 
pressão sanguínea e a eritropoietina, 
que é essencial para o estímulo à eri-
tropoiese (produção de hemácias); e 
participa da ativação da vitamina D. 
Além disso os rins são responsáveis 
pelo equilíbrio ácido-básico e con-
servação de sais, glicose, proteínas e 
água, mantendo a homeostase. 
Figura 1. Componentes do sistema urinário. Fonte: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/biologia/
aparelho-urinario
4SISTEMA URINÁRIO 
2. RINS - ESTRUTURA 
GERAL
Os rins têm um formato de grão de 
feijão, apresentando uma borda con-
vexa e outra côncava, na qual se situa 
o hilo, onde entram e saem os vasos 
sanguíneos, entram nervos e saem 
os ureteres. Estão situados retrope-
ritonealmente na parede abdomi-
nal posterior, sendo o rim direito lo-
calizado 1 a 2 cm abaixo do esquerdo. 
O rim é revestido por uma delgada 
cápsula frouxamente aderida, forma-
da principalmente por tecido conjun-
tivo denso e pode ser dividido em zo-
nas cortical e medular. 
A zona medular é formada por 10 a 
18 pirâmides medulares (de Malpi-
ghi), que têm os ápices voltados para 
o hilo renal e as bases voltadas para 
o córtex. Esses ápices são as papilas 
renais, sendo cada uma formada por 
diversos orifícios (área crivosa), que 
são aberturas dos ductos de Belli-
ni. O cálice menor envolve a papila 
renal, com formato semelhante a um 
copo. Eles se unem (cerca de 2 ou 3) 
para formar um cálice maior. Os 3 
ou 4 cálices maiores da cada rim de-
sembocam na pelve renal, que é uma 
porção dilatada do ureter. O parênqui-
ma renal cortical separa as pirâmides 
vizinhas, formando as colunas renais 
(de Bertini). 
A região do córtex renal está situada 
sobre as bases das pirâmides e é co-
nhecida como arco cortical. Cada pi-
râmide renal com o seu arco cortical e 
colunas renais associadas, represen-
ta um lobo do rim. Um lóbulo renal é 
constituído por um raio medular (con-
tinuações do parênquima piramidal 
no córtex) e pelo tecido cortical que 
fica ao ser redor, delimitado pelas ar-
térias interlobulares. 
2 rins
2 ureteres
Bexiga
Uretra
• Remoção de produtos tóxicos;
• Produção de hormônios: renina e 
eritropoetina;
• Ativação da vitamina D;
• Equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-
básico. 
SISTEMA URINÁRIO
FUNÇÕES
MAPA MENTAL: INTRODUÇÃO
5SISTEMA URINÁRIO 
Figura 2. Ilustração de rim em corte longitudinal. Fonte: Gartner, Tratado de histologia em cores, 2007
6SISTEMA URINÁRIO 
SAIBA MAIS! 
Durante o desenvolvimento fetal, os lobos renais são separa-
dos por sulcos, mas essa característica desaparece no adul-
to. Quando esse aspecto lobado permanece após a infância é 
conhecido como rim lobado. 
Figura 3. Ilustração de rim em corte longitudinal. Fonte: Gartner, Tratado de 
histologia em cores, 2007
MAPA MENTAL: RINS-ESTRUTURA GERAL
LOBO: Pirâmide + arco cortical+ 
colunas renais associadas
LÓBULO: Raio medular + 
tecido cortical adjacente
RINS
Córtex
Arco cortical + 
colunas renais
Medula
Papila
Hilo
Cálice maior
10 a 18 pirâmides Vasos, nervos e ureter
União de 2 ou 3 
cálices menores Área crivosa
7SISTEMA URINÁRIO 
3. RINS 
- COMPONENTES 
Cada túbulo urinífero do 
rim é composto por duas 
porções funcionais, o né-
fron e o túbulo coletor. 
Em cada rim há cerca de 
600 a 800 mil néfrons. 
O néfron é formado por 
uma parte dilatada, o 
corpúsculo renal ou de 
Malpighi, pelo túbulo 
contorcido proximal, 
pelas partes delga-
da e espessa da alça 
de Henle e pelo túbulo 
contorcido distal. 
Diversos néfrons são 
drenados por um úni-
co túbulo coletor e múl-
tiplos túbulos coletores 
se unem na porção mais 
profunda da medula 
até formar os ductos de 
Bellini que se abrem na 
papila renal. 
Figura 4. Túbulo urinífero. Fonte: Gartner, Tratado de histologia em cores, 
2007
8SISTEMA URINÁRIO 
Corpúsculo renal
O corpúsculo renal é formado por um 
tufo de capilares, o glomérulo, que é 
envolvido pela cápusla de Bowman. 
Esta cápsula possui dois folhetos, 
um interno, ou visceral, formado por 
células epiteliais modificadas - podó-
citos, e outro externo, ou parietal. 
Entre os dois folhetos está o espaço 
capsular que recebe o líquido filtrado 
através da parede dos capilares e do 
folheto visceral da cápsula (espaço 
de Bowman). 
Cada corpúsculo renal tem um polo 
vascular, por onde penetra a arteríola 
aferente e sai a eferente e um polo 
urinário, no qual tem início o túbulo 
contorcido proximal. 
Aproximadamente um sétimo dos 
corpúsculos localiza-se próximo à 
junção corticomedular fazendo parte 
dos néfrons justamedulares. Os ou-
tros são chamados néfrons corticais. 
Todos participam dos processos de 
filtração, absorção e secreção. 
Além das células endoteliais e dos 
podócitos, os glomérulos contêm as 
células mesangiais mergulhadas em 
uma matriz mesangial. Elas possuem 
capacidade contrátil e têm recepto-
res de angiotensina II, que quando 
ativados reduzem o fluxo sanguí-
neo glomerular. Possuem também 
receptores para o fator natriurético 
produzido pelas células musculares 
cardíacas que leva à vasodilatação e 
relaxamento das células mesangiais, 
amentando a taxa de filtração glo-
merular. Além disso as células me-
sangiais oferecem suporte físico aos 
capilares glomerulares. 
O filtrado que sai do glomérulo entra 
no espaço de Bowman através de 
uma complexa barreira de filtra-
ção, formada pela parede endotelial 
do capilar, pela lâmina basal e pe-
los podócitos que formam o folheto 
visceral da cápsula de Bowman. Os 
podócitos são formados por um cor-
po celular, de onde partem diversos 
prolongamentos primários e destes 
surgem prolongamentos secundá-
rios. Entre os prolongamentos secun-
dários estão as fendas de filtração 
com diafragmas. 
9SISTEMA URINÁRIO 
Figura 5. Representação esquemática (A) e fotomicrcografia (B) de corpúsculo renal. Fonte: Junqueira e Carneiro, 
Histologia básica, 2013
Figura 6. Esquema da ultraestrutura do capilar glomerular e do folheto visceral da cápsula de Bowman. Fonte: Jun-
queira e Carneiro, Histologia básica, 2013
10SISTEMA URINÁRIO 
A lâmina basal glomerular possui 3 
camadas. A camada intermediária é a 
lâmina densa, formada por colágeno 
tipo IV. De ambos os lados da lâmina 
densa estão as lâminas raras, inter-
na (entre as células endoteliais do ca-
pilar e a lâmina densa) e externa (en-
tre a lâmina densa e o folheto visceral 
da cápsula de Bowman). 
SE LIGA! Mutações nas cadeias alfa 3 
e alfa 4 do colágeno tipo IV resultam na 
Síndrome de Alport, uma doença au-
tossômica recessiva que se caracteriza 
pela perda da audição, problemas visu-
ais e nefrite, acompanhada de hematú-
ria microscópica. 
Filtração
O fluido que deixa os capilares glo-
merulares através das suas fenestras 
é filtrado pela lâmina basal. A lâmi-
na densa retém moléculas grandes 
enquanto os poliânios presentes nas 
lâminas raras impedem a passa-
gem de moléculas carregadas ne-
gativamente. O fluido precisa passar 
ainda através dos poros do diafrag-
ma da fenda de filtração. O fluido que 
entra no espaço de Bowman é cha-
mado de ultrafiltrado glomerular. A 
lâmina basal pode ficar obstruída por 
macromoléculas, mas esse problemapode ser resolvido pelas células me-
sangiais que realizam fagocitose. 
HORA DA REVISÃO
A lâmina basal pode ser lesada pela de-
posição de complexos antígeno-anti-
corpo que são filtrados pelos glomérulos 
ou provenientes da reação de anticorpos 
anti-lâmina basal com a membrana ba-
sal propriamente dita. Ambos os casos 
levam à glomerunonefrite. 
Túbulo contorcido proximal
No polo urinário do corpúsculo renal o 
folheto parietal da cápsula de Bowman 
se continua com o epitélio cuboide 
ou colunar baixo do túbulo contor-
cido proximal. As células apresentam 
citoplasma acidófilo e de aparência 
granular, além de prolongamentos 
laterais que se interdigitam com os 
das células adjacentes. O lúmen dos 
túbulos contorcidos proximais é am-
plo e eles são circundados por muitos 
capilares. O citoplasma apical das cé-
lulas apresenta microvilos que for-
mam a orla em escova, aumentando 
a sua capacidade de absorção. Nas 
células do túbulo contorcido proximal 
são formadas vesículas de pinocitose, 
que introduzem na célula macromo-
léculas que atravessaram a barreira 
de filtração. As vesículas se fundem 
com lisossomos, nos quais as macro-
moléculas são digeridas. Na sua par-
te basal, as células apresentam abun-
dantes mitocôndrias. 
11SISTEMA URINÁRIO 
HORA DA REVISÃO!
A Pinocitose é um tipo de endocitose, 
relacionada ao englobamento de partí-
culas através da depressão da membra-
na plasmática com contração para for-
mação de uma vesícula. Essas vesículas 
se destacam da membrana e migram 
para o interior do citoplasma, geralmen-
te se fundindo com lisossomos para 
digestão e degradação das partículas 
englobadas. 
Figura 7. Representação da Pinocitose. Fonte: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pinocitose
A função do túbulo contorcido proxi-
mal é absorver a totalidade da gli-
cose e dos aminoácidos contidos no 
filtrado glomerular e aproximadamen-
te 70% da água, além de bicarbona-
to, cloreto de sódio, íons de cálcio 
e fosfato. O sódio é reabsorvido de 
forma ativa pela enzima NaK-ATPa-
se que está presente na membrana 
basolateral. Quando a quantidade de 
glicose no filtrado excede a capacida-
de de absorção dos túbulos, a urina 
se torna mais abundante e contém 
glicose (glicosúria). Além dessas ati-
vidades, ocorre a secreção de creati-
nina e substâncias estranhas ao orga-
nismo no túbulo contorcido proximal. 
12SISTEMA URINÁRIO 
Figura 8. Desenho das relações entre as células da parede dos túbulos contorcidos proximais. Fonte: Junqueira e 
Carneiro, Histologia básica, 2013
Figura 9. Fotomicrografia de córtex renal. Há capilares, um túbulo contorcido proximal (TCP) com células cuboides aci-
dófilas e orla em escova, além de túbulo contorcido distal (TCD). Fonte: Junqueira e Carneiro, Histologia básica, 2013
13SISTEMA URINÁRIO 
Alça de Henle
A alça de Henle é uma estrutura em 
forma de “U” que consiste em um 
segmento delgado interposto a dois 
segmentos espessos. O segmento 
espesso é formado por células epi-
teliais cúbicas baixas enquanto a 
porção delgada é formada por epité-
lio simples pavimentoso. A sua fun-
ção é retenção de água, produzindo 
um gradiente de hipertonicidade no 
interstício medular que influencia a 
concentração de urina, à medida que 
ela passa pelos ductos coletores. O 
segmento delgado descendente é 
altamente permeável à água, devi-
do à presença de canais de aquapori-
na-1, enquanto o segmento delgado 
ascendente é pouco permeável. 
SE LIGA! Na alça de Henle o Mecanis-
mo de contracorrente é o responsável 
pela hiperosmolaridade do interstício e 
hiposmoloaridade do fluido tubular. A 
porção descendente da alça promove 
um aumento da tonicidade do fluido 
tubular por ser permeável à água, mas 
impermeável aos solutos. Já a porção 
ascendente não reabsorve a água e 
promove a saída dos solutos, que pe-
netram na célula tubular através de car-
readores Na-K-2Cl, impulsionados pelo 
gradiente de concentração gerado pela 
bomba NaK-ATPase da membrana ba-
solateral. No final do trajeto há então 
uma urina hiposmolar e interstício renal 
hiperosmolar. Os vasos retos auxiliam a 
manter o gradiente osmótico na medula 
pois tanto o segmento arterial quanto 
o venoso são livremente permeáveis à 
água e aos sais. 
Figura 10. Características do transporte na alça 
de Henle descendente fina. Fonte: Guyton & 
Hall tratado de fisiologia médica, 2017
Figura 11. Características do transporte na alça 
de Henle ascendente espessa. Fonte: Guyton & 
Hall tratado de fisiologia médica
Os néfrons justamedulares possuem 
alças de Henle muito longas, esten-
dendo-se profundamente na medula 
renal. Por outro lado, os néfrons corti-
cais têm alças de segmento delgado 
descendente muito curtas, sem seg-
mento delgado ascendente. 
14SISTEMA URINÁRIO 
Figura 12. Micrografia eletrônica de transmissão da zona medular do rim de rato que mostra parte delgada da alça 
de Henle formada por células pavimentosas; parte de ducto coletor com epitélio cúbico simples; e capilares. Fonte: 
Junqueira e Carneiro, Histologia básica, 2013
HORA DA REVISÃO!
Os Diurético de Alça atuam inibindo o carreador Na-K-2Cl na Alça de Henle, 
resultando em aumento da excreção de sódio e cloro e indiretamente de cálcio e 
magnésio. Com a queda de concentração de solutos no interstício medular, reduz 
a reabsorção de água no túbulo coletor, aumentando a sua eliminação. 
Figura 13. Ação dos diuréticos de Alça. Fonte: Guyton & Hall tratado de fisiologia médica, 2017
15SISTEMA URINÁRIO 
Túbulo contorcido distal
A parte espessa da alça de Henle tor-
na-se tortuosa e passa a se chamar 
túbulo contorcido distal, também re-
vestido por epitélio cúbico simples. 
Nos cortes histológicos é possível di-
ferenciar os túbulos contorcidos dis-
tais dos proximais pelas seguintes 
características: as células dos distais 
são menores, não têm orla em escova 
e são menos acidófilas (pela menor 
quantidade de mitocôndrias). Esta 
porção não é permeável à água nem 
ureia, entretanto, na sua membra-
na luminal existe o carreador Na-Cl 
que promove a entrada do sódio e 
cloreto na célula tubular. Na mem-
brana plasmática basolateral de suas 
células ocorre uma alta atividade da 
NaK-ATPase que impulsiona a saída 
de sódio da célula para o interstício e 
potássio para dentro da célula. 
HORA DA REVISÃO!
Os diuréticos Tiazídicos atuam inibindo o transportador Na-Cl no tú-
bulo contorcido distal, levando à aumento da eliminação de sódio, cloro, 
potássio e água. 
Figura 14. Ação dos diuréticos tiazídicos. Fonte: Guyton & Hall tratado de fisiologia 
médica, 2017
O túbulo contorcido distal tem uma 
porção em que se aproxima do cor-
púsculo renal pertencente ao mes-
mo néfron e nesse local a sua pare-
de é diferenciada, chamada mácula 
densa. As células são cilíndricas al-
tas, palidamente coradas, com 
núcleos alongados e próximos uns 
dos outros. A mácula densa faz parte 
do aparelho justaglomerular junta-
mente com as células justaglomeru-
lares e as células mesangiais. As cé-
lulas justaglomerulares são células 
musculares lisas modificadas que 
16SISTEMA URINÁRIO 
se localizam na túnica média da ar-
teríola glomerular aferente. Os seus 
núcleos são esféricos e elas contém 
grânulos de renina. As células me-
sangiais extraglomerulares têm o 
citoplasma claro e a sua função é 
pouco conhecida. A função do apa-
relho justaglomerular é identificar a 
queda da reabsorção de íons e assim 
estimular a liberação da renina com 
consequente aumento da pressão ar-
terial e secreção de aldosterona. 
Figura 15. Fotomicrografia da camada cortical do rim com túbulos contorcidos proximais (TCP), e distais (TCD). A seta 
aponta uma mácula densa do túbulo distal encostado ao polo vascular do corpúsculo renal. Fonte: Junqueira e Carnei-
ro, Histologia básica, 2013
Túbulos coletores: 
São a última porção do sistema tu-
bular, compostos por um epitélio 
simples cúbico. Estão divididos em 
porção cortical, porção medular e 
porção papilar. 
Os túbulos coletores corticais estão 
localizados nos raios medulares e 
são formadospor dois tipos de cé-
lulas: as células principais que rea-
bsorvem sódio e água e secretam 
íons potássio para o lúmen e as 
células intercaladas que reabsor-
vem íons potássio e secretam íons 
17SISTEMA URINÁRIO 
HORA DA REVISÃO
A aldosterona se liga a receptores nas 
células principais do túbulo coletor cor-
tical e estimula a NaK-ATPase da mem-
brana basolateral, reduzindo o sódio e 
aumentando o potássio no interior da 
célula. Ela também estimula os canais de 
sódio e potássio na membrana luminal, 
resultando na reabsorção de sódio e 
secreção de potássio, além de aumen-
tar a secreção de H+ indiretamente. 
No Hiperaldosteronismo primário há 
um aumento na produção da aldoste-
rona e com isso o paciente apresenta 
uma hipernatremia, hipocalemia e al-
calose metabólica. 
Figura 16. Representação esquemática que evidencia 
características ultraestruturais de células epiteliais e 
suas localizações nos túbulos do néfron e no túbulo 
coletor. Fonte: Junqueira e Carneiro, Histologia básica, 
2013
hidrogênio para o lúmen tubular. 
Os túbulos coletores medulares 
são formados pela união de vários 
túbulos coletores corticais, por isso 
o seu calibre é maior. Os túbulos co-
letores papilares são também co-
nhecidos como ductos de Bellini e 
formam-se pela confluência de vá-
rios túbulos coletores medulares, 
desembocando na área crivosa da 
papila renal. 
O filtrado que deixa o túbulo contor-
cido distal e entra no túbulo coletor é 
hipotônico. Conforme o túbulo cole-
tor passa pela medula para alcançar 
a área crivosa, ele também é subme-
tido aos mesmos gradientes osmó-
ticos dos segmentos ascendentes e 
descendentes da Alça de Henle. Na 
ausência do hormônio antidiurético 
(ADH) as células do túbulo coletor 
são impermeáveis à água e a urina 
permanece hipotônica (diluída). Sob a 
influência do ADH, as células do tú-
bulo coletor se tornam permeáveis 
à água e à ureia, assim a urina fica 
hipertônica (concentrada). 
18SISTEMA URINÁRIO 
Interstício renal:
O interstício é muito escasso na ca-
mada cortical, porém aumenta na me-
dula. Contém pequena quantidade de 
tecido conjuntivo, fibras colágenas, 
fibroblastos, macrófagos e células 
intersticiais. As células do interstício 
cortical produzem 85% da eritropoie-
tina do organismo. 
MAPA MENTAL: RINS - COMPONENTES
+
Corpúsculo renal
Túbulo coletor
Folheto interno
Folheto externo
RIM
Néfron
Epitélio cuboide 
simples
Corticais, Medulares 
e Papilares
Túbulo contorcido 
proximal Alça de Henle
Túbulo contorcido 
distal
Glomérulo Epitélio cuboide;Orla em escova
Espesso: epitélio 
cuboide;
Delgado: epitélio 
pavimentoso
Epitélio cuboide
Cápsula de Bowman
Espaço de Bowman
Mácula densa
Epitélio cilíndrico alto;
19SISTEMA URINÁRIO 
4. CIRCULAÇÃO RENAL
Os rins recebem o suprimento san-
guíneo através das artérias renais, 
ramos da aorta abdominal. Cada arté-
ria renal se subdivide em cinco arté-
rias segmentares, que dão origem às 
artérias lobares, uma para cada lobo 
renal. As artérias lobares se ramifi-
cam formando duas ou três artérias 
interlobares, que seguem entre as 
pirâmides renais em direção à junção 
corticomedular. Na junção corticome-
dular essas artérias formam uma sé-
rie de vasos arqueados sobre a base 
da pirâmide renal (chamadas artérias 
arciformes). Das artérias arciformes 
surgem as interlobulares que per-
correm um trajeto perpendicular à 
cápsula renal, atravessando o córtex. 
As arteríolas aferentes se originam 
das artérias interlobulares, e levam o 
sangue até os capilares glomerula-
res. Destes capilares o sangue passa 
para as arteríolas eferentes, que se 
ramificam para formar a rede capilar 
peritubular, responsável pela nutri-
ção e oxigenação da camada cortical. 
As arteríolas eferentes derivadas de 
néfrons justamedulares dão origem 
a capilares longos que se enten-
dem profundamente para o interior 
da medula. Seus segmentos descen-
dentes são chamados arteríolas re-
tas e os segmentos ascendentes são 
as vênulas retas. As vênulas retas 
transportam o sangue para as veias 
arqueadas que acompanham o traje-
to das artérias de mesmo nome e as-
sim o sangue é drenado da medula. O 
sangue da camada cortical é drena-
do pelas veias estreladas, tributárias 
das interlobulares, que transportam 
o sangue para as veias arqueadas, 
destas para as interlobares e por fim 
para a veia renal que chega na cava 
inferior. 
20SISTEMA URINÁRIO 
Figura 17. Representação esquemática de um lobo renal e sua vascularização. Fonte: Junqueira e Carneiro, Histologia 
básica, 2013
21SISTEMA URINÁRIO 
5. BEXIGA E VIAS 
URINÁRIAS
Ureteres
Os ureteres conduzem a urina dos 
rins para a bexiga urinária. Cada 
MAPA MENTAL: CIRCULAÇÃO RENAL
Artérias segmentares
ARTÉRIA 
RENAL
Arteríolas eferentes 
justamedulares
Arteríolas eferentes corticais
Artérias lobares
Artérias interlobares
Artérias arciformes
Artérias interlobulares
Arteríolas aferentes
Capilares glomerulares
Rede capilar peritubular
Vasos retos
Veias arciformes Veias interlobulares
Veias estreladas
CÓRTEX
Veias interlobares
Veia Renal
Veia Cava Inferior
ureter possui cerca de 3 a 4 mm de 
diâmetro e 25 a 30 cm de compri-
mento. Possuem uma camada mu-
cosa que reveste o lúmen, uma túni-
ca muscular e uma camada fibrosa 
de tecido conjuntivo (adventícia). 
22SISTEMA URINÁRIO 
A mucosa apresenta várias pregas 
que se projetam para o interior do 
lúmen quando o ureter está vazio. É 
formada por um epitélio de transi-
ção que aparenta ter de 3 a 5 cama-
das de células em espessura. 
A túnica muscular do ureter é com-
posta de duas camadas de células 
musculares lisas. A camada externa 
é circular e a interna é longitudinal. 
O terço inferior do ureter tem uma 
terceira camada muscular, também 
longitudinal, com formação portanto 
longitudinal externa, circular média e 
longitudinal interna. 
Figura 18. Fotomicrografia do ureter com seus princi-
pais componentes. Fonte: Junqueira e Carneiro, Histo-
logia básica, 2013
Bexiga
A bexiga urinária é essencialmen-
te um órgão de armazenamento de 
urina. O epitélio de transição da sua 
mucosa apresenta várias pregas que 
desaparecem quando a bexiga fica 
distendida com urina. A região trian-
gular da bexiga, cujos ápices são os 
orifícios dos dois ureteres e da uretra 
é conhecida como trígono vesical. 
A túnica muscular da bexiga é com-
posta de 3 camadas entrelaçadas de 
músculo liso: uma delgada camada 
longitudinal interna, uma espessa 
camada circular média e uma delga-
da camada longitudinal externa. A 
camada circular média forma o mús-
culo esfíncter interno ao redor do 
orifício interno da uretra. 
A adventícia da bexiga é composta 
por um tecido conjuntivo frouxo que 
contém fibras elásticas. 
23SISTEMA URINÁRIO 
Uretra: 
Transporta a urina da bexiga para o 
exterior no ato da micção. No sexo 
masculino a uretra dá passagem ao 
esperma durante a ejaculação. No 
sexo feminino é um órgão exclusiva-
mente do aparelho urinário.
A uretra masculina é formada pe-
las porções intramural, prostática, 
membranosa e esponjosa ou pe-
niana. A intramural atravessa a pa-
rede da bexiga e a prostática passa 
por dentro da próstata. São revestidas 
por um epitélio de transição. Na por-
ção prostática se abrem ductos que 
transportam a secreção prostática, o 
utrículo prostático (tubo cego, homó-
logo rudimentar do útero) e o par de 
ductos ejaculadores. A uretra mem-
branosa possui apenas 1 a 2 cm de 
comprimento e passa pela membrana 
perineal. É revestida por epitélio es-
tratificado cilíndrico intercalado por 
porções de epitélio pseudo-estrati-
ficado cilíndrico. A uretra esponjo-
sa é a porção mais longa, com cerca 
de 15cm de comprimento, passando 
por toda a extensão do pênis e ter-
minando no orifício externo da uretra. 
É revestida por epitélio estratifica-
do cilíndrico intercalado por áreas de 
epitélio pseudo-estratificado cilín-
drico e epitélio estratificado pavi-
mentoso não-queratinizado. A por-
ção terminal dilatada da uretra (fossa 
navicular) é revestida por epitéliopa-
vimentoso não-queratinizado. 
Figura 19. Fotomicrografias do epitélio de transição da bexiga quando está vazia (A) e quando está cheia (B). Fonte: 
Junqueira e Carneiro, Histologia básica, 2013
24SISTEMA URINÁRIO 
A uretra feminina possui cerca de 
4 a 5 cm de comprimento e 5 a 6 
mm de diâmetro. Normalmente seu 
lúmen se encontra colabado, exceto 
durante a micção. Próxima à bexiga 
é revestida por epitélio de transição 
e ao longo do seu comprimento res-
tante por epitélio estratificado pa-
vimentoso não-queratinizado. Ao 
longo de toda a extensão da uretra há 
numerosas glândulas secretoras de 
muco, as glândulas de Littré. A ca-
mada muscular da mucosa é contínua 
com a da bexiga, mas é constituída 
apenas por duas camadas de mús-
culo liso, uma longitudinal interna e 
uma circular externa. Próximo à sua 
abertura no exterior, a uretra feminina 
contém um esfíncter de músculo es-
triado, o esfíncter externo da uretra. 
Figura 19. Porções da uretra masculina. Adaptado de: hthttp://diariodefarmacia2010.blogspot.com/2010/12/sistema-
-urinario.html
25SISTEMA URINÁRIO 
MAPA MENTAL: BEXIGA E VIAS URINÁRIAS
URETER BEXIGA
• Mucosa: epitélio de transição
• Muscular: circular externa, 
longitudinal interna (1/3 inferior: + 
longitudinal externa)
• Adventícia
• Mucosa: epitélio de transição
• Muscular: longitudinal externa, 
circular média, longitudinal interna
• Adventícia
URETRA URETRA
• Intramural e Prostática: 
epitélio de transição
• Membranosa: epitélio 
estratificado cilíndrico + 
pseudo-estratificado cilíndrico
• Esponjosa: epitélio estratificado 
cilíndrico + pseudo-estratificado 
cilíndrico + estratificado 
pavimentoso não-queratinnizado
• Mucosa: Epitélio de 
transição + estratificado 
pavimentoso não-queratinizado
• Muscular: circular externa, 
longitudinal interna. 
26SISTEMA URINÁRIO 
MAPA MENTAL: GERAL
URETERES
Mucosa
URETRA
Epitélio de transição
Adventícia
Masculina
Muscular
FUNÇÕESBEXIGA
RINS
Feminina
Intramural
Prostática
Membranosa
Esponjosa
Remoção de 
produtos tóxicos
Produção de renina 
e eritropoetina
Ativação da 
vitamina D
Equilíbrio 
hidroeletrolítico e 
ácido-básico
Circular média
Longitudinal 
externa e interna
Adventícia
Mucosa
Muscular 
Epitélio de transição
Circular externa
Longitudinal interna
Túbulo coletor
Néfron
Túbulo contorcido 
distal
Túbulo contorcido 
proximal
Alça de Henle
Corpúsculo renal
Glomérulo
Cápsula de Bowman
Folheto interno
Folheto externo
27SISTEMA URINÁRIO 
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koo-
gan, 2013.
GARTNER, L.P.; HIATT, J.L. Tratado de Histologia em Cores. 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2007.
HIB, J. Di Fiore Histologia: Texto e Atlas. 1. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall tratado de fisiologia médica. 13. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.
28SISTEMA URINÁRIO

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