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AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica HEMATOLOGIA CLÍNICA Aula 2: Coleta de sangue venoso para exame hematológico AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica No adulto, o sangue é geralmente coletado de veias da fossa antecubital, com agulha e seringa ou tubo a vácuo com agulha compatível com o volume a coletar: • 0,6 mm para coletas até 2 mL (berçarios e veias afetadas por quimioterapia); • 0,7 mm para coletas até 5 mL (dorso da mão e pulso, pediatria); • 0,8 mm para coletas até 20 mL (usual). ATENÇÃO! A dor da picada da agulha diminui com o aumento do angulo de penetração, mas o risco de ultrapassar a veia aumenta na mesma proporção. A coleta pode ser feita a qualquer hora do dia. Evitar coleta após exercício físico, por causa uma moderada leucocitose (neutrofilia), e duas horas após refeições ricas em gorduras. Coleta de Sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Coleta de Sangue Agulha e seringas descartáveis Coleta a vácuo AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Para a realização do hemograma é necessário coletar uma amostra de sangue. Tubos de coleta: • São estéreis; • Feitos de vidro ou plás<co; • Alguns possuem vácuo; • Comumente u<lizados em punções venosas; • Projetados para a coleta, transporte e processamento de amostras; • Interior dos tubos podem ser reves<dos com an<coagulantes; • Indicados para DIFERENTES ANÁLISES; Coleta de amostras AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tipo de análise e amostras necessárias: Bioquímica e Sorologia - soro ou plasma Hematologia - Sangue Total com EDTA Glicemia - Plasma com fluoreto de sódio Coagulação - Plasma com citrato de sódio Gasometria - Sangue Total com heparina Todos os tubos devem ser homogeneizados imediatamente após a coleta. Inverte-los de 5 a 8 vezes, SUAVEMENTE. Indicações dos tubos de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tubos de tampa azul: Amostra obtida: plasma • Contém anticoagulante citrato de sódio; • Indicado para Análises de coagulação; • A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue Tipos de tubo de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tubos de tampa vermelha ou amarela: Amostra obEda: soro • Contém gel separador; • Contém a<vador de coágulo; • Indicado para Análises de bioquímicas e sorológicas; • A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise; • Man<da em repouso para a retração do coágulo e centrifugada a 3000 rpm por 10 min. Tipos de tubo de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tubos de tampa verde: Amostra obEda: plasma ou sangue total • Contém an<coagulante heparina; • Indicado para Análises de bioquímicas e gasometria; • A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada por inversão de 10 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Tipos de tubo de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tubos de tampa roxa: Amostra obtida: sangue total • Contém anticoagulante EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) - principal anticoagulante utilizado para o hemograma. 1. K2EDTA é recomendado pelo International Committee, está na fórmula seca ou em solução com concentração final de 1,5-2,2 mg/mL. Vantagem de permitir uma mistura mais rápida e menor frequência de coágulos; 2. K3EDTA — Causa desidratação dos eritrócitos e pode diminuir o valor do hematócrito; 3. Na2EDTA — o menos solúvel dos sais de potássio. • Indicado para Hematologia; • A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Tipos de tubo de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Tubos de tampa cinza: Amostra obEda: plasma • Contém Fluoreto de Sódio; • Indicado para Análises glicêmicas; • A amostra deve ser cuidadosamente homogeneizada por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Tipos de tubo de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Quando o paciente possui mais de um exame solicitado e estes exames necessitam de materiais diferentes que devem ser coletados em recipientes diferentes, deve-se obedecer uma sequência para a coleta dos materiais para que não haja contaminação dos adiOvos de um tubo para o outro, o que ocasionaria alterações em parâmetros analíOcos. Ordem de coleta AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Pode ser realizado em sangue venoso ou arterial; • Sem anticoagulante — uso obrigatório para investigar alterações como a cremação dos eritrócitos ou a agregação de leucócitos ou plaquetas. • Com anticoagulante EDTA; Preparo de distensão de sangue Amostras Vantagem Desvantagem Com anticoagulante Impede a agregação plaquetária que possibilita a sua contagem estimada. Apresenta artefatos provocados pela preparação e conservação. Sem anticoagulante Sem artefatos provocados pela coloração e pelo anticoagulante. Sangue capilar mostra agregados proeminentes e sangue venoso mostra pequenos agregados. AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica ATENÇÃO! O sangue é recebido em um tubo contendo 1 a 2 mg de EDTA sódico ou potássico por mL coletado. Por isso, o volume recomendado para o tubo deve ser respeitado para não ocorrer desproporção sangue/EDTA o que causaria erro na leitura. A coleta com seringas e agulhas descartáveis é mais fácil para o coletador e causa menos hematomas nos pacientes do que a coleta a vácuo, mas implica em maior risco de ferimento acidental com a agulha. Após a coleta, o paciente deve pressionar o local da punção com compressão firma por 3-4 minutos para evitar hematomas. Coleta de Sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Fluxograma AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica • Realizado em lâminas de vidro pelo método manual ou por equipamentos mecânicos, interligados a máquinas de coloração ou contadores automatizados; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 1. A lâmina deve ser limpa com álcool e seca com papel filtro para iniciar o procedimento; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 2. Com uma lanceta estéril deve se coletar a amostra; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 3. A amostra deve ter de 1 a 2 cm de diâmetro para iniciar o procedimento; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Preparo de distensão de sangue PASSO 4. Colocar o lado da lâmina com o qual se fará o esfregaço sanguíneo num ângulo de 45° com a face superior da lâmina; AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Preparo de distensão de sangue PASSO 5. Fazer com a lâmina preparada um ligeiro movimento para trás até encostar-se à gota de sangue, deixando então, que a gota se difunda uniformemente, ao longo de toda borda por capilaridade; AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica Preparo de distensão de sangue PASSO 6. Levar a lâmina preparada para frente de modo que ela carregue a gota de sangue, que se estenderá numa camada delgada e uniforme. É essencial escorregar a lâmina de uma vez, sem detê-la; AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 7. O movimento de extensão deve ser uniforme. O sangue deverá ser puxado pela lâmina preparada e não empurrado pela mesma. Secar imediatamente o esfregaço agitando a lâmina preparada no ar ou com auxílio do ventilador. Não se deve aquecer o esfregaço sanguíneo para secá-lo; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 8. Comparação entre duas amostras para o entendimento da forma ideal da técnicado esfregaço sanguíneo, os diferentes glóbulos devem estar estendidos em uma única camada sem superposição, nem formação de grãos, flocos ou falhas ao estender a amostra; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 9. A gota de sangue deve ser distendida na sua totalidade, por isso ela não deve ser grande; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 10. Demonstração da área ideal para analise. Deve se levar em consideração que num esfregaço sanguíneo as partes mais ricas em elementos citológicos são as bordas; Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 11. O processo de identificação da amostra na lâmina preparada é muito importante, sem ele todo trabalho é inútil. Deve-se sempre focar na organização; identificação da amostra e registro dos dados correspondentes (tanto em papel como em computador); Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica PASSO 12. A observação e o registro da amostra em microscópio deve ser feita para conclusão do processo. Preparo de distensão de sangue AULA 04: INTERPRETAÇÃO DO ERITROGRAMA Hematologia clínica • As lâminas prontas são secas e fixadas com metanol absoluto. A presença de água causa problemas e alterações artefatuais características que impedem a análise morfológica dos eritrócitos; • A coloração utilizada não é de consenso nos laboratórios, e são utilizados diferentes métodos (Leishman Giemsa, HE, Wright, panótico etc.) com corantes que apresentam em sua composição o azul de metileno (corante básico) e a eosina (corante ácido): Preparo de distensão de sangue – Fixação e coloração Coloração dos componentes Celulares Cor Cromatina (incluindo corpúsculos de Howell – Jolly) Púrpura Citoplasma dos linfócitos Azul Citoplasma dos monócitos Azul-acinzentado Citoplasma rico em DNA (citoplasma Basófilo) Azul-escuro Grânulos específicos dos linfócitos, neutrófilos e granulômero das plaquetas Púrpura claro ou rosa Grânulos específicos dos basófilos Púrpura-escuro Grânulos específicos dos esinófilos Laranja Eritrócitos Rosa
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