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Anemia de Doenças Crônicas (ADC)


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Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
Prof. Fábio Pacheco / Farmacêutico Bioquímico 
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Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
Dados conceituais das ADC 
As ADC são anemias decorrentes de estados infecciosos 
crônicos agentes fúngicos, bacterianos e virais 
(tuberculose, HIV e outros) , doenças inflamatórias 
crônicas (artrite reumatoide, lupus eritematoso 
sistêmico, Doença de Crohn, insuficiência renal (IR) ou 
hepática crônica) ou doenças neoplásicas 
(mieloproliferativas, carcinomas, sarcomas) e, ainda, a 
intoxicação pelo chumbo que interferem no metabolismo 
do ferro, na produção de eritropoetina e/ou na resposta 
medular a este hormônio. 
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Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
A reação Perls é um teste usado para 
identificação de ferro, principalmente em 
células hematológicas, esse teste também é 
conhecido como coloração de Azul da 
Prússia. Esta reação ocorre no ferro livre 
(não hémico) dos eritrócitos ou em outras 
células como os macrófagos, por meio de 
uma solução de ferricianeto, este ferro livre 
irá se precipitar em pequenos grânulos azuis 
ou azul-esverdeado, o metal não é 
visualizado nas colorações normais 
hematológicas como a Coloração Panótica 
usada na rotina laboratorial para coloração 
de extensões sanguíneas 
Reação de Perls na 
M.O que demonstra 
a presença de ferro 
nos macrófagos. 
Características Clínicas e Laboratoriais da ADC 
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Quadro Hematológico 
As formas celulares imaturas e maduras, contendo ferro livre, 
são denominadas sideroblastos e siderócitos, respectivamente. 
Um número aumentado de siderócitos é visto em doenças 
talassemicas Major ou em paciente pós-esplenectomizados ou 
ainda em anemias e em envenenamento por chumbo. 
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Características Clínicas e Laboratoriais da ADC 
A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
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Características Clínicas e Laboratoriais da ADC 
RDW geralmente 
normal ou apenas 
levemente aumentado. 
Ureia sérica geralmente 
superior a 45 mg/dL 
Queda da hemoglobina 
a níveis não tão baixos 
(geralmente até 8,5 
g/dL). 
Equinócitos podem ser 
nota dos quando há 
uremia em função de 
problemas renais. 
Ferro sérico e 
percentual de 
saturação de 
transferrina baixos. 
Ferritina sérica 
elevada. 
No geral, o quadro 
laboratorial da ADC é 
uma anemia 
normocítica 
normocrômica, 
podendo nos casos 
mais arrastados, 
microcítica 
e hipocrômica. 
Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
Fisiopatologia e Farmacoterapia da Anemia Ferropriva (AF) 
Diagnóstico Laboratorial: Principais parâmetros 
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Patogênese e Etiopatogenia das ADC 
Existem muitos fatores que interferem no aparecimento dessas 
anemias: 
 
1 - Falha de reutilização do ferro. O ferro liberado dos 
eritrócitos envelhecidos fica retido nos macrófagos e não entra 
na formação da hemoglobina. O ferro sérico é baixo. 
 
 
2 - Insuficiência medular, em geral, por diminuição da 
eritropoetina, substância importante para estimular a 
produção e o amadurecimento dos precursores eritróides da 
medula óssea. 
 
3- Diminuição geralmente moderada do tempo de sobrevida 
dos eritrócitos. 
 
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Patogênese e Etiopatogenia das ADC 
A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
1- Falha de reutilização do ferro. O ferro liberado 
dos eritrócitos envelhecidos fica retido nos 
macrófagos e não entra na formação da 
hemoglobina. O ferro sérico é baixo. 
 
 
O bloqueio da utilização do e ferro deve-se ao 
aumento da síntese da lactoferrina, 
promovido pela IL-1 (Interleucina-1), que é 
uma proteína semelhante à transferrina. 
 
 
Lactoferina: Produzida pelos neutrófilos e nos 
Macrófagos e monócitos possuem receptores 
para lactoferrina 
 
 
 A lactoferrina difere funcionalmente da 
transferrina em três importantes aspectos: 
tem maior afinidade pelo ferro, 
especialmente em pH mais baixos, não 
transfere o ferro às células eritropoéticas e é 
“retida” rápida e ativamente pelos 
macrófagos. 
 
 
A 
A Distúrbio do metabolismo do ferro 
Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
1- Falha de reutilização do ferro. O ferro liberado 
dos eritrócitos envelhecidos fica retido nos 
macrófagos e não entra na formação da 
hemoglobina. O ferro sérico é baixo. 
 
 
 
 O linfócito T ativado que libera interleucinas 
que por sua vez promovem ativação de 
macrófagos que também liberam 
interleucinas, que promovem a retenção de 
ferro no sistema mononuclear fagocitário, 
principalmente no baço 
 
 
Aumento da síntese de ferritina e dos 
receptores de transferrina que aumentam a 
captação e armazenamento do ferro nos 
macrófagos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A 
A Distúrbio do metabolismo do ferro 
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A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
 
Citocinas pró-inflamatórias 
estimulam a expressão da 
hepcidina 
 
 
 
 A hepcidina é uma proteína produzida pela 
fígado que faz parte do sistema imune inato, 
Desempenhando um papel fundamental na 
regulação da homeostasedo ferro 
 
 
Inibe a absorção do Fe pelos enterócitos e 
interrompe sua liberação pelos macrófagos 
através da degradação da ferroportina, o 
único exportador de Fe. 
 
 
 
O complexo hepcidina-ferroportina é 
internalizado nos domínios da membrana 
basolateral das células e a ferroportina é 
degradada, bloqueando a liberação do ferro 
dessas células macrófagos. 
B 
B Distúrbio do metabolismo do ferro 
Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
A ADC se manifesta geralmente como anemia leve a 
moderada e os sintomas mais críticos presentes são 
aqueles relacionados à doença de base e não à anemia 
propriamente dita. Quando há sintomatologia relacionada 
à anemia, estes geralmente se desenvolvem entorno de 90 
dias, usualmente não progridem e 
normalizam-se com o tratamento da doença de base. 
 
Correlação positiva entre anemia e atividade e/ou 
intensidade da doença de base, ou seja, quanto maior 
a intensidade dos sintomas do paciente, maior o grau de 
anemia. 
 2 - Insuficiência medular, em geral, por diminuição 
da eritropoetina, substância importante para 
estimular a produção e o amadurecimento dos 
precursores eritróides da medula óssea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
D 
D Resposta medular inadequada 
A ação supressora dessas citocinas sobre a 
eritropoiese supera a ação estimuladora da 
EPO resultando na diminuição da resposta da 
medula óssea à EPO. ( x ) 
Anemia de Doenças Crônicas (ADC) 
 
3- Diminuição geralmente moderada do tempo de 
sobrevida dos eritrócitos. 
 
 
Hiperatividade do Sistema Mononuclear 
Fagocitário - SMF 
• Desencadeado por processo infeccioso, 
inflamatório ou neoplásico. 
 
 
Isso leva à remoção precoce dos eritrócitos 
circulantes, diminuindo para cerca de 80 dias 
do normal de vida de uma hemácia, que seria 
em torno de 120 dias. 
 
• Outra condição comum, nos estados 
infecciosos e neoplásicos 
 
 
 A febre, contribuir para diminuição da 
sobrevida do eritrócito, pois há liberação de 
hemolisinas (em algumas neoplasias) e as 
toxinas bacterianas podem levar à 
hiperhemólise. 
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Insuficiência Renal Crônica - IRC 
Define doença renal crônica como a presença de alterações 
estruturais ou da função dos rins, por um período maior que 3 
meses, e com implicações na saúde do indivíduo. Essa 
definição classifica como portadores de doença renal crônica 
aqueles pacientes que possuem alguma lesão renal 
independente da taxa de filtração glomerular, ou seja, 
pacientes com lesão renal mas sem perda da função dos rins 
também são considerados como portadores de doença renal 
crônica. Isso permite detectar pacientes em uma fase inicial 
da doença, possibilitando a prevenção para evitar a 
progressão para níveis mais avançados, como a falência renal 
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Insuficiência Renal Crônica - IRC 
Falência renal 
É a presença de taxa de filtração glomerular menor que 15 
ml/min. Trata-se de um estágio mais avançado da doença renal 
crônica, onde a maioria dos pacientes já apresenta sinais e 
sintomas de uremia, com necessidade de iniciar alguma terapia 
renal substitutiva 
Estágio final da doença renal crônica 
Estágio final da doença renal crônica ou insuficiência renal crônica 
terminal ou doença renal crônica estádio 5 dialítico / doença renal 
crônica estádio 5 transplantado, é o termo usado para definir os 
pacientes portadores de doença renal crônica em estágio bem 
avançado e em tratamento por hemodiálise, diálise peritoneal ou 
transplante renal 
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Insuficiência Renal Crônica - IRC 
A eritropoetina (EPO) é uma substância glicoproteíca 
produzida pelos rins, nas células peritubulares renais 
(90%) e no fígado (10%) cuja função é estimular a 
produção de hemácias no sangue. Na doença rena 
crônica há uma deficiência na produção de 
eritropoetina, levando ao desenvolvimento de anemia. 
Outras causas de anemia na doença renal crônica, 
além da deficiência de eritropoetina, incluem a 
deficiência de ferro e o menor tempo de sobrevida 
das hemácias. 
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Insuficiência Renal Crônica - IRC 
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Sequencia de eventos na indução da ADC 
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FIM

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