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Minerais para Ruminantes Minerais essenciais: fósforo, sódio e cálcio. Animais à campo comumente apresentam carência de fósforo e outros minerais. O fósforo está estritamente ligado à absorção de cálcio e energia para os animais (formação de ATP). Importância da suplementação mineral: evitar desequilíbrios responsáveis por baixa produção de carne, leite, problemas reprodutivos, crescimento retardado, abortos, fraturas e queda da resistência orgnânica. Fases de deficiência mineral 1. Depleção inicial: trocas no próprio metabolismo do animal, em resposta a uma ingestão subótima, neste caso não ocorre nenhum distúrbio biológico ou estrutural detectável. 2. Compensação metabólica: ocorre diminuição de certas funções bioquímicas, o animal começa a mobilizar reservas corporais de seu organismo, não há sintomatologia ainda. 3. Descompensação metabólica: a deficiência mineral já começa a influenciar em alterações comportamentais, apresentam efeitos de saúde, crescimento e capacidade de trabalho. 4. Fase clínica: caracterizada pelo aparecimento de doenças com crescente agravamento podendo levar o animal à morte. A suplementação mineral está estritamente ligada ao tipo de animal (corte ou leite) e ao tipo e qualidade do pasto (volumoso). A suplementação mineral de nada adianta se o animal não tiver acesso à pastagens de qualidade, o mineral não substitui alimento, apenas suplementa. ● bovinos de corte --------- 60gP ● vacas de corte ------------ 78gP ● vacas de leite ------------- 120gP As vacas de leite precisam ter mais suplementação de fósforo pois precisam trabalhar em cima de seu próprio metabolismo, precisam produzir boa quantidade de leite, e além disso precisam se preparar fisiologicamente para uma próxima emprenha. Funções básicas dos minerais no organismo dos ruminantes: estrutural, fisiológica ou reguladora. Mineral essencial: a ausência do mesmo ocasiona defeitos na sanidade ou desenvolvimento dos animais. Essenciais: Ca, P, K, Na, Cl, Mg, S, Co, Cu, I, Fe, Mn, Mo, Se, Zn, Cr e Ni. Provavelmente essenciais: flúor, silício, titânio, vanádio e arsênico. O ácido acético é dado pela quantidade de volumoso ingerida, o ácido propiônico é determinado pela quantidade de glicose metabolizada no organismo do animal. Cálcio Em maior abundância no corpo do animal (1,1%), se localiza de 98 a 99% nos ossos e nos dentes do animal. Tem função estrutural, fisiológica e reguladora, formação do esqueleto, coagulação do sangue, batimentos cardíacos, excitabilidade nervoso e muscular e permeabilidade celular. A deficiência do elemento resulta em deformidades ósseas, fraturas, falta de contração muscular e não coagulação do sangue e febre. Minerais para Ruminantes Paresia puerperal: dificuldade ou falta de movimentação, pós-parto. As contrações no parto gastam muitas reservas de cálcio, assim o paratormônio não consegue de imediato mobilizar reservas de cálcio nos ossos e assim as vacas ficam deitadas em decúbito lateral, sem se movimentar. A alternativa clínica é uma injeção intravenosa de cálcio de imediato; e a longo prazo, momento antes do parto, retirar a suplementação mineral para que já se ative a função do paratormônio. Fósforo Segundo mais abundante no organismo, estritamente ligado à quantidade de cálcio no organismo, gera energia para as funções do organismo e construção do tecido celular, faz parte do ciclo reprodutivo e construção do tecido celular. Para se fazer o animal lamber uma maior quantidade de suplemento mineral usa-se o sal como fator limitante. O animal come por dia no máximo 14 g de sal, dessa forma, precisa-se adaptar as quantidades de suplemento mineral presentes dentro do sal ofertado para a quantidade de ingestão diária do animal. Consumo médio de suplemento mineral na época das águas = 100g por animal/diário. Os sacos de suplemento mineral costumam ter 30kg. Em geral a suplementação pode ser feita uma vez por semana, desde que no dia da salga as quantidades necessárias para todos os animais lamberem pelos próximos 7 dias seja colocada. Fatores responsáveis pela ingestão de uma mistura mineral: fertilidade do solo e/ou adubação das pastagens, maturidade da planta, época do ano e estado fisiológico do animal, teor de mineral na água de beber, palatabilidade da mistura, acesso e localização dos saleiros e fatores climáticos Tipos de suplementação mineral: - Creep-feeding: melhora/desenvolve o crescimento muscular dos bezerros, incentiva a desmama. Período de águas-seca: dura em torno de 1 mês, neste período é preciso acostumar o animal gradativamente ao consumo de NNP, como a uréia, que será responsável pelo desenvolvimento da microbiota ruminal, aumentando a taxa de passagem do alimento e aumentando a taxa de consumo, impedindo que o animal emagreça e mantendo seu peso estável. Período de seca: dura em torno de 5 meses, neste período o animal precisa ter acesso a volumoso, concentrado, minerais, sal e NNP para que o animal continue comendo quantidades ideais, que mantenham seu peso estável, sem emagrecimento. Período de seca-águas: dura em torno de 1 mês, neste período o NNP como a ureia precisa ser retirado gradativamente da alimentação do animal, tendo em vista de que ao iniciar o período de águas, a disponibilidade de forragens estará em quantidade ideal para nutrir a microbiota ruminal. Período de águas: mesmo com a alta disponibilidade de forragens, neste período ainda devem ser ofertados concentrados, minerais e sal, a depender do objetivo de produção. Fontes proteicas de alta degradabilidade ruminal: farelos Fonte energética de rápido consumo: milho Fontes de baixa degradabilidade ruminal como NNP e sal, precisam de auxílio da microbiota ruminal para conseguirem degradar a forragem. É interessante que o suplemento seja fornecido nas horas quentes do dia, quando os animais não estão pastando e sim próximos aos cochos de fornecimento, procurando por sombra. Efeito aditivo de suplementação: associa a pastagem com o suplemento, fornecendo nutrientes e minerais necessários ao animal de forma complementar. Efeito substituto de suplementação: substituição da pastagem pelo suplemento, é caro, classifica-se como semi-confinamento e a queda no consumo de forragem promove alterações do pH ruminal.
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