Prévia do material em texto
Atividade Objetiva 3 Entrega 28 nov em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5 Disponível 8 ago em 0:00 - 28 nov em 23:59 Limite de tempo Nenhum Tentativas permitidas 2 Instruções Este teste foi travado 28 nov em 23:59. Histórico de tentativas Tentativa Tempo Pontuação MANTIDO Tentativa 1 2.262 minutos 0,4 de 1 MAIS RECENTE Tentativa 2 50 minutos 0,2 de 1 Tentativa 1 2.262 minutos 0,4 de 1 Pontuação desta tentativa: 0,2 de 1 Enviado 28 nov em 14:01 Esta tentativa levou 50 minutos. Importante: Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página. 0 / 0,2 ptsPergunta 1 Leia o trecho do canto IV de I-Juca Pirama a seguir: Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo Tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, A+ A A- https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=1 https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=2 https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=1 Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andei longes terras Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimoréis; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo, A+ A A- Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri. [...] Fonte: D. Gonçalves. I-Juca Pirama. Academia Brasileira de Letras. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos (https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos) . Acesso em novembro de 2021. Adaptado. Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Ao analisar a estrutura formal do poema, notamos que se trata de um trabalho em decassílabos, contíguo à estética classicista. II. O poema está dentro do ideal da primeira fase do romantismo, de construção nacional, onde a temática indianista se faz presente. III. Com um derramamento sentimental e exaltação da derrota, o poema mostra uma concepção de mundo pessimista. É correto o que se afirma em: II e III, apenas. Você respondeuVocê respondeu Alternativa está incorreta. A afirmativa I está incorreta, pois o poema não é construído em decassílabos, mas em redondilhas menores, como é de costume no Romantismo. A afirmativa II está correta, pois o poema coloca os valores nacionais em primeiro plano, e o indígena é uma das figuras centrais desse nacionalismo. A afirmativa III está incorreta, pois não há sentimentalismo nem exaltação derrotista, mas uma concepção de mundo solar, que busca a construção nacional. Portanto, a alternativa correta é a II, apenas. A+ A A- https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos III, apenas. I, apenas. II, apenas. Resposta corretaResposta correta I e II, apenas. 0 / 0,2 ptsPergunta 2 Leia o poema de Álvares de Azevedo a seguir: Glória moribunda É uma visão medonha uma caveira? Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabeça ardente de um poeta, Outrora à sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas órbitas – ocas, denegridas! – Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo é cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a pérola, Como a caçoila a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levantá-la agora? Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas A+ A A- Onde está? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo. Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lâmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da ciência nada valem. A vida é um escárnio sem sentido, Comédia infame que ensanguenta o lodo. Fonte: AZEVEDO, Á. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977. p. 86-87. Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Mesclando ideais clássicos com a ilustração do período, o poema demonstra ainda u ordem anterior, destacada pelos poetas árcades, onde a simetria, a harmonia e a belez elementos centrais. II. O poema exemplifica de forma paradigmática o ideal do ultrarromantismo, em que, d outras características, a morbidez tem traços muito relevantes, como no poema em qu trata da temática vida/morte. III. Os temas macabros, muitos deles com carga satânica, estão muito presentes na po Álvares de Azevedo, mesclados com a temática do amor idealizado, do tédio, do vício, do pessimismo. IV. O poema, ao trazer traços de obscurantismo e hermetismo barroco, busca construir através de vocabulário truncado, sob os alicerces da norma culta lusitana, buscando a tradição colonial. É correto o que se afirma em: A+ A A- I e II, apenas. Você respondeuVocê respondeu A afirmativa I está incorreta, pois o poema é autenticamente romântico, não contendo ideais clássicos ou suas características, principalmente em seu teor macabro e carregado de lamentações. A afirmativa II está correta, pois o poema exemplifica perfeitamente o ultrarromantismo brasileiro, com sua morbidez e reflexão sobre a vida e a morte. A afirmativa III está correta, pois a temática macabra é muito presente na obra de Álvares de Azevedo, assim como o amor idealizado, o tédio, o vício, a noite e o pessimismo. A afirmativa IV está incorreta, pois o poema é o reverso do obscurantismo e hermetismo barroco, utilizando uma linguagem clara e fluida, nos moldes da renovação romântica. Portanto, as alternativas corretas são II e III, apenas. II e IV, apenas. II e III, apenas. Resposta corretaResposta correta III e IV, apenas. I e III, apenas. 0,2 / 0,2 ptsPergunta 3 Leia fragmento abaixo, de José de Alencar, e assinale a alternativa correta: [...] Era unicamente na hora da prece que se reuniam um momento na esplanada, onde, q tempo estava bom, as damas vinham também fazer a sua oração da tarde. Quanto à família, esta conservava-se sempre retirada no interior da casa durante a sem domingo era consagrado ao repouso, à distração e à alegria; então deva-se às vezes u acontecimento extraordinário como um passeio, uma caçada, ou uma volta em canoa p Já se vê pois a razão por que Álvaro tinha tantos desejos, como dizia o italiano, de che Paquequer em um sábado, e antes das seis horas; o moço sonhava com a aventura de curtos instantes de contemplação e com a liberdade do domingo, que lhe ofereceria ta ocasião de arriscar uma palavra. Formado o grupo da família, a conversa travou-se entre D. Antônio de Mariz, Álvaro e Lauriana; Diogo ficara um pouco retirado; as moças, tímidas, escutavam, e quase nunc animavam a dizer uma palavra sem que se dirigissem diretamente a elas, o que rara v sucedia. Álvaro, desejoso de ouvir a voz doce e argentina de Cecília, da qual ele tinha saudade tempo que não a escutava, procurou um pretexto que a chamasse à conversa. A+ A A- — Esquecia-me contar-vos, Sr. D. Antônio, disse ele aproveitando-se de uma pausa, u incidentes da nossa viagem. — Qual? Vejamos, respondeu o fidalgo. — A coisa dequatro léguas daqui encontramos Peri. — Inda bem! disse Cecília; há dois dias que não sabemos notícias dele. — Nada mais simples, replicou o fidalgo; ele corre todo este sertão. — Sim! tornou Álvaro, mas o modo por que o encontramos é que não vos parecerá tão — O que fazia então? — Brincava com uma onça como vós com o vosso veadinho, D. Cecília. — Meu Deus! exclamou a moça soltando um grito. — Que tens, menina? perguntou D. Lauriana. — É que ele deve estar morto a esta hora, minha mãe. — Não se perde grande coisa, respondeu a senhora. — Mas eu serei a causa de sua morte! — Como assim, minha filha? disse D. Antônio. — Vede vós, meu pai, respondeu Cecília enxugando as lágrimas que lhe saltavam dos conversava quinta-feira com Isabel, que tem grande medo de onças, e brincando, diss desejava ver uma viva!... — E Peri a foi buscar para satisfazer o teu desejo, replicou o fidalgo rindo. Não há que Outras tem ele feito. — Porém, meu pai, isto é coisa que se faça! A onça deve tê-lo morto. — Não vos assusteis, D. Cecília; ele saberá defender-se. — E vós, Sr. Álvaro, por que não o ajudastes a defender-se? disse a moça sentida. — Oh! se vísseis a raiva com que ficou por querermos atirar sobre o animal! E o moço contou parte da cena passada na floresta. — Não há dúvida, disse D. Antônio de Mariz, na sua cega dedicação por Cecília quis fa vontade com risco de vida. É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho vist terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia que aqui entrou, salvando minha filha vida tem sido um só ato de abnegação e heroísmo. Crede-me, Álvaro, é um cavalheiro no corpo de um selvagem! A conversa continuou; mas Cecília tinha ficado triste, não tomou mais parte nela. D. Lauriana retirou-se para dar as suas ordens; o velho fidalgo e o moço conversaram horas, em que o toque de uma campa no terreiro da casa veio anunciar a ceia. [...] Logo que seu pai ergueu-se, Cecília recolheu ao seu quarto, e ajoelhando diante do cr a sua oração. Depois, erguendo-se, foi levantar um canto da cortina da janela e olhar a que se erguia na ponta do rochedo, e estava deserta e solitária. A+ A A- Sentia apertar-se o coração com a idéia de que, por um gracejo, tivesse sido a causa d desse amigo dedicado que lhe salvara a vida, e arriscava todos os dias a sua somente la sorrir. Tudo nesta recâmara lhe falava dele: suas aves, seus dois amiguinhos que dormiam, u ninho e outro sobre o tapete, as penas que serviam de ornato ao aposento, as peles do que seus pés rogavam, o perfume suave de benjoim que ela respirava; tudo tinha vind que, como um poeta ou um artista, parecia criar em torno dela um pequeno templo dos da natureza brasileira. Ficou assim a olhar pela janela muito tempo; nessa ocasião nem se lembrava de Álvar cavalheiro elegante, tão delicado, tão tímido, que corava diante dela, como ela diante d De repente a moça estremeceu. Tinha visto a luz das estrelas passar um vulto que ela reconheceu pela alvura de sua t algodão, e pelas formas esbeltas e flexíveis; quando o vulto entrou na cabana, não lhe menor dúvida. Era Peri. Sentiu-se aliviada de um grande peso; e pôde então entregar-se ao prazer de examina um, com toda a atenção, os lindos objetos que recebera, e que lhe causavam um vivo Nisto gastou seguramente meia hora; depois deitou-se, e como já não tinha inquietaçã tristeza, adormeceu sorrindo à imagem de Álvaro e pensando na mágoa que lhe fizera recusando o seu mimo. Fonte: ALENCAR, J. O guarani. Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf) . Acesso em 11 de nove 2021. Adaptado. Considerando o fragmento apresentado, assinale a opção correta. A figura de Peri traz ao fragmento escolhido de O guarani um aspecto que retoma o imaginário do selvagem que vem sendo construído desde o barroco, colocando-o como herói nacional. A linguagem deste trecho de O guarani demonstra como era comum aos românticos uma fragmentação narrativa grande, em que o autor busca mostrar o seu tempo através de grande síntese. A narrativa, em busca de mostrar um retrato fiel dos selvagens indígenas, se mostra altamente aportuguesada, demonstrando uma fidelidade dos românticos brasileiros à estética lusitana. A+ A A- http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf O guarani mostra a faceta indianista do nosso Romantismo, e neste fragmento percebemos características como a descrição detalhada, o caráter histórico e a figura do indígena num plano privilegiado. Correto!Correto! Esta alternativa é a correta, pois nesse trecho do clássico romance de Alencar notamos a faceta indianista, colocando o indígena em plano privilegiado, usando para tanto uma descrição detalhada dos fatos. Peri, ao fracassar em seu intento, mostra, através do ideário romântico, como a figura do indígena selvagem interage com a civilização que se constrói naquele instante da história nacional. 0 / 0,2 ptsPergunta 4 Leia o seguinte texto: “[...] começa a fazer-se conhecido o último adolescente – e por certo o maior deles – d Romantismo, Antônio de Castro Alves. A sua estreia coincide com o amadurecer de uma situação nova: a crise do Brasil pura rural; o lento mas firme crescimento da cultura urbana, dos ideais democráticos e, port despontar de uma repulsa pela moral do senhor-e-servo, que poluía as fontes da vida f social no Brasil-Império. Outros são agora os modelos poéticos. E, não obstante continuem inseparáveis do inti romântico as cadências de Lamartine e de Musset, é a voz de Victor Hugo, satirizador e profeta de um mundo novo, que se faz ouvir com fascínio crescente. Castro Alves será novo pelo epos libertário e, apesar das influências confessadas de V Gonçalves Dias, será novo também nos versos de substância amorosa pela franqueza exprimir seus desejos e os encantos da mulher amada. Com ele fluem sem meandros as correntes de uma renovada lírica erótica, tanto mais f limpa quanto menos reclusa no labirinto de culpas sem remissão. A palavra do poeta b seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta. Aberta à realidade maciça de nação que sobrevive à custa de sangue escravizado: é o sentido último do ‘Navio Negr Fonte: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 19 133. Refletindo sobre o texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta ent A+ A A- I. A poesia de Castro Alves, que possui uma linguagem fluida e melódica, se abrirá à sensibilidade socialista ao cantar contra a escravidão. PORQUE II. Castro Alves é um poeta romântico cuja novidade está no caráter político-social de s tocada pelos novos ideais. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. As asserções I e II são ambas proposições falsas. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Você respondeuVocê respondeu A alternativa está incorreta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A asserção I é verdadeira, pois sua poesia é elaborada, possui linguagem clara e melodiosa, características que usa para cantar contra a bestialidade da escravidão. A asserção II é verdadeira, pois Castro Alves traz a novidade do poema político- social para o Romantismo. A asserção II é uma justificativa da I porque a questão político-social, principalmente a voltada à escravidão, é motor para obras de teor social futuramente. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Resposta corretaResposta correta 0 / 0,2 ptsPergunta 5 Leia o texto a seguir: Ao buscar uma arte realmente nova, revigorada e revolucionária, tanto em sua camada quanto em sua camada estética, o Romantismo criou a arte da burguesia que chegava como resultadoda Revolução Francesa. Além disso, surge ligado à grande euforia eur A+ A A- causada pela Revolução Industrial, com suas novas tecnologias, divisão de trabalho, o operárias, revoltas sociais etc. Ao contrário do Arcadismo, cujos aspecto revolucionário apenas na camada ideológica (conservando, no campo estético, os ideais e modelos d Classicismo), a poesia romântica é inovadora também no campo estético. Sendo assim inúmeras novidades para a poesia do período. Qual alternativa indica características do Romantismo? Racionalismo, contenção formal e influência lusitana. Liberdade formal, objetivismo expressivo e bucolismo. Liberdade formal, predomínio da emoção e uso da cultura popular. Resposta corretaResposta correta Liberdade formal, predomínio da emoção e bucolismo. Você respondeuVocê respondeu Sua resposta está incorreta. Dentre as novidades que caracterizavam o Romantismo, algumas que se destacavam eram liberdade formal, predomínio da emoção e uso da cultura popular. O “objetivismo expressivo” é característica do Naturalismo, enquanto o “bucolismo” é do Arcadismo. Racionalismo, contenção formal e bucolismo. Pontuação do teste: 0,2 de 1 A+ A A-