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Atividade Objetiva 3_ Literatura Brasileira

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Questões resolvidas

Leia o trecho do canto IV de I-Juca Pirama a seguir: Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo Tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, A+ A A- Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andei longes terras Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimoréis; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo, A+ A A- Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri.
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Ao analisar a estrutura formal do poema, notamos que se trata de um trabalho em decassílabos, contíguo à estética classicista. II. O poema está dentro do ideal da primeira fase do romantismo, de construção nacional, onde a temática indianista se faz presente. III. Com um derramamento sentimental e exaltação da derrota, o poema mostra uma concepção de mundo pessimista. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.
III, apenas.
I, apenas.
II, apenas.
I e II, apenas.

Leia o poema de Álvares de Azevedo a seguir: Glória moribunda É uma visão medonha uma caveira? Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabeça ardente de um poeta, Outrora à sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas órbitas – ocas, denegridas! – Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo é cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a pérola, Como a caçoila a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levantá-la agora? Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas A+ A A- Onde está? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo. Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lâmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da ciência nada valem. A vida é um escárnio sem sentido, Comédia infame que ensanguenta o lodo.
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Mesclando ideais clássicos com a ilustração do período, o poema demonstra ainda u ordem anterior, destacada pelos poetas árcades, onde a simetria, a harmonia e a belez elementos centrais. II. O poema exemplifica de forma paradigmática o ideal do ultrarromantismo, em que, d outras características, a morbidez tem traços muito relevantes, como no poema em qu trata da temática vida/morte. III. Os temas macabros, muitos deles com carga satânica, estão muito presentes na po Álvares de Azevedo, mesclados com a temática do amor idealizado, do tédio, do vício, do pessimismo. IV. O poema, ao trazer traços de obscurantismo e hermetismo barroco, busca construir através de vocabulário truncado, sob os alicerces da norma culta lusitana, buscando a tradição colonial. É correto o que se afirma em:
I e II, apenas.
II e IV, apenas.
II e III, apenas.
III e IV, apenas.
I e III, apenas.

Leia fragmento abaixo, de José de Alencar, e assinale a alternativa correta: [...] Era unicamente na hora da prece que se reuniam um momento na esplanada, onde, q tempo estava bom, as damas vinham também fazer a sua oração da tarde. Quanto à família, esta conservava-se sempre retirada no interior da casa durante a sem domingo era consagrado ao repouso, à distração e à alegria; então deva-se às vezes u acontecimento extraordinário como um passeio, uma caçada, ou uma volta em canoa p Já se vê pois a razão por que Álvaro tinha tantos desejos, como dizia o italiano, de che Paquequer em um sábado, e antes das seis horas; o moço sonhava com a aventura de curtos instantes de contemplação e com a liberdade do domingo, que lhe ofereceria ta ocasião de arriscar uma palavra.
Considerando o fragmento apresentado, assinale a opção correta.
A figura de Peri traz ao fragmento escolhido de O guarani um aspecto que retoma o imaginário do selvagem que vem sendo construído desde o barroco, colocando-o como herói nacional.
A linguagem deste trecho de O guarani demonstra como era comum aos românticos uma fragmentação narrativa grande, em que o autor busca mostrar o seu tempo através de grande síntese.
A narrativa, em busca de mostrar um retrato fiel dos selvagens indígenas, se mostra altamente aportuguesada, demonstrando uma fidelidade dos românticos brasileiros à estética lusitana.
O guarani mostra a faceta indianista do nosso Romantismo, e neste fragmento percebemos características como a descrição detalhada, o caráter histórico e a figura do indígena num plano privilegiado.

Refletindo sobre o texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
I. A poesia de Castro Alves, que possui uma linguagem fluida e melódica, se abrirá à sensibilidade socialista ao cantar contra a escravidão.
II. Castro Alves é um poeta romântico cuja novidade está no caráter político-social de sua obra, tocada pelos novos ideais.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As asserções I e II são ambas proposições falsas.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.

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Questões resolvidas

Leia o trecho do canto IV de I-Juca Pirama a seguir: Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo Tupi. Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, A+ A A- Guerreiros, nasci; Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. Já vi cruas brigas, De tribos imigas, E as duras fadigas Da guerra provei; Nas ondas mendaces Senti pelas faces Os silvos fugaces Dos ventos que amei. Andei longes terras Lidei cruas guerras, Vaguei pelas serras Dos vis Aimoréis; Vi lutas de bravos, Vi fortes - escravos! De estranhos ignavos Calcados aos pés. E os campos talados, E os arcos quebrados, E os piagas coitados Já sem maracás; E os meigos cantores, Servindo a senhores, Que vinham traidores, Com mostras de paz. Aos golpes do imigo, A+ A A- Meu último amigo, Sem lar, sem abrigo Caiu junto a mi! Com plácido rosto, Sereno e composto, O acerbo desgosto Comigo sofri.
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Ao analisar a estrutura formal do poema, notamos que se trata de um trabalho em decassílabos, contíguo à estética classicista. II. O poema está dentro do ideal da primeira fase do romantismo, de construção nacional, onde a temática indianista se faz presente. III. Com um derramamento sentimental e exaltação da derrota, o poema mostra uma concepção de mundo pessimista. É correto o que se afirma em:
II e III, apenas.
III, apenas.
I, apenas.
II, apenas.
I e II, apenas.

Leia o poema de Álvares de Azevedo a seguir: Glória moribunda É uma visão medonha uma caveira? Não tremas de pavor, ergue-a do lodo. Foi a cabeça ardente de um poeta, Outrora à sombra dos cabelos loiros. Quando o reflexo do viver fogoso Ali dentro animava o pensamento, Esta fronte era bela. Aqui nas faces Formosa palidez cobria o rosto; Nessas órbitas – ocas, denegridas! – Como era puro seu olhar sombrio! Agora tudo é cinza. Resta apenas A caveira que a alma em si guardava, Como a concha no mar encerra a pérola, Como a caçoila a mirra incandescente. Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Por que repugnas levantá-la agora? Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! Quanta vida ali dentro fermentava, Como a seiva nos ramos do arvoredo! E a sede em fogo das ideias vivas A+ A A- Onde está? onde foi? Essa alma errante Que um dia no viver passou cantando, Como canta na treva um vagabundo. Perdeu-se acaso no sombrio vento, Como noturna lâmpada apagou-se? E a centelha da vida, o eletrismo Que as fibras tremulantes agitava Morreu para animar futuras vidas? Sorris? eu sou um louco. As utopias, Os sonhos da ciência nada valem. A vida é um escárnio sem sentido, Comédia infame que ensanguenta o lodo.
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. Mesclando ideais clássicos com a ilustração do período, o poema demonstra ainda u ordem anterior, destacada pelos poetas árcades, onde a simetria, a harmonia e a belez elementos centrais. II. O poema exemplifica de forma paradigmática o ideal do ultrarromantismo, em que, d outras características, a morbidez tem traços muito relevantes, como no poema em qu trata da temática vida/morte. III. Os temas macabros, muitos deles com carga satânica, estão muito presentes na po Álvares de Azevedo, mesclados com a temática do amor idealizado, do tédio, do vício, do pessimismo. IV. O poema, ao trazer traços de obscurantismo e hermetismo barroco, busca construir através de vocabulário truncado, sob os alicerces da norma culta lusitana, buscando a tradição colonial. É correto o que se afirma em:
I e II, apenas.
II e IV, apenas.
II e III, apenas.
III e IV, apenas.
I e III, apenas.

Leia fragmento abaixo, de José de Alencar, e assinale a alternativa correta: [...] Era unicamente na hora da prece que se reuniam um momento na esplanada, onde, q tempo estava bom, as damas vinham também fazer a sua oração da tarde. Quanto à família, esta conservava-se sempre retirada no interior da casa durante a sem domingo era consagrado ao repouso, à distração e à alegria; então deva-se às vezes u acontecimento extraordinário como um passeio, uma caçada, ou uma volta em canoa p Já se vê pois a razão por que Álvaro tinha tantos desejos, como dizia o italiano, de che Paquequer em um sábado, e antes das seis horas; o moço sonhava com a aventura de curtos instantes de contemplação e com a liberdade do domingo, que lhe ofereceria ta ocasião de arriscar uma palavra.
Considerando o fragmento apresentado, assinale a opção correta.
A figura de Peri traz ao fragmento escolhido de O guarani um aspecto que retoma o imaginário do selvagem que vem sendo construído desde o barroco, colocando-o como herói nacional.
A linguagem deste trecho de O guarani demonstra como era comum aos românticos uma fragmentação narrativa grande, em que o autor busca mostrar o seu tempo através de grande síntese.
A narrativa, em busca de mostrar um retrato fiel dos selvagens indígenas, se mostra altamente aportuguesada, demonstrando uma fidelidade dos românticos brasileiros à estética lusitana.
O guarani mostra a faceta indianista do nosso Romantismo, e neste fragmento percebemos características como a descrição detalhada, o caráter histórico e a figura do indígena num plano privilegiado.

Refletindo sobre o texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
I. A poesia de Castro Alves, que possui uma linguagem fluida e melódica, se abrirá à sensibilidade socialista ao cantar contra a escravidão.
II. Castro Alves é um poeta romântico cuja novidade está no caráter político-social de sua obra, tocada pelos novos ideais.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
As asserções I e II são ambas proposições falsas.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.

Prévia do material em texto

Atividade Objetiva 3
Entrega 28 nov em 23:59 Pontos 1 Perguntas 5
Disponível 8 ago em 0:00 - 28 nov em 23:59 Limite de tempo Nenhum
Tentativas permitidas 2
Instruções
Este teste foi travado 28 nov em 23:59.
Histórico de tentativas
Tentativa Tempo Pontuação
MANTIDO Tentativa 1 2.262 minutos 0,4 de 1
MAIS RECENTE Tentativa 2 50 minutos 0,2 de 1
Tentativa 1 2.262 minutos 0,4 de 1
Pontuação desta tentativa: 0,2 de 1
Enviado 28 nov em 14:01
Esta tentativa levou 50 minutos.
Importante:
Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em
"FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página.
0 / 0,2 ptsPergunta 1
Leia o trecho do canto IV de I-Juca Pirama a seguir:
 
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo Tupi.
 
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
A+
A
A-
https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=1
https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=2
https://famonline.instructure.com/courses/23590/quizzes/102972/history?version=1
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
 
Já vi cruas brigas,
De tribos imigas,
E as duras fadigas
Da guerra provei;
Nas ondas mendaces
Senti pelas faces
Os silvos fugaces
Dos ventos que amei.
 
Andei longes terras
Lidei cruas guerras,
Vaguei pelas serras
Dos vis Aimoréis;
Vi lutas de bravos,
Vi fortes - escravos!
De estranhos ignavos
Calcados aos pés.
 
E os campos talados,
E os arcos quebrados,
E os piagas coitados
Já sem maracás;
E os meigos cantores,
Servindo a senhores,
Que vinham traidores,
Com mostras de paz.
 
Aos golpes do imigo,
A+
A
A-
Meu último amigo,
Sem lar, sem abrigo
Caiu junto a mi!
Com plácido rosto,
Sereno e composto,
O acerbo desgosto
Comigo sofri.
 
[...]
 
 
Fonte: D. Gonçalves. I-Juca Pirama. Academia Brasileira de Letras. Disponível em:
https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos 
(https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos) . Acesso em
novembro de 2021. Adaptado.
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo:
I. Ao analisar a estrutura formal do poema, notamos que se trata de um trabalho em
decassílabos, contíguo à estética classicista.
II. O poema está dentro do ideal da primeira fase do romantismo, de construção
nacional, onde a temática indianista se faz presente.
III. Com um derramamento sentimental e exaltação da derrota, o poema mostra uma
concepção de mundo pessimista.
É correto o que se afirma em:
 II e III, apenas. Você respondeuVocê respondeu
Alternativa está incorreta. A afirmativa I está incorreta, pois o poema não é
construído em decassílabos, mas em redondilhas menores, como é de costume
no Romantismo. A afirmativa II está correta, pois o poema coloca os valores
nacionais em primeiro plano, e o indígena é uma das figuras centrais desse
nacionalismo. A afirmativa III está incorreta, pois não há sentimentalismo nem
exaltação derrotista, mas uma concepção de mundo solar, que busca a
construção nacional. Portanto, a alternativa correta é a II, apenas.
A+
A
A-
https://www.academia.org.br/academicos/goncalves-dias/textos-escolhidos
 III, apenas. 
 I, apenas. 
 II, apenas. Resposta corretaResposta correta
 I e II, apenas. 
0 / 0,2 ptsPergunta 2
Leia o poema de Álvares de Azevedo a seguir:
 
Glória moribunda
 
É uma visão medonha uma caveira?
Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.
Foi a cabeça ardente de um poeta,
Outrora à sombra dos cabelos loiros.
Quando o reflexo do viver fogoso
Ali dentro animava o pensamento,
Esta fronte era bela. Aqui nas faces
Formosa palidez cobria o rosto;
Nessas órbitas – ocas, denegridas! –
Como era puro seu olhar sombrio!
 
Agora tudo é cinza. Resta apenas
A caveira que a alma em si guardava,
Como a concha no mar encerra a pérola,
Como a caçoila a mirra incandescente.
Tu outrora talvez desses-lhe um beijo;
Por que repugnas levantá-la agora?
Olha-a comigo! Que espaçosa fronte!
Quanta vida ali dentro fermentava,
Como a seiva nos ramos do arvoredo!
E a sede em fogo das ideias vivas
A+
A
A-
Onde está? onde foi? Essa alma errante
Que um dia no viver passou cantando,
Como canta na treva um vagabundo.
 
Perdeu-se acaso no sombrio vento,
Como noturna lâmpada apagou-se?
E a centelha da vida, o eletrismo
Que as fibras tremulantes agitava
Morreu para animar futuras vidas?
 
Sorris? eu sou um louco. As utopias,
Os sonhos da ciência nada valem.
A vida é um escárnio sem sentido,
Comédia infame que ensanguenta o lodo.
 
 
Fonte: AZEVEDO, Á. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1977. p. 86-87.
 
Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo:
 
I. Mesclando ideais clássicos com a ilustração do período, o poema demonstra ainda u
ordem anterior, destacada pelos poetas árcades, onde a simetria, a harmonia e a belez
elementos centrais.
 
II. O poema exemplifica de forma paradigmática o ideal do ultrarromantismo, em que, d
outras características, a morbidez tem traços muito relevantes, como no poema em qu
trata da temática vida/morte.
 
III. Os temas macabros, muitos deles com carga satânica, estão muito presentes na po
Álvares de Azevedo, mesclados com a temática do amor idealizado, do tédio, do vício,
do pessimismo.
 
IV. O poema, ao trazer traços de obscurantismo e hermetismo barroco, busca construir
através de vocabulário truncado, sob os alicerces da norma culta lusitana, buscando a
tradição colonial.
 
É correto o que se afirma em:
A+
A
A-
 I e II, apenas. Você respondeuVocê respondeu
A afirmativa I está incorreta, pois o poema é autenticamente romântico, não
contendo ideais clássicos ou suas características, principalmente em seu teor
macabro e carregado de lamentações. A afirmativa II está correta, pois o poema
exemplifica perfeitamente o ultrarromantismo brasileiro, com sua morbidez e
reflexão sobre a vida e a morte. A afirmativa III está correta, pois a temática
macabra é muito presente na obra de Álvares de Azevedo, assim como o amor
idealizado, o tédio, o vício, a noite e o pessimismo. A afirmativa IV está incorreta,
pois o poema é o reverso do obscurantismo e hermetismo barroco, utilizando uma
linguagem clara e fluida, nos moldes da renovação romântica. Portanto, as
alternativas corretas são II e III, apenas.
 II e IV, apenas. 
 II e III, apenas. Resposta corretaResposta correta
 III e IV, apenas. 
 I e III, apenas. 
0,2 / 0,2 ptsPergunta 3
Leia fragmento abaixo, de José de Alencar, e assinale a alternativa correta:
 
[...]
Era unicamente na hora da prece que se reuniam um momento na esplanada, onde, q
tempo estava bom, as damas vinham também fazer a sua oração da tarde.
Quanto à família, esta conservava-se sempre retirada no interior da casa durante a sem
domingo era consagrado ao repouso, à distração e à alegria; então deva-se às vezes u
acontecimento extraordinário como um passeio, uma caçada, ou uma volta em canoa p
Já se vê pois a razão por que Álvaro tinha tantos desejos, como dizia o italiano, de che
Paquequer em um sábado, e antes das seis horas; o moço sonhava com a aventura de
curtos instantes de contemplação e com a liberdade do domingo, que lhe ofereceria ta
ocasião de arriscar uma palavra.
Formado o grupo da família, a conversa travou-se entre D. Antônio de Mariz, Álvaro e 
Lauriana; Diogo ficara um pouco retirado; as moças, tímidas, escutavam, e quase nunc
animavam a dizer uma palavra sem que se dirigissem diretamente a elas, o que rara v
sucedia.
Álvaro, desejoso de ouvir a voz doce e argentina de Cecília, da qual ele tinha saudade
tempo que não a escutava, procurou um pretexto que a chamasse à conversa.
A+
A
A-
— Esquecia-me contar-vos, Sr. D. Antônio, disse ele aproveitando-se de uma pausa, u
incidentes da nossa viagem.
— Qual? Vejamos, respondeu o fidalgo.
— A coisa dequatro léguas daqui encontramos Peri.
— Inda bem! disse Cecília; há dois dias que não sabemos notícias dele.
— Nada mais simples, replicou o fidalgo; ele corre todo este sertão.
— Sim! tornou Álvaro, mas o modo por que o encontramos é que não vos parecerá tão
— O que fazia então?
— Brincava com uma onça como vós com o vosso veadinho, D. Cecília.
— Meu Deus! exclamou a moça soltando um grito.
— Que tens, menina? perguntou D. Lauriana.
— É que ele deve estar morto a esta hora, minha mãe.
— Não se perde grande coisa, respondeu a senhora.
— Mas eu serei a causa de sua morte!
— Como assim, minha filha? disse D. Antônio.
— Vede vós, meu pai, respondeu Cecília enxugando as lágrimas que lhe saltavam dos
conversava quinta-feira com Isabel, que tem grande medo de onças, e brincando, diss
desejava ver uma viva!...
— E Peri a foi buscar para satisfazer o teu desejo, replicou o fidalgo rindo. Não há que
Outras tem ele feito.
— Porém, meu pai, isto é coisa que se faça! A onça deve tê-lo morto.
— Não vos assusteis, D. Cecília; ele saberá defender-se.
— E vós, Sr. Álvaro, por que não o ajudastes a defender-se? disse a moça sentida.
— Oh! se vísseis a raiva com que ficou por querermos atirar sobre o animal!
E o moço contou parte da cena passada na floresta.
— Não há dúvida, disse D. Antônio de Mariz, na sua cega dedicação por Cecília quis fa
vontade com risco de vida. É para mim uma das coisas mais admiráveis que tenho vist
terra, o caráter desse índio. Desde o primeiro dia que aqui entrou, salvando minha filha
vida tem sido um só ato de abnegação e heroísmo. Crede-me, Álvaro, é um cavalheiro
no corpo de um selvagem!
A conversa continuou; mas Cecília tinha ficado triste, não tomou mais parte nela.
D. Lauriana retirou-se para dar as suas ordens; o velho fidalgo e o moço conversaram 
horas, em que o toque de uma campa no terreiro da casa veio anunciar a ceia.
[...]
Logo que seu pai ergueu-se, Cecília recolheu ao seu quarto, e ajoelhando diante do cr
a sua oração. Depois, erguendo-se, foi levantar um canto da cortina da janela e olhar a
que se erguia na ponta do rochedo, e estava deserta e solitária.
A+
A
A-
Sentia apertar-se o coração com a idéia de que, por um gracejo, tivesse sido a causa d
desse amigo dedicado que lhe salvara a vida, e arriscava todos os dias a sua somente
la sorrir.
Tudo nesta recâmara lhe falava dele: suas aves, seus dois amiguinhos que dormiam, u
ninho e outro sobre o tapete, as penas que serviam de ornato ao aposento, as peles do
que seus pés rogavam, o perfume suave de benjoim que ela respirava; tudo tinha vind
que, como um poeta ou um artista, parecia criar em torno dela um pequeno templo dos
da natureza brasileira.
Ficou assim a olhar pela janela muito tempo; nessa ocasião nem se lembrava de Álvar
cavalheiro elegante, tão delicado, tão tímido, que corava diante dela, como ela diante d
De repente a moça estremeceu.
Tinha visto a luz das estrelas passar um vulto que ela reconheceu pela alvura de sua t
algodão, e pelas formas esbeltas e flexíveis; quando o vulto entrou na cabana, não lhe
menor dúvida.
Era Peri.
Sentiu-se aliviada de um grande peso; e pôde então entregar-se ao prazer de examina
um, com toda a atenção, os lindos objetos que recebera, e que lhe causavam um vivo 
Nisto gastou seguramente meia hora; depois deitou-se, e como já não tinha inquietaçã
tristeza, adormeceu sorrindo à imagem de Álvaro e pensando na mágoa que lhe fizera
recusando o seu mimo.
 
Fonte: ALENCAR, J. O guarani. Domínio Público. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf 
(http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf) . Acesso em 11 de nove
2021. Adaptado.
 
Considerando o fragmento apresentado, assinale a opção correta.
 
A figura de Peri traz ao fragmento escolhido de O guarani um aspecto que retoma o
imaginário do selvagem que vem sendo construído desde o barroco, colocando-o como
herói nacional.
 
A linguagem deste trecho de O guarani demonstra como era comum aos românticos
uma fragmentação narrativa grande, em que o autor busca mostrar o seu tempo através
de grande síntese.
 
A narrativa, em busca de mostrar um retrato fiel dos selvagens indígenas, se mostra
altamente aportuguesada, demonstrando uma fidelidade dos românticos brasileiros à
estética lusitana.
A+
A
A-
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000135.pdf
 
O guarani mostra a faceta indianista do nosso Romantismo, e neste fragmento
percebemos características como a descrição detalhada, o caráter histórico e a figura do
indígena num plano privilegiado.
Correto!Correto!
Esta alternativa é a correta, pois nesse trecho do clássico romance de Alencar notamos a faceta indianista,
colocando o indígena em plano privilegiado, usando para tanto uma descrição detalhada dos fatos.
 
Peri, ao fracassar em seu intento, mostra, através do ideário romântico, como a figura do
indígena selvagem interage com a civilização que se constrói naquele instante da
história nacional.
0 / 0,2 ptsPergunta 4
Leia o seguinte texto:
 
“[...] começa a fazer-se conhecido o último adolescente – e por certo o maior deles – d
Romantismo, Antônio de Castro Alves.
A sua estreia coincide com o amadurecer de uma situação nova: a crise do Brasil pura
rural; o lento mas firme crescimento da cultura urbana, dos ideais democráticos e, port
despontar de uma repulsa pela moral do senhor-e-servo, que poluía as fontes da vida f
social no Brasil-Império.
Outros são agora os modelos poéticos. E, não obstante continuem inseparáveis do inti
romântico as cadências de Lamartine e de Musset, é a voz de Victor Hugo, satirizador 
e profeta de um mundo novo, que se faz ouvir com fascínio crescente.
Castro Alves será novo pelo epos libertário e, apesar das influências confessadas de V
Gonçalves Dias, será novo também nos versos de substância amorosa pela franqueza
exprimir seus desejos e os encantos da mulher amada.
Com ele fluem sem meandros as correntes de uma renovada lírica erótica, tanto mais f
limpa quanto menos reclusa no labirinto de culpas sem remissão. A palavra do poeta b
seria, no contexto em que se inseriu, uma palavra aberta. Aberta à realidade maciça de
nação que sobrevive à custa de sangue escravizado: é o sentido último do ‘Navio Negr
 
 
Fonte: BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 19
133.
 
Refletindo sobre o texto acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta ent
A+
A
A-
 
I. A poesia de Castro Alves, que possui uma linguagem fluida e melódica, se abrirá à
sensibilidade socialista ao cantar contra a escravidão.
 
PORQUE
 
II. Castro Alves é um poeta romântico cuja novidade está no caráter político-social de s
tocada pelos novos ideais.
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
 A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
 As asserções I e II são ambas proposições falsas. 
 A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Você respondeuVocê respondeu
A alternativa está incorreta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras,
e a II é uma justificativa da I.
A asserção I é verdadeira, pois sua poesia é elaborada, possui linguagem clara e
melodiosa, características que usa para cantar contra a bestialidade da
escravidão.
A asserção II é verdadeira, pois Castro Alves traz a novidade do poema político-
social para o Romantismo.
A asserção II é uma justificativa da I porque a questão político-social,
principalmente a voltada à escravidão, é motor para obras de teor social
futuramente.
 As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. Resposta corretaResposta correta
0 / 0,2 ptsPergunta 5
Leia o texto a seguir:
 
Ao buscar uma arte realmente nova, revigorada e revolucionária, tanto em sua camada
quanto em sua camada estética, o Romantismo criou a arte da burguesia que chegava
como resultadoda Revolução Francesa. Além disso, surge ligado à grande euforia eur
A+
A
A-
causada pela Revolução Industrial, com suas novas tecnologias, divisão de trabalho, o
operárias, revoltas sociais etc. Ao contrário do Arcadismo, cujos aspecto revolucionário
apenas na camada ideológica (conservando, no campo estético, os ideais e modelos d
Classicismo), a poesia romântica é inovadora também no campo estético. Sendo assim
inúmeras novidades para a poesia do período.
 
Qual alternativa indica características do Romantismo?
 Racionalismo, contenção formal e influência lusitana. 
 Liberdade formal, objetivismo expressivo e bucolismo. 
 Liberdade formal, predomínio da emoção e uso da cultura popular. Resposta corretaResposta correta
 Liberdade formal, predomínio da emoção e bucolismo. Você respondeuVocê respondeu
Sua resposta está incorreta.
Dentre as novidades que caracterizavam o Romantismo, algumas que se
destacavam eram liberdade formal, predomínio da emoção e uso da cultura
popular. O “objetivismo expressivo” é característica do Naturalismo, enquanto o
“bucolismo” é do Arcadismo.
 
 Racionalismo, contenção formal e bucolismo. 
Pontuação do teste: 0,2 de 1
A+
A
A-

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