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AO2 Iniciado: 12 dez em 21:06 Instruções do teste Importante: Caso você esteja realizando a atividade através do aplicativo "Canvas Student", é necessário que você clique em "FAZER O QUESTIONÁRIO", no final da página. 0,6 ptsPergunta 1 Leia o poema a seguir, de autoria de Cláudio Manuel da Costa: Soneto IV Sou Pastor; não te nego; os meus montados São esses, que aí vês; vivo contente Ao trazer entre a relva florescente A doce companhia dos meus gados; Ali me ouvem os troncos namorados, Em que se transformou a antiga gente; Qualquer deles o seu estrago sente; Como eu sinto também os meus cuidados. Vós, ó troncos (lhes digo), que algum dia Firmes vos contemplastes, e seguros Nos braços de uma bela companhia; A+ A A- A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. As asserções I e II são ambas proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. Consolai-vos comigo, ó troncos duros; Que eu alegre algum tempo assim me via; E hoje os tratos de Amor choro perjuros. Fonte: COSTA, C. M. Textos escolhidos. Academia Brasileira de Letras. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/claudio-manoel-da- costa/textos-escolhidos (https://www.academia.org.br/academicos/claudio- manoel-da-costa/textos-escolhidos) . Acesso em 11 de novembro de 2021. Adaptado Refletindo sobre o poema acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. O poema é uma canção em que notamos algumas das principais e mais relevantes características barrocas nacionais. PORQUE II. O poema expressa uma dor verdadeira, porém de maneira fingida, em que a realidade se converte em arte. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 0,6 ptsPergunta 2 A+ A A- https://www.academia.org.br/academicos/claudio-manoel-da-costa/textos-escolhidos Leia o trecho do conto O alienista, de Machado de Assis, a seguir: A mania das grandezas tinha exemplares notáveis. O mais notável era um pobre- diabo, filho de um algibebe, que narrava às paredes (porque não olhava nunca para nenhuma pessoa) toda a sua genealogia, que era esta: — Deus engendrou um ovo, o ovo engendrou a espada, a espada engendrou Davi, Davi engendrou a púrpura, a púrpura engendrou o duque, o duque engendrou o marquês, o marquês engendrou o conde, que sou eu. Dava uma pancada na testa, um estalo com os dedos, e repetia cinco, seis vezes seguidas: — Deus engendrou um ovo, o ovo, etc. Outro da mesma espécie era um escrivão, que se vendia por mordomo do rei; outro era um boiadeiro de Minas, cuja mania era distribuir boiadas a toda a gente, dava trezentas cabeças a um, seiscentas a outro, mil e duzentas a outro, e não acabava mais. Não falo dos casos de monomania religiosa; apenas citarei um sujeito que, chamando-se João de Deus, dizia agora ser o deus João, e prometia o reino dos céus a quem o adorasse, e as penas do inferno aos outros; e depois desse, o licenciado Garcia, que não dizia nada, porque imaginava que no dia em que chegasse a proferir uma só palavra, todas as estrelas se despegariam do céu e abrasariam a terra; tal era o poder que recebera de Deus. Assim o escrevia ele no papel que o alienista lhe mandava dar, menos por caridade do que por interesse científico. Que, na verdade, a paciência do alienista era ainda mais extraordinária do que todas as manias hospedadas na Casa Verde; nada menos que assombrosa. Simão Bacamarte começou por organizar um pessoal de administração; e, aceitando essa ideia ao boticário Crispim Soares, aceitou-lhe também dois sobrinhos, a quem incumbiu da execução de um regimento que lhes deu, aprovado pela Câmara, da distribuição da comida e da roupa, e assim também da escrita, etc. Era o melhor que podia fazer, para somente cuidar do seu ofício. — A Casa Verde, disse ele ao vigário, é agora uma espécie de mundo, em que há o governo temporal e o governo espiritual. E o Padre Lopes ria deste pio trocado, — e acrescentava, — com o único fim de dizer também uma chalaça: — Deixe estar, deixe estar, que hei de mandá-lo denunciar ao papa. Uma vez desonerado da administração, o alienista procedeu a uma vasta classificação dos seus enfermos. Dividiu-os primeiramente em duas classes principais: os furiosos e os mansos; daí passou às subclasses, monomanias, delírios, alucinações diversas. A+ A A- I, apenas. Isto feito, começou um estudo aturado e contínuo; analisava os hábitos de cada louco, as horas de acesso, as aversões, as simpatias, as palavras, os gestos, as tendências; inquiria da vida dos enfermos, profissão, costumes, circunstâncias da revelação mórbida, acidentes da infância e da mocidade, doenças de outra espécie, antecedentes na família, uma devassa, enfim, como a não faria o mais atilado corregedor. E cada dia notava uma observação nova, uma descoberta interessante, um fenômeno extraordinário. Ao mesmo tempo estudava o melhor regímen, as substâncias medicamentosas, os meios curativos e os meios paliativos, não só os que vinham nos seus amados árabes, como os que ele mesmo descobria, à força de sagacidade e paciência. Ora, todo esse trabalho levava-lhe o melhor e o mais do tempo. Mal dormia e mal comia; e, ainda comendo, era como se trabalhasse, porque ora interrogava um texto antigo, ora ruminava uma questão, e ia muitas vezes de um cabo a outro do jantar sem dizer uma só palavra a D. Evarista. [...] Fonte: ASSIS, M. O alienista. Domínio Público. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf) . Acesso em 11 de novembro de 2021. Considerando fragmento do conto de Machado, avalie as afirmativas abaixo: I. O narrador em primeira pessoa perscruta de maneira aguda a alma humana em busca compreender seus comportamentos e ações, suas vaidades e corrupções. II. O alienista apresenta o realismo de Machado, abrindo campo a toda sua obra posterior e apresentando sua profunda análise psicológica aliada à crítica social. III. Apresentando características que prevalecem em uma cenografia rural, o conto busca compreender como os impactos sociais atuam no psicológico geral. É correto o que se afirma em: A+ A A- http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000231.pdf I e III, apenas. I e II, apenas. III, apenas. II, apenas. 0,6 ptsPergunta 3 Leia o fragmento do poema de Sousândrade a seguir: O Inferno de Wall Street 1 (O GUESA, tendo atravessado as ANTILHAS, crê-se livre dos XEQUES e penetra em NEW-YORK-STOCK-EXCHANGE; a Voz dos desertos:) – Orfeu, Dante, Æneas ao inferno Desceram; o Inca há de subir … = Ogni sp’ranza lasciate, Che entrate … – Swedenborg, há mundo porvir? 2 (Xeques surgindo risonhos e disfarçados em Railroad-managers, Stockjobbers, Pimpbrokers, etc., etc., apregoando:) – Harlem! Erie! Central! Pennsylvania! = Milhão ! cem milhões !! mil milhões!!! – Young é Grant! Jackson, Atkinson! A+ A A- I e III, apenas. Vanderbilts, Jay Goulds, anões! 3 (A Voz mal ouvida dentre a trovoada:) – Fulton’s Folly, Codezo’s Forgery… Fraude é o clamor da nação! Não entendem odes Railroads; Paralela Wall Street à Chattám… [...] Fonte: SOUSÂNDRADE. O Guesa. São Paulo: Demônio Negro, 2012. p.222 Considerando o poema, avalie as afirmativas abaixo: I. A partir da figuração do eu romântico crivado pelo pessimismo, pelo spleen e pelo mal do século, os fragmentos apresentados caracterizam a ingenuidade do Romantismo brasileiro em sua fase byroniana. II. Contendo métrica e ritmos variados em seu corpo estrutural, os fragmentos apresentados colocam em relevo heróis europeus em contraste com o mundo novo e natural dos habitantes originários da terra. III. Poema de extrema sofisticação e novidade para a época, a estrutura de O Infernode Wall Street demonstra, a partir de uma crítica contundente, perpassada pela ironia ácida, a hipocrisia republicana dos EUA. IV. Formalmente, há uma fragmentação vertiginosa, sustentada por uma elaborada estruturação de rimas que alicerçam o ritmo, adiantando as tensões do poeta diante das ruínas e da decomposição da modernidade capitalista. É correto o que se afirma em: A+ A A- II e III, apenas. II e IV, apenas. I e II, apenas. III e IV, apenas. 0,6 ptsPergunta 4 Leia o canto ameríndio dos Mbyá-Guarani do Guairá abaixo Os primitivos do rito do Colibri Nosso primeiro Pai, sumo, supremo, a sós foi desdobrando a si mesmo do caos obscuro do começo. As celestes plantas dos pés, o breve arco do assento, a sós foi desdobrando, ereto, do caos obscuro do começo. O lume de seus olhos-de-céu, os divinos ouvidos, as palmas celestes com brotos floridos abriu Ñamandui, desabrochando do caos obscuro do começo. Sobre a fronte do deus A+ A A- A figura do colibri, no canto ameríndio mencionado, busca sintetizar a figura do Deus cristão em uma imagem construída depois da conversão jesuítica. Concentrada num cenário ameno, que os árcades chamariam de locus amoenus, o canto ameríndio celebra a valentia guerreira dos povos originários da terra. Através de uma poética que concentra em suas estruturas características da literatura de formação, o canto apresenta uma linguagem objetiva e concreta. O canto revela as figuras da linguagem e do sujeito cosmológico, trazendo para o primeiro plano a mitopoética ameríndia e seu exercício espiritual. A expressão que se repete como estribilho no canto “caos obscuro do começo” refere-se às batalhas sangrentas e inacabáveis entre os indígenas e os europeus. as flores do cocar – olhos de orvalho. Entre as corolas do cocar sagrado o Colibri, pássaro original, pairava, esvoaçante. Fonte: BAPTISTA, J. V. Roça barroca. São Paulo: Cosac Naify, 2011. p. 25. Considerando o canto ameríndio dos Mbyá-Guarani do Guairá, assinale a opção correta. 0,6 ptsPergunta 5 Leia o fragmento de poema a seguir de autoria de José de Anchieta: Podes mãe, descansar; já tens quanto querias: Varam-te o coração todas as agonias. Este golpe encontrou o seu corpo desfeito: só tu colhes o golpe em compassivo peito. A+ A A- Chaga santa, eis te abriu, mais que o ferro da lança, o amor de nosso amor, que amou sem temperança! Ó rio, que confluis das nascentes do Éden, todo se embebe o chão das águas que retém! Ó caminho real, áurea porta da altura! Torre de fortaleza, abrigo da alma pura! Ó rosa a trescalar santo odor que embriaga! Joia com que no céu o pobre um trono paga! Doce ninho no qual pombas põem seus ovinhos e casta rola nutre os tenros filhotinhos! Ó chaga que és rubi de ornamento e esplendor, cravas os peitos bons de divinal amor! Ó ferida a ferir corações de imprevisto, abres estrada larga ao coração de Cristo! Prova do estranho amor, que nos força à unidade! Porto a que se recolhe a barca em tempestade! Refugiam-se a ti os que o mau pisa e afronta: mas tu a todo o mal és medicina pronta! Quem se verga em tristeza, em consolo se alarga: por ti, depõe do peito a dura sobrecarga! Por ti, o pecador, firme em sua esperança, sem temor, chega ao lar da bem-aventurança! Ó morada de paz! sempre viva cisterna da torrente que jorra até a vida eterna! Esta ferida, ó mãe, só se abriu em teu peito: quem a sofre és tu só, só tu lhe tens direito. Que nesse peito aberto eu me possa meter, possa no coração de meu Senhor viver! Por aí entrarei ao amor descoberto, A+ A A- As asserções I e II são ambas proposições falsas. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. terei aí descanso, aí meu pouso certo! No sangue que jorrou lavarei meus delitos, e manchas delirei em seus caudais benditos! Se neste teto e lar decorrer minha sorte, me será doce a vida, e será doce a morte! Fonte: ANCHIETA, José de. Compaixão da Virgem na morte do Filho. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000274.pdf (http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000274.pdf) . Acesso em 2 out. 2021. A partir do texto citado, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. O fragmento apresentado demonstra ser um poema de graças a Nossa Senhora, celebrando-a e rogando por paz e uma vida plena, livre de tentações. PORQUE II. Os indígenas, havendo aceito por completo a doutrina da religião cristã europeia, necessitavam de uma poética cristã de louvor para sua devoção. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 0,6 ptsPergunta 6 A+ A A- http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000274.pdf Padre Antônio Vieira. Manuel Botelho de Oliveira. Bento Teixeira. Frei Manoel de Santa Maria de Itaparica. Gregório de Matos. Leia o texto a seguir: Sua figura, central no Barroco brasileiro, é carregada de mistérios e lendas, e criou, a partir tanto de sua pessoa, digamos, física, quanto sua pessoa poética, uma mitologia própria. Sua poesia, de enorme talento e qualidade, cruza vários momentos expressivos, às vezes sacro e gentil, às vezes romântico e cordial, às vezes satírico e ácido. Seu material poético, sua linguagem, cuja estrutura é a língua portuguesa do colonizador, abarca em seu amplo e rico universo o domínio técnico da forma, vindo de seu conhecimento e estudos da poesia ocidental, e, ao mesmo tempo, agrega palavras indígena e africanas, e também coleta a fala do coloquial do povo. Um dos grandes poetas de toda a história da literatura brasileira, foi um rebelde e atacou veementemente a sociedade de seu tempo, sendo, por isso, perseguido pela Inquisição e deportado. Qual alternativa indica o autor retratado pelo texto? 0,6 ptsPergunta 7 Leia o fragmento abaixo, de Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis: Quem haverá aí que se não sinta transportado ao lançar a vista por esses vastos páramos ao alvorecer do dia, ou ao arrebol da tarde, e não se deixe levar por um deleitoso cismar, como o que escuta o gemer da onda sobre areais de prata, ou o canto matutino de uma ave melodiosa!!… A vista expande-se e deleita-se, e o coração volve-se a Deus, e curva-se em respeitosa veneração; porque aí está Ele. A+ A A- Esse fragmento mostra um trabalho em que a linguagem simples, clara e poética predomina, montando uma visão de mundo particular, expressando um cenário ligado à natureza e à religiosidade, típicos do Romantismo. O campo, o mar, a abóbada celeste ensinam a adorar o supremo Autor da natureza, e a bendizer-lhe a mão; porque é generosa, sábia e previdente. Eu amo a solidão; porque a voz do Senhor aí impera; porque aí despe-se-nos o coração do orgulho da sociedade, que o embota, que o apodrece, e livre dessa vergonhosa cadeia, volve a Deus e o busca – e o encontra; porque com o dom da ubiquidade Ele aí está! Entretanto em uma risonha manhã de agosto, em que a natureza era toda galas, em que as flores eram mais belas, em que a vida era mais sedutora – porque toda respirava amor –, em que a erva era mais viçosa e rociada, em que as carnaubeiras, outras tantas atalaias ali dispostas pela natureza, mais altivas, e mais belas se ostentavam, em que o axixá com seus frutos imitando purpúreas estrelas esmaltava a paisagem, um jovem cavaleiro melancólico, e como que exausto de vontade, atravessando porção de um majestoso campo, que se dilata nas planuras de uma das nossas melhores, e mais ricas províncias do norte, deixava-se levar através dele por um alvo e indolente ginete. Longo devia ser o espaço que havia percorrido; porque o pobre animal, desalentado, mal cadenciava os pesados passos. Abstrato, ou como que mergulhado em penosa e profunda meditação, o cavaleiroprosseguia sem notar a extrema prostração do animal ou então fazia semblante de a não reparar; porque lhe não excitava os nobres estímulos. Dir-se-ia ter já concluído sua longa jornada. Mas quem sabe?!… Talvez uma ideia única, uma recordação pungente, funda, amarga como a desesperação de um amor traído, lhe absorvesse nessa hora todos os pensamentos. Talvez. Porque não havia o menor sinal de que observasse o espetáculo que o circundava. Que intensa agonia, ou que dor íntima lhe iria lá pelos abismos da alma?! Só Deus o sabe! Fonte: REIS, Maria Firmino dos. Úrsula. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. p. 50- 51. Considerando o fragmento do romance Úrsula apresentado, assinale a opção correta. A+ A A- Através de uma construção que circunda o mal do século romântico, o trecho expõe, através de sua linguagem cifrada e analítica, uma peripécia concreta, o que é muito característico desta fase do Romantismo brasileiro. Se, por um lado, ao apresentar um mundo sem tensões, de algum modo pré- edipiano, o fragmento se apresenta alienado das questões políticas centrais da época, por outro, sua linguagem possui uma dicção solene, tensionando a obra. Como todo romance romântico, esse fragmento apresenta a relação entre o celestial e o trevoso, em um momento de reflexão sobre a condição mortal e criando, com esse artifício, uma sugestão de leitura da sociedade política. Buscando compreender a realidade social de seu tempo histórico, o fragmento apresenta uma divisão peculiar e tensa entre as forças de organização e estruturação da sociedade que alicerçaram o Romantismo. 0,6 ptsPergunta 8 Leia a seguir o poema de Alberto de Oliveira: Vaso grego Esta de áureos relevos, trabalhada De divas mãos, brilhante copa, um dia, Já de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia. Era o poeta de Teos que a suspendia Então, e, ora repleta, ora esvazada, A taça amiga aos dedos seus tinia, Toda de roxas pétalas colmada. Depois... Mas o lavor da taça admira, Toca-a, e do ouvido aproximando-a, às bordas A+ A A- As asserções I e II são proposições falsas. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Finas hás de lhe ouvir, canora e doce, Ignota voz, qual se da antiga lira Fosse a encantada música das cordas, Qual se essa voz de Anacreonte fosse. Fonte: OLIVEIRA, A. Textos escolhidos. Academia Brasileira de Letras. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/alberto-de- oliveira/textos-escolhidos (https://www.academia.org.br/academicos/alberto- de-oliveira/textos-escolhidos) . Acesso em 11 de novembro de 2021. Refletindo sobre o poema acima, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I. O poema, ao cultivar em sua estrutura expressiva um derramamento subjetivo, defende uma causa social. PORQUE II. A voz do eu, comandando a emoção, demonstra um estado de alma melancólico perante as coisas do real. A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 0,6 ptsPergunta 9 Leia o texto a seguir: A+ A A- https://www.academia.org.br/academicos/alberto-de-oliveira/textos-escolhidos Vicente de Carvalho, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Olavo Bilac, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Vicente de Carvalho, Teófilo Dias e Francisca Júlia. Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia. Teófilo Dias, Olavo Bilac e Francisca Júlia. O Parnasianismo é um movimento poético brasileiro do fim do século XIX concomitante ao Realismo/Naturalismo. A poética parnasiana é a afirmação do belo, da harmonia, da perfeição formal, isto é, dos modelos clássicos que se tornaram paradigmas nesse sentido. Contrários aos derramamentos e exageros românticos, os poetas parnasianos cultivaram uma poesia racionalista, com grande variedade vocabular, através de lírica objetiva em rejeição à subjetividade dos românticos. Idealizavam uma arte pura e nobre, o que era chamado no período de “arte pela arte” (onde nenhum fator externo à estética interessa ao trabalho do poema). Formalmente, cultivaram principalmente o soneto. Muito poetas surgiram neste movimento. A chamada “Tríade Parnasiana” era formada pelos três principais poetas do movimento. Quem são os poetas da “Tríade Parnasiana”? 0,6 ptsPergunta 10 Leia o texto a seguir: “Compreende-se: homem de formação medieval, impregnado de superstições ou preconceitos morais de base religiosa, é natural se encantasse com o à-vontade indígena, puro e amoral. Como se, de súbito, descobrisse um mundo fantástico ou inverossímil. Antes de consequência de impulsos frascários, a reiterada descrição da nudez feminina (e masculina) denota o fascínio do homem medievo em trânsito para o mundo moderno, renascentista, livre e humanizado, evoluindo do teocentrismo para o antropocentrismo. O espetáculo surpreende-o porque fora do âmbito em que aprendera a equacionar a existência. Tanto assim que se demora no espetáculo humano, numa ‘gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem em nenhuma crença’, muito mais do que na Natureza. E o homem como espécie animal que lhe atrai obsessivamente a atenção, pois o A+ A A- Salvo em 22:09 II e III, apenas. III, apenas. I e II, apenas. I, apenas. II, apenas. indígena lhe ofertava uma dimensão nova, inusitada e perturbadora, a ele que vinha duma sociedade estratificada segundo preconceitos teológicos, em que a criatura humana se arrastava neste ‘vale de lágrimas’ estigmatizada pelo pecado, curtindo-o até à morte. Não estranha, portanto, que deixe de avaliar toda a extensão da primitividade em que jazia o gentio, a ponto de concluir que dois nativos, porque ‘nunca mais aqui apareceram’, eram ‘gente bestial, de pouco saber e por isso tão esquiva’. Pré-juízo típico de homem branco, civilizado, europeu e medieval.” Fonte: MOISÉS, Massaud. História da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2001. p. 20. Considerando o trecho citado, avalie as afirmativas abaixo: I. O fragmento demonstra a caracterização do homem do período, na transição de um mundo de crendices e fanatismo religioso para um mundo antropocêntrico. II. Referindo-se ao Padre José de Anchieta e seus textos, o fragmento demonstra, através do choque de culturas, o conservadorismo do ideal religioso eurocêntrico. II. O trecho apresentado demonstra o interesse dos integrantes das esquadras portuguesas por modelos de sociedade e economia apresentados pelos indígenas. É correto o que se afirma em: Enviar teste A+ A A-
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