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6 Organização da Justiça do Trabalho - Órgãos Jurisdicionais

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ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO – ÓRGÃOS JURISDICIONAIS
A organização da justiça do trabalho apresenta aspectos comuns e peculiares em relação aos demais órgãos do judiciário:
Aspectos comuns
· Os tribunais trabalhistas também são superpostos, havendo pluralidade de graus de jurisdição;
· Os juízes são dotados de garantias, visando a independência de seus pronunciamentos;
· Os tribunais trabalhistas são regidos por regimentos internos;
· Na primeira instância há um juízo monocrático e não colegiado.
Aspectos peculiares
· Dá efetividade ao direito do trabalho;
· As varas não são organizadas por comarcas (como na justiça comum estadual) ou circunscrições (como na justiça comum federal)
· De forma conexa, não há divisão em entrâncias nas varas. Entrâncias são divisões judiciárias em razão do maior número de processos existentes em cada comarca. Todas as varas estão em um mesmo grau na região;
· Ainda de forma conexa, não há órgãos ou varas especializadas na primeira instância. Todas as varas do trabalho julgam as mesmas matérias;
· Os tribunais são criados por regiões e não por Estados. 
Art. 111 - São órgãos da Justiça do Trabalho:
I. O Tribunal Superior do Trabalho;
II. Os Tribunais Regionais do Trabalho;
III. Juízes do Trabalho.
Juízes do trabalho
Art. 116 da CF – “Nas varas do trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular”. Assim, os juízes do trabalho atuam nas varas do trabalho.
Art. 112 da CF – “A lei criará varas da justiça do trabalho [determinando sua extensão territorial], e nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição atribui-se aos juízes de direito, com recurso ao TRT”.
Competência
Art. 652 da CLT - Compete às Varas do Trabalho:
a) Conciliar e julgar:
I. Os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;
II. Os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;
III. Os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou artífice;
IV. Os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;
V. As ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;
Em resumo, tratam-se dos dissídios individuais decorrentes da relação de trabalho, estão relacionadas ao contrato de trabalho, são de competência material da justiça do trabalho. Todavia, sob o aspecto funcional, trata-se de competência da sua primeira instância.
b) Processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave: trata-se de procedimento especial;
c) Julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;
d) Impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;
e) [Suprimido]
f) Decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho: trata-se de um procedimento de justiça voluntária.
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento [varas do trabalho]:
a) Requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições;
b) Realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos TRT ou pelo TST;
c) Julgar as suspeições arguidas contra os seus membros;
d) Julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas;
e) Expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas;
f) Exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram da sua jurisdição.
Ainda, os mandados de segurança contra atos de delegados do trabalho, por exemplo, são de competência dos juízes do trabalho
Art. 658 - São deveres precípuos dos Presidentes das Juntas [juiz do trabalho], além dos que decorram do exercício de sua função:
a) Residir dentro dos limites de sua jurisdição, não podendo ausentar-se sem licença do Presidente do Tribunal Regional;
b) Despachar e praticar todos os atos decorrentes de suas funções, dentro dos prazos estabelecidos, sujeitando-se ao desconto correspondente a 1 dia de vencimento para cada dia de retardamento.
Art. 652, único – “Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos”. Trata-se de prioridade no julgamento. 
- Territorial
Lei federal estabelecerá a base territorial de cada vara do trabalho (art. 650 da CLT). Havendo mais de uma vara do trabalho na mesma base territorial a competência será determinada pela prevenção, através da distribuição.
Magistratura trabalhista
Art. 113 da CF - A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.
- Ingresso
Art. 654 da CLT – “O ingresso na magistratura do trabalho far-se-á para o cargo de juiz do trabalho substituto. As nomeações subsequentes por promoção alternadamente, por antiguidade e merecimento”. Ou seja, os juízes do trabalho ingressam como juízes substitutos, sendo promovidos por antiguidade e merecimento, alternadamente.
Art. 37, II da CF - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Os juízes substitutos são nomeados após aprovação em concurso público de provas e títulos realizado pelo TRT da respectiva região; com validade de 2 anos e prorrogável por igual período (art. 654, § 3º da CLT, art. 93, I da CF).
Art. 654, § 4º da CLT - Os candidatos inscritos só serão admitidos ao concurso após apreciação prévia, pelo TRT da respectiva Região, dos seguintes requisitos:
a) Idade maior de 25 anos e menor de 45 anos;
b) Idoneidade para o exercício das funções. 
A designação de juiz do trabalho substituto será determinada pelo juiz presidente do TRT.
Art. 59 da Resolução 75/2009 do CNJ - Atividade jurídica: exercida com exclusividade por bacharel em Direito; efetivo exercício da advocacia (participação de, no mínimo, 5 atos privativos do advogado); exercício de cargos, empregos ou funções, inclusive de magistério superior que exija conhecimento jurídico; conciliador junto a tribunais judiciais, juizados especiais, no mínimo por 16 horas mensais e durante 1 ano; atividades de mediação ou de arbitragem.
- Garantias
Podem ser institucionais ou funcionais
- Institucionais
· Independência ao judiciário em relação aos demais poderes: autonomia administrativa, financeira e orçamentária (art. 99, §§1º a 5º da CF);
· Autonomia orgânico-administrativa: competência privativa em determinadas matérias, relativa à sua organização interna (art. 96, I da CF).
- Funcionais
Se destinam a garantir independência e imparcialidade ao magistrado:
1. Garantias funcionais de liberdade: ingresso, vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios (art. 95, I, II e III da CF):
1.1 Vitaliciedade: o juiz do trabalho se torna vitalício em primeiro grau, após 2 anos do exercício da magistratura. A perda do cargo somente poderá ocorrer por sentença transitada em julgado;
1.2 Inamovibilidade: o juiz do trabalho somente pode ser removido por interesse público ou a requerimento (art. 93, VIII da CF);
1.3 Irredutibilidade de vencimentos: os subsídios do juiz do trabalho são irredutíveis, salvo quanto a descontos decorrentes de lei, a exemplo do desconto do imposto de renda.
2. Garantias funcionais de imparcialidade: os juízes não poderão (art. 95, único da CF):
2.1 Exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
2.2 Dedicar-se à atividade político-partidária; 
2.3 Receber custas ou participação em processo;
2.4 Receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas;
2.5 Exercer a advocaciano juízo ou tribunal do qual se afastaram, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Tribunal Regional do Trabalho
Os Tribunais Regionais estão divididos em regiões (atualmente 24 tribunais).
Art. 674 da CLT - Para efeito da jurisdição dos Tribunais Regionais, o território nacional é dividido nas oito regiões seguintes:
· 1ª Região - Estados da Guanabara, Rio de Janeiro e Espírito Santo;
· 2ª Região - Estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso;
· 3ª Região - Estados de Minas Gerais e Goiás e Distrito Federal;
· 4ª Região - Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
· 5ª Região - Estados da Bahia e Sergipe;
· 6ª Região - Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte;
· 7ª Região - Estados do Ceará, Piauí e Maranhão;
· 8ª Região - Estados do Amazonas, Pará, Acre e Territórios Federais do Amapá, Rondônia e Roraima.
Composição
A composição do TRT dependerá de seu tamanho, de acordo com seu regimento interno.
Art. 115 - Os TRT’s compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I. “1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do MPT com mais de 10 anos de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94”, que dispõe o seguinte procedimento: a OAB encaminha lista sêxtupla; o tribunal escolhe lista tríplice e presidente da república faz a escolha, mesmo critério é utilizado para o MPT;
II. Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. 
Art. 93, XI da CF – “Nos tribunais com número superior a 25 julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de 11 e o máximo de 25 membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno”.
Tribunais com 4 ou mais turmas, podem criar seção especializada em dissídio coletivo. A lei 7.701/88 trata da especialização de turmas dos TRT’s em processos coletivos.
Em tribunais com 8 juízes há presidente e vice-presidente. Em tribunais maiores há também corregedores e vice-corregedores. 
Já em tribunais não divididos em turmas, os dissídios coletivos são julgados pelo pleno.
Funcionamento 
É o número de juízes necessários para os julgamentos ocorrerem. 
Art. 672 - Os Tribunais Regionais, em sua composição plena, deliberarão com a presença, além do Presidente, da metade e mais um, do número de seus juízes, dos quais, no mínimo, um representante dos empregados e outro dos empregadores
Competência
- Funcional
Art. 678 da CLT - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:
I. Ao Tribunal Pleno, especialmente:
a) Processar, conciliar e julgar originariamente os dissídios coletivos;
b) Processar e julgar originariamente:
1) As revisões de sentenças normativas;
2) A extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos;
3) Os mandados de segurança [contra atos de juiz do trabalho];
4) As impugnações à investidura de vogais e seus suplentes nas Juntas de Conciliação e Julgamento;
c) Processar e julgar em última instância:
1) Os recursos das multas impostas pelas Turmas;
2) As ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos;
3) Os conflitos de jurisdição entre as suas Turmas, os juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou entre aqueles e estas;
d) Julgar em única ou última instâncias:
1) Os processos e os recursos de natureza administrativa atinentes aos seus serviços auxiliares e respectivos servidores;
2) As reclamações contra atos administrativos de seu presidente ou de qualquer de seus membros, assim como dos juízes de primeira instância e de seus funcionários.
II. Às Turmas:
a) Julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a;
b) Julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada;
c) Impor multas e demais penalidades relativas e atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Juntas dos juízes de direito que as impuserem.
Único - Das decisões das Turmas não caberá recurso para o Tribunal Pleno, exceto no caso do item I, alínea "c" , inciso 1, deste artigo.
Art. 115, § 1º da CF - Os TRT’s instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º - Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.
Assim, os TRT’s possuem, além da competência recursal, competência original para dissídios coletivos, mandados de segurança e ações rescisórias.
Súmula 100/TST;
Súmula 407/TST;
OJ-130-SDI-1/TST;
OJ-237-SDI-1/TST. 
Tribunal Superior do Trabalho
O TST surgiu com a Constituição de 1946, quando a Justiça do Trabalho foi integrada ao Poder Judiciário. 
Composição
A Constituição de 1967 determinou o número de 17 juízes com a denominação de ministros, destes: 
· 11 seriam togados e vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado. Destes, 7 seriam magistrados da Justiça do Trabalho, 2 advogados no efetivo exercício da profissão e 2 membros do MPT
· 6 seriam classistas e temporários, em representação paritária dos empregados e empregadores.
A Constituição de 1988 previu a composição do TST por 27 ministros, dos quais 17 togados e 10 classistas (5 representantes dos empregados e 5 dos empregadores).
A Emenda Constitucional 24/1999 extinguiu os juízes classistas, permanecendo o TST composto por 17 ministros. 
A Emenda Constitucional nº 45/2004 acrescentou o art. 111-A à CLT, restabelecendo a composição do TST por 27 ministros. Eles serão escolhidos entre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65, nomeados pelo Presidente da República, após prévia aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, onde são sabatinados. 
Dos 27 membros, 1/5 dos ministros serão escolhidos entre advogados e membros do MPT, seguindo o seguinte procedimento: a OAB Federal indica lista sêxtupla, o TST faz lista tríplice e encaminha ao Presidente da República que escolhe um, nos termos do art. 94 da CF. As listas tríplices para provimento de cargos destinados aos juízes da magistratura trabalhista de carreira são elaboradas pelos Ministros togados e vitalícios.
Os 21 ministros de carreira do TST serão escolhidos entre juízes do trabalho de carreira e não entre os provenientes do quinto constitucional que compõem os TRT’s.
Competência
Art. 111-A, § 3º da CF – Compete ao TST processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões.
Características
· Terceiro grau de jurisdição trabalhista;
· Órgão de cúpula da Justiça do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional;
· Funções: uniformizar interpretação da legislação do trabalho; decidir em última instância as questões administrativas da justiça do trabalho.
Diferentemente do que ocorre no processo civil, em que, diante de questão envolvendo matéria constitucional, é necessário fazer Rex ao STF, o REsp servindo apenas para apontar violação à lei federal ou divergência jurisprudencial, o recurso de revista direcionado ao TST serve para a apreciação de todas estas questões. Apenas caso se busque atacar a decisão do TST sobre a matéria constitucional cabe Rex ao STF.
Composição 
O art. 111-A, §1º da CF prevê que a lei disporá sobre a competência do TST. Assim, a lei 7.701/88 o divide em: pleno, seções de dissídios individuais e coletivos e turmas. A composiçãode cada um destes órgãos é trazida pelos arts. 64 e 65 de seu Regimento Interno (Resolução Administrativa 1937/2017:
- Tribunal Pleno
Composto por todos os ministros do TST. Edita as Súmulas.
- Órgão Especial
Composto por:
· Presidente;
· Vice-Presidente;
· Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho;
· 7 ministros mais antigos;
· 7 ministros eleitos pelo pleno
- Seções
Editam as orientações jurisprudenciais. São duas:
- Seção de Dissídios Individuais
É composta por 21 ministros: presidente, vice-presidente, corregedor-geral da justiça do trabalho e mais 18 ministros. Há duas subseções:
A SDI-1 é composta por 14 ministros. É integrada pelo presidente do Tribunal, vice-presidente, corregedor-geral e mais 11 ministros. Deve ser integrada por, no mínimo um e no máximo 2 integrantes de cada Turma.
Tem competência para julgar embargos contra decisões divergentes das turmas ou destas que divirjam de decisão da SDI, OJ ou súmula e julgar os agravos e os agravos regimentais interpostos contra despacho exarado em processo de sua competência.
A SDI-2 é composta por 10 ministros, funcionando com 6 julgadores. É integrada pelo presidente do tribunal, vice-presidente, corregedor-geral e por 7 ministros integrantes das turmas. Tem competência:
· Originária: julgar ações rescisórias propostas contra suas decisões; as da SDI-I e turmas do tribunal; mandados de segurança contra atos do presidente do tribunal ou por qualquer dos ministros da SDI em processos de sua competência, ações cautelares e habeas corpus.
· Em única instância: agravos e agravos regimentais interpostos contra despachado exarado em processos de sua competência, conflitos de competência entre TRT´s e entre juízes de direito investidos da jurisdição trabalhista e varas do trabalho em processos de dissídios individuais.
· Em última instância: julgar recursos ordinários interpostos contra decisões dos TRT´s em processos de dissídio individual de sua competência originária e agravos de instrumento interpostos contra despacho denegatório de recurso ordinário em processos de sua competência.
- Seção de Dissídios Coletivos
Composta por 9 ministros, funciona com 5 ministros. É integrada pelo presidente do tribunal, vice-presidente, corregedor-geral e 6 ministros.
- Turmas
São compostas por 3 ministros, e funcionam com quórum integral. O TST tem 8 turmas. Cada turma é composta por um juiz relator e um juiz revisor.
Art. 700 da CLT - O Tribunal reunir-se-á em dias previamente fixados pelo Presidente, o qual poderá, sempre que for necessário, convocar sessões extraordinárias. 
Art. 701 - As sessões do Tribunal serão públicas e começarão às 14 horas, terminando às 17 horas, mas poderão ser prorrogadas pelo Presidente em caso de manifesta necessidade.
§ 1º - As sessões extraordinárias do Tribunal só se realizarão quando forem comunicadas aos seus membros com 24 horas, no mínimo, de antecedência.
§ 2º - Nas sessões do Tribunal, os debates poderão tornar-se secretos, desde que, por motivo de interesse público, assim resolva a maioria de seus membros.
Além disso, junto ao TST funcionarão:
· Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT): regulamenta cursos oficiais para ingresso e promoção na carreira;
· Conselho Superior da Justiça do Trabalho: exerce a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da justiça do trabalho de primeiro e segundo graus (art. 111-A, §2º da CF). Faz a supervisão nacional e de forma uma, tratando-se de forma de controle interno (art. 70 e 74 da CF). Suas decisões têm efeito vinculante.
· Ouvidoria;
· Centro de Formação e Aperfeiçoamento dos Assessores e Servidores do Tribunal Superior do Trabalho (CEFAST).
Seu regimento interno foi trazido pela Resolução Administrativa 1937/2017.

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