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COMPOSIÇÃO da Justiça do Trabalho A Justiça do Trabalho somente surgiu como órgão autônomo em 1941 – apesar de ainda não pertencer ao Poder Judiciário, a Justiça do Trabalho passou a exercer função jurisdicional, com o poder de executar as suas próprias decisões. Nesse momento a justiça do trabalho era composta por três órgãos: a) Juntas de Conciliação e Julgamento: composta por um bacharel em Direito, nomeado pelo Presidente da Republica e dois vogais (representantes do empregador e outro do empregador); b) Conselho Regional do Trabalho (atuais TRT); c) Conselho Nacional de Justiça (atual TST) Em 1943 entrou em vigor a CLT, a qual reservou dois títulos sobre organização judiciária e somente com a CF/46 é que a Justiça do Trabalho passou a integrar o Poder Judiciário. Constituída de Juntas de Conciliação e Julgamento, Tribunais Regionais do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho. Atualmente, a JUSTIÇA DO TRABALHO é composta conforme define o artigo 111 da C.F/88: a) Tribunal Superior do Trabalho (TST): * Composição: - 27 ministros - brasileiros - mais de 35 anos e menos de 65 anos. - Nomeados pelo Presidente da Republica após aprovação por maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto dentre advogados e promotores com mais de 10 anos de efetivo exercício e os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais indicados pelo próprio TST. * Sede: Brasília * matéria: Julga recursos de revista, recursos ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissídios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de mandados de segurança, embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias. * Organização interna: - Tribunal pleno – composto pelos 27 ministros; - Seção administrativa, - Seção especializada em Dissídios Coletivos (SDC), - Seção Especializada em Dissídio Individual (SDI) – Subseção I e II; - Turmas (08 turmas compostas por 03 ministros) - Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, - Conselho Superior da justiça do Trabalho (supervisão administrativa, orçamentária, financeira, patrimonial) – artigo 111-A da C.F/88. b) Tribunal Regional do Trabalho: Segundo Grau de Jurisdição * Composição: - No mínimo 7 juízes; - brasileiro - com mais de 30 anos e menos de 65 anos, - nomeados pelo Presidente da República, sendo um quinto dentre advogados e promotores com mais de 10 anos de efetivo exercício e os demais mediante promoção de juízes do trabalho. * sede: 24 TRTs - Estado de São Paulo – atinge 599 Municípios Paulistas, inclusive Assis – 15 Região, com sede na cidade de Campinas – 37 juízes; - Estado de São Paulo – capital, grande São Paulo e Litoral – 2 Região, com sede na cidade de São Paulo – 64 juízes; - Câmaras regionais – essas câmaras deverão atuar principalmente nos Estados que não possuem TRT como é caso de Tocantins, Amapá, Roraima; - Justiça itinerante – artigo 115 da C.F * matéria: Julgam recursos ordinários contra decisões de Varas do Trabalho, ações originárias (dissídios coletivos de categorias de sua área de jurisdição - sindicatos patronais ou de trabalhadores organizados em nível regional), ações rescisórias de decisões suas ou das Varas e os mandados de segurança contra atos de seus juízes. * organização interna do TRT da 15 Região: - Seção de dissídio coletivo; - Duas seções de dissídio individual; - Seis Turmas – compostas por duas Câmaras – três desembargadores em cada Câmara; c) Juízes do Trabalho: Primeiro grau de jurisdição – Varas do Trabalho espalhadas pelo Brasil * Composição - um juiz singular titular e um substituto, que exerce suas funções nas Varas do Trabalho. - A Lei 10.770/2003 estabelece que cada TRT, no âmbito de sua região, cabe alterar e estabelecer a jurisdição das Varas do Trabalho, como também transferir a sede de um município para outro. * sede: - A competência da Vara do Trabalho estende-se aos municípios próximos num raio máximo de 100 quilômetros da sede. * Matéria: - apenas dissídios individuais; * Vara de Assis Juiz Titular: Dr. MARCO ANTONIO DE SOUZA BRANCO Diretor de Secretaria: NEWTON CLEMENTE Jurisdição: PARAGUACU PAULISTA, PEDRINHAS PAULISTA, PLATINA, CANDIDO MOTA, PALMITAL, TARUMA, ASSIS, FLORINIA, ECHAPORA, CRUZALIA e MARACAI. COMPETENCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Competência em razão da matéria – é definida em função da natureza da lide descrita na petição inicial, dos pedidos feitos na exordial. (Artigo 114 da C.F): Compete à Justiça do Trabalho julgar e processar: a) as ações oriundas das relações de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (não estatutários) – Sumula 97, 137 e 218 do STJ Relação de trabalho corresponde a qualquer vinculo jurídico por meio do qual uma pessoa executa serviços para outrem, mediante o pagamento de contraprestação. Relação de Trabalho é gênero e relação de emprego é espécie. Então, quando nos referimos a relação de trabalho estamos nos referindo a relação de emprego, relação de trabalho autônomo, avulso, eventual, voluntário, b) as ações que envolvam exercício do direito de greve; c) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; e) os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, da C.F – sumula 180 do STJ; f) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. Com relação às ações acidentárias – a competência é da Justiça do Trabalho, quando a ação for proposta pelo empregado em face do INSS ou o empregador. Mas se ação for proposta por herdeiros do acidentado falecido, a ação deverá ser proposta na Justiça Estadual – esse é o entendimento do STJ - Sumula 366. O Supremo tem outro entendimento – não importa às pessoas, o que define a competência é a causa de pedir e por isso deve ser julgada pela Justiça do Trabalho. g) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; h) a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir – Súmula 368 do TST; i) outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Competência funcional ou hierárquica – Competência dos órgãos que compõem a Justiça do Trabalho: artigo 111 da CF - TST – Tribunal Superior do Trabalho, TRT – Tribunal Regional do Trabalho e Varas do Trabalho. * Competência das Varas do Trabalho - Artigo 652 da CLT – Compete conciliar e julgar: a) os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade do empregado; b) os dissídios concernentes à remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do contrato individual do trabalho; c) os dissídios resultantes de contrato de empreitada, em que o empreiteiro seja operário ou artífice; d) os demais dissídios concernentes ao contrato individual do trabalho; e) ações entre trabalhadores portuários e operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-de-obra decorrentes da relação de trabalho; f) processar e julgar inquéritos para apuração de falta grave; g) julgar embargos opostos sobre sua própria decisão; h) impor multas e demais penalidades. Artigo 653 da CLT: Compete, ainda, às Varas do Trabalho: a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligencias necessárias ao esclarecimento dos feitos sob sua preciação; b) realizardiligencias e praticar atos processuais ordenados pelos Tribunais superiores; c) julgar as exceções que lhe forem opostas; d) exercer, em geral, quaisquer atribuições que decorram de sua jurisdição. * Competência do TRT – artigo 678 da CLT: Compete ao TRT julgar: - ao Tribunal pleno: a) os dissídios coletivos – competência originária; b) as revisões de sentenças normativas – competência originária; c) os mandado de segurança - competência originária; d) a extensão das decisões proferidas em dissídios coletivos - competência originária; e) os recursos de multas impostas pela Turma – julgar em ultima instancia; f) os conflitos de jurisdição - julgar em ultima instancia; g) as ações rescisórias – única e ultima instancia; h) os processos e recursos de natureza administrativa - única e ultima instancia; i) as reclamações contra ato administrativo de seu presidente e seus membros; - às Turmas cabem julgar: a) recurso ordinário; b) agravos de petição e de instrumento. c) impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional; E ainda as atribuições consagradas no artigo 680 da CLT * Competência do TST – artigo 2 a 5 da Lei 7701/88 Compete ao Tribunal Pleno do TST: a) declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo; b) elaborar o regimento interno, c) aprovar tabelas de custas e emolumentos; d) aprovar os enunciados; e) julgar os incidentes de uniformização de jurisprudência em dissídios individuais; f) aprovar os precedentes da jurisprudência predominante em dissídios coletivos; Compete à seção especializada em dissídio coletivo, originariamente: a) conciliar e julgar os dissídios coletivos que excedam a jurisdição do TRT; b) julgar as ações rescisórias propostas contras suas sentenças; c) julgar os mandados de segurança contra atos praticados pelo Presidente do Tribunal ou dos ministros; d) julgar os conflitos de competência entre os Tribunais Regionais; Compete à seção especializada em dissídio coletivo, em ultima instancia, julgar: a) recursos ordinários interpostos contra decisões proferidas pelos Tribunais Regionais; b) Embargos infringentes; c) Embargos de Declaração; d) Suspeições; e) Agravos de instrumentos interpostos contra despacho denegatório de recurso ordinário nos processos de sua competência; Compete à Seção de Dissídios Individuais julgar: Originariamente: a) ações rescisórias propostas contra decisão das Turmas do TST; b) mandado de segurança de sua competência originária; Em única instancia: a) agravos regimentais; b) conflitos de competências entre os Tribunais Regionais; Em ultima instancia: a) recursos; b) embargos; c) agravos regimentais; d) embargos de declaração; e) suspeições; f) agravo de intrumento Compete às turmas do TST: a) julgar os recursos de revistas interpostos de decisões dos TRTs; b) julgar em ultima instancia os agravos de instrumentos dos despachos do Presidente do TRT que denegarem seguimento ao recurso de revista; c) julgar, em ultima instancia, os agravos regimentais; d) julgar os embargos de declaração opostos contra suas decisões. Competência territorial – Artigo 651 da CLT – a competência de foro se define em razão da posição geográfica. a) Regra: comarca onde o empregado presta serviço ao empregador. b) Exceções: * Quando o empregado for viajante comercial, o foro competente: onde está situada a empresa. Na falta de agencia ou filial: domicilio do empregado. * Empresas com agencia ou filial em outro país – rege a lei do país que o empregado presta o serviço – Sumula 207 do TST. * Empresas que promovam atividades fora do lugar da celebração do contrato (feiras agropecuárias, atividades circenses) – o foro competente é na comarca onde celebrou o contrato ou onde presta o serviço. No processo trabalhista, embora não exista vedação expressa na CLT, o foro de eleição não pode ser instituído.
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