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Gengivectomia, gengivoplastia; Frenectomia, bridectomia; Cunhas distais, cunhas interproximais Gengivectomia É a excisão de uma porção da gengiva; geralmente realizado para reduzir a parede do tecido mole de uma bolsa periodontal · Remodelação da forma da gengiva. · Procedimento cirúrgico que visa o restabelecimento do contorno anatômico e funcional da gengiva Quando realizar? Fase associada a causa – antes --> terapia cirúrgica Por que devo adequar antes? Torna o tecido: · Mais fibroso · Mais firme · Menor tendência ao sangramento · Melhor visão do campo operatório · Facilidade na sutura “excisão da parede de tecido mole da bolsa periodontal patológica” Técnica da incisão linear: Técnica da incisão contornada: Objetivos: · Eliminação da bolsa periodontal e restabelecimento de um contorno gengival fisiológico · Acesso adequado para controle de placa Indicações: · Hiperplasias gengivais · Estética · Contorno gengival em pacientes após GN · Facilitar procedimentos restauradores (classes III, IV e V) · Bolsas supra-ósseas (falsas bolsas) · Aumento de Coroa Clínica · Eliminação de Capuz Pericoronário · Erupção Passiva Alterada · Eliminação de Pigmentação Melânica · Crateras Interproximais. Hiperplasia gengival medicamentosa · Fenitoína (anticonvulsionante) · Ciclosporina (imunossupressores) · Nifedipina (bloqueadores dos canais de cálcio) Contra-indicações: · Inadequada área mucosa queratinizada · Bolsas que se estendem além da J.M.G. · Cirurgias ressectivas ou regenerativas · Áreas muito inflamadas ou edematosas Vantagens: · Previsibilidade · Facilidade · Fácil eliminação da bolsa · Bom acesso radícula · Resultado estético favorável Desvantagens: · Cicatrização por segunda intenção (se for feita em bisel externo) · Sangramento operatório e pós-operatório (bisel externo) · Perda de altura de mucosa ceratinizada · Inadequado para o tratamento de defeitos ósseos Fase pré-cirurgica Tratamento periodontal básico: · Orientação de higiene bucal · Raspagem e alisamento radicular · Biocompatibilização do meio · Remoção de fatores retentivos de biofilme Técnica operatória 1. Assepsia do Campo Operatório; 2. Anestesia · Terminal infiltrativa · Bloqueio regional · Infiltração no tecido a ser excisado 3. Demarcação das bolsas (crene-kaplan e sonda milimetrada) 4. Incisão primária · Gengivótomo de Kirkland · Bisturi com lâmina nº15C 5. Incisão secundária · Gengivótomo de Orban · Gengivótomo de Buck · Gengivótomo de Waerhaug 6. Eliminação dos tecidos incisados · Curetas 7. Instrumentação radicular (se necessário) · Descontaminação radicular 8. Irrigação · Soro fisiológico · Solução iodada · Água destilada 9. Limpeza do campo operatório · Gaze, curetas 10. Avaliação do campo cirúrgico · Sondagem (bolsas infra-ósseas) · Tecido de granulação · Cálculo residual · Anatomia 11. Remodelamento · Lâmina de bisturi · Gengivótomo de Kirkland · Tesoura Goldman-Fox · Alicate de cutícula 12. Hemostasia · Compressas 13. Cimento cirúrgico · Proteção de ferida cirúrgica · Conforto ao paciente Troca do cimento 7 dias; reavaliação – cicatrização 14. Instruções ao paciente · Medicação pós-operatória · Higiene oral · Alimentação Cicatrização: · Migração de células epiteliais sobre a superfície da ferida (tecido granulação/ hemidesm); · Epitelização da ferida: de 7 a 14 dias após a cirurgia; (Engler et al., 1966; Stahl et al., 1968) · Formação de nova unidade dentogengival; · Proliferação de fibroblastos do tecido supra-alveolar: formação de tecido conjuntivo; (Waerhaug, 1955) · Formação de nova área de gengiva livre; tempo de cicatrização completa: 4 a 5 semanas Gengivectomia em bisel externo · Gengivectomia em bisel externo: Realizar quando houver necessidade de remover maior · Volume de tecido ceratinizado · Ângulo da lâmina deverá ser maior que 90º (obtuso) em relação ao longo eixo do dente · Não pode ser associado retalho Gengivectomia em bisel interno · Cicatrização em primeira intenção · Ângulo da lâmina deverá ser menor que 90º (agudo) em relação ao longo eixo do dente · Pode ser associado retalho O bisel no tecido gengival fica voltado para a superfície dentária. Quanto maior o ângulo com relação à superfície dental, maior a faixa (altura) de tecido removido Remoção da parede da bolsa: 1. Tecido de granulação 2. Cálculo e outros depósitos 3. Espaço onde epitélio estava inserido Zênite gengival · Deslocado para distal da linha média nos incisivos centrais e caninos · Centralizado nos laterais Zênite gengival é um componente da linha gengival e se refere ao ponto mais apical da gengiva no aspecto vestibular da coroa clínica. Ele se localiza em média1mm para distal da inclinação axial nos incisivos centrais superiores e 0,5 mm nos incisivos laterais superiores. · Altura do Zenite: Centrais e canino tem altura semelhante · Laterais: 1,0 a 1,5mm coronário à altura dos centrais e caninos Frenectomia e bridectomia Freio/brida: prega de mucosa estendida entre duas estruturas anatômicas Frenectomia: eliminação cirúrgica total de um freio Frenotomia: eliminação parcial de um freio Objetivos: · Correção ou eliminação de uma anomalia anatômica da gengiva e/ou da mucosa alveolar · Pode ou não ser associada a outras cirurgias periodontais (retalho posicionado lateralmente/ enxerto gengival) Placek et al., (1974): Classificação dos freios conforme a inserção · Inserção mucosa · Inserção gengival · Inserção papilar · Inserção interdentária/papilar penetrante Indicação periodontal: · Inserção e tracionamento da margem gengival – higienização; · Freio desarmônico para estética do sorriso gengival; · Associação a uma patologia periodontal · Associação a retrações Indicações biomecânicas: · Fechamento de diastema - terapia ortodôntica; · Restrição de movimento do lábio ou língua; · Comprometimento de estabilidade protética; · Freio lingual curto. Tracionamento do freio · Promover abertura do sulco gengival; · Acúmulo de placa bacteriana; · Dificultar a higiene; · Promover recessão gengival; · Exercer tensões sobre tecidos deslocados cirurgicamente. Frenectomia com objetivo estético: fechamento de diastema Freio X Diastema O freio é a causa ou consequência do diastema? 1. A presença de um freio representa a etiologia primária do diastema Passo 1: Frenectomia Passo 2: Tratamento ortodôntico 2. A persistência do diastema impede a atrofia do freio por falta de pressão entre os incisivos centrais. Passo 1: Tratamento ortodôntico Passo 2: Frenectomia Os diastemas representam uma etapa fisiológica do estabelecimento das dentições decíduas e permanentes, podendo se fechar espontaneamente. Em crianças: · Após a erupção dos 6 dentes anteriores maxilares; · Após os 8 anos de idade; · Desenvolvimento ósseo alveolar vertical normal Frenectomia lingual: · Presença de freio lingual anormal (curto); · Limitação dos movimentos da língua (“Língua presa”); · Tração excessiva da região marginal retroincisiva; · Ocorrência de recessão retroincisiva; · Acúmulo de placa bacteriana Técnica cirúrgica 1. Anestesiar o paciente, com o cuidado de não inserir volume de anestésico no freio, levando-o a uma distenção e, consequentemente, dificultando a sua localização e delimitação. 2. Conselho: Convém biselar as incisões delimitantes do freio/brida para melhor coaptação dos bordos 3. Conselho: Respeitar a papila interdental por razões estéticas 4. Pinçamento e incisão de delimitação do freio 5. Remoção do freio em camadas (camada epitelial conjuntiva) 6. Remoção da inserção muscular 7. Fenestração do periósteo 8. Sutura 9. Reavaliação após 7 dias Frenectomia vestibular associada ao enxerto gengival Cunhas distais – cunhas interproximais Cunhas · Procedimentos de ressecção para remoção de bolsa ou gengiva em excesso. · Cunha distal · Cunha interproximal Indicações: · Remoção de excesso de tecido mole na distal dos últimos molares · Remoção de capuz coronário · Término de retalho periodontal Cunhas distais · Aumento de coroa clínicana face distal de molares (manutenção das distâncias biológicas) Contra indicações · Menos de 1cm entre a face distal do último molar e o ramo da mandíbula · Presença de infecções · Quando não existe mucosa ceratinizada suficiente no local cirúrgico · Maxila: área da tuberosidade · Mandíbula: área retromolar Cunhas distais – triangular · Incisão acompanha área de maior gengiva inserida e osso Cunha distal modificada Objetivos: · Eliminar bolsas profundas · Obter cobertura mucosa do periodonto remanescente Tipos: · Em “H” · perpendicular
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