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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A PACIENTES GRAVES Prof. Enf. Mestre em Educação, Pós-Graduado em Docência do Ensino Médio, Técnico e Superior, Especialista em Urgência e Emergência com Ênfase em APH JOSÉ RIBEIRO DOS SANTOS Ventilação Mecânica (VM) CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Historia da VM Classificação do suporte ventilatório; Ventilação invasiva e não invasiva; Definição de VM; Objetivo da VM; Classificação das modalidades ventilatórias; Ciclagem; Intervenção de Enfermagem. REVISÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Do ponto de vista da fisiologia, ventilação pulmonar ou respiração é o processo pelo qual um organismo vivo, troca oxigênio O2 e dióxido de carbono-CO2 com o seu meio ambiente VENTILAÇÃO PULMONAR OU RESPIRAÇÃO Movimentos Respiratórios • INSPIRAÇÃO • O ar atmosférico penetra pela cavidade nasal chegando aos pulmões. • EXPIRAÇÃO • O ar presente nos pulmões é eliminado para o ambiente externo. Escalas Escala de Braden: para prever o risco de Lesão por pressão; . Escala de Coma de Glasgow: É um instrumento essencial para a mensuração do nível de consciência, avaliando a capacidade de o cliente abrir os olhos, comunicar-se verbalmente, obedecer comandos e mover suas extremidades. Escala de Ramsay: A Escala de Ramsay avalia o grau de sedação em pacientes de terapia intensiva com escala de valores de 0 a 6. Escala de Cincinnati: É uma escala de avaliação médica utilizada para diagnosticar a presença de um acidente vascular encefalico(AVE). Escala de Ramsay • A Escala de Ramsay avalia o grau de sedação em pacientes de terapia intensiva com escala de valores de 0 a 6. Nela estão contemplados dois tipos de situações: pacientes acordados e inconscientes., classificados da seguinte forma: • 1. Ansioso, agitado ou inquieto, ou ambos; 2. Tranquilo, cooperativo, orientado; 3. Responde a comandos verbais; 4. Sedado, com resposta rápida à leve toque da glabela ou estímulo sonoro auditivo; 5. Sedado, responde lentamente a estímulo auditivo alto ou toque da glabela ou estimulo sonoro auditivo; 6. Sedado, não responde aos mesmos estímulos dos itens 4 ou 5. • Intubação endotraqueal ou orotraqueal (IOT) é um procedimento de suporte avançado de vida onde o médico, com um laringoscópio, visualiza a laringe e através dela introduz um tubo na traqueia (tubo endotraqueal), na traqueia do cliente. • Outra possibilidade de ventilação dos pulmões é o acesso cirúrgico através da traqueostomia. IOT https://pt.wikipedia.org/wiki/Traqueostomia Indicação para IOT Hipoxemia; Glasgow de 8; Instabilidade hemodinâmica; Anestesia para procedimento cirúrgico Hipoventilação; Choque; PCR. IOT-Ates do procedimento ser realizado deve-se observar alguns critérios: I. Nível de consciência; II. Característica da respiração; III. Alterações hemodinâmicas; IV. Análise de exames laboratoriais. MATERIAIS PARA IOT • CÂNULA DE IOT COM CUNFF; • CÂNULA DE IOT SEM CUNFF; • CÂNULA DE IOT ARAMADA; • CÂNULA LARINGIE. Tipos de tubos para IOT HISTÓRIA DA VENTILAÇÃO PULMONAR • 460 - 370 a.C. - Hipócrates descreveu a função da respiração no " Tratado do ar" e o tratamento para as situações iminentes de sufocamento por meio da canulação da traqueia ao longo do osso da mandíbula. • Esta foi provavelmente a primeira citação sobre entubação orotraqueal. • 384 - 322 a.C. - Aristóteles notou que animais colocados dentro de caixas hermeticamente fechadas morriam. • Primeiramente, pensou que a morte ocorria pelo fato dos animais não conseguirem se resfriar. • 1530 - Paracelsus - Dc-(1493-1541) usou um cono conectado a um tubo inserido na boca de um paciente para assistir a ventilação. • 1775 - John Hunter desenvolveu um sistema com duplos balões para ressuscitação de animais, um balão para entrada de ar fresco e outro para retirada do ar ruim. • 1541 - 1564 - Vesalius introduziu um cano na traquéia de um animal que estava morrendo e somente através da ventilação restabeleceu o batimento cardíaco. • 1864 - Jones patenteou um dos primeiros ventiladores de pressão negativa. • 1876 - Primeiro "iron lung" do Dr. Woillez de Paris. Um aparelho onde seria possível submeter o paciente a uma ventilação diminuição da pressão atmosférica em volta da caixa torácica. • 1928- Philip Drinkr e Dr. Louis Agassiz Shaw foram os primeiros a utilizar o termo pulmão de aço para descrever sua máquina. • Um ventilador de pressão negativa, conhecido como “iron lung” ou pulmão de aço, foi amplamente usado nas epidemias de pólio daquele ano. Pulmão de aço EVOLUÇÃO DA VM • 1931 Jonh Emerson melhorou o seu modelo de “iron lung” similar ao de Driker e Shaw. Colocou nas laterais portinholas e a cama que poderia ser deslizada para dentro e para fora. • 1945- Os ventiladores mecânicos [Iron Lung], foram comercializados em larga escala durante a 2ª Guerra Mundial INSTALAÇÃO O aparelho é ligado a rede de ar-comprimido, de oxigênio e rede elétrica, deve-se checar a montagem do circuito, conexões, válvulas e tubos, pressão da rede, reguladora de pressão e umidificador com água geralmente estéril. Antes da instalação no paciente conecta-se o aparelho a um pulmão artificial e faz-se os ajustes dos parâmetros básicos. A escolha do modelo determina como o paciente e o aparelho vão interagir, nos períodos de instabilidade o aparelho assume o controle da ventilação Classificação do suporte ventilatório Ventilação não Invasiva ventilação Invasiva VENTILAÇÃO PULMONAR • Consiste numa renovação continua do ar presente no interior dos alvéolos. Para que isso ocorra movimentos que propiciam a insuflação e desinsuflação dos alvéolos, isso provoca no interior dos alvéolos, uma pressão ligeiramente ora negativa e ora mais positiva do que aquela presente na atmosfera. • Durante a inspiração, devido a uma pressão intra-alveolar de aproximadamente 3mmHg mais negativa que a atmosfera, uma certa quantidade de ar atmosférico é inalado pelo aparelho respiratório e durante a expiração devido a pressão alveolar mais positiva do que a atmosfera a mesma quantidade de ar é devolvido a atmosfera. ACESSO ÁS VIAS AÉREAS PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA Intubação orotraqueal (IOT) – Indicado em hipoxemia, sedação etc; Intubação nasotraqueal (INT)- Indicado quando o acesso a traqueia não é permitido Ex.: Tumores; Cricotireotomia (procedimento de emergência), que consiste no acesso as vias aéreas quando não é possível na IOT e nem a INT exemplo: trauma de face. Traqueostomia indicado para substituir a intubação quando ultrapassa 10 dias de VM e sem previsão de suspensão da VM INSTALAÇÃO O aparelho é ligado a rede de ar-comprimido, de oxigênio e rede elétrica, deve-se checar a montagem do circuito, conexões, válvulas e tubos, pressão da rede, reguladora de pressão e umidificador com água geralmente estéril. Antes da instalação no paciente conecta-se o aparelho a um pulmão artificial e faz-se os ajustes dos parâmetros básicos. A escolha do modelo determina como o paciente e o aparelho vão interagir, nos períodos de instabilidade o aparelho assume o controle da ventilação CIRCUITO DO VETILADOR E O FILTRO VM A ventilação mecânica (VM) se faz através da utilização de aparelhos que, intermitentemente, insuflam as vias respiratórias com volumes de ar (volume corrente ). O movimento do gás para dentro dos pulmões ocorre devido à geração de um gradiente de pressão entre as vias aéreas superiores e o alvéolo; Podendo ser conseguido por um equipamento que diminua a pressão alveolar (ventilação por pressão negativa) ou que aumente a pressão da via aérea proximal (ventilação por pressão positiva). Objetivo da VM Manter troca gasosas; Reverter hipoxemia; Reduzir o desconforto respiratório; Reverter ou prevenir atelectasias; Reduzir consumo de oxigênio; Reduzir a PIC Prevenir sedação e anestesia Manter oxigenação e ventilação de maneira artificial até oos desequilíbrios sejam corrigidos. Parâmetros a serem ajustados no ventilador mecânico • FIO2 -Concentração de oxigênio; necessária para manter uma taxa arterial de oxigênio (Pa02) adequada; • Volume corrente (V/C) é o volume de ar que deve ser administrado ao cliente em cada ciclo respiratório; • Fluxo Inspiratório: é a velocidade em que o ar será administrado, quanto maior o fluxo maior será a velocidade que o V/C será administrado; • Frequência Respiratória: (FR) é a quantidade de ciclos respiratório realizados em um minuto. Resultado de Ti e Te. • Tempo Inspiratório (Ti) é o tempo em que ocorre a insuflação do pulmão. • Tempo Expiratório (Te) é o tempo da desisuflação pulmonar. • Relação I:E; é a relação entre o tempo inspirado e o tempo expirado, em geral, o valor normal de I:E é de 1:2 Podendo ser alterado • Sensibilidade: nível de pressão ou fluxo predeterminado que deve ser atingido permitindo que o cliente entre em conjunto com a máquina em inspiração; • PEEP: Pressão Inspiratória Final que fica dentro dos alvéolos. O valor fisiológico da PEEP é de 5cmH20 e esse deve ser o valor programado no ventilador; • Pressão Inspiratória: é a pressão máxima que deve ser exercida internamente na caixa torácica, essa não deve ultrapassar o valor de 40cmH20; • Volume Minuto: é a quantidade de Ar que foi administrado ao cliente durante um minuto. É o produto do V/C pela FR. CLASSIFICAÇÃO Modalidade do Aparelho 1º PASSO: ESCOLHA DA MODALIDADE DA VENTILAÇÃO: Controlado; Assistido/Controlado [A/C]; Espontâneo; [PSV]; Modos Combinados. Ex.: (SIMV- ESPONTÂNEA E CONTROLADO) Modos Ventilatórios VOLUME: O aparelho insufla um volume corrente (Vt) programado na máquina/ventilador. PRESSÃO: O aparelho vai gerar uma determinada pressão na via aérea proximal, isso vai fazer com que o ar entre e vá até aos pulmões. PRESSÃO DE SUPORTE: São modos totalmente espontâneo, o cliente domina toda incursão respiratória: ou seja ele decide o momento de inspirar e expiração. Métodos Ventilatórios V/C= Ventilação Controlada VCV= Ventilação Controlada a Volume [FR é definida pela máquina] PCV= Ventilação por Pressão Controlada [FR é definida pela máquina]. A/C= Assistido Controlado VCV=Ventilação Controlada a Volume [FR é definida pelo cliente e pela máquina] PCV= Ventilação por Pressão Controlada [FR é definida pelo cliente e pela máquina] PSV- Pressão de suporte: [ FR é definida inicio e fim pelo cliente] MODALIDADE ESPÔNTANEA PSV= [CPAP] Utiliza-se uma pressão contínua, ou seja: a pressão para inspiração é a mesma pressão para expiração. Essa modalidade não pode ser utilizada em clientes com IOT. PSV= [BIPAP] • Temos 2 modos: pode ser usados em clientes com traqueostomia ou cliente com IOT. INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO VÁLVULA DE FLUXO • No aparelho essa válvula se abre no momento da inspiração para permitir que o ar entre e chegue aos pulmões do cliente conforme o programado. VÁLVULA DE EXALAÇÃO • A válvula de exalação se abre para [para gerar o PEEP] permitir que o ar contido nos pulmões do cliente saí/ seja exalado. CICLAGEM VENTILATÓRIA É a mudança da fase de transição da Inspiração para a Expiração Pode ser: I. TEMPO: Pressão controlada II. VOLUME: Ventilação controlada III. FLUXO: Pressão de Suporte CICLAGEM VENTILATÓRIA Fase I - Inicio da inspiração “ Disparo do Ventilador” FR/Pcte/ sensibilidade. Fase II – Inspiração é o fornecimento do volume de gás ao paciente pelo ventilador. Fase III – Transição da Inspiração para a Expiração [Ciclagem] Fase IV – Expiração – Abertura da válvula de exalação Fase V – Novo Ciclo Característica da Respiração do Respirador [controlado] DISPARO: Inicia á ventilação [Assistido] LIMITE: Determina a amplitude da respiração CICLAGEM: Determina a interrupção da inspiração e inicio da expiração Modo VCV • CONTROLES V/C – Volume corrente; FL= Fluxo; Pva- Pressão na via aérea; FR= Frequência Respiratória; FIO2 = Fração Inspirada de oxigênio; PEEP= Pressão positiva; (TI) = Tempo Inspiratório; Sensibilidade • O volume é constante e a pressão variável • Ciclado: a volume ou tempo MODO PCV • FR= Frequência Respiratória; • PI= Pressão Inspiratória; • PEEP= Pressão Positiva; • TI= Tempo Inspiratório; • Sensibilidade; • FIO2 =Fração Inspiratória de O2 A pressão será constante e o volume variável. Fluxo também será variável Ciclado a tempo, MODO PSV • PEEP; • SENSIBILIDADE; • FIO2; • PRESSÃO DE SUPORTE. Níveis pré-determinado de pressão na fase inspiratória: [V/C, FL, FR e TI], São variáveis, ou seja: é o cliente que controla tudo. Ciclado a fluxo. MODALIDADE VENTILATORIAS E VARIÁVEIS MODALIDADE MODO DISPARO LIMITE CICLAGEM VCV CONTROLADO TEMPO FLUXO VOLUME ASSISTIDO Pressão / Fluxo FLUXO VOLUME PVC CONTROLADO TEMPO PRESSÃO TEMPO ASSISTIDO Pressão / Fluxo PRESSÃO TEMPO PSV ESPONTÂNEA Pressão / Fluxo PRESSÃO FLUXO DÚVIDAS? INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM Manter vigilância constante ao paciente; Controlar rigorosamente os sinais vitais do paciente; Controlar rigorosamente a monitorização cardíaca do paciente; Monitorar o padrão respiratório; Observar alterações neurológicas; Aspirar secreções pulmonares para evitar rolhas no tubo; Observar o circuito do ventilador; Anotar os parâmetros da ventilação na ficha especial de controle do cliente Realizar higiene oral; Proteger a face do cliente evitando lesão de face; Observar a insuflação do cunff; Troca da fixação da cânula; Avaliar o nível de sedação do paciente; Monitorizar o desmame ventilatório; Observar sinais de hiperinsulflação EXERCÍCIO EM SEU CADERNO • Qual é a definição de respiração? • Cite os tipos de movimentos respiratórios • Onde ocorre a troca gasosa? • Quantos e quais são os lobos do pulmão esquerdo de um ser humano? • Cite os órgãos que compõe o sistema respiratório • O que significa uma IOT? • Quantos e quais são os lobos do pulmão direito de um ser humano? • Quando é indicativo de uma IOT? • Cite as modalidades de ventilação. • Cite os critérios para uma IOT • Cite os materiais para uma IOT • Cite os tipos de tubo/cânula para uma IOT • Após a IOT pelo profissional médico, qual é o equipamento que será conectado ao tubo do paciente? • Defina VM ou suporte ventilatório. • Cite os objetivos da Ventilação Mecânica [VM] • Na classificação do suporte ventilatório, qual é a diferença entre ventilação INVASIVA e ventilação NÃO INVASIVA? • Como era conhecido os primeiros ventiladores mecânicos? • Cite 10 cuidados de enfermagem ao cliente em ventilação mecânica OBRIGADO
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