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Formação do Estado Moderno

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TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 
E DO ESTADO
Idade Antiga – Idade Média – Idade Moderna
Na Idade Antiga, falava-se em uma organização centralizada e autônoma no exercício do poder.
Na Idade Média, há uma fragmentação do território e do poder, fundamentais para o surgimento da sociedade feudal. 
Na Idade Moderna, há uma transição de uma sociedade rural para o início daquilo que começamos a ver hoje como Estado, o capitalismo – ainda que bastante primitivo. As expansões marítimas, o mercantilismo, o iluminismo e o renascimento possibilitaram essa transição para um novo modelo de organização política surgimento da burguesia (acúmulo de capital).
Teoria dos Direitos Divinos dos Reis: os reis, como representantes do poder divino na Terra, exerciam o poder através de um mandato direto d’Ele. Portanto, a importância da Igreja para essa intermediação entre Deus e o poder terreno diminui significativamente nascem os Estados Nacionais (monarquias absolutistas).
*Legitimação do poder ao longo da história: Força bruta Deus Leis/Povo (hoje)
1ª forma de Estado
Poder centralizado em uma Monarquia Absolutista 
Problema: Um Estado que não tem limitação. O capitalismo, enquanto modelo econômico precisa de segurança e previsibilidade. 	Em um Estado absoluto, ou seja, sem limitações, esses princípios não se aplicam.
- A Mon. Absolutista passa a não ser quista pela burguesia devido à sua incompatibilidade com o desenvolvimento do capitalismo Revoluções Burguesas
*Rev. Burguesa Inglesa: deslocamento do poder do rei para afirmação do poder do parlamento.
* Rev. Burguesa Americana: independência das 13 colônias e surgimento do parlamentarismo e da ideia moderna de constituição.
* Rev. Burguesa Francesa: rompimento extremamente violento do absolutismo.
- O Estado nasce com poder absoluto, mas, a partir das revoluções burguesas, tem seu poder limitado. O instrumento dessa limitação é, por sua vez, a Constituição escrita, que traz uma organização do poder (por meio de sua separação) e direitos fundamentais.
- Qual o papel da Constituição no Estado Moderno?
R.: A Constituição exerce o papel de limitação e controle, mas também de legitimação do poder. Ela foi o instrumento jurídico e político que tornou o Estado limitado e organizado.
· “Estado designa as sociedades políticas juridicamente organizadas em base territorial, dotadas de soberania e governo.” Nina Ranieri.
1) Constituição: documento jurídico-político
2) Não existe Estado sem território 
3) Elemento político do Estado
*Este é um conceito moderno de Estado
*Esse conceito não traz perspectiva de legitimação do Estado. Em uma relação de poder, para que o indivíduo obedeça/se submeta, é necessário legitimidade do poder.
Visão Positiva do Estado
- Contratualismo: a legitimação/existência do Estado se dá através do Contrato Social.
- Séc. XVII e XVIII.
- Rousseau, Hobbes (Leviatã – “o homem é o lobo do homem”) e Locke. 
- Para justificar a existência do Estado, dizem que as pessoas sem ele vivem em um Estado de Natureza, que nada mais é senão uma abstração teórica que esses autores utilizam para explicar como seria a sociedade se cada um fizesse o que quisesse.
- A legitimidade do Estado provém do Contrato Social.
- É uma teoria que parte de uma abstração teórica para justificar a legitimidade do Estado. Essa justificativa se dá na adoção do contrato social, um pacto feito entre as pessoas em seu estado de natureza onde cada um abre mão de um pouco de sua autonomia para a criação de um ente superior, o Estado.
Visão Negativa do Estado
- Estado é tão somente uma estrutura de dominação de uma classe opressora sobre uma classe oprimida.
- Marx e Engels.
- Visão de Estado intimamente relacionada ao modo econômico.
- O Estado é uma estrutura do capitalismo.
- Chamada de visão negativa justamente poque, na perspectiva desses autores, o ideal seria a extinção do Estado a partir da superação do capitalismo.
Jusnaturalismo x Juspositivismo
1) JUSNATURALISMO:
- Buscam a legitimidade do Estado na natureza.
- Existência de um Direito Natural, que independe de leis escritas. A perspectiva é que temos direitos inatos, naturais, próprios da nossa condição pelo simples fato de sermos seres humanos.
- Para eles, o Direito Positivo está subordinado ao Direito Natural. Ex.: Naturalmente, todo ser humano tem direito à vida. Portanto, se o Direito Positivo tenta admitir a pena de morte este é ilegítimo.
 2) JUSPOSITIVISMO: 
- Direito é aquilo que é produzido pelo Estado; não existe direito natural.
- Se não há Estado, não há Direito.
- Parte-se das normas jurídicas escritas. Ex.: Se em uma constituição X a pena de morte é permitida, ela é legítima – Direito é aquilo que vem do Estado e é produzido por ele.
ELEMENTOS DO ESTADO
· ELEMENTO ESPACIAL (território)
- Precisa de um espaço geográfico determinado pra existir;
- Um povo sem um território não é um Estado;
- Princípio da Territorialidade: dentro desse território, o Estado tem competência e direito de aplicar a sua soberania. *As embaixadas brasileiras são territórios do Brasil;
- É possível que existam casos de extraterritorialidade, onde casos que aconteceram no Brasil serão julgados pelas leis de outro país. Ex.: Divórcio entre brasileira e francês;
- Território: solo, subsolo, espaço aéreo e mar territorial – são também espaços de exploração econômica exclusivos daquele Estado. 
· ELEMENTO PESSOAL (povo)
- Povo: critério de nacionalidade (vínculo político-jurídico que liga os indivíduos ao Estado).
- Nacionalidade primária/ Brasileiros natos: Ius Solis (nasce no território) e Ius Sanguinis (ascendência).
- Nacionalidade secundária: naturalização (não podem assumir determinados cargos públicos e possuem leis diferentes de extradição).
· ELEMENTO POLÍTICO (soberania)
- Tem relação com a capacidade/o direito que o Estado tem de autogoverno e autodeterminação em seu território, sem intromissão de outros Estados. O que, inclusive, diz respeito à criação de normas jurídicas e sua aplicação.
- É uma construção do séc. XVII (1648) – Guerra dos 30 anos; Primeiro momento em que se reconheceu a soberania do Estado dentro de seu próprio território. No acordo de paz, todos aderiram à uma cláusula que dizia: “No reino deles, a religião deles”. Passou a haver, ao menos em ordem formal, o reconhecimento da igualdade jurídica entre os Estados.
- São com esses conflitos do séc. XVII e seus desenrolares que nasce o Direito Internacional. 
· ELEMENTO TELEOLÓGICO (finalidade)
- A finalidade como elemento constitutivo do Estado não vem da Teoria Clássica, mas tem-se na Modernidade que o Estado não tem um fim em si mesmo.
- Pós 2ª G.M.: Finalidade do Estado vinculada à proteção dos direitos fundamentais.
 
EVOLUÇÃO
Estado Absoluto
- Poder ilimitado nas mãos de um monarca e legitimado pelo direito divino dos reis.
- Reação: revoluções burguesas vitória do constitucionalismo, que levou à adoção de um instrumento de limitação do poder: a constituição.
- Mecanismos de limitação do poder presentes na Constituição: Divisão/Separação dos poderes e estabelecimento de um rol de direitos fundamentais.
Estado Liberal
- Pensado, a partir da Constituição, como um Estado NÃO-INTERVENTOR/MÍNIMO, pois os direitos garantidos pelo Estado Liberal eram direitos negativos (que impunham uma abstenção ao Estado, impunham uma obrigação de “não-fazer”). 
- O Estado existe para garantir: liberdade, propriedade e igualdade (formal).
- Movimentos reivindicatórios dos trabalhadores (Rev. Industrial) e Rev. Russa de 1917.
Estado do Bem-estar Social/Social
- Garantia dos direitos positivos: o Estado passa a ser um prestador de serviços públicos.
- Uma geração de direitos não apaga a outra: além dos direitos negativos, têm-se agora direitos prestacionais/positivos.
- Primeiras constituições a adotar este modelo: Mexicana de 1917 e Alemã de 1919/de Weimar.
- Direitos trabalhistas e prestacionais (saúde, educação, seguridade social) – direitos que impõem ao Estado fazer algo.
- Estado Interventor: vai intervir, também, na Economia (algo que era impensável no EstadoLiberal).
- É nesse modelo de Estado que nascem as empresas estatais.
- Enquanto no Estado Liberal a igualdade é meramente formal, no Estado do Bem-estar Social começamos a ver uma maior preocupação com a igualdade material. Começa-se a entender que algumas relações são naturalmente assimétricas.
* Autonomia da Vontade Autonomia Negocial
- Se eu vendi meu celular, sem coação, por 10 reais muito difícil que eu consiga anular o contrato.
- Se um senhor de 70 anos assina um contrato abusivo de previdência social consegue anulação; duas partes desiguais, falta de informação... nesse caso, a autonomia negocial é superada.
* Essa ideia no Estado Liberal era impensável (Estado não-interventor).
* O Estado Social passa a assumir um papel de regulador das relações assimétricas.
2ª GUERRA MUNDIAL 
- Estados totalitários (Itália e Alemanha)
- A constituição não foi suficiente para deter o Estado. Os interesses foram suficientes para superá-la Crise no Constitucionalismo.
- A partir da necessidade de ressignificação da importância da constituição, surge um novo modelo de Estado.
Estado Democrático de Direito
- Preocupação, em níveis constitucionais, com a ideia da supremacia constitucional.
- Essa supremacia é reforçada quando as normas constitucionais passam a prever mecanismos de proteção da própria constituição: controle de constitucionalidade, por exemplo.
- Ressignificação normativa e aproximação do Direito com valores de justiça por meio dos PRINCÍPIOS JURÍDICOS (Princípio da dignidade da pessoa humana etc.).
- Primeiras constituições: Italiana de 1948, Alemã de 1949 e Portuguesa de 1976 (forte influência na CF/88).
* A CONSTITUIÇÃO não é apenas um documento de caráter jurídico, mas também político. Na tradição brasileira, sempre que tivemos uma mudança muito brusca no âmbito das estruturas econômicas e políticas do país, tivemos uma nova constituição criada. Ex.: Com a queda da República Velha, a revolução de 30 e a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, nasce a Constituição de 1934. Em 1945, com a queda de GV e o início de um processo de redemocratização, surge logo em seguida a Constituição de 1946.
* A constituição está na confluência entre o Direito e a Política.
ESTADO & GOVERNO
Estado: pretensão de ser permanente
Governo: é temporário; é a figura que administra os negócios do Estado, por um determinado período, a partir de suas diretrizes políticas e ideológicas. 
- “Minha Casa, Minha Vida”: Criado durante o Governo Lula, demonstrava a preocupação política desse governo com os problemas de habitação. Se para um futuro governo a habitação não fosse uma prioridade, o programa poderia simplesmente ser extinto. No entanto, o direito de habitação passou a ser previsto na CF/88 e, portanto, deve ser garantido pelo Estado. A partir desse momento, uma política de Governo passou a ser uma política de Estado.
FORMAS DE ESTADO
Ligadas pelo modo como o Estado se organiza na distribuição de centros de poder.
Estados Unitários
- Um governo central, um único centro de poder.
- Não há divisão de poder entre outros órgãos (Estados, municípios...).
- Um único centro de poder e um único centro de produção de Direito.
- Ex.: Uruguai e França – o poder está concentrado. Existem o que corresponde aos nossos prefeitos e governadores, mas são representantes do governo e não do povo (sem voto popular).
Estados Federados
- Divisão espacial do poder, em mais de um ente.
- Níveis federativos, poder distribuído.
- Descentralização do poder e da produção do Direito.
- A Federação nasce com a independência das 13 colônias inglesas (EUA). Há um governo central (União), mas os Estados têm poder. As ex-13 colônias se uniram para a criação de um Estado Federal.
- Há, também, uma repartição de competências entre os entes federativos. Cada um deles detém competências administrativas, financeiras e legislativas específicas. 
- FEDERALISMO CLÁSSICO/DUAL: Sistema rígido na repartição de competências. A União cuida de x assuntos e os Estados de y. Um não interfere nas atribuições do outro.
- FEDERALISMO COOPERATIVO: Competência x é somente da União e y somente dos Estados. No entanto, w e z são comuns aos dois entes.
- Dois tipos de criação de uma Federação:
* Por Agregação: vários Estados se unem e abrem mão de parte de sua autonomia para a criação de uma Federação. Ex.: EUA – 13 colônias.
* Por Desagregação: formado a partir da desagregação de um Estado Unitário anterior. Ex.: Brasil.
- A República Federativa do Brasil é a única Federação que têm os Municípios como entes federativos, que fazem parte da repartição do poder. São 3 figuras de poder: União, Estados e Municípios. 
FORMAS DE GOVERNO
Como é feito o preenchimento/a escolha da chefia do Estado e do Governo
Monarquias
- A chefia de Estado é exercida a partir de um critério hereditário o exercício da função é vitalício. 
- São Monarquias Constitucionais: o poder do monarca é limitado e ele ocupa tão somente a chefia do Estado – a chefia do Governo (poder, efetivamente) é exercida por outra pessoa (Na Inglaterra, por exemplo, pelo 1° Ministro). 
- “O rei reina, mas não governa”.
Repúblicas
- A chefia do Estado e do Governo é exercida através dos cidadãos. Há uma legitimação eleitoral e o exercício da função é temporário: mandatos fixos. 
- Maior grau de responsabilização política.
- Nas presidencialistas, a chefia de Estado e de Governo são exercidas pela mesma pessoa.
 
SISTEMAS DE GOVERNO
Relação entre os poderes executivo e legislativo na formação do Governo.
Parlamentarismo
- Vinculação entre uma maioria legislativa e a escolha do poder executivo.
- O poder legislativo forma o poder executivo.
* Um partido político que tenha maioria do parlamento ou coalizões;
* Voto de confiança
Presidencialismo
- Independência relativa entre os poderes na formação do executivo.
- O presidente é eleito diretamente, independente da formação e da escolha do poder legislativo (Congresso). 
- Esse sistema de Governo nasce, assim como a ideia de federação, nos EUA.
- “Presidencialismo de Coalizão” Historicamente, nenhum presidente fez maioria do seu partido em nenhuma das casas legislativas do Congresso Nacional – Câmara dos Deputados (513 deputados com representação proporcional à população) e Senado Federal (81 senadores com representação paritária, proporcionando equilíbrio federativo). No entanto, apesar de a lógica do presidencialismo indicar que há uma independência entre os poderes, a prática faz com que o presidente (executivo) precise negociar com o legislativo para que suas medidas e propostas sejam aprovadas. Daí surge a fragmentação do legislativo: o presidente precisa formar uma base com os vários partidos existentes dentro do Congresso (Centrão). O problema do Brasil, entretanto, não está na estrutura do presidencialismo – mas sim no que é feito para garantir esse apoio e essas negociações no âmbito executivo-legislativo.
SISTEMAS DE GOVERNO
Divisão de funções (Montesquieu; p/ evitar abuso de poder) a partir das 3 funções do Estado:
1) Executiva
2) Legislativa
3) Judicial
- Sistema de freios e contrapesos (controle entre os próprios poderes).

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