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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
RAQUEL VANILA ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Palhoça
2012
RAQUEL VANILA ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Educação 
Física da Universidade do Sul de Santa Catarina com 
requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em 
Educação Física.
Orientador: Prof. Jucemar Benedet, Msc.
Palhoça
2012
RAQUEL VANILA ALVES DA SILVA
QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO
Este Relatório de Estágio foi julgado adequado á 
obtenção do título de Bacharel em Educação Física e 
aprovado em sua forma final pelo Curso de Educação 
Física da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Palhoça, 26 de novembro de 2012.
________________________________________
Prof. e orientador Jucemar Benedet, Msc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
________________________________________
Profª Juliana Carla Freddi, Esp.
Universidade do Sul de Santa Catarina
________________________________________
Profª. Vanessa Francalacci, Dra.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ao meu marido Dyogo, que foi um 
grande parceiro, me apoiando e incentivando 
em todo tempo, ao meu filho amado Vinícius 
que é a razão do meu viver e á minha força 
para seguir. À minha mãe Sandra, a esta 
mulher forte que me ensinou tudo sobre a vida. 
E aos meus irmãos Luciano, Israel, Isaac, 
Felipe e Miriã que sempre me apoiaram e que 
sempre me incentivaram muito nesta trajetória.
AGRADECIMENTOS
Foi um grande desafio passar por esta etapa da vida e por isso, nesta trajetória árdua, 
há pessoas importantes que tenho que agradecer:
Primeiramente, agradeço á Deus por ter me dado força e por ter me colocado neste 
lugar, sem a sua soberana graça eu não estaria aqui! Obrigado por me dar força, saúde e 
sabedoria para lidar com os obstáculos da vida! 
Agradeço ao meu orientador Jucemar Benedet por me incentivar sempre e por estar 
disposto todas as vezes que necessitava de ajuda durante este ano, por confiar no meu 
potencial e me disponibilizar seus conhecimentos para a elaboração deste trabalho. 
Aos professores da UNISUL que me incentivaram durante todos estes anos de 
Universidade, por engrandecer os meus conhecimentos através das trocas de conhecimentos 
nas aulas. Agradeço a todos pela dedicação para nos tornar profissionais capacitados.
Agradeço minha mãezona Sandra Maria, que me incentivou a vida inteira, que sempre 
esteve ao meu lado em todos os momentos e que sempre me depositou muita confiança, e me 
ensinou a viver! 
Ao meu marido, que me suportou e me apoiou durante este tempo, por estar do meu 
lado nos momentos mais difíceis e por alegrar os meus dias, juntamente com o nosso filhote 
Vinícius, amo vocês!
Aos meus irmãos e verdadeiros amigos, Luciano, Israel, Isaac, Felipe e Miriã por 
sempre me ajudarem quando eu necessitava, saibam que vocês são meus espelhos! Obrigado 
por me incentivarem nesta caminhada.
Às academias, por terem aberto as portas para a realização da minha pesquisa, as 
secretárias por me ajudarem na coleta de dados.
Queria também agradecer ao meu supervisor de campo Raul Machado, pelo apoio e 
incentivo que me deu durante este tempo, se dispôs a me ajudar e me ensinar tudo no estágio.
Agradeço a todos os meus colegas de sala, em especial, aos meus amigos: Priscila 
Wolff, Debora Farcili, Joana Ramos, Carlos Alberto, Divânio, João Marques, por me 
proporcionarem momentos tão divertidos nestes anos.
Agradeço também todos àqueles que contribuíram de alguma forma para a construção 
deste trabalho.
Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem 
prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça 
prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do que 
errar por omitir! (Augusto Cury)
RESUMO
Com a prática da musculação como exercício físico diário o idoso aumenta a sua expectativa 
de vida, obtendo melhorias nas capacidades físicas, mentais e sociais, como consequência, o 
indivíduo tende a adquirir novos hábitos, alcançando uma melhor qualidade de vida. Este 
estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de idosos praticantes de musculação em 
duas academias do bairro Carianos, Florianópolis/SC. A pesquisa caracterizou-se como 
descritiva, quanto à coleta de dados como de campo, com abordagem quantitativa. A amostra 
foi feita por conveniência no qual a população em estudo foi convidada a participar.
Responderam o questionário 18 idosos, 10 homens, constituindo a amostra do estudo.
Utilizou-se como instrumento de pesquisa o questionário de qualidade de vida de Flanagan, 
composto por 15 perguntas, distribuídas em 5 dimensões. Os dados foram tabulados 
utilizando a estatística descritiva e apresentados em forma de tabelas. De modo geral, as 
dimensões “participação social”, “amizade e recreação” e “bem estar físico e mental” os 
idosos possuem grau de satisfação menores quando comparados aos demais itens avaliados. 
Entretanto, no contexto de todas as dimensões avaliadas, os achados indicam níveis elevados 
de qualidade de vida na amostra investigada. Reitera-se a importância da prática de exercícios 
físicos para os idosos, pois estes juntamente com um estilo de vida saudável agregam fatores 
positivos na qualidade de vida, em todas as suas dimensões.
Palavras-chaves: Qualidade de vida. Idosos. Musculação.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Descrição da amostra.............................................................................................. 26
Tabela 2 - Resultados relativos ao domínio “desenvolvimento pessoal e realização”, 
Florianópolis, SC, 2012........................................................................................................... 28
Tabela 3 - Resultados relativos ao domínio “relação com familiares”, Florianópolis, SC, 
2012.......................................................................................................................................... 28
Tabela 4 - Resultados relativos ao domínio “participação social”, Florianópolis, SC, 
2012.......................................................................................................................................... 28
Tabela 5 - Resultados relativos ao domínio “amizade e recreação”, Fpolis, SC, 
2012.......................................................................................................................................... 30
Tabela 6 - Resultados relativos ao domínio “bem estar físico e mental”, Florianópolis, SC, 
2012.......................................................................................................................................... 30
Tabela 7 - Resultados relativos aos domínios da Escala de Flanagan, Florianópolis, SC, 2012
.................................................................................................................................................. 31
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 09
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA ................................................. 09
1.2 OBJETIVO GERAL ..................................................................................................... 10
1.3 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................................. 10
1.4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 12
2.1 QUALIDADE DE VIDA ............................................................................................. 12
2.1.1 Qualidade de vida na terceira idade ....................................................................... 13
2.2 ENVELHECIMENTO................................................................................................. 15
2.2.1 O envelhecimento e a prática de exercícios físicos ................................................. 17
2.3 MUSCULAÇÃO........................................................................................................... 18
2.3.1 Características da modalidade e benefícios ............................................................ 19
2.3.2 Musculação na terceira idade .................................................................................. 20
3 MÉTODO....................................................................................................................... 23
3.1 TIPO DE PESQUISA.................................................................................................... 23
3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA ............................................................................. 23
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................................ 23
3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS .......................................................... 24
3.5 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................................. 25
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................ 26
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES .................................................................................... 33
REFERÊNCIAS
ANEXOS
9
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA
Em uma visão geral, qualidade de vida “é a percepção de bem-estar resultante de um 
conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam 
as condições em que vive o ser humano” (NAHAS, 2001, p. 14). É importante ressaltar que os 
fatores modificáveis do nosso estilo de vida, correspondem aos hábitos alimentares, o 
sedentarismo, a utilização de drogas e a exposição a comportamentos de risco. Por isso 
devemos ter bons hábitos para garantir uma velhice saudável.
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, no qual as pessoas que 
possuem acima de 60 anos são consideradas idosas no Brasil (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 
2001). Entretanto, uma pessoa com menos de sessenta anos de idade pode ser considerado 
idoso no ponto de vista orgânico, mental e intelectual (LESSA, 1998).
Há cerca de 10 milhões de pessoas na população brasileira com idade superior a 65 
anos. Estima-se que em 2050, a população idosa será de 1.900 milhões de pessoas (IBGE, 
2002).
No envelhecimento acontecem mudanças extrínsecas e intrínsecas, sendo irreversíveis, 
progressivas e universais (NAHAS, 2001), ou seja, com o avanço da idade, aparecem rugas, 
cabelos brancos, a perda da força muscular, da flexibilidade, da cognição. Além do 
aparecimento de doenças, como cerebrovasculares e vasculares, depressão, esclerose múltipla 
e mal de Alzheimer, doenças estas citadas por Neri (2000). Segundo o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (2010) à medida que a pessoa envelhece, maiores são as chances de 
contrair uma doença crônica. Basta verificar que somente 22,6% das pessoas de 60 anos ou 
mais de idade declararam não possuir doenças. Para aqueles de 75 anos ou mais de idade, esta 
proporção cai para 19,7%.
Devido ás mudanças associadas ao envelhecimento é necessário que o idoso mude seu 
estilo de vida para retardar tais sinais. Civinski e colaboradores (2011) afirmam que com o 
envelhecimento o idoso traz consigo o desgaste natural do seu corpo, com isso diminuindo as 
suas capacidades físicas, consequentemente afetando o seu desenvolvimento nas atividades da 
vida diária. Segundo Rocha e colaboradores (2009), o exercício físico, sem distinção da 
modalidade a ser praticada, gera para os idosos um aumento na força muscular. Por isso, 
Murer (2007) afirma que os exercícios de força estimulam o aumento da massa óssea e da 
massa muscular.
10
A musculação que é definida como um meio de preparação das capacidades física 
utilizada para o desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com as estruturas 
musculares (TUBINO; MOREIRA, 2003). Visto neste contexto inúmeros benefícios da 
prática da musculação, destacam-se diversos exemplos de estudos abordando o conteúdo.
Diante do estudo de Estorck e colaboradores (2012), concluem que a prática da 
musculação para os idosos feita adequadamente melhora a qualidade e expectativa de vida, 
previne doenças e melhora a saúde física e mental do idoso. Melhora na capacidade funcional, 
na manutenção e/ou melhoria da independência, e autonomia do idoso (MAZO; LOPEZ; 
BENEDETTI, 2001).
Prado e colaboradores (2010) ressaltam que o programa de exercícios resistidos 
utilizado no estudo foi eficaz no aumento do equilíbrio, mobilidade funcional, domínio físico 
e psicológico da qualidade de vida das idosas, não tendo muito impacto nos domínios social e 
ambiental. Neste mesmo contexto, Cipriano e colaboradores (2011), concluíram em seu 
estudo que é muito importante praticar exercício físico resistido, pois contribui com a 
qualidade de vida sadia das pessoas com idade avançada.
Diante do exposto surge a seguinte questão de pesquisa: Quais os indicadores de 
qualidade de vida em idosos praticantes de musculação?
1.2 OBJETIVO GERAL
Avaliar a qualidade de vida de idosos praticantes de musculação em duas academias do bairro 
Carianos, Florianópolis/SC.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Verificar a satisfação com a qualidade de vida referente ao desenvolvimento e realizações 
individuais do idoso praticante de musculação;
- Mensurar a satisfação com a qualidade de vida referente a relacionamentos amorosos, 
familiares e com amigos do idoso praticante de musculação; 
- Investigar a satisfação com a qualidade de vida referente a atividades sociais, comunitárias e 
cívicas do idoso praticante de musculação; 
- Medir a satisfação com a qualidade de vida referente ao bem estar físico e material do idoso 
praticante de musculação; 
11
- Verificar a satisfação com a qualidade de vida referente à recreação do idoso praticante de 
musculação.
1.4 JUSTIFICATIVA
Justifica-se este trabalho a importância de conhecermos os aspectos que influenciam 
na qualidade de vida dos idosos que praticam musculação, sempre buscando atender as 
demandas deste público em especial, fazendo com que este trabalho subsidie não somente os 
profissionais de Educação Física, mas também todas as áreas da saúde. 
“Os profissionais de saúde e de outras áreas não devem apenas atuar nos cuidados e 
atenções, mas também como mediadores, defensores, mentores, facilitadores e promotores 
dos processos relacionados à saúde dos idosos” (MANZO; LOPES; BENEDETTI, 2001).
Diante dos benefícios que a prática da modalidade proporciona ao idoso, é importante 
que o próprio idoso tenha consciência da necessidade da busca de uma vida saudável. Por isso 
Nahas (2001), cita que na chegada da terceira idade, ocorrem inúmeras mudanças na vida dos 
indivíduos, principalmente nos aspectos biológicos, como por exemplo, nas mudanças na 
composição corporal, diminuição nas capacidades funcionais, sendo que todos esses fatores 
levam a um agravamento na saúde e na qualidade de vida de modo geral.
Portanto, além da significância do tema e da sua importância no contexto social para 
os que suportam a execução deste trabalho, acrescenta-se a experiência acadêmica vivenciada 
pelo pesquisador enquanto iniciação cientifica. 
12
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 QUALIDADE DE VIDA
Qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da 
sua cultura e no sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, 
expectativas, padrões e preocupações, sendo uma definição subjetiva e multidimensional 
(THE WHOQOL GROUP, 1995 apud FLECK, 2008).
Nahas (2001), a qualidade de vida é a condição humana resultante de um conjunto de 
parâmetros individuais e sócio-ambientais, quepodem ser modificáveis ou não, que 
caracterizam as condições em que o ser humano vive. Neste mesmo contexto, Doimo e Derntl 
(2006) ressaltam que os estados físico, psicológico, social, cultural, mental e espiritual são 
fatores que influenciam na qualidade de vida do idoso, que não é um agente passivo, mas, 
dentro do contexto social, é ativo.
Barbanti (2003) destaca que qualidade de vida é um sentimento positivo quando as 
pessoas sentem um entusiasmo pela vida, sem canseira das atividades do cotidiano. Ela está 
ligada ao padrão de vida, ou seja, aos aspectos de saúde física e mental, condições materiais, 
infraestrutura, condições sociais em seu relacionamento com o meio ambiente.
Seguindo uma linha de raciocínio, classificar qualidade de vida como boa ou ruim, 
relacionando-a diretamente ao entendimento do sentido de vida de um indivíduo, no 
instante em que se adota o efeito do exercício como fator indispensável para a 
melhoria na qualidade de vida, parte–se da premissa de um indivíduo inativo e 
sedentário não possui qualidade de vida, sem oferecer importância aos outros 
fatores, que proporcionam a qualidade de vida desejada, quer sejam sociais, culturais
ou afetivos (DANTAS; BEZERRA; MELLO, 2009, p. 328).
O estilo de vida tem influências diretas sobre a qualidade de vida. “Estilo de vida 
corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as 
oportunidades na vida das pessoas. Estas ações geralmente influenciam na saúde e qualidade 
de vida de todos os indivíduos” (NAHAS, 2001, p. 29).
Segundo Dantas e colaboradores (2009, p. 320), “os objetivos pessoais determinam, 
entre outros aspectos, o estilo de vida. O trabalho, o lazer, o repouso compõem, nas suas 
abrangências, a tríade do estilo de vida”. Para os mesmos autores, o lazer deveria ser o fator 
determinante dos três aspectos, mas as eventualidades o modificam.
13
Para Pereira e colaboradores (2009), para ter uma qualidade de vida é de suma 
importância ter um estilo de vida saudável, sendo este um fator essencial para prolongar a 
vida.
A saúde e qualidade de vida estão ligadas ao padrão de vida do indivíduo, e nos 
aspectos físico, psicológico, social e na realização de atividades diárias, deve haver um 
equilíbrio (VASCONCELOS et al., 2009)
Nahas (2001) defende que o estilo de vida é estabelecido como o fator mais importante 
relacionado á saúde das pessoas. Ele argumenta que fatores do estilo de vida podem afetar 
negativamente á saúde dos indivíduos, fatores dos quais podemos ter controle, como as 
drogas, tabaco, álcool, sedentarismo e exposição á comportamentos de risco. Neste mesmo 
contexto, Matsudo (2001) considera que a prática regular de atividade física, a ausência do 
tabagismo, o consumo de álcool e uma alimentação equilibrada fazem parte de um estilo de 
vida saudável. 
Dantas e colaboradores (2009), afirmam que a ausência de vícios é um fator decisivo
para um estilo de vida saudável. A alimentação é fator fundamental na manutenção de uma 
vida sadia (MATSUDO, 2001).
2.1.1 Qualidade de vida na terceira idade
Como passar do tempo às pessoas estão objetivando envelhecer bem, ter boa velhice, 
prolongar a juventude e retardar a morte (NERI, 2000). Sem dúvida “o homem é um animal 
social e não pode sobreviver sem estar integrado a um grupo. Esta integração fundamenta-se 
na maturidade social e se reflete na satisfação de algumas necessidades básicas de afeto, 
realização e integração” (DANTAS; BEZERRA; MELLO, 2009, p. 302).
Uma boa qualidade de vida na velhice depende e é indicada por numerosos fatores, 
como a longevidade, boa saúde física e mental, boa saúde física percebida, 
satisfação, controle cognitivo, competência social, produtividade, atividade, eficácia 
cognitiva, status social, continuidade de papéis familiares e ocupacionais e 
continuidade das redes de relações informais. Esses elementos são produto da 
história de vida pessoal e do grupo etário, e dependem das condições existentes no 
grupo social [...] (NERI, 2000, p. 46).
O mesmo autor acima cita que uma boa qualidade de vida na velhice não depende 
exclusivamente de indivíduos isolados, mas é produto de uma junção de fatores individuais e 
14
socioculturais, onde as oportunidades individuais ao longo do curso da vida desempenham um 
papel fundamental.
A Qualidade de Vida tem sido preocupação constante do ser humano, desde o início 
de sua existência e, atualmente, constitui um compromisso pessoal à busca contínua 
de uma vida saudável, desenvolvida à luz de um bem-estar indissociável das 
condições do modo de viver, como: saúde, moradia, educação, lazer, transporte, 
liberdade, trabalho, auto-estima, entre outras (SANTOS et al , 2002, p. 758).
No envelhecimento acontecem mudanças intrínsecas, sendo irreversíveis, progressivas
e universais (NAHAS, 2001), ou seja, com o avanço da idade, aparecem as doenças 
cerebrovasculares e vasculares, bem como a depressão, esclerose múltipla e mal de 
Alzheimer, doenças estas citadas por Neri (2000). 
Para Nahas (2001) a dependência, a falta de rede social de apoio, e o lado econômico 
são os fatores que mais ameaçam o bem-estar dos idosos. “A aposentadoria muda 
consideravelmente à vida do idoso, o indivíduo se afasta da sua atividade profissional, 
podendo gerar um processo de despersonalização e marginalização social, interferindo nas 
suas relações sociais” (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 2001). O mesmo autor destaca que a 
falta de ocupação desenvolve um sentimento de inutilidade, de exclusão como membro 
produtivo e útil do seu grupo social.
A capacidade e a qualidade de lazer permitem manter um estreito paralelo entre as 
atividades sociais, comunitárias e cívicas, e estas, consequentemente, sofrerão 
influência e influenciarão, de maneira positiva e negativa, as possibilidades de 
integração social mediante uma atividade física (DANTAS; BEZERRA; MELLO, 
2009, p. 328).
“A pessoa idosa precisa viver em sociedade, com seus deveres e direitos garantidos, 
tendo participação e integração com outras pessoas, segurança, renda própria e cuidado 
adequado” (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 2001, p.70). O mesmo autor cita que “deve-se 
mudar este ritual da morte para o ritual da vida, onde haja vida social, além de psicológica e 
biológica, desde nascimento até a morte do indivíduo”.
Possuir um hobby que a motive a sair de casa, encontrar-se com pessoas que 
possuam os mesmo interesses, modificar o seu ambiente cotidiano, ser obrigada a 
15
colocar sua atenção em outra atividade que não seja a profissional ou a doméstica 
será um excelente fator de higiene mental. Se em meio a tudo isso ainda puder 
associar qualquer atividade física, obterá vantagens dobradas (DANTAS; 
BEZERRA; MELLO, 2009, p. 304).
Corroboram as afirmações de Neri (1995, p. 38):
Envelhecer bem depende das chances do indivíduo quanto a usufruir de condições 
adequadas de educação, urbanização, habitação, saúde e trabalho durante todo o seu 
curso de vida. Estes são elementos cruciais à determinação da saúde (a real e a 
percebida) e da longevidade; da atividade, da produtividade e da satisfação; da 
eficácia cognitiva e da competência social; da capacidade de manter papéis 
familiares e uma rede de relações informais; das capacidades de auto-regulação da 
personalidade, do nível de motivação individual para a busca de informação e para a 
interação social, dentre outros indicadores comumente apontados pela literatura 
como associados a uma velhice bem-sucedida.
Segundo Mota (2002), os idosos de hoje em dia vivem mais anos, mas é necessário 
que os idosos vivam com qualidade, integrados à sociedade e à família, com garantias de 
meios de subsistência e apoios necessários.
2.2 ENVELHECIMENTO 
 O envelhecimento nos países subdesenvolvimento aconteceu mais rapidamente do que 
em relação aos países desenvolvido. No Brasil, são consideradas idosas as pessoas com 60 
anos ou mais, enquanto que nos países desenvolvidos, são consideradosidosos indivíduos 
com idade superior á 65 anos (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 2001).
Em relação á evolução da população idosa, em 1950 eram cerca de 204 milhões de 
idosos no mundo e, já em 1998, quase cinco décadas depois, este contingente alcançava 579 
milhões de pessoas, um crescimento de quase 8 milhões de pessoas idosas por ano. As 
projeções indicam que, em 2050, a população idosa será de 1.900 milhões de pessoas (IBGE, 
2002). No Brasil, houve um aumento de 8,8% para 11,1% de idosos, entre os anos de 1998 e 
2008. Atualmente, estima-se que existam no país 21 milhões de sujeitos com 60 anos e mais.
(IBGE, 2009).
“O envelhecimento refere-se ao processo biológico natural, gradual, universal e 
irreversível, que acelera na maturidade e que provoca uma perda funcional progressiva no 
16
organismo. Este processo pode ser acelerado ou desacelerado pro diversos fatores ambientais 
e comportamentais, mas não pode ser revertido” (NAHAS, 2001, p. 263). “A palavra 
envelhecimento traz por si só a conotação de perdas, declínios, doenças, castigo e 
proximidade do fim da vida” (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 2001, p. 41).
Para Okuma (2002), o envelhecimento é um processo biológico, no qual acontecem 
mudanças no corpo do indivíduo, alterando consequentemente as suas funções. O autor 
complementa que esta fase da vida pode gerar conseqüências na vida social e psicológica do 
indivíduo excedendo o processo biológico. Neste mesmo contexto, Ferreira e colaboradores 
(2010) destacam que nesta fase há alterações na massa óssea, no tecido adiposo, no sistema 
cardiorrespiratório, na força muscular, na flexibilidade, em alterações hormonais e neuronais.
Envelhecimento é uma designação geral para um complexo de manifestações, que 
leva a um encurtamento da expectativa de vida com o aumento de idade. É a 
alteração irreversível da substância viva em função do tempo, dando manifestações 
de desgaste. É um processo biológico, que leva à limitação das possibilidades de 
adaptação do organismo e ao aumento da possibilidade de morrer, reduzindo assim a 
capacidade de desempenho físico e mental do indivíduo. É consequência das 
alterações que os indivíduos demonstram, de forma característica, com o progresso 
do tempo da idade adulta até o fim da vida (BARBANTI, 2003, p. 211).
“Ao considerar a expectativa de vida de um indivíduo, deve-se analisar não somente a 
longevidade, mas também a sobrevida na ausência de doenças” (DANTAS; BEZERRA; 
MELLO, 2009, p.319).
Segundo Neri (2000) na velhice ocorre perdas na memória e na comunicação, que 
podem ser pioradas por causa dos fatores orgânicos e psicológicos. A aproximação da morte, 
a insegurança em relação a doenças e o risco de dependência são aspectos determinantes das 
perdas e do sentido de auto-eficácia.
É importante ressaltar que a diminuição da força muscular com o envelhecimento e os 
baixos níveis de atividade física contribui para défices funcionais e de equilíbrio (ARAÚJO; 
FLÓ; MUCHALE, 2010). Segundo Mazo e colaboradores (2001), os músculos são os 
motores do corpo, portanto, com o passar do tempo há um decréscimo da massa magra, 
consecutivamente resultando na perda da força. Neste mesmo contexto, Matsudo (2001), 
afirma que as principais causas referentes á perda da massa muscular são a diminuição nos 
níveis do hormônio de crescimento que acontece à medida que o indivíduo envelhece e a 
diminuição no nível de atividade física. O autor ressalta que os fatores nutricionais, 
17
hormonais, endócrinos e neurológicos também estão ligados na perda da força muscular do 
idoso.
2.2.1 O envelhecimento e a prática de exercícios físicos
A atividade física deve gerar prazer ao praticante e para que ela possa trazer bons 
resultados para a satisfação pessoal, deve-se dar ênfase na motivação ou nas circunstâncias 
em que foi desenvolvida (DEPS, 2000).
A atividade física ao interagir favoravelmente com a saúde do indivíduo, permite-lhe 
manter os níveis de independência, garantindo o seu bem-estar e, por conseqüência, 
devolvendo o sentido qualitativo da sua existência. O indivíduo torna-se capaz de 
relacionar-se de uma forma emocionalmente mais proveitosa, com os familiares e os 
amigos próximos, bem como, com os indivíduos em geral (MOTA, 2002, p.191).
Para a Organização Mundial da Saúde (2012), a prática de atividade física regular com 
intensidade moderada, pode reduzir o risco de várias doenças entre elas estão: às doenças 
cardiovasculares, diabetes tipo II, derrames, ataques cardíacos, câncer de cólon e câncer de 
mama. 
A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (SBME) e Sociedade Brasileira de 
Geriatria e Gerontologia (SBGG) defendem que o exercício físico regular melhora a 
qualidade e expectativa de vida do idoso, prevenindo-as de doenças que podem levar á 
incapacidades (McARDLE; KATCH; KARTCH, 2003).
Com relação aos efeitos psicológicos do exercício físico regular, estes parecem estar 
associados á redução da ansiedade e da depressão, à regularização do sono e à 
promoção do autoconceito, da auto-estima e da autoconfiança, favorecendo a 
percepção do indivíduo sobre o seu estado de saúde. O exercício físico pode 
canalizar as frustrações reprimidas e, quando praticado em grupo, promove a 
socialização, combatendo o isolamento social (ROEDER, 2003, p. 107).
 Segundo Rocha e colaboradores (2009), o exercício físico, sem distinção da 
modalidade a ser praticada, gera um aumento na força muscular, esta redução que é causada 
pelo envelhecimento e pela falta de atividade física. Através do seu estudo, o autor destacou 
que a prática de exercício físico dever ser mais incentivada, principalmente para a população 
18
com idade avançada, no qual nesta fase da vida a falta de força muscular é mais atenuada, 
podendo prejudicar a qualidade de vida do idoso, tornando- o uma pessoa dependente. 
 A prática de atividade física promove a melhora da composição corporal, a diminuição 
de dores nas articulações, o aumento de densidade mineral óssea, a melhora da utilização da 
glicose, a melhora do perfil lipídico, o aumento da capacidade aeróbica do indivíduo, a 
melhora de força, flexibilidade, a diminuição da resistência vascular (MATSUDO, 2001). 
Para Cipriano e colaboradores (2011), há inúmeros benefícios gerados pelo estilo de vida 
saudável, dentre eles a autonomia física, mental e social, auxiliando na parte fisiológica do ser 
humano, contribuindo com as tarefas diárias que devem ser realizadas pelas pessoas.
2.3 MUSCULAÇÃO
A musculação foi definida como um meio de preparação física utilizada para o 
desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas com as estruturas musculares (TUBINO; 
MOREIRA, 2003). 
No conceito de Barbanti (2003, p. 415), “musculação é um tipo de treinamento físico, 
onde se empregam progressivamente mais pesos para melhorar a forma física”. Neste mesmo
contexto, Gianolla (2003) cita que a musculação é um tipo de estímulo para desenvolver os 
músculos do corpo.
Barbanti (2003) ressalta que “exercícios resistidos é a seqüência de movimentos no 
qual se adiciona uma resistência (carga) como exigência adicional ao músculo com o 
propósito de aumentar a força”. 
Treinamento contra resistência ou exercícios resistidos são termos geralmente 
utilizados para descrever uma grande variedade de métodos e modalidades que aprimoram a 
força muscular (COSSENZA, 1995). Neste mesmo contexto, Guedes (2005) cita que a 
musculação é um método de treinamento desportivo, cujo melhor forma de realizar os 
exercícios seria com pesos, enfatizando que a capacidade motora treinada com maior ênfase é 
a força.
Murer (2007) afirma que não há uma data exata de quando surgiram as manifestações 
de levantamentos com pesos. Segundo Gianolla (2003), a musculação é uma prática muito 
antiga, há indícios desde o início dos tempos, onde era chamada de ginástica com pesos. Em 
algumas escavações feitas por historiadores, foram encontradas pedras com detalhespara as 
mãos, no qual foi concluído que as pessoas utilizavam as pedras para fazer treinamento com 
pesos. 
19
Segundo Murer (2007), na cidade de Olímpia na Grécia encontraram pedras com 
entalhes para as mãos permitindo aos historiadores cogitar que estas pedras tinham sido 
utilizadas para treinamentos com pesos. Há relatos de jogos com arremessos de pedras em 
1896 a.C. Há 4.500 anos mostram nas paredes das capelas funerárias do Egito, homens 
levantando pesos demonstrando a prática de exercícios com pesos (GIANOLLLA, 2003).
A musculação como forma de competição, no qual as pessoas exibiam corpos 
musculosos, tem como dado oficial em Londres no ano de 1901. Esta competição contou com 
156 atletas, esta competição foi chamada de “The Great Competition”, visava escolher o 
corpo com o melhor desenvolvimento muscular, esta competição foi programada e realizada 
por Eugene Sandow, hoje considerado o pai da musculação (GIANOLLLA, 2003).
2.3.1 Características da modalidade
“Para realizar atividades físicas, a força é um elemento da aptidão física muito 
utilizada, e sua importância está diretamente relacionada com o vencer as resistências 
externas” (MAZO; LOPEZ; BENEDETTI, 2001, p.185).
 Matsudo (2001) ressalta que o aspecto necessário de um programa de exercícios do 
treinamento de força muscular é o fortalecimento da musculatura, que visa desenvolver a 
massa muscular, consequentemente auxiliando na força muscular.
Para Gianolla (2003) os exercícios com pesos desenvolvem todas as capacidades 
físicas, sendo elas: coordenação motora, flexibilidade, velocidade, força, resistência aeróbia e 
anaeróbia, potência e explosão. Para Murer (2007), em relação á saúde para as pessoas idosas 
há inúmeros benefícios o treinamento com pesos. Como toda atividade física o treinamento 
com pesos, diminui os fatores de risco para doenças crônicas.
 “A massa muscular é o principal estímulo para incrementar a densidade óssea” 
(MATSUDO, 2001, p.75). Além de ajudar na melhora da aparência, e a se sentir e exercer 
melhor as funções (WESTCOTT; BAECHLE, 2001). Segundo Bernardi e colaboradores
(2008) em seu estudo concluiu que o treinamento força é de suma importância para o idoso 
para a manutenção da força e do trofismo muscular que o corre nesta fase da vida.
Murer (2007, p. 37) afirma que “o aumento da força muscular e da mobilidade 
articular podem ser decisivos para a preservação e reabilitação funcional de articulações com 
processos degenerativos ou inflamatórios crônicos”. 
20
 Os exercícios regulares de musculação trazem benefícios extraordinários para ambos 
os sexos, proporcionando melhora nas atividades de vida diária, pois auxilia nas valências 
físicas, estas que são prejudicadas pela velhice (FERREIRA; JUNIOR; NUNES, 2010).
Os exercícios da musculação podem ser de ações isotônicas ou isocinéticas, ou seja, 
exercício isotônico é o exercício que envolve uma contração muscular na qual a força é 
gerada enquanto o músculo alterado no tamanho, definição concedida por Barbanti (2003). O 
mesmo autor acima define exercício isocinético como um movimento ordenado no qual o 
tamanho do músculo muda, mesmo que a contração seja feita com velocidade constante 
contra uma resistência, este movimento é realizado por meio de aparelhos isocinéticos.
“O treinamento para volume muscular proporciona benefícios para todos os objetivos, 
sejam eles estéticos, profiláticos, terapêuticos, de condicionamento e qualidade de vida” 
(GIANOLLA, 2003, p. 28).
2.3.2 Musculação na terceira idade
Com a prática de exercícios de musculação de no mínimo duas sessões semanais, com 
carga moderadas (40-60% do máximo), recrutando os principais grupos musculares de forma 
dinâmica, é suficiente para promover a saúde (NAHAS, 2001).
As orientações dos programas físicos para os idosos são similares às dos programas 
para realizados pelos jovens, necessitando de um exame médico e a investigação dos fatores 
de risco. O esforço necessário para atingir o efeito do treinamento pode ser inferior aos 
praticantes mais jovens (POWERS; HOWLEY, 2000).
Diante de inúmeras evidências os exercícios resistidos são aliados na manutenção e 
melhora da qualidade de vida, especialmente no domínio relacionado à capacidade funcional 
(HAWERROTH; KULKAMP; WENTZ, 2010). Em seu estudo, Cipriano et al. (2011), 
concluiram que é de suma importância praticar exercício físico resistido, pois contribui com a 
qualidade de vida sadia das pessoas com idade avançada. Neste mesmo contexto, Simão 
(2003), indica para as pessoas que buscam uma vida saudável, praticar exercícios com pesos 
de forma orientada.
Mazo e colaboradores (2001) ressaltam que através de exercícios de treinamento de 
força pode-se impedir a perda da massa muscular, mesmo no processo de envelhecimento, 
além de melhorar a capacidade funcional, a manutenção e/ou melhorar a independência, e 
autonomia do idoso. Em uma mesma visão, Murer (2007) afirma que os exercícios de força 
estimulam o aumento da massa óssea e da massa muscular, e aumenta a proliferação do tecido 
21
conjuntivo elástico nos músculo, tendões, ligamentos e cápsula articular. Atualmente sabe-se 
que a musculação não auxilia apenas no aumento da massa óssea, mas também no aumento da 
massa e da força dos músculos esqueléticos. Com isso, proporciona a flexibilidade e 
coordenação do indivíduo praticante.
Estorck e outros (2012, p. 12), concluiram em seu estudo que:
A prática adequada da musculação para idosos tem implicações positivas sobre a 
qualidade e expectativa de vida, pois contribui para a prevenção de doenças, fator 
essencial para prolongação do tempo de vida, e ainda, repercute de maneira 
favorável no desenvolvimento, melhorando a saúde física e mental do idoso.
Cada vez mais os idosos aderem à musculação em sua vida, pois eles visam diminuir e 
estabilizar os problemas de saúde que apresentam nesta fase da vida (FERREIRA; JÚNIOR; 
NUNES, 2010).
Segundo o seu estudo, Macêdo e colaboradores (2008, p. 85) concluíram que:
A importância da prática da musculação é evidente na vida dos idosos, permitindo 
melhor desempenho físico, tornando-os suscetíveis às fraturas ósseas que geralmente 
acompanha a melhor idade. Com o passar dos anos a força vai decaindo cada vez 
mais e se não nos exercitarmos ficará cada vez mais difícil realizar uma atividade do 
dia-dia, pois a força é um fator importante para as capacidades funcionais como: 
subir e descer escada, sentar numa cadeira entre outras coisas. É importante manter a 
força conforme envelhecermos, pois ela é vital para a saúde.
Com a prática da modalidade pode-se evitar a perda muscular, pode-se também 
substituir o tecido muscular perdido com o avanço da idade (WESTCOTT; BAECHLE, 
2001).
Pierine e colaboradores (2009) observaram que a sarcopenia afeta diretamente a 
capacidade funcional e possui uma grande consequência na saúde do idoso. Guedes (2005) 
afirma que para evitar os efeitos da sarcopenia é de suma importância ter um treinamento de 
força contínuo, praticando-a regularmente. A sarcopenia nada mais é do que a perda da massa 
muscular e força, ela está inteiramente associada ao envelhecimento (BERNARDI; REIS; 
LOPES, 2008).
Segundo Simão (2004), a osteoporose é uma doença caracterizada pela perda de massa 
óssea. É importante ressaltar que a condição muscular determina a condição óssea 
(WESTCOTT; BAECHLE, 2001). Por isso, Simão (2004, p. 135) ressalta que “existem fortes 
22
evidências de que atividades com pesos são preventivas e terapêuticas em relação á 
osteoporose”.
Os maiores impactos de um programa regular de força recaem sobre grupos 
musculares cujas funções dependem de quadros clínicos importantes para a 
manutenção da independência, da autonomia e da qualidade de vida dos idosos. 
Estamos nos referindo á instabilidade articular, particularmente dos joelhos, á 
dependência final e á osteoporose (OKUMA, 2002, p.61).
Segundo Simão (2004), o treinamentode força quando praticado na terceira idade 
diminuem a probabilidade do idoso desencadear uma lesão e tornam as tarefas habituais mais 
agradáveis. “A musculação é muito recomendada para a manutenção do nosso organismo e 
pode trazer ganhos para saúde e melhoria da qualidade de vida” (MURER, 2007, p. 34).
Devido á grandes mudanças que ocorrem na saúde musculoesquelética do idoso, a 
musculação pode ser um dos modos com maior benefício para este público, pois os idosos 
necessitam aumentar a força musculoesquelética, massa muscular, densidade mineral óssea e 
desempenhos relacionados á força (SIMÃO, 2004).
Segundo o estudo de Castro e colaboradores (2009), que verifica os níveis de 
qualidade de vida de idosas ativas praticantes de dança, meditação e musculação mostraram 
que as duas modalidades (dança e musculação) e a prática da meditação a prática contribui 
satisfatoriamente para um melhor nível de qualidade de vida quando comparados com as 
idosas sedentárias.
23
3 MÉTODO
3.1 TIPO DE PESQUISA
A pesquisa caracteriza-se quanto á natureza, como sendo básica, pois objetiva gerar 
conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. A 
pesquisa caracteriza-se como sendo do tipo descritivo cuja premissa básica é buscar retratar a 
realidade de comportamentos, fenômenos e ou características de determinados contextos. Gil 
(2002) descreve que a pesquisa descritiva tem o objetivo de verificar as características de uma 
população ou fenômeno específico, ou seja, tem como ênfase estudar as características de um 
grupo.
Quanto á coleta de dados caracteriza-se como sendo de campo, quanto aos dados, 
como sendo de abordagem quantitativa. Conforme o autor acima, a abordagem quantitativa 
atua em níveis de realidade, e tem como objetivo revelar dados, indicadores e tendências 
observáveis.
3.2 PARTICIPANTES DA PESQUISA 
A população do estudo foi constituída por todos os idosos praticantes de musculação 
de duas academias existentes no bairro Carianos, localizadas no município de Florianópolis. 
Os critérios de inclusão foram estar devidamente matriculado em uma das academias, ter 
sessenta ou mais anos na data da coleta e assinar o termo de consentimento livre e esclarecido. 
As academias foram identificadas com uma numeração, ou seja, academia 1 (um) e 2 (dois). 
A academia 1 (um) possui 370 (trezentos e setenta) alunos ativos, em torno de 10% dos 
alunos são pertencentes ao público de idosos. E a academia 2 (dois) possui 320 (trezentos e 
vinte) alunos ativos, sendo que a porcentagem de alunos (idosos e jovens) é similar ao da 
academia 1(um). Portanto a população em estudo foi de aproximadamente 70 idosos. A 
amostra foi por conveniência no qual todos os indivíduos maiores de 60 anos que frequentam
a musculação das respectivas academias receberam um convite para participar da pesquisa. A 
amostra final foi composta pelo número de idosos que aceitaram participar do estudo, ou seja, 
18 idosos, sendo 10 homens e 8 oito mulheres com média de idade de 66,4±6,6 anos (60 a 86 
anos).
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA
24
Foi utilizada uma ficha de identificação com dados sócio demográficos para traçar o 
perfil do aluno englobando a idade, sexo, estado civil e com quem mora atualmente. O
instrumento de pesquisa utilizado foi o questionário de Qualidade de Vida de Flanagan
(FLANAGAN, 1989 apud GALISTEU, 2006), o qual é constituído por 15 questões que 
enfocam em 5 dimensões: desenvolvimento pessoal e realização, que corresponde aos itens
autoconhecimento: reconhecer seus potenciais e limitações, trabalho (emprego ou em casa): 
atividade interessante, gratificante que vale a pena e comunicação criativa; relações com 
familiares, que corresponde aos itens relacionamento com pais, irmãos e outros parentes: 
comunicação visita e ajuda, contruir família: ter e criar filhos e relacionamento íntimo com 
esposo(a), namorado(a) ou outra pessoa relevante; participação social, que corresponde aos 
itens ajudar e apoiar as outras pessoas voluntariamente, participação em associações e
atividades de interesse público, participação em recreação ativa e socialização: “fazer 
amigos”; amizade e recreação, que corresponde aos itens amigos próximos: compartilhar 
interesses, atividades e opiniões, aprendizagem: frequentar outros cursos para conhecimentos 
gerais e entretenimento: ouvir música, assistir TV ou cinema, leitura, entre outros 
entretenimentos ; e por fim a dimensão bem estar físico e mental, que correspondem ao item 
conforto material: casa, alimentação, situação financeira e saúde: fisicamente bem e 
vigoroso(a). Os valores de cada questão do questionário variam de 1 á 7, correspondendo 
respectivamente a: muito insatisfeito; insatisfeito; pouco insatisfeito; indiferente; pouco 
satisfeito; satisfeito; muito satisfeito, podendo atingir até 105 pontos cada questão (SANTOS 
et al., 2002).
3.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
Inicialmente foram contatados os gestores das instituições selecionadas, explicando os 
objetivos do trabalho para o consentimento e concordância da participação das instituições no 
estudo.
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética da Unisul e obteve aprovação, logo após 
os indivíduos foram contatados, os respectivos sujeitos receberam um convite para participar 
da pesquisa, anunciando os objetivos do estudo, e com a sua concordância, assinaram o 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em seguida, foi agendado um período com 
cada academia para realizar a coleta de dados. Na data agendada foi entregue o questionário 
25
para os participantes da pesquisa. Os pesquisados foram orientados para o preenchimento pelo 
pesquisador que quando necessário tirou dúvidas, porém não interferiu nas respostas. 
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
Para a análise dos dados foi construído um banco de dados no Microsoft Excel 2010. 
Os dados foram analisados a partir de estatística descritiva (frequência simples, frequência 
relativa e média) e apresentados por meio de tabelas para melhor visualização.
É importante ressaltar que para a análise de dados os participantes da pesquisa tiveram
a identidade preservada.
26
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados e discutidos os resultados da coleta de dados 
realizada com 18 idosos, sendo 10 homens e 8 mulheres com idade de 60 a 86 anos. Na 
pesquisa, houve uma taxa de retorno de aproximadamente 25% do total da população 
estimada.
Embora realizado com esmero, algumas limitações deste trabalho devem ser 
consideradas. A baixa taxa de retorno (25%) e as características sócio demográficas muito 
similares da amostra trazem particularidades relativas aos resultados. Desta forma, os achados 
dizem respeito a um universo distinto e sugere-se cautela ao extrapolar os mesmos.
A tabela 1 mostra os dados referentes ás características sócio demográficos dos idosos.
Tabela 1: Descrição da amostra, Florianópolis, SC, 2012.
Participantes Participantes
F f (%) F f (%)
Estado Civil Tempo de prática
Casado 12 67,7 Menos de 3 meses 0 0,0
Viúvo 3 16,7 De 3 a 6 meses 2 11,1
Solteiro 2 11,1 Mais de 6 meses 16 88,9
Divorciado 1 5,6
Convivência Com quem mora
Mora só 2 11,1 Esposa/esposo e filho 2 12,5
Não mora só 16 88,9 Esposa/Esposo e neto 1 6,3
Esposa/esposo 9 56,3
Filho/os 4 25,0
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
Fica evidente que a maioria dos idosos são casados (67,7%) e não moram sozinhos,
convivendo com algum familiar, esposa/o e filhos. De acordo com o estudo de Pedrazzi e 
Colaboradores (2010), devido á necessidade que os idosos têm, física, afetiva e até mesmo 
financeira, faz com que muitos deixem de viver só para residir com familiares.
27
 Os dados revelam que 88,9% dos idosos praticam musculação há mais de 6 meses, 
fato este que nos reporta a uma frequência assidua. A cada dia vem crescendo mais e mais a 
aderência dos idosos nesta modalidade, diante disto, Estorck e Colaboradores (2012) 
ressaltamque a com a prática regular dos exercícios com pesos os idosos podem melhorar a 
sua qualidade e expectativa de vida, ou seja melhorando a sua saúde física e mental.
O questionário de Flanagan contempla 5 dimensões que avaliam o grau de satisfação 
dos indivíduos com relação ao bem estar físico e material; relacionamentos; atividades 
sociais, comunitárias e cívicas; desenvolvimento e realização pessoal e recreação. É 
importante ressaltar que os valores de cada questão do questionário variam de 1 á 7, 
correspondendo respectivamente a: muito insatisfeito, insatisfeito, pouco insatisfeito; 
indiferente; pouco satisfeito; satisfeito e muito satisfeito (SANTOS et al., 2002).
Para Neri (2000), a satisfação, a longevidade, uma boa saúde física e mental, controle 
cognitivo, competência social, produtividade, atividade, eficácia cognitiva, status social, 
continuidade de papéis familiares e ocupacionais e continuidade das redes de relações 
informais, são aspectos fundamentais para a qualidade de vida do idoso. Para o mesmo autor, 
deve haver uma junção dos fatores individuais e socioculturais, não dependendo apenas do 
indivíduo isolado.
Atualmente está ocorre uma busca contínua do ser humano por um estilo de vida mais 
saudável, modificando o seu modo de viver, incluindo desde a saúde, moradia, educação, 
lazer, transporte, liberdade, trabalho, autoestima, entre outros fatores (SANTOS et al. , 2002).
É importante ressaltar que, a qualidade de vida é a condição humana resultante de um 
conjunto de parâmetros que podem ser individuais e socioambientais, sendo modificáveis ou 
não (NAHAS, 2001). Ou seja, os estados físico, psicológico, social, cultural, mental e 
espiritual são fatores que influenciam na qualidade de vida do idoso (DOIOMO; DERNTL, 
2006).
A partir dos dados coletados a tabela 2 apresenta os resultados relativos á satisfação 
em relação ao desenvolvimento pessoal e realização. Vale ressalta que estes indicadores são 
constantemente citados na literatura como importantes no contexto da qualidade de vida em 
idosos.
28
Tabela 2: Resultados relativos ao domínio “desenvolvimento pessoal e realização”, 
Florianópolis, SC, 2012.
Desenvolvimento pessoal e realização Homens Mulheres Total H/M
Autoconhecimento 6 5,9 6
Trabalho 6 6,9 6,5
Comunicação 5,9 6,4 6,2
TOTAL 6 6,4 6,2
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
As mulheres em relação ao trabalho demostraram que estão muito satisfeitas e os 
homens estão apenas satisfeitos, sendo este trabalho em casa ou até mesmo no seu emprego.
A aposentadoria traz inúmeras mudanças, pois é a partir daí que o indivíduo se afasta dos seus 
afazeres profissionais fazendo com que o próprio idoso passe a se sentir excluído da 
sociedade, consequentemente interferindo na sua relação social (MAZO; LOPEZ; 
BENEDETTI, 2001). Neste mesmo contexto, Pereira (2006), a aposentadoria passa a 
desempenhar papel fundamental na renda do idoso, sendo que cada vez mais os idosos passam 
depender dos seus familiares para sobreviver, podendo manter o seu padrão de vida. No caso 
dos idosos entrevistados, eles continuam se satisfazendo com algo de seu interesse, sendo no 
seu próprio serviço ou até mesmo em casa. No estudo, a maioria dos idosos mostrou-se
satisfeita com a vida pessoal.
A seguir, são apresentados os resultados da tabela 3 que corresponde á satisfação dos 
idosos com os seus familiares envolvendo pais, irmãos, esposo/a e outros parentes que seja 
relevante. 
Tabela 3: Resultados relativos ao domínio “relação com familiares”, Florianópolis, SC, 2012.
Relação com familiares Homens Mulheres Total H/M
Relacionamento com pais, irmãos e outros parentes 6,3 6,1 6,2
Construir Família 6,3 6,3 6,3
Relacionamento Íntimo 6,7 6 6,4
TOTAL 6,4 6,1 6,3
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
Os resultados da tabela mostram que em relação á relacionamento íntimo com 
esposo(a), namorado(a) ou outra pessoa relevante, os homens se mostram entre satisfeitos e 
29
muito satisfeitos, já as mulheres se sentem apenas satisfeitas em relação á este item. No total 
da dimensão os homens estão mais satisfeitos (6,4) do que as mulheres (6,1).
É importante lembrar que a presença da família é crucial no processo de 
envelhecimento, pois o lado afetivo é muito significativo para nós seres humanos. A
convivência pode ser um modo de desenvolver e conservar o equilíbrio afetivo entre o idoso e 
sua família (ESPITIA; MARTINS, 2006). Por isso, é necessário que os idosos vivam 
integrados á sociedade e a família, propiciando estabilidade e apoios necessários para idoso 
viver com mais qualidade (MOTA, 2002).
A tabela 4 apresenta resultados referentes a satisfação em relação a participação social.
Percebe-se, neste quesito, que as mulheres estão entre satisfeitas e muito satisfeitas em relação 
a “fazer amigos”, enquanto os homens entre pouco satisfeito e satisfeito. Ambos os sexos 
estão pouco satisfeito em relação á participação em associações entre outras atividades.
Tabela 4: Resultados relativos ao domínio “participação social”, Florianópolis, SC, 2012.
Participação social Homens Mulheres Total H/M
Ajudar e apoiar as outras pessoas 6,6 5,9 6,3
Participação em associação e outras atividades 5,1 5,1 5,1
Participação em recreação 5,2 5,5 5,4
Socialização: “fazer amigos” 5,8 6,8 6,3
TOTAL 5,7 5,8 5,8
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
Segundo Dantas e Colaboradores (2009, p.302) “O homem é um animal social e não 
pode sobreviver sem estar integrado a um grupo”. Segundo o autor o ser humano necessita de 
afeto, realização e integração. É importante ressaltar, o lazer pode influenciar de maneira 
positiva ou negativa nas atividades sociais, comunitárias e cívicas, através de uma atividade 
física que o indivíduo venha a praticar.
Segundo Mazo e Colaboradores (2001), na terceira idade é de suma importância 
integrar-se á sociedade, tendo seus direitos e deveres á cumprir. É essencial participar e se 
socializar com outras pessoas, ter garantido segurança, renda própria e cuidado. Também é 
necessário que o idoso quebre sua rotina, fazendo o que gosta (algo de seu interesse),
proporcionando benefícios para a sua saúde mental. Segundo o autor, para que tenha 
benefícios mais significativos é necessário aderir à atividade física em seu cotidiano 
(DANTAS; BEZERRA; MELLO, 2009).
30
Em relação á amizade e recreação, a tabela 5 mostra os resultados desta dimensão para 
homens e mulheres.
Tabela 5: Resultados relativos ao domínio “amizade e recreação”, Florianópolis, SC, 2012.
Amizade e recreação Homens Mulheres Total H/M
Amigos próximos 5,7 5,8 5,8
Aprendizagem 5,5 5,6 5,6
Entretenimentos 6,5 6,5 6,5
TOTAL 5,9 6 6
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
A maior parte homens e mulheres estão muito satisfeitos em relação á entretenimentos, 
que é nada mais do que ouvir música, assistir televisão, ou até mesmo ir ao cinema e ler livros 
de seu interesse. No total desta dimensão a média de escore foi 6, indicando satisfação em 
relação a amizade e recreação.
Segundo Antunes (2006), o lado psicológico é estimulado positivamente pela 
convivência com os amigos juntamente com prática de atividades recreativa, proporcionando 
prazer e independência na vida dos idosos. A própria frequência na academia, além dos 
exercícios físicos, pode trazer componentes de amizade e entretenimento o que torna ainda 
mais relevante o estimulo as atividades físicas.
Em relação á bem estar físico e mental, a seguir são apresentados os resultados 
referente á satisfação deste domínio.
Tabela 6: Resultados relativos ao domínio “bem estar físico e mental”, Florianópolis, SC, 
2012.
Bem estar físico e mental Homens Mulheres Total H/M
Conforto Material 6,3 6,5 6,4
Saúde 5,7 5,3 5,5
TOTAL 6 5,9 6
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
Neste domínio as mulheres se sentem menos satisfeitas em relação á sua saúde do que 
os homens, já na questão do conforto material percebe-se o inverso, pois os homens que se 
sentem menos satisfeitosque as mulheres neste aspecto. Os dados corroboram com o fato de 
31
que o universo da saúde é mais latente e preventivo entre as mulheres, fato este observado em 
menor proporção entre os homens.
Na velhice, ocorrem mudanças intrínsecas (NAHAS, 2001) e extrínsecas, diante disto,
Neri (2000) afirma através de suas pesquisas que na velhice ocorre perdas na memória e na 
comunicação, que podem ser pioradas por causa dos fatores orgânicos e psicológicos. O 
mesmo autor afirma que a aproximação da morte, a insegurança em relação a doenças e o 
risco de dependência são aspectos determinantes das perdas e do seu próprio desempenho em 
realizar as suas tarefas.
“Ao considerar a expectativa de vida de um indivíduo, deve-se analisar não somente a 
longevidade, mas também a sobrevida na ausência de doenças” (DANTAS; BEZERRA; 
MELLO, 2009, p.319).
Por fim, a seguir na tabela 7 são apresentadas as médias para todas as dimensões de 
homens e mulheres. Nesta tabela nota-se que a média em todas as dimensões da escala de 
Flanagan de homens e mulheres é superior ou próxima a 6. Porém destaca-se valores menores 
para os itens de participação social, amizade e recreação e bem estar físico e mental.
Tabela 7: Resultados relativos aos domínios da Escala de Flanagan, Florianópolis, SC, 2012.
Dimensões Homens Mulheres Total
Desenvolvimento pessoal e realização 6 6,4 6,2
Relação com familiares 6,4 6,1 6,3
Participação social 5,7 5,8 5,8
Amizade e recreação 5,9 6 6
Bem estar físico e mental 6 5,9 6
TOTAL 6 6 6
Fonte: Elaboração dos autores, 2012.
Segundo Neri (1995), para o individuo viver com qualidade, há premissas básicas para 
ele viver bem, entre eles: a educação, urbanização, habitação, saúde e trabalho. Estes fatores 
são essenciais para determinar a saúde (a real e a percebida) e da longevidade; a produtividade 
e a satisfação; a eficácia cognitiva e a competência social; a capacidade de manter papéis 
familiares e uma rede de relações informais; as capacidades de autorregulação da 
personalidade, o nível de motivação individual para a busca de informação e para a interação 
social.
32
Diante disto, deve-se levar em conta que o estilo de vida determina positivamente ou 
negativamente a qualidade de vida do indivíduo. Ao adotar um estilo de vida saudável, o ser 
humano passa a ter melhoras na sua vida, entre os benefícios: autonomia física, mental e 
social, auxiliando na parte fisiológica do ser humano, contribuindo com as tarefas diárias que 
devem ser realizadas pelas pessoas (CIPRIANO et al., 2011). Civinski e colaboradores (2011) 
afirmam a velhice traz um desgaste natural no corpo, com isso diminui as capacidades físicas, 
consequentemente afetando o desenvolvimento nas atividades da vida diária.
É de suma importância ressaltar, que não somente a musculação, mas exercícios 
físicos em geral podem influenciar na qualidade de vida dos idosos. Rocha e colaboradores
(2009) recomendam exercícios físicos para os idosos, pois afirmam que é nesta fase há uma 
perda da força muscular, podendo interferir na qualidade de vida do idoso.
Em seu estudo, Estorck e colaboradores (2012), concluíram que a aderência da 
musculação influencia positivamente na qualidade e na expectativa de vida do idoso, 
prevenindo doenças, melhorando seu desenvolvimento, a saúde física e mental do idoso. 
Neste mesmo contexto, Cipriano e colaboradores (2011), concluíram que é importante
praticar exercício físico resistido, pois contribui com a qualidade de vida da pessoa idosa.
Prado e colaboradores (2010) ressaltam que o programa de exercícios resistidos 
utilizado no estudo foi eficaz no aumento do equilíbrio, mobilidade funcional, domínio físico 
e psicológico da qualidade de vida das idosas, não tendo muito impacto nos domínios social e 
ambiental.
Enfim, diversos estudos sustentam a hipótese de que a prática de atividades físicas 
regulares, incluso a musculação, oferece inúmeros benefícios os quais se traduzem em 
melhores indicadores de qualidade de vida entre idosos. Convém ressaltar que a prática de 
exercícios resistidos a partir da quarta década de vida potencializa seus efeitos benéficos na 
terceira idade. Assim, o incentivo e a percepção das atividades físicas enquanto processo 
devem ser prospectadas e incentivadas ao longo de todo o ciclo vital.
33
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES
A partir dos resultados expostos algumas conclusões podem ser elaboradas no que 
concerne aos objetivos propostos. Relativo à satisfação dos idosos em relação 
desenvolvimento pessoal e realização, os homens sentem-se satisfeitos enquanto as mulheres 
estão entre satisfeitas e muito satisfeitas. Quanto às relações familiares, os homens acenam 
com indicadores ligeiramente melhores do que as mulheres. Um item que se destaca nesta 
dimensão entre os homens é que estão entre satisfeitos e muito satisfeitos em relação á 
relacionamento íntimo com sua esposo/a ou até mesmo outra pessoa que seja relevante, como 
o namorado/a.
Na dimensão participação social, que corresponde á participação em atividades 
sociais, comunitárias e cívicas, ambos os sexos estão entre pouco satisfeitos e satisfeitos.
Observou-se que os idosos, de ambos os sexos, frequentam pouco associações e outras 
atividades relacionadas á sociedade. Por outro lado o estudo mostrou que os idosos estão 
fazendo o que gostam, ou seja, se satisfazendo em relação á amizade e a recreação. Notou-se 
que os mesmos estão se entretendo, porém procurando pouco novas experiências.
Em relação ao bem estar físico e mental os homens e as mulheres estão satisfeitos. No 
item conforto material os idosos do sexo masculino sentem se menos satisfeitos comparado ás 
mulheres, mas em relação á saúde os homens apresentam grau de satisfação maior que as 
mulheres.
De modo geral, concluiu-se que nas dimensões “participação social”, “amizade e 
recreação” e “bem estar físico e mental” os idosos possuem grau de satisfação menores 
quando comparados aos demais itens avaliados. Estes indicativos podem ser considerados 
normais a medida que estas dimensões tem alta correlação com demandas de saúde, as quais 
naturalmente são mais frágeis nesta faixa etária.
Portanto, é necessário demonstrar através da nossa atuação, a real importância da 
pratica de exercícios físicos para os idosos, pois com um estilo de vida mais saudável, o 
indivíduo pode melhorar consideravelmente a sua qualidade de vida, melhorando os aspectos 
sociais, mentais e físicos.
Diante das dificuldades encontradas ao longo da realização desta investigação e tendo 
como base os resultados encontrados, cabe aqui ressaltar a importância da continuidade de 
pesquisas nesse campo de estudo com uma amostra maior e com diferentes características 
sociodemográficas.
34
Conclui-se que o estudo por meio dos resultados alcançados, possibilitam conhecer a 
satisfação da qualidade de vida dos idosos que frequentam duas academias do bairro 
Carianos, SC, objetivo geral desta investigação. Nossos achados indicam níveis elevados de 
qualidade de vida na amostra investigada.
35
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40
ANEXOS
41
 ANEXO A – Comitê de Ética em Pesquisa
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA - CEP UNISUL
Cep.contato@unisul.br, (48) 3279.1036
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
Você está sendo convidado (a) para participar, como vo1untário (a), em uma pesquisa que tem 
como título “Qualidade de vida em idosos praticantes de musculação”. A pesquisa tem como objetivo 
avaliar a qualidade de vida de idosos que praticam musculação.
Esta pesquisa será realizada com vários idosos que praticam musculação das academias do 
bairro Carianos. Os Indivíduos receberão um questionário para responder, sendo que as perguntas 
serão feitas sobre a sua satisfação em relação ao conforto material, relacionamentos amorosos e 
familiares, atividades sociais, comunitárias e cívicas, ao bem estar físico e material e a satisfação 
referente à recreação do idoso praticante de musculação. É importante ressaltar que o questionário 
deverá ser respondido na presença do pesquisador. 
Você não é obrigado (a) a responder todas as perguntas e poderá desistir de participar da 
pesquisa a qualquer momento (antes, durante ou depois de já ter aceitado participar dela ou de já ter 
respondido o questionário), sem ser prejudicado (a) por isso. A partir dessa pesquisa, você estará 
contribuindo com o estudo, para que nós profissionais da saúde possamos entender esta fase da vida e 
onde possamos melhorar na nossa atuação nesta modalidade. 
Você poderá quando necessário pedir informações sobre a pesquisa à pesquisadora. Esse 
pedido pode ser feito pessoalmente, antes ou durante o preenchimento do questionário, ou depois do 
preenchimento, por telefone, a partir dos contatos do pesquisador que constam no final deste 
documento. 
Todos os seus dados de identificação serão mantidos em sigilo e a sua identidade não será 
revelada em momento algum. Em caso de necessidade, serão adotados códigos de identificação ou 
nomes fictícios. Lembramos que sua participação é voluntária, o que significa que você não poderá ser 
pago de nenhuma maneira, por participar desta pesquisa.
Eu, _______________________________, abaixo assinado, concordo em participar desse estudo 
como sujeito. Fui informado(a) e esclarecido(a) pelo pesquisador ________________________ sobre 
o tema e o objetivo da pesquisa, assim como a maneira como ela será feita e os benefícios e os 
possíveis riscos decorrentes de minha participação. Recebi a garantia de que posso retirar meu 
consentimento a qualquer momento, sem que isto me traga qualquer prejuízo.
Nome por extenso: _______________________________________________
RG: _______________________________________________
Local e Data: _______________________________________________
Assinatura: _______________________________________________
Pesquisador Responsável (professor orientador): Jucemar Benedet - (48) 9960-8893
Outros Pesquisadores (aluna orientanda): Raquel V. Alves da Silva - (48) 9655-1039
42
ANEXO B – Ficha de identificação e questionário escala de qualidade de vida de 
Flanagan
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
DATA DO PREENCHIMENTO:____/____/____
SEXO: FEMININO ( ) MASCULINO ( )
DATA DE NASCIMENTO: ____/____/____
IDADE: _______
ESTADO CIVIL: SOLTEIRO ( ) CASADO ( ) VIÚVO ( )
DIVORCIADO ( )
MORA SÓ? SIM ( ) NÃO ( )
SE NÃO, COM QUEM MORA?(GRAU DE PARENTESCO)
_____________________
QUANTO TEMPO PRATICA MUSCULAÇÃO?
MENOS DE 3 MESES ( ) DE 3 Á 6 ( ) MAIS QUE 6 MESES ( )
Escala de Qualidade de Vida de Flanagan – EQVF
A ESCALA DE EQVF BUSCA AVALIAR A QUALIDADE 
DE VIDA UTILIZANDO AS SEGUINTES EXPRESSÕES 
LINGUÍSTICAS:
Muito Insatisfeito Pouco Indiferente Pouco Satisfeito Muito
Insatisfeito Insatisfeito Satisfeito Satisfeito
1 2 3 4 5 6 7
ÀS EXPRESSÕES LINGÜÍSTICAS SÃO ATRIBUÍDOS ESCORES NUMA 
FAIXA DE 1 A 7 PONTOS, CONFORME INDICADO ACIMA. 
RESPONDA CADA UM DOS ITENS ABAIXO ASSINALANDO O 
ESCORE QUE INDICA SEU GRAU DE SATISFAÇÃO EM RELAÇÃO 
AOS SEGUINTES ASPECTOS DE SUA VIDA
Qual a sua satisfação em relação a: 1 2 3 4 5 6 7
1. Conforto Material: casa,
alimentação, situação financeira.
2. Saúde: fisicamente bem e vigoroso
(a).
3. Relacionamento com pais, irmãos
e outros parentes: comunicação,
visita e ajuda.
4. Constituir família: ter e criar
filhos.
5. Relacionamento íntimo com
esposo(a), namorado(a) ou outra
pessoa relevante.
6. Amigos próximos: compartilhar
interesses, atividades e opiniões.
7. Voluntariamente, ajudar e apoiar
a outras pessoas.
8. Participação em associações e
atividades de interesse público.
9. Aprendizagem: frequentar outros
cursos para conhecimentos gerais.
10. Auto-conhecimento: Reconhecer
seus potenciais e limitações.
11.Trabalho (emprego ou em casa):
atividade interessante, gratificante
que vale a pena.
12.Comunicação criativa.
13.Participação em recreação ativa.
14. Ouvir música, assistir TV ou
cinema, leitura ou outros
entretenimentos.
15.Socialização: “fazer amigos”.

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