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1 Prof. Allan M. de Oliveira Análise Estratégica de Custos Aula 6 Conversa Inicial Além de conhecer situações que podemos chamar de normais, o contador precisa conhecer situações específicas ou especiais sobre os custos, para aprimorar ainda mais os relatórios de custos fornecidos aos gestores Aspectos especiais de custos Custos perdidos Custos imputados Custos de reposição Custos para decisão e para estoque Mão de obra direta como custo variável Tema 1 – Custos perdidos 2 Existem custos que não influenciam as decisões futuras, que são os chamados custos perdidos, pois esses são desconsideráveis, já que pertencem ao passado (Borba, Murcia, 2005) Tratam-se de custos que já foram pagos, porém algum motivo faz com que a empresa desconsidere esse valor para o futuro, pois algum evento faz com que esse valor já pago deixe de ser aproveitado Tema 2 – Custos imputados Martins (2010) apresenta os custos imputados como aqueles valores que representam sacrifícios econômicos reais, no entanto, não são contabilizados por diversas razões A não contabilização pode ser por não ocasionar gastos para a empresa, ou devido à sua subjetividade e polêmica ao abordar tais custos e sua mensuração Um exemplo de custo imputado é o custo de oportunidade, no entanto não contabilizamos em si esse valor, e dentro da subjetividade, surge o questionamento sobre qual seria uma taxa adequada de custo de oportunidade, ou além da taxa, qual seria o valor correto 3 Tema 3 – Custos de reposição Martins (2010) ressalta que as decisões de reposição de estoques devem ser embasadas pelos valores atuais dos custos de reposição dos estoques e também pelos valores futuros de reposição Tema 4 – Custos para decisão e para estoque Muitas vezes nas empresas as informações podem ter dois vieses: podemos trabalhar com informações para a finalidade de tomada de decisões ou focar em informações de apuração e controle de estoque Essa alteração de foco ou finalidade muda a maneira como vemos e interpretamos as informações, e devemos ter isso em mente para não nos equivocarmos 4 Para o bom andamento da empresa, deve haver uma conciliação entre a contabilidade de custos e a contabilidade geral, pois a geral fornece valores à de custos, que devolve em forma de produtos (Martins, 2010) Tema 5 – Mão de obra direta como custo variável A mão de obra direta tende a ser um custo variável, para isso considerando apenas a parte utilizada na produção, já o tempo ocioso deve ser considerado custo indireto (Martins, 2010) Quando o empregado possui remuneração baseada na produção, fica evidente que se trata de um custo variável No entanto, na maioria das empresas os empregados são contratados com salários fixos, podendo segregar o valor conforme o tempo utilizado efetivamente na produção e a parte ociosa Na Prática 5 Uma indústria atua fabricando apenas o produto X, pois possui experiência e expertise na fabricação e venda desse produto. Para melhor entender a situação da indústria, vamos verificar as informações que se referem a dados da produção e venda do produto Foi considerado o valor da amortização de gastos com pesquisa de mercado como um custo variável, pois foram gastos no levantamento o valor de $16.000.000,00, (...) (...) e como consideraram uma previsão de 200.000 unidades, logo, $80,00/un. A empresa já elaborou 40.000 un. no primeiro ano O valor da mão de obra é totalmente fixo. Quanto à depreciação, divide-se em três, pois a empresa possui uma planta específica para as embalagens, uma para a fabricação de produto intermediário e outra para os produtos Referente aos materiais variáveis, a matéria-prima A é adquirida ao custo de $100,00/un., a matéria-prima possui custo de $160,00/un. e a embalagem, custo de $40,00/un. 6 Da mão de obra de $4.000.000,00, 30% referem-se à planta do produto intermediário, 20% referem-se à planta de embalagens e o restante pertence à planta dos produtos. A energia elétrica e o aluguel possuem as mesmas proporções do valor da mão de obra Ambas as fábricas, do produto intermediário, de embalagens e de produtos, possuem vida útil de cinco anos, depois disso a empresa não terá mais interesse em trabalhar com esse produto Passou-se um ano já, sendo que a depreciação das três plantas é linear (20% ao ano), espera-se continuar uma produção de 40.000 un. por ano. Após os cinco anos, não se espera valor nenhum com a venda das plantas Como podemos ver, temos o custo de produção para o primeiro ano do produto, restando quatro anos de produção Porém, imaginemos que a empresa recebe uma proposta de uma fábrica de embalagens no começo do segundo ano e também uma proposta de uma empresa para fornecer o produto intermediário. Seguem as duas propostas: 7 Proposta da fábrica de produto intermediário: Venda de cada unidade do produto intermediário por $180,00, 40.000 unidades por ano pelos próximos 4 anos, chegando ao valor de $7.200.000,00 por ano Mas para manter essa proposta a empresa deveria comprar a matéria-prima A deles também, pelo valor de $110,00 a unidade. Essa fábrica também ofereceu o valor de $2.500.000,00 à vista pela planta de fabricação do produto intermediário Proposta da fábrica de embalagens: Entregar 40.000 unidades de embalagens por ano, pelos próximos quatro anos, a um custo unitário de $170,00/un., ou seja, $6.800.000,00 por ano Para isso ainda faz parte da proposta a compra dos equipamentos da planta de embalagem por $7.000.000,00 à vista, sendo necessária para a empresa apenas a aquisição de um equipamento embalador para a outra planta, no valor de $1.000.000,00, que depreciará em 4 anos E agora, a empresa deve ou não aderir a essas novas propostas? Aceitar apenas a proposta do fornecedor de embalagens? Aceitar apenas a proposta do fornecedor do produto intermediário? Ou não aceitar nenhuma proposta e continuar sua produção como está atualmente? Finalizando 8 Tratamos nessa aula sobre cinco temas: Custos perdidos Custos imputados Custos de reposição Custos para decisão e para estoque Mão de obra direta como custo variável Referências BORBA, J. A.; MURCIA, F. D. A Influencia dos Custos Perdidos (Sunk Costs) no processo de tomada de decisão: um estudo empírico baseado em cenários de decisão. In: IX Congresso Brasileiro de Custos, Florianópolis, 2005. IUDICIBUS, S; MARTINS, E; CARVALHO, L. N. contabilidade: aspectos relevantes da epopeia de sua evolução. Revista Contabilidade e Finanças, n. 38, p. 7-9, 2005. MARTINS, E. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Altas, 2010.
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