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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DA__ VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA/PB
VITÓRIA, brasileira, estado civil, cozinheira, inscrito no CPF sob nº 000.000.000-00, MG-000000000, CTPS nº 0000000/0000-0, residente e domiciliado na rua: xxx – CEP: 00.000-xxx, nesta capital, por seu procurador infra-assinado (procuração anexa), vem respeitosamente à presença de Vª Exª., propor:
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA PELO RITO SUMARÍSSIMO
em face de CARINE LANCHES, pessoa jurídica inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0000-00, endereço eletrônico: reclamada@reclamada.com.br, situada na rua: xxxxx, nº 00, bairro: xxxx, CEP 00.000-000, João pessoa/PB, pelo motivos de fato e de direito que passa a expor:
I - DA JUSTIÇA GRATUITA
Preliminarmente requer o Reclamante a JUSTIÇA GRATUITA, por estar desempregado (conforme CTPS em anexo), ser pobre no sentido legal e não ter condições de arcar com os custos da presente demanda sem prejuízo de seu sustento e de sua família, razão pela qual pretende os benefícios da Assistência Judiciária, com base no art. 98 do CPC c/c § 3º do art. 790 da CLT.
II - DOS FATOS
O reclamante foi admitido em xxxxxx na função de cozinheira, com salário de xxxx, com jornada de trabalho de xxxx às xxx horas, de segunda a sexta e aos sábados de xxx às xxx, com 2 (duas) horas de intervalo de almoço por dia trabalhado
Em xx/xx/xxxx foi demitido por justa causa, sem aviso prévio e sem nenhum dos motivos previstos no artigo 482 da CLT.
Por tais circunstâncias fáticas e pelos acontecimentos que serão demonstrados alhures (lesão do direito), maiormente motivada pela ilegalidade na dispensa.
Assim, outra saída não há, senão buscar amparo judicial para garantir todos os seus direitos.
III - DO DIREITO
III.1 – DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA SEM JUSTO MOTIVO 
A reclamada dispensou por justa causa, sem que a Reclamante tivesse cometido qualquer falta grave. Para a configuração de justa causa, exige-se algum dos motivos estabelecidos no artigo 482 da CLT, portanto o fato do reclamante se envolver em uma ocorrência policial de trânsito não se enquadra nos motivos previstos no artigo 482 da CLT.
Portanto, a pena imposta a Reclamante incorrera em bis in idem, haja vista que ele está sendo punido duas vezes pelo mesmo fato.
A atitude da reclamada ofende o artigo 7º, I da CF/88, nossa Lei Maior, que visa a proteção do trabalhador contra dispensa arbitrária, in verbis:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
(...)
Assim, não se caracteriza a falta grave que pudesse culminar na dispensa por justa causa, 
Assim, a exemplo do acórdão supracitado, requer o reclamante a reversão da justa causa para dispensa sem justa causa, com a condenação da reclamada ao pagamento de todos as verbas rescisórias, quais sejam:
· Décimo Terceiro Proporcional (10/12) na importância de R$ 875,39.
· Férias proporcional + um terço constitucional na importância de R$ 1.283,95.
· Aviso prévio indenizado na importância de R$ 1050,47
· Multa rescisória de 40% sobre o saldo de FGTS vinculada à presente relação de emprego, na importância de R$ 434,54
· Por fim, requer o Reclamante, todos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes, bem como as anotações na CTPS relativo a extinção do contrato de Trabalho, documento hábil para requerer o benefício do seguro-desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nos termos do artigo 477 da CLT.
III.2 - DAS HORAS EXTRAS SEMANAIS
O reclamante laborava de segunda a sexta-feira de 07h às 16h20min., e aos sábados de 07h às 18h20min., com 2 (duas) horas de intervalo para almoço nos dias trabalhados.
Totaliza assim, 45h20min. por semana, fazendo jus à 1 hora extra e 20 minutos por semana, que nunca foram pagas pela reclamada.
De acordo com o artigo 7º, XIII da CR/88, a jornada de trabalho é de 8 diárias com limite de 44 semanais. Já o artigo 59, § 1º da CLT estabelece que a remuneração referente a hora extra será pelo menos 50% do valor da hora normal. 
Assim sendo, requer o pagamento de 1h20min., por semana, correspondendo a uma importância de R$ 9,40 (nove reais e quarenta centavos) por semana. (Valor da hora extra 7,05 pelo divisor 220).
Totalizando assim 37,60 (trinta e sete reais e sessenta centavos) por mês trabalhado, devendo ser calculado o DSR.
Requer ainda, o pagamento dos reflexos nas parcelas resilitórias, bem como, salário, décimo terceiro proporcional, férias proporcionais + 1/3 e FGTS.
III.3 DA MULTA DO ARTIGO 477§ 8º
A multa do art. 477, § 8º, da CLT deve ser aplicada porque a Reclamante não recebeu as verbas rescisórias. O valor é calculado sobre a maior remuneração mensal percebida pelo Reclamante.
Assim sendo, requer o reclamante a importância de R$ 1.558,19 (mil, quinhentos e cinquenta e oito reais e dezenove centavos) a título de indenização, tendo em vista que esta foi a maior remuneração do reclamante, conforme contracheque do mês 09/2018.
III.4 DA FALTA DE COMPROVANTE DOS REGISTROS DE PONTO
Apesar do reclamante registrar seu ponto diariamente no estabelecimento da reclamada, os comprovantes de registros não eram fornecidos pela reclamada, ficando assim sem acesso a estes documentos, até mesmo o documento de justa causa fora restrito ao reclamante, pois, não fora lhe fornecido uma cópia, de sorte que conseguiu tirar uma foto na hora, conforme documento em anexo.
Assim, requer a inversão do ônus da prova, nos termos do artigo 818, § 1º da CLT c/c com artigo 373, § 1º do NCPC, em face da reclamada.
 
III.5 - DA SUCUMBÊNCIA
Em caso de haver sucumbência em face da reclamante, o crédito deverá ficar suspenso, nos termos do art. 98, § 1º, VI, e § 3º, CPC/2015, pois deve ser reconhecido o direito da Reclamante ao acesso judiciário gratuito, interpretando-se o parágrafo 4º do art. 791-A, CLT, em consonância com a disposição contida no art. 5º, LXXIV, da Constituição da República, que garante a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.
Portanto, havendo condenação recíproca, deverá ser suspensa a sucumbência em face do reclamante, por ser pobre no sentido legal e estar desempregado, sem condição de arcar com honorários sucumbenciais sem prejuízo seu e de sua família.
IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
Diante do exposto, requer sejam julgados procedentes todos os pedidos desta exordial, condenando a reclamada ao:
a) pagamento do décimo terceiro proporcional no valor de R$ 875,39.
b) férias proporcionais acrescidas de 1/3 (um terço) no valor de R$ 1.283,92.
c) pagamento do aviso prévio trabalhado no valor aproximado de R$ 1050,47 de acordo com último salário auferido pelo reclamante.
d) pagamento da multa de 40% do FGTS na importância de R$ 434,54.
e) pagamento das 1h20min. extras semanais decorrente de supressão do limite de 44 horas semanais, com adicional de 50% e reflexos em repouso semanal remunerado, em férias proporcional + 1/3, 13º salário, aviso prévio e FGTS acrescido da multa de 40% no valor de R$ 413,60.
f) o pagamento da multa do artigo 477, § 8º na importância de R$ 1.558,19.
g) requer todos documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes, bem como as anotações na CTPS relativo a extinção do contrato de Trabalho, documento hábil para requerer o benefício do seguro-desemprego e a movimentação da conta vinculada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nos termos do artigo 477 da CLT.
h) seja deferido o pedido de justiça Gratuita;
i) pagamento de honorários advocatícios na importância de 15% sobre o valor da causa, nos termos do artigo 85 do CPC.
V – DAS PROVAS 
Protesta o reclamante provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos sobretudo a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal do preposto da reclamada;
Dá- se à causa o valorde R$ 5.256,58 (cinco mil, duzentos e cinquenta e seis reais e cinquenta e oito centavos).
Termos em que,
Pede deferimento.
Belo Horizonte, 17 de maio de 2020.
ADVOGADO
OAB-MG 000.000

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