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Ação de Alimentos

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Antônio Pedro, morador da cidade Daluz (Comarca de Guaiaqui), foi casado com Lourdes por mais de 04 (quatro) décadas, tendo tido apenas 01 (um) filho, Arlindo, morador de Italquise (Comarca de Medeiros), dono de rede de hotelaria. Com o falecimento da esposa, Antônio Pedro deixou de trabalhar em razão de grande tristeza que o acometeu. Já com 72 anos, Antônio começou a passar dificuldades financeiras, sobrevivendo da ajuda de vizinhos e alguns parentes, como Marieta, sua sobrinha-neta. A jovem, que acabará de ingressar no curso de graduação em Direito, relatando aos colegas de curso o desapontamento com o abandono que seu tio sofrera, foi informada de que a Constituição Federal assegura que os filhos maiores têm o dever de amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade. De posse de tal informação, sugere a seu tio-avô que busque o Poder Judiciário a fim de que lhe seja garantido o direito de receber suporte financeiro mínimo de seu filho. Antônio Pedro procura, então, você como advogado (a) para propor a ação cabível. 
Elabore a peça processual apropriada ao caso narrado acima.
AO JUÍZO DE DIREITO DA ________ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE GUAIAQUI 
ANTÔNIO PEDRO, viúvo, (profissão), (CPF), (RG), (e-mail), residente e domiciliado na cidade de Daluz, por meio de sua advogada infra-assinada (procuração anexa), com endereço profissional no (endereço), propor a presente AÇÃO DE ALIMENTOS.
Em face de Arlindo, (estado civil), dono de rede de hotel (CPF), (RG), (e-mail), residente e domiciliado na cidade de Italquise. 
I – DOS FATOS
O autor foi casado com Sra. Lourdes (doc anexo), fruto desse relacionamento tiveram um único filho, ora Réu (doc. anexo). Acontece que já com seus 72 (setenta e dois) anos, o Autor começou a passar por dificuldades financeiras, sobrevivendo com o auxílio de vizinhos e alguns parentes. 
O Réu é dono de uma rede de hotelaria, possuindo boa condição econômica, não obstante, não presta nenhum auxílio financeiro ao Autor para sua subsistência mínima. Com fatos, outra opção não restou, senão a proposição da presente ação, visando o recebimento de suporte financeiro mínimo para o Autor. 
II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
II.I - DO PROCEDIMENTO ESPECIAL 
A ação de alimentos é regida por rito especial, consoante art. 1º da Lei nº 5478/68. In verbis: 
ART. 1º. A ação de alimentos é de rito especial, independente de prévia distribuição e de anterior concessão do benefício de gratuidade. 
Assim requer que o procedimento respeite as disposições, contidas na respectiva lei. 
II.II - DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
É garantido à parte não tiver condição de arcar custas a concessão do benefício da gratuidade, conforme inteligência do art. 1º, § 2º da Lei nº 5.478/68. 
Pois bem, o autor passa por dificuldades financeiras, idoso e fora do mercado de trabalho. Foi, inclusive, sua condição de pobreza que tornou necessária a presente ação. 
Diante da condição do autor, se requer a concessão do benefício da gratuidade de justiça.
II.III - DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO - Lei nº 10.741/03
O autor é pessoa idosa, possuindo mais de 60 (sessenta) anos de idade, fazendo jus a prioridade de tramitação.
Conforme o art. 71 da Lei nº 10.741/2003 (Estatuto do idoso), a prioridade na tramitação abrange os processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências jurídicas, em qualquer instância.
No mesmo sentido, o art. 1.048 do Código de Processo Civil (CPC) irá estabelecer que aqueles em que figure como parte ou interessado pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos possuem prioridades na tramitação dos procedimentos judiciais.
Pelo exposto, nos termos do art. 71 da Lei nº 10.741/2003 c/c art. 1.048 do CPC, requer a parte autora que o processo tramite com prioridade.
II.IV - DA INTERVENÇÃO OBRIGATÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
A presente ação tem por objetivo fundamental a produção de direitos inerentes à condição de idoso do Autor, estando albergado por Estatuto próprio.
O art. 75 do Estatuto do Idoso é claro ao estabelece que “nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará obrigatoriedade o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipóteses em que terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar documentos, requerer diligências e produção de outras provas usando os recursos cabíveis. 
Assim, com fundamento legal, requer a participação obrigatória do Ministério Público no presente processo. 
III – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA NO MÉRITO 
A Constituição da República, em seu artigo 229, estabelecendo o dever de assistência recíproca entre os familiares, este se estende dos pais para os filhos menores e dos filhos maiores para os pais.
É de esperar que essa assistência se de forma gratuita, motivante que, em regra, rege sua família. 
Não obstante ao fato, hoje o Autor carece de condições econômicas para se sustentar minimamente. Em razão, da grande tristeza que lhe causou a morte de sua esposa e de sua idade avançada, não possui condições de trabalhar. 
Seu único filho, ora Réu, possui boas condições econômicas, sendo dono de uma rede de hotelaria, possuindo plena capacidade, sem prejuízo do seu próprio sustento, de ajudar financeiramente seu pai. 
Para casos em que o único auxílio não aconteça de forma voluntária, a Lei nº 5.478/68 estabelece o procedimento pelo qual aquele quem passa dificuldades poderá exigir ajuda de seus familiares.
Mas do que um dever ético, prestar auxílio aos familiares e, no caso específico aos idosos da família é um dever legal, expresso no artigo 3º do Estatuto do Idoso.
É no próprio Estatuto, inclusive, em seu artigo 11, que se prevê a possibilidade de prestação de alimentos aos idosos, sendo estabelecido que “os alimentos serão ´prestados ao idoso na forma da Lei Civil”.
Do mesmo modo, o código civil (CC) garante o direito de se pedir alimentos aos parentes para que se possa manter suas necessidades de modo compatível com a condição social do Alimentando, sem que ocorra prejuízos ao Alimentante, disposto no artigo 1.694 do Código Civil. 
Dessa forma, requer o Autor que a presente ação seja julgada procedente, fixando-se alimentos que permitam a substância digna do alimentando, na medida das condições econômicas do Réu.
IV - DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS
A prestação de alimentos em nosso ordenamento jurídico é revestida de proteção especial, dado sua importância para a sobrevivência de quem o pede. Desse modo, o artigo 4º da Lei nº 5.478/68 dispõe da possibilidade de fixação de alimentos provisórios. 
Deste modo, o autor requer, desde já, a fixação de alimentos provisórios, dada a urgência e a natureza do pedido de alimentos.
V - DOS PEDIDOS
Ante exposto, pleiteia a parte autora:
A) A concessão do benefício da gratuidade da justiça, com fundamento no artigo 1º, § 2º da Lei nº 5.478/68;
B) A observância do procedimento especial em espécie, seguindo os ditames da Lei nº 5.478/60;
C) A prioridade na tramitação do processo, com fundamento no artigo 71 da Lei nº 10.741/2003 c/c art.1.048, CPC;
D) A intimação do Ministério Público para sua intervenção obrigatória;
E) Em sede antecipada, a conceção dos alimentos provisórios;
F) No Mérito, a condenação do Réu ao pagamento dos alimentos definitivos; 
G) A condenação do Réu em custas e honorários advocatícios;
H) A citação do Réu para, querendo, responder a presente ação, sob pena de revelia.
Dá-se à causa o valor de R$ ....
Daluz (data)
Advogado (OAB)

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