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J.R.Matos, 2017 E n d o E X O DTA/DSC 1 J.R.Matos, 2017 2 DETERMINAÇÃO DA CURVA DE AQUECIMENTO - T ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL - DTA CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL - DSC TENDÊNCIA ENTÁLPICA CONTEÚDO DE CALOR (H) CALOR ESPECÍFICO (Cp) MEDIDAS DE VARIAÇÕES DE TEMPERATURA E DE ENERGIA J.R.Matos, 2017 3 AO AQUECER UMA AMOSTRA: - O SEU CALOR ESPECÍFICO VARIA MUITO POUCO; -AO MUDAR DE ESTADO, ALTERA RAPIDAMENTE. AO AQUECER UMA AMOSTRA TAMBÉM OCORREM PROCESSOS FÍSICOS E QUÍMICOS [FUSÃO E DECOMPOSIÇÃO] NOS QUAIS HÁ VARIAÇÕES DE ENTALPIA [CALOR LATENTE DE FUSÃO, CALOR DE REAÇÃO, ETC.]. J.R.Matos, 2017 4 1) DETERMINAÇÃO DA CURVA DE AQUECIMENTO (T) 2) ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) 3) CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL (DSC) TRÊS TÉCNICAS FORAM DESENVOLVIDAS: J.R.Matos, 2017 5 T(oC) (-) (+) (d H /d T ) E x o Ti Tf DSC compensação de potência para que TA = TR TA t(min) Ti Tf Variação Endotérmica Curvas de T t(min) (a) TA (b) Variação Exotérmica t(min) Ti Tf TA (-) (+) Ti Tf T(oC) (d H /d T ) (d) DTA diferença TA - TR Ti Tf T(oC) (-) (-) E n d o (T A – T R ) (-) (+) Tf Ti T(oC) (T A – T R ) (c) Evolução dos sistemas empregados na avaliação de eventos térmicos associados com variação de temperatura ou de entalpia de um dado material (A = amostra; R = material de referência). J.R.Matos, 2017 6 As variações de temperatura na amostra são devidas as transições entálpicas ou reações, conhecidas como endotérmicas ou exotérmicas. Medida da ΔT entre Substância (amostra) e um material de referência enquanto ambos são submetidos a um programa controlado de temperatura Sujeita a ocorrência de eventos térmicos endo ou exotérmicos Termicamente estável Usualmente aquecimento dinâmico (β) Atmosfera especificada J.R.Matos, 2017 7 Medida da ΔT entre substância (amostra) e um material de referência enquanto ambos são submetidos a um programa controlado de temperatura tempo T e m p e ra tu ra Material de referência β amostra ΔT J.R.Matos, 2017 8 T F o n te d e a q u e c im e n to T u b o d o F o rn o D e te c to r e m f o rm a d e h a lt e re Gás TA + + - Referência Amostra b) - TR TA Fonte de aquecimento R e fe rê n c ia A m o st ra + + a) Ilustração de células DTA: a) Clássica; b) Moderna As ∆T relativas aos fenômenos físicos ou químicos são detectadas por um método diferencial como ilustrado na Fig. 2. TA e TR são, respectivamente, Tamostra e Treferência e TA-TR (T) é a função registrada. T F o n te d e a q u e c im e n to T u b o d o F o rn o D e te c to r e m f o rm a d e h a lt e re Gás TA + + - Referência Amostra b) - TR TA Fonte de aquecimento R e fe rê n c ia A m o st ra + + a) J.R.Matos, 2017 9 T e m p e ra tu ra T Esta área é proporcional ao H Tempo Ponto de fusão (a) TR TA Variação de temperatura durante a fusão: (a) Curvas de aquecimento de uma amostra hipotética e de um material de referência; (b) Curva DTA [T(TA - TR) vs TR], gerada a partir das curvas obtidas em (a). (b) TR ou Tf E n d o 0 T DTA E f (T,t) T f (T,t) Curva DTA: registros de T T(oC) ou t (min). Os eventos são apresentados na forma de picos. Os ascendentes caracterizam os eventos do tipo exotérmicos, enquanto os descendentes, os endotérmicos. J.R.Matos, 2017 10 Medida da ΔT Entre substância (amostra) e um material de referência enquanto ambos são submetidos a um programa controlado de temperatura Temperatura / tempo Δ T 0E n d o Alterações na linha base indicam a ocorrência de eventos endo ou exotérmico A área do pico é proporcional a ΔH, mas a medida é semi-quantitativa (Tamostra - Treferência) O sinal pode ser fornecido em μV (proporcional à ΔT) J.R.Matos, 2017 11 Medida da ΔT entre substância (amostra) e um material de referência enquanto ambos são submetidos a um programa controlado de temperatura termopar Massa equiparável a amostra pode ser um cadinho vazio Inerte, redutor ou oxidante J.R.Matos, 2017 12 Diagrama de bloco de um sistema DTA CONTROLE DE ATMOSFERA PROGRAMADOR DA TEMPERATURA DO FORNO REGISTRADOR AMPLIFICADOR DE MICROVOLTAGEM SENSORES DE TEMPERATURA FORNO A R J.R.Matos, 2017 13 A Figura a seguir, ilustra uma curva DTA de uma amostra de um p-toluenossulfonato de lantânio hidratado caracterizando um evento endotérmico e dois exotérmicos, bem definidos. Curva DTA obtida sob atmosfera dinâmica de He e de 40ºC/min de um amostra de La(C7H7SO3)3.2H2O. Temperatura (oC) 0 200 400 600 800 0,3 0,2 0 0,1 -0,1 T ( o C ) J.R.Matos, 2017 14 No caso de transições de 2ª ordem observa-se mudança de linha base, sem picos. Por exemplo, a transição vítrea (Tg glass transition) evidenciada por uma variação na linha base no sentido endotérmico. A Figura 6 ilustra uma curva DTA de uma amostra de PET. Curvas DTA/DDTA obtida a 10oC/min da amostra de PET. Tg DTA DDTA 40 60 80 100 -0,20 -0,15 -0,10 -0,05 -1,00 -0,50 0,00 DTA T (oC) T ( o C ) E n d o 100 200 -0,40 -0,20 0,00 passagem do estado quebra- diço para um estado borra- choso sofrida por uma molé- cula, quando é submetida a uma programação de tempe- ratura de resfriamento para o aquecimento) Tg Temperatura acima da qual o polímero se torna flexível e elastomérico e abaixo da qual se torna rígido ou vítreo. 15 Investigação termoanalítica de lactose monohidratada Objetivo: -Avaliação da estabilidade térmica - Avaliação da decomposição térmica APLICAÇÕES J.R.Matos, 2017 J.R.Matos, 2010 15 H2O C12H22O11 H2O 360,3 g/mol http://en.wikipedia.org/wiki/File:Alpha-lactose-from-xtal-3D-balls.png http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/43/Lactose_cyclic_horizontal.png 16 TG: perda de água e decomposição térmica gradual DTA: sólido – transformação sólida antes da fusão ( ) TG DTA 4,9 % 11,1 % 51,3 % 148 oC 176 oC 231 oC 295 oC Estável termicamente Decomposição térmica 213 oC (Fusão) E n d o Desidratação Transição de fase APLICAÇÕES J.R.Matos, 2017 Curvas TG/DTA obtida a 10oC/min e sob atmosfera dinâmica de ar de uma amostra de lactose mohidratada 0 ,2 T ( o C ) M a s a ( % ) Temperatura (oC) C12H22O11 H2O 360,3 g/mol H2O 5% J.R.Matos, 2017 17 Medida do entre a substância (amostra) e um material de referência enquanto ambos são submetidos a um programa controlado de temperatura Historicamente foram desenvolvidos dois tipos de DSC: Fluxo de calor Compensação de potências E Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) J.R.Matos, 2017 18 A DSC é uma técnica derivada da DTA, por isso, são consideradas técnicas semelhantes e complementares, pois, permitem avaliar as variações entálpicas que ocorrem com uma dada substância durante um processo de aquecimento ou resfriamento. A palavra “diferencial” enfatiza as medidas que envolvem tanto a própria substância como o material de referência, que deve ser termicamente estável. A definição formal dessas duas técnicas foi aprovada pela IUPAC. J.R.Matos, 2017 19 A DTA nos fornece dados qualitativos de variações de entalpia e permite executar trabalhos em faixas de temperaturas superiores a 1000oC. A DSC, pelo seu próprio refinamento, possibilita acompanhar e obter dados quantitativos, quanto às alterações físicas ou químicas da amostra, tais como: mudança de estado físico (fusão, ebulição, etc), transições de fase (modificações na estrutura cristalina) ou reações de desidratação, de decomposição, de oxi-redução, etc), no entanto, a temperatura de operação da célula não excede 725oC. As Figuras a seguir ilustra esquematicamente uma célula DTA (a) e uma DSC (b). J.R.Matos, 2017 20 T T u b o d oF o r n o F o n te d e a q u e c im e n to D e te c to r e m fo r m a d e h a lt e r e Gás TA + + - Referência Amostra Referência Amostra Bloco do forno Saída de gás Entrada de gás Detector Tr Ts QsQr Tempo Forno Referência Amostra Variação de temperatura durante a fusão (a) Ilustração de uma célula DTA (b) Ilustração de uma célula DSC Referência Amostra Ponto de Fusão Variação de temperatura durante a fusão Tempo Esta área é proporcional ao H J.R.Matos, 2017 21 Resumindo, pode-se dizer que, dentro dos limites operacionais de temperatura a célula DSC executa todas as aplicações do DTA, além de fornecer informações quantitativas de um dado material em relação a quantidade de calor envolvida nos processos, caracterizando, com isso, o seu emprego em diversos estudos. Historicamente, foram criados dois tipos de DSC (Figura 10): Compensação de potência (desenvolvido e patentiado pela Perkin- Elmer Corporation) e b) fluxo de calor (desenvolvido por outras empresas, como por exemplo, a Mettler Toledo, Shimadzu Corporation, Netzsch, TA Instrument, Setaram, Seiko, Linses, Rigaku e outras). J.R.Matos, 2017 22 Representação esquemática do sistema DSC de Compensação de potência. Na DSC de compensação de potência (Figura a seguir) a amostra e a referência são aquecidas em compartimentos separados, individualmente. Isto torna-se possível manter a amostra e a referência em condições isotérmicas, ao contrário da técnica DTA. Assim, se amostra sofre alterações de temperatura devido a um evento endotérmico ou exotérmico em função do aquecimento ou resfriamento a que é submetida, ocorre uma modificação na potência de entrada do forno correspondente, de modo a se anular esta diferença. Isto consiste no “balanço nulo” de temperatura. SENSORES DE Pt A R Aquecedores individuais a) J.R.Matos, 2017 23 Na DSC com fluxo de calor (Figura a seguir), a amostra e a referência são colocadas em cápsulas idênticas, localizadas sobre um disco termoelétrico (Sensor de resistência térmica) e aquecidos por uma única fonte de calor. O desempenho do DSC com fluxo de calor é semelhante ao com compensação de potência, porém esta técnica foi desenvolvida a partir do DTA, para contornar a patente registrada pela Perkin Elmer que desenvolveu o DSC com compensação de potência. Evento ENDO para a referência Fluxo de calor do forno Fluxo de calor para a amostra (resistência Térmica) b) T A R Tampa Sensor Forno Termopares Evento EXO Representação esquemática do sistema DSC de com fluxo de calor. J.R.Matos, 2017 24 A principal diferença em relação ao DTA consiste na execução de medidas quantitativas, uma vez que o DSC com fluxo de calor possui uma resistência térmica bem definida, sendo adequado para esse tipo de medida. Nesse sistema DSC, o calor é transferido através do disco termoelétrico para a amostra e a referência, e o fluxo de calor diferencial (T) entre os dois é controlado por termopares conectados abaixo dos cadinhos. Dessa forma, a diferença no fluxo de calor da amostra e da referência é diretamente proporcional a diferença de potência das junções dos dois termopares. O desempenho do DSC com fluxo de calor é semelhante ao de com compensação de potência, porém esta técnica foi desenvolvida a partir do DTA, para contornar a patente do DSC com compensação de potência. A Figura seguinte ilustra a representação esquemática dos três principais sistemas que foram desenvolvidos. J.R.Matos, 2017 25 COMPARAÇÃO ENTRE OS TRÊS PRINCIPAIS SISTEMAS DE ANÁLISE TÉRMICA c) DSC de Compensação de potência SENSORES DE Pt A R Aquecedores individuais - TR TA Fonte de aquecimento R e fe rê n c ia A m o s tr a + + (Única fonte de calor) a) DTA Clássico para a referência Fluxo de calor do forno Fluxo de calor para a amostra (resistência Térmica) b) T A R Tampa Sensor Forno Termopares b) DTA Quantitativo ou de Boersma DSC de fluxo de calor (Única fonte de calor) Representação esquemática dos três principais sistemas de análise térmica (diferencial). J.R.Matos, 2017 26 Outra diferença importante entre os sistemas DSC, está na forma de apresentação dos resultados. Ou seja, no DSC com compensação de potência adota a convenção termodinâmica, onde um evento endotérmico (H>0) é caracterizado por um pico ascendente na curva DSC, enquanto no DSC com fluxo de calor esse mesmo evento é representado na curva DSC por um pico descendente. Além disso, no DSC com fluxo de calor o sinal é originado da diferença da temperatura entre a amostra e a referência; entretanto, no DSC com compensação de potência o sinal é proveniente do calor diferencial fornecido pela amostra e referência. J.R.Matos, 2017 27 As curvas DSC das Figuras seguintes ilustram o comportamento térmico, referente ao aquecimento e ao resfriamento de uma amostra do padrão de colesterol, obtidas numa célula DSC de Fluxo de Calor e de Compensação de potência. J.R.Matos, 2017 28 Curva DSC do padrão de colesterol, obtida na célula DSC de fluxo de calor, sob atmosfera dinâmica de N2 e razão de aquecimento e resfriamento de 10ºC/min. 20 30 40 -1,5 0,0 1,5 3,0 4,5 80 100 120 140 160 F u s ã o F lu x o d e c a lo r (m w /m g ) T DSC H = 71,8 J/g Tpico = 148,1 o C Tonset = 146,4 o C H = -69,5 J/g Tpico = 139,9 o C Tonset = 138,6 o C Tempo (min) T e m p e ra tu ra ( oC ) e n d o C ri s ta li z a ç ã o J.R.Matos, 2017 29 Curva DSC do padrão de colesterol, obtida na célula DSC de compensação de potência, sob atmosfera dinâmica de N2 e razão de aquecimento e resfriamento de 10ºC/min. 10 20 30 40 50 60 Tempo (min) -2,0 0,0 2,0 50 100 150 F lu x o d e c a lo r (m w /m g ) T e m p e ra tu ra ( oC ) T DSC H = 70,7 J/g F u s ã o C ri s ta li z a ç ã o Tpico = 149,2 o C Tonset = 146,6 o C H = -69,3 J/g Tpico = 137,2 o C Tonset = 137,6 o C e x o J.R.Matos, 2017 30 DSC: Uma descrição teórica DSC de fluxo de calor (Mettler) Tampa do forno Referência (Tr) Fluxo de calor para Referência. Sensor (resistência térmica) Forno (Tc) Amostra (Ts) Fluxo de calor para amostra Forno (Tc) Fios dos termopares (Medida da e.m.f. Térmica (U) em V) O fluxo de calor Qs para a amostra, expressa em mW, origina a partir da célula do forno c e Referência r. A seguinte equação o representa: Qs = Qcs + Qrs = Kcs(Tc + Ts + Krs(Tr + Ts) Kcs : Coeficiente de transferência de calor entre c e s Krs :Coeficiente de transferência de calor entre r e s Tc : Temperatura do forno Ts : Temperatura da amostra Tr : Temperatura da referência s r C J.R.Matos, 2017 31 O que é medido na DSC? A DSC mede a diferença na taxa de fluxo de calor entre a amostra e referência (cadinho vazio) enquanto ambos são aquecidos, resfriados ou mantidos isotermicamente. Diferenças no fluxo de calor ocorrem devido: - ao aumento da capacidade de calor da amostra com a temperatura - a transições que ocorrem na amostra J.R.Matos, 2017 32 O que é medido na DSC? A taxa de fluxo de calor pode ser expressa em uma variedade de unidades que também pode ser normalizada para a massa usada da amostra… mW onde W = J/sec W/g mCal/seg cal/seg/g BTU/hr Transições exotérmicas resultam em liberação de calor: - cristalização, cura, decomposição, etc. Transições endotérmicas absorvem calor: - fusão, transição vítrea, evaporação, etc. J.R.Matos, 2017 33 Curva DSC obtida a 10oC/min e sob atmosfera dinâmica de N2 de uma amostra de cetoprofeno (m = 2,11 mg) 70 80 90 100 110 120 Temperatura (oC) -4.00 -2.00 0.00 H = 30,03 kJ/mol F lu x o d e C a lo r (m W /m g ) Tonset = 93,5 oC Tpico= 95,7 oC F U S Ã O E n d o J.R.Matos, 2017 34 A medida de temperatura é feita por meio de termoparesfixados à base do suporte da amostra e do material de referência tanto para equipamentos DTA quanto para o DSC. A escolha da composição do termopar depende da temperatura máxima a ser alcançada. Um termopar baseia-se na medida da diferença de potencial (ddp) gerada entre dois metais em contato (efeito Volta). O efeito Seebeck ou termoelétrico baseia-se no efeito Volta para explicar que todo circuito formado por fios de dois metais de natureza diferente soldados em dois pontos originará uma força eletromotriz (fem) sempre que as duas soldas estejam a temperaturas diferentes. A ddp que representa a fem da cadeia depende dos metais considerados e das temperaturas dos pontos de solda. MEDIDAS DE TEMPERATURA J.R.Matos, 2017 35 A fem de Seebeck resulta das alterações na densidade de elétrons dos metais. Assim, na junção entre os dois metais ocorre a difusão de elétrons do metal no qual estejam mais fracamente unidos (mais eletropositivo) para o outro metal (eletronegativo). Neste fenômeno, há passagem de corrente elétrica e também liberação ou absorção de energia que se traduz por um escoamento térmico entre as junções e o ambiente, denominado “calor de Peltier”. O calor de Peltier (em joules) que é proporcional à quantidade de eletricidade (em Coulombs) que atravessa a junção. Além disso, o sentido da transferência de calor muda ao se inverter o sentido da corrente elétrica. Os termopares mais utilizados em equipamentos de análise térmica são apresentados na Tabela 1. J.R.Matos, 2017 36 Tabela 1 - Características de alguns termopares típicos [Wendlandt (1986, p.306) (*) Liga de Ni (40-45%)-Cu (55-60%); (**) Liga de Ni (90%) - Cr (10%); (***) Liga de Ni (94%) - Al (2%) - Fe (90,5%) - Si (1%) Tipo Metal 1 (positivo) Metal 2 (negativo) S Platina Platina+10%Ródio T Cobre Constantan* Y, J Ferro Constantan* E Cromel** Constantan* K Cromel** Alumel*** - Tungstênio Tungstênio+26%Rênio Temperatura máxima (C) 1600 250 450 1000 1000 2200 J.R.Matos, 2017 37 J.R.Matos, 2017 38 ALGUMAS CÉLULAS DSC COMERCIAIS J.R.Matos, 2017 39 Amostra Forno Tampa de Ag Envoltório do Forno Referência Detetor (Constantan) Célula DSC 50 e vista do interior da célula – Shimadzu Shimadzu J.R.Matos, 2017 40 Sistema DSC 50 com resfriamento Sistema DSC 50 - Shimadzu para medidas sob resfriamento J.R.Matos, 2017 41 SEIKO CÉLULAS DSC COMERCIAIS Célula DSC 50 – Seiko e tipos de cadinhos. J.R.Matos, 2017 42 Célula DSC 200 e Ilustração do interior da célula – Netzsch Netzsch J.R.Matos, 2017 43 Célula DSC, Ilustração do interior da célula e tipos de cadinhos – TA Instrument TA Instrument J.R.Matos, 2017 44 Ilustração esquemática célula DSC 7 e porta amostra e tampa Perkin Elmer J.R.Matos, 2017 45 CURVA DSC TÍPICA Temperatura (oC) F lu x o d e c a lo r (m w /m g ) 0 E n d o Zero diferencial Hm = KA Área do pico (1) Máximo do pico T p ic o (2) Cp a c b Tg (3) (4) (5) (6) (i) (ii) (iii) Final da decomposição térmica térmica Início da decomposição (Ti) (Tf) TERMINOLOGIA PARA AS CURVAS DTA/DSC Curva DTA/DSC hipotética com a indicação de seis eventos térmicos, ampliação da faixa de temperatura do evento (2) e a terminologia empregada. J.R.Matos, 2017 46 DELIMITAÇÃO DA ÁERA DOS PICOS NAS CURVAS DTA/DSC Curva DTA/DSC genérica. AB, DE = LINHA BASE BCD = PICO B’D’ = LARGURA DO PICO CF = ALTURA DO PICO BCDB = ÁREA DO PICO G = INÍCIO EXTRAPOLADO DO PICO (ONSET) T(oC) ou t(min) A B’ D’ E N D O E X O D G F E C B E N D O E X O T ( o C ) J.R.Matos, 2017 47 A DTA e DSC, são técnicas de temperatura dinâmica e um grande número de fatores podem afetar os resultados experimentais. Esses fatores, são similares aqueles discutidos em TG/DTG e mais numerosos em DTA/DSC e podem ter um efeito mais pronunciado. Se a curva DTA/DSC é usada para propósitos qualitativos, a forma, posição e número de picos endo exotérmicos é importante. FATORES QUE AFETAM AS CURVAS DTA/DSC J.R.Matos, 2017 48 As curvas DTA/DSC é dependente de duas categorias de variáveis: FATORES INSTRUMENTAIS CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA OBS.: Os efeitos são mais pronunciados do que na TG/DTG J.R.Matos, 2017 49 FATORES QUE AFETAM AS CURVAS DTA/DSC Razão de aquecimento Atmosfera do forno Material do porta amostra Geometria do porta Tamanho e forma do forno Sensibilidade do mecanismo de registro FATORES INSTRUMENTAIS Localização do termopar na amostra J.R.Matos, 2017 50 Efeito do diluente Quantidade de amostra Tamanho da partícula Calor de reação Natureza da amostra Condutividade térmica Empacotamento da amostra CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA FATORES QUE AFETAM AS CURVAS DTA/DSC Grau de cristalinidade Expansão e compressão da amostra J.R.Matos, 2017 51 a) Razão de aquecimento FATORES INSTRUMENTAIS Variação da temperatura do pico com a (Curvas DTA de caolinita). Temperatura (oC) Wendlandt, W. WN. Thermal Analysis J.R.Matos, 2017 52 Curvas DSC do AZT (Substância química de referência) obtidas nas β de 1, 2, 5, 10 e 15oC.min-1, sob atmosfera dinâmica de N2 (50 mL.min -1). Tese de doutorado A. A. Souza Araujo Temperatura (°C) F lu x o d e c a lo r ( m W / m g ) E n d o 110 120 130 140 -4.5 -3.0 -1.5 AZT 15oC/min AZT 10oC/min AZT 1oC/min AZT 2,5oC/min AZT 5oC/min 0.0 E n d o β Resolução Temperatura MENOR MAIOR MENOR J.R.Matos, 2017 53 Tempo (min) F lu x o d e c a lo r ( m W / m g ) E n d o Curvas DSC do AZT (Substância química de referência) obtidas nas β de 1, 2, 5, 10 e 15oC.min-1, sob atmosfera dinâmica de N2 (50 mL.min -1). Tese de doutorado A. A. Souza Araujo 0 50 100 150 -4.5 -3.0 -1.5 0.0 J.R.Matos, 2017 54 Temperatura (oC) F lu x o d e C a lo r (m W ) E x o té rm ic o 1 0 m W 1 0 m W 5 m W 2 m W 1 m W 75 125 175 225 =2,5 o C/min =5 o C/min =10 o C/min =20 o C/min =40 o C/min 300 100 200 400 Temperatura (oC) 500 600 40 60 80 100 M a s s a ( % ) (% ) 40 20 10 5 2,5 Curvas DSC (a) e TG (b) obtidas sob atmosfera de ar e = 2,5; 5; 10; 20 e 40oC/min da amostra de Sm(CH3SO3)3.2(3-picNO) (a) (b) MIYANO, M. H. ; MOURA, M. F. V. ; SIQUEIRA, L. ; LUIZ, J. M. ; MATOS, J. R. Química Nova, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 113-115, 2000. J.R.Matos, 2017 55 QUÍMICA NOVA, 23(1) (2000) 113 J.R.Matos, 2017 56 Wendlandt, W. WN. Thermal Analysis Curvas DTA de propionato de colesterol. Temperatura (oC) Efeito da sobre a resolução do pico 0,2oC Temperatura (oC) Curvas DTA de propionato de colesterol. crystal smectic (96oC) smectic cholesteric (100oC) Cholesteric isotropic (116o) Efeito da sobre a amplitude do pico 0,2oC J.R.Matos, 2017 57 Wendlandt, W. WN. Thermal Analysis b) Atmosfera do forno Curvas DTA obtidas sob atmosfera dinâmica de O2 e de N2 e = 10oC/min uma amostra de padrão de CaC2O4.H2O. 950 150 350 550 750 T ( o C ) Temperatura (oC) O2 N2 e n d o Efeito da atmosfera na decomposição térmica do SrCO3. DTA O2 CO2 800 900 1000 1100 1200 1300 E n d o T E x o Temperatura (oC) CO2 SrO + SrCO3 1 o C A transição sólido1 a sólido2, à 927 oC, não é afetada pela atmosfera. J.R.Matos, 2017 58 Efeito da atmosfera sobre as curvas DTA Diagrama Esquemático da decomposição térmica do Mg(CHO2)2.2H2O transição sem m m (%) Calc. 49,27 Exp. 49,10 m (%) Calc. 23,47 Exp. 23,67 MgC2H2O4.2H2O TG DTA/MS DTA/MS, DRX, SEM determinacão de área superficial TG, DTA/MS análise química -MgC2H2O4 MgO + C contaminado -MgC2H2O4 102–180oC 265oC 381–452oC Curvas TG/DTG e DTA do Mg(CHO2)2.2H2O N2 400 mL/min ar 400 mL/min Sal hidratado Sal anidro TG DTG DTAWendlandt, W. WN. Thermal Analysis J.R.Matos, 2017 59 (a) Aberto Contato direto com a atmosfera do forno – maior reatividade; x Os voláteis gerados na degradação térmica podem ser prejudiciais ao sistema. (b) Parcialmente fechado Permite contato parcial entre atmosfera e a amostra e parcialmente protege o sistema dos voláteis gerados; Fácil de preparar – não exige o uso de acessórios; x Só pode ser utilizado se o material do cadinho é maleável. c) PORTA AMOSTRA (Cadinho) J.R.Matos, 2017 60 c) PORTA AMOSTRA (Cadinho) (c) Hermeticamente lacrado Impede o contato entre atmosfera e a amostra e protege completamente o sistema dos voláteis gerados; x Requer prensa; x A pressão exercida pelos gases gerados pela degradação da amostra pode causar alterações na linha base. (d) Com furo Permite contato parcial entre atmosfera e a amostra e protege o sistema dos voláteis gerados; x Requer acessório; x Podem haver problemas de reprodutibilidade. J.R.Matos, 2017 61 Efeito do tipo de porta amostra sobre as curvas TG/DTG e DTA do CuSO4.5H2O obtidas a 10 oC/min e empregando: ---- cadinho simples multiprato Wendlandt, W. WN. Thermal Analysis c) Efeito do porta amostra Temperatura (oC) CuSO4.5H2O CuSO4.3H2O CuSO4. H2O CuSO4 0 T (o C ) dm dt 150 150 260 260 m(%) 10 20 30 100 200 300 TG DTG DTA J.R.Matos, 2017 62 Curvas DSC dos ciclocarboxilatos de Rh [Rh2(O2CR)4] obtidas com β = 5oC/min e sob atmosfera dinâmica de N2 empregando cadinhos: (a) Fechados; (b) Abertos [inseridas as curvas curvas TG/DTG da amostra Rh2(O2CC6H11)4, como representativas] . (a) E n d o E x o R =C6H11 R =C6H7 R =C3H5 R =C5H9 T Temperatura (oC) 200 400 600 (b) Temperatura (oC) E n d o E x o R =C6H11 R =C6H7 R =C3H5 R =C5H9 200 400 600 T T (oC) 200 400 10% m ( % ) TG DTG R =C6H11 Efeito do porta amostra SOUZA, A. R. ; NAJJAR, R. ; MATOS, J. R. . Thermochimica Acta, v. 343, p. 119-125, 2000 J.R.Matos, 2017 63 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA a) Massa da amostra Curvas DSC do AZT (subst. química de referência) obtidas com diferentes massas de amostra, na razão de aquecimento de 2oC.min- 1, sob atmosfera dinâmica de N2 (50 mLmin -1). Temperatura (°C) F lu x o d e c a lo r ( m W / m g ) 118 120 122 124 126 -2.0 -1.0 0.0 m = 7,44 mg m = 1,12 mg m = 2,71 mg m = 5,05 mg m = 0,58 mg E n d o H = 30,7 kJ/mol H = 30,2 kJ/mol H = 31,1 kJ/mol H = 30,9 kJ/mol H = 31,0 kJ/mol Massa Resolução Temperatura MENOR MAIOR Evento ENDO Evento EXO MENOR MAIOR J.R.Matos, 2017 64 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA De acordo com as várias teorias sobre DTA/DSC, a área sob o pico é proporcional ao calor de reação ou transição, assim como, da massa da amostra. b) Massa da amostra Massa da amostra em mg Variação da temperatura de pico em função da massa de amostra na desidratação de caolinita. J.R.Matos, 2017 65 c) Condutividade térmica do gás de arraste Gá s Condutividade térmica / W.m- 1.K-1. ar 0,024 O2 0,027 N2 0,024 He 0,152 Para medir ΔH a célula DSC deverá ser calibrada para cada atmosfera! Forno Frio Cadinho + amostra Que nte A vazão da atmosfera retira calor da amostra por CONVECÇÃO. Referência J.R.Matos, 2017 66 C) Condutividade térmica do gás de arraste Condutividade do gás ALTA picos com MENOR área e MAIOR resolução picos com MAIOR área (sensibilidade) e MENOR resolução BAIXA Ex: H2 e He Ex: N2 e ar J.R.Matos, 2017 67 IMPORTANTE COMO PARÂMETROS OPERACIONAIS Massa de amostra Grande : Recomendado para a detecção de transições de pequenas intensidade e amostras heterogêneas. Os picos são largos; baixa resolução e precisão de temperatura. Requer baixas . Pequena: Boa resolução do pico. Os picos são agudos. Permite a utilização de altas . Atmosfera Pode reagir com a amostra Dinâmica é mais recomendada que a estática Razão de Aquecimento () Aumenta a sensibilidade Diminui a resolução Diminui a exatidão de temperatura Alta J.R.Matos, 2017 68 Análise térmica diferencial (DTA) Calorimetria exploratória diferencial (DSC) DTA/DSC Sólido Gás Sólido(1) Sólido(2) + Gás Sólido(1) + Gás Sólido(2) Sólido(1) + Sólido(2) Sólido(3) + Gás Adsorção Dessorção Transição Cristalina Transição Magnética Transição Vítrea Sublimação Vaporização Absorção Fusão Fenômenos Físicos Fenômenos QuímicosT H f(T, t) J.R.Matos, 2017 69 ajuste e verificação de linha base Curva DSC obtida a 10°C/min e sob atmosfera dinâmica de N2 sem cadinhos sobre o sensor (curva em branco). 0 100 200 300 400 500 Temperatura (oC) -1,0 0,0 1,0 E n d o F lu x o d e C a lo r (m w ) a té 0 ,5 m W Estabilização da célula J.R.Matos, 2017 70 ASTM E 967 Calibração DSC ASTM E 968 Calibração DTA Uso de substâncias padrão, cujas transições ocorrem em temperaturas conhecidas, com ΔH definido. CALIBRAÇÃO Após ajustada e/ou armazenado o arquivo referente à linha de base o usuário deve verificar a calibração da célula DSC ou DTA, que é de suma importância para a validação e padronização do método analítico. Portanto, é essencial calibrar a escala de temperatura e a sensibilidade calorimétrica (apenas no caso da célula DSC). J.R.Matos, 2017 71 CALIBRAÇÃO Na curva DSC, a área do pico por unidade de massa é proporcional à quantidade de calor H. Assim, a área do pico pode ser utilizada para calcular a constante de calibração (K) conforme a equação: K = Hs . ms/As onde Hs é a entalpia de fusão do padrão (por exemplo, para o índio metálico 28,5 J/g), ms é a massa da amostra (g), As é a área do pico (cm 2) e K é a sensibilidade calorimétrica (J/cm2). Para a calibração da escala de temperatura deve-se selecionar dois padrões, por exemplo, In0 e Zn0. Visto que o sensor de temperatura deve responder linearmente, há a necessidade de pelo menos dois pontos de temperatura para ajustar a inclinação. Seleciona-se o padrão conforme a faixa de estudo a ser realizado J.R.Matos, 2017 72 Algumas substâncias padrões para verificação e ajuste da temperatura e fluxo de calor em células DSC Substância Evento térmico Temperatura (oC) H (J/g) n-heptano Fusão -90,6 138,6 Octano fusão -56,8 180,0 mercúrio fusão 38,8 11,5 Água fusão 0,0 335,0 benzofenona fusão 48,2 5,61 Bifenil fusão 69,3 120,4 naftaleno fusão 80,3 147,0 fenantreno fusão 99,3 5,97 poliestireno transição vítrea (Tg) 105 - ácido benzóico fusão 122,3 142,0 Índio Fusão 156,6 28,5 estanho Fusão 232,0 60,6 chumbo fusão 327,5 23,0 Zinco fusão 419,6 115,8 alumínio fusão 660,3 398,1 Prata fusão 960,8 110,6 J.R.Matos, 2017 73 Verificação e Calibração da Célula DSC Antes de iniciar qualquer experimento na célula DSC deve-se verificar as respostas correspondentes ao eixo de ordenada (fluxo de calor) e de abscissa (temperatura) empregando um padrão alta pureza (In0). Caso os valores encontrados estejam fora dos esperados, deve-se eliminar os dados da calibração anterior e proceder rotina completa de calibração. Por exemplo, as curvas DSC/DDSC da Figura 41a da amostra de In0 evidenciaram valores concordantes aos esperados tanto para temperatura como para fluxo de calor. No entanto, as curvas DSC/DDSC da Figura 41b evidenciaram valores discordantes J.R.Matos, 2017 74J.R.Matos, 2009 74 Curvas DSC/DDSC obtidas a 10oC/mim e sob atmosfera dinâmica de N2 de uma amostra de In o (padrão) para verificação calibração da célula DSC: (a) célula calibrada; (b) célula não calibrada; 130 140 150 160 170 180 -1.00 -0.50 0.00 -20 20 40 60 156,71 -28,58 J/g 155,71 E n d o 0 Temperatura (oC) F lu x o d e C a lo r ( m W / m g ) D e r iv a d a p r im e ir a ( m W / m in ) E n d o (a) Temperatura (oC) 130 140 150 160 170 180 -1.00 -0.50 0.00 -20 20 40 60 155,2 -30,72 J/gE n d o 0 E n d o 154,1 (b) D e r iv a d a p r im e ir a ( m W / m in ) F lu x o d e C a lo r ( m W / m g ) No cálculo do fator de correção da temperatura do equipamento, deve ser considerada a temperatura correspondente à onset extrapolada do pico de fusão do metal, embora existam evidências de que a fusão propriamente dita tenha sido iniciada em temperatura menor, conforme pode ser observado na curva derivada. J.R.Matos, 2017 75 400 420 440 0,0 -10,0 -20,0 Tonset = 418,46 H = 104,29 J/g Tpico = 421,25 o C Temperatura (oC) F lu x o d e c a lo r (m w /m g ) (m w /m g ) E n d o Curva DSC de uma amostra de Zn0 (padrão) obtida a 10oC/mim e sob atmosfera dinâmica de N2 antes da calibração da célula DSC (fluxo de calor). 150 160 170 180 0,0 -2,0 -4,0 -6,0 -8,0 Tonset = 157,41 o C H = 25,70 J/g Tonset = 159,29 o C Temperatura (oC) F lu x o d e c a lo r (m w /m g ) (m w /m g ) E n d o Curva DSC de uma amostra de In0 (padrão) obtida a 10oC/mim e sob atmosfera dinâmica de N2 antes da calibração da célula DSC (fluxo de calor). Metal Valor medido Valor esperado In0 157,41oC 156,63 Zn0 418,46oC 419,58 In0 25,70 J/g 28,59 J/g Calibração da célula DSC J.R.Matos, 2017 76 Curvas DSC e T de uma amostra de Ino obtidas na célula DSC com fluxo de calor, sob atmosfera dinâmica de N2 e razão de aquecimento e resfriamento [10°C/min], após calibração da célula. 10 15 20 25 30 -1,0 0,0 1,0 100 120 140 160 180 Tempo (min) F lu x o d e c a lo r (m W /m g ) 157,4 o C H = 28,74 J/g 155,4 o C Tonset = 155,1 o C C ris ta liz a ç ã o DSC T F u s ã o Tonset = 156,5 o C H = -28,67 J/g T e m p e ra tu ra ( oC ) E n d o J.R.Matos, 2017 77 Curva DSC obtida a 10oC/mim e sob atmosfera dinâmica de N2 de uma amostra de Pb0 (padrão) após calibração de temperatura com Ino e Zno e calibaração de entalpia com Ino (célula DSC de fluxo de calor). 300 320 340 360 Temperatura (oC) -1.00 -0.50 0.00 -23,47J/g F lu x o d e C a lo r ( m W / m g ) E n d o 331,58oC 327,80oC chumbo fusão 327,5 23,0 Verificação da calibração da célula DSC J.R.Matos, 2017 78 Curva DSC de uma amostra de Índio metálico (padrão) obtida a 20oC/mim e sob atmosfera dinâmica de N2 algum tempo após calibração da célula (DSC de compensação de potência). 140 150 160 170 180 0,0 1,0 2,0 F lu x o d e c a lo r (m W /m g ) Fusão Temperatura (oC) E n d o Tonset = 157,9 H = 28,02 J/g 159,8 Verificação 79 Desvio da linha base no início do experimento (Efeito da massa do cadinho de referência) Diferença de capacidade calorífica entre a amostra e a referência. A capacidade calorífica depende da massa. Desvio endotérmico: cadinho de referência está mais leve em relação ao da amostra. Aumentar a massa da referência. O ideal é utilizar um cadinho de referência até 10% mais pesado que o da amostra. Figura. Sem cápsula de referência Cápsula de referência com 1 tampa Cápsula de referência com 1,5 tampa Cápsula de referência com 2 tampas -0,05 mW -2.45 mW -2.05 mW -10.58 mWF lu x o d e c a lo r ( m W ) Temperatura (oC) E n d o 80 120 160 200 -4,0 0,0 4,0 -4,0 -12,0 J.R.Matos, 2017 J.R.Matos, 2017 80 ORIGEM FÍSICO-QUÍMICA DOS PICOS DAS CURVAS DTA/DSC [Wendlandt (1986), p.360] FENÔMENO VARIAÇÃO DE ENTALPIA FÍSICO ENDOTÉRMICO EXOTÉRMICO Transição cristalina Fusão Cristalização Vaporização Sublimação Adsorção Dessorção Absorção Transição ponto Curie Transição cristal líquido Transição vítrea Transição da capacidade calorífica X X X X X X X X Mudança de linha base, s/ pico Mudança de linha base, s/ pico X X X QUÍMICO ENDOTÉRMICO EXOTÉRMICO Quemissorção Dessolvatação Desidratação Decomposição Degradação oxidativa Oxidação (atmosfera gasosa) Redução (atmosfera gasosa) Reações redoxi Reações em estado sólido Combustão Polimerização Cura Reações catalíticas X X X X X X X X X X X X X X X X J.R.Matos, 2017 81 APLICAÇÕES DTA-DSC [Segundo Wendlandt, 2a ed. pag. 253, modificada] MATERIAIS TIPOS DE ESTUDOS Compostos de coordenação Compostos orgânicos Polímeros Carbohidratos Gorduras, óleos Amino-ácidos, Proteínas Materiais biológicos Sais hidratados Óxidos Metais Ligas Carvão, Lignina Madeiras e Correlatos Catalisadores Estabilizadores Antioxidantes Graxas, Lubrificantes Xisto, Petróleo Cerâmica, Cimento Elastômeros Explosivos, Propelentes Combustíveis Vidros, Tintas, Sabões Tecidos, Solos Produtos Farmacêuticos Produtos Naturais Identificações Determinação de pureza Determinações Quantitativas Estabilidade térmica Estabilidade oxidativa Reações de desidratação Reações de desolvatação Reações de decomposição Reações gás-sólido Reações explosívas Reações em estado sólido Efeitos de radiação Cinética de reação Diagrama de fase Atividade catalítica Calores de adsorção Calores de reação Calores de polimerização Calores de sublimação Calores de transição Calores de cura Determinação de ponto curie Determinação de transições Determinação vítreas Determinação de estrutura de polímeros
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