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Clínica médica 1: Dor torácica Causas de dor torácica: cardíaca e não cardíaca; Causas ameaçadoras a vida: IAM, dissecação de aorta, TEP, pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco. - Analisar anamnese e exame físico. - A história comove? Fazer MOVE; M: monitorização O: Oximetria de pulso V: Veias e circulação E: exames complementares SCA: (síndrome coronária aguda) 1. traçar o ECG, para diferenciar se existe supra do segmento ST ou não. Se houver supra no ecg: IAM com supra ST Se não houver supra: Angina estável OU infarto sem supra; 2º divisor de águas: marcador de necrose cardíaca; Se o marcador for negativo (-): trata-se de uma angina estável. Se o marcador for positivo (+): IAM com supra ST. 2. Troponina: ultrassensível, Padrão ouro; Variação de 20%, ou seja, curva na variação, que significaria que está positiva; ou EVENTO AGUDO; Se não houver a variação, significa que se trata de uma injuria cardíaca crônica, descarta-se IAM. (doença renal crônica) 3.- Troponina positiva – procura-se por exames como eletrocardiograma, analisando a cintilografia, procurando por alguma evidência de isquemia para fechar o diagnóstico de IAM Sem evidência de IAM: outras causas cardíacas: Miocardite, TEP, taquiarritmias, IC descompensada, etc. - Aviso: TROPONINA AUMENTADA NÃO É SINAL DE IAM. DEVEM EXISTIR OUTROS EXAMES COMPLEMENTARES PARA PROCURAR POR ESQUEMIAS E FAZER O DX DIFERENCIAL; - Quanto maior o infarto: maior a curva da troponina; - Tratamento direcionado para a fisiopatologia; Fisiopatologia: Lesão endotelial ➡ lúmen dominado por LDL ➡ sinalização para os macrófagos ➡origina células espumosas ➡ cascata inflamatória contínua. ➡ atrai cada vez mais células ➡ necrose aumenta ➡ forma uma capa fibrosa; Ruptura de placa que obstrui de forma parcial o lúmen da artéria ➡ IAM sem supra de ST; Ruptura de placa que obstrui totalmente o lúmen da artéria ➡ IAM com supra de ST; Suspeita de SCA: ECG deve ser feito e interpretado em menos de 10min. Cada minuto conta para que se comece a reperfusão. Dor torácica: 1. Localização e tipo: precordial, retroesternal, epigástrio aperto, peso e queimação. 2. Irradiação e sintomas associados: Pescoço, mandíbula, membros superiores, epigástrio Sudorese, náuseas, vômitos, palidez. 3. Fatores desencadeantes: Estresse físico, emocional, frio, refeições copiosas Alívio com repouso e/ou nitrato; Paciente fecha o punho, fascie dolorosa, toca o peito afirmando que sente dor: Sinal de Levine; Classificação da dor torácica: Típica: A ou B Atípica: C ou D Pensar sempre que mulheres, pac idosos, diabéticos, transplantados cardíacos podem ter a dor atípica; 6% dos pacientes podem ter eletrocardiograma normal Ecg com infra do segmento ST: ST retificado, onda T simétrica e apiculada Onda T invertida Infra de ST + Onda T apiculada SCA definida: tratamento ➡baseada na fisiopatologia; TTO: anti-isquêmicos; (oxigênio, nitratos, bbloqueador, IECA, BRA) Antitrombóticos (aas, inibidor de AP12Y12 (clopidrogrel, prisogrel), heparina, enoxoparina; Estabilização da placa: estatina (sinvastatina, prescrita ao longo das 24h.) Oxigênio: apenas com pac hipoxemico, saturação abaixo de 90%, ou dispneia, desconforto ao respirar. Morfina: apenas em dor refratária a todo o tratamento que for ofertado. Diminui a ação antiplaquetária, associado com aumento da mortalidade hospitalar, dificulta a digestão. Iam com supra de ST: Dor torácica com supra de ST ➡ Dx: IAM com supra de ST; Pedir troponina, mas não precisa esperar o resultado para começar a reperfusão. Mesmo pac q paciente q apresente INFRA E SUPRA, considera-se o SUPRA como dx. Pac em hospital com serviço de hemodinâmica – tempo de até <90min: Fazer angioplastia; Hospital sem hemodinâmica – tempo >90 min: Iniciar o fibrinolítico até 30 min; Tempo é coração Tempo porta – ECG: <10 min Tempo agulha – ECG: 30 min Tempo porta balão: <90 min, se for transferir, artéria tem que estar aberta em até 120min. Tratamento: Mnemônico: MONABICHE M morfina O oxigênio N nitrato A aspirina (AAS) B betabloqueador I IECA C clopidrogel H heparina E estatina ➡ Morfina e Oxigênio têm que ser analisadas; nem todo caso é recomendado que sejam associados esses dois métodos. Dissecção aguda de aorta Ruptura da camada intima da artéria ou ruptura da vasa vasorum Classificação de Stanford: Tipo 01: A artéria aorta ascendente, + frequente; Tipo 02: qualquer dissecção que não envolva a artéria aorta, tipo B. Palavras-chave para diagnóstico: Dor torácica súbita e intensa; (desde o início, diferente do IAM, que vai piorando em minutos.) A dor pode se irradiar para o dorso Assimetria de pulsos e PA entre os MS Sopro de Aórtica e sopro diastólico; Importante: Ver a PA nos dois membros; e investigar com exames complementares a dissecção. IAM + AVC + Insuficiência aórtica ➡ desconfiar de dissecção de aorta; Tratamento inicial: clínico; Controle da dor x fc x p.a Dor ➡ morfina Fc ➡ betabloqueador P.a ➡ nitroprussiato Atenção: Cuidado com o nitroprussiato, porque ele pode abaixar a pressão arterial e aumentar a frequência cardíaca, por isso é indicado usar um medicamento que controle tanto a pressão arterial quanto a frequência cardíaca; 1a medicação para controle: Betabloqueador; Iniciar o BBloq; Alvo <60bpm de FC Alvo PAS 100-120mmHG Em um tempo de 1h, bem agressiva a conduta Dissecção do tipo a: SEMPRE CIRURGICO Diss. Tipo B: Clínico; Cirurgia nesses casos ➡ Ruptura aórtica; Formação do pseudoaneurisma Isquemia de órgãos ou extremidades