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A moderna Economia-Mundo - Aula 8

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A Moderna Economia-Mundo
Prof. Felipe Bastos
A descoberta de um continente novo em 1492, a circunavegação de outro e o acesso direto a outro ainda em 1498, colocaram o sistema comercial europeu na privilegiada posição de ter seu espaço econômico definido não mais em termos de países ou regiões, mas sim em termos de “mundo”.
Sistema econômico Comercial se desenvolve, portanto, em um ritmo sem precedentes. 
Radical ruptura nas formas tradicionais de apropriação.
Capitalismo. Divisão Internacional do Trabalho e Acumulação Primitiva de Capitais.
O Capitalismo mantém para com o trabalho uma relação particular que dispensa toda e qualquer forma de compulsão do trabalho para a extração o excedente econômico.
Introdução
Introdução
O sistema econômico comercial deve ser visto como pré-capitalista e nunca como capitalismo comercial, uma vez que ele antecedeu e viabilizou este sistema.
Pode ser definido pelo grau de monetarização da economia?
O que distingue o capitalismo de outros sistemas econômicos é a relação que ele estabelece com o trabalho, transformando-o não em simples mercadoria, mas em fornecedor de um subproduto, a força de trabalho. 
A força de trabalho, sim, é fundamental ao seu desenvolvimento, a ponto de prescindir de qualquer mecanismo de extração do excedente econômico. 
Introdução
Atuação do Sistema Econômico Comercial nos séculos XVI, XVII e XVIII.
Economia-mundo: articulação econômica, de caráter preponderantemente comercial, que se estabelece a partir do século XVI, entre a Europa Ocidental, a Oriental, a Ásia, a América e a África. Ela é centrada na Europa Ocidental, que procura estabelecer uma relação de trocas desiguais a seu favor, mediante sua especialização produtiva e regimes de monopólios comerciais, recorrendo, somente quando for necessário, à dominação política direta.
Proporcionada pela expansão Ultramarina Europeia, essa articulação econômica mundial faz com que muitas áreas envolvidas especializem-se produtivamente e passem a produzir, muitas vezes, não mais para seus mercados internos, mas exclusivamente para abastecer a Europa Ocidental.
América e África (Europa Oriental e Ásia em menor escala)
A análise dessas economias durante os séculos XVI, XVII e XVIII só pode ser feita levando-se em consideração a existência de um sistema econômico maior, em sua fase de economia-mundo.
Esse sistema completa um ciclo econômico, mediante a realização de suas 3 etapas constitutivas:
Essas áreas nem produzem mercadorias, simplesmente bens econômicos, pois o resultado de sua produção só se transforma em mercadoria, quando distribuído e consumido externamente, pela total ausência de mercado consumidor interno para sua produção.
Produção
Distribuição
Consumo
Introdução
Crescente vinculação da política com a economia acelerou o processo de intervenção estatal na vida econômica: Estado Absolutista.
É no âmbito dessa Economia-mundo que se processa um fenômeno que se constitui em uma de suas principais características: a acumulação de capitais.
Único capaz de garantir os recursos necessários a manutenção desse sistema.
Introdução
Processo baseado na concentração de capital resultante de um significativo aumento de preços e lucros, e do declínio dos salários reais.
Essa acumulação, que acabou por viabilizar a ascensão do sistema econômico capitalista, deve ser corretamente denominada de acumulação primitiva de capital. 
Essa acumulação não se deu da forma como o capitalismo acumula capitais, mas sim, baseando-se na força, no saque, na compulsão do trabalho e na imposição de mercados monopolistas.
- Portugal
- Espanha
-Holanda
- França
- Inglaterra
Regimes de Monopólio para a comercialização dos Produtos da Economia-mundo
Aceleração no Processo de Acumulação de capital
Introdução
Imposição de uma divisão social do trabalho em nível mundial: cada área abrangida e sujeitada sofreu alguma forma de compulsão do trabalho.
Para facilitar nosso estudo, faremos uma divisão entre as diversas áreas periféricas e entre os momentos econômicos:
a expansão do século XVI;
a depressão do século XVII; e
A retomada do crescimento no século XVIII.
Em sua área central (Europa Ocidental): trabalho assalariado.
AS ÁREAS PERIFÉRICAS DA ECONOMIA-MUNDO
Universo econômico ampliado coordenado e controlado pela Europa para seu exclusivo benefício.
Metais nobres, alimentos e especiarias: regiões monocultoras em nível mundial.
Imposições de ordem político-militar com intuito de tornar a comercialização ainda mais vantajosa.
Desenvolvimento natural dessas regiões foi abortado.
Sistemas Coloniais: o do Oriente e o americano;
Periferias: Europa Central, Oriental e Mediterrânea.
O Sistema Colonial do Oriente
Compreende geograficamente o oceano Índico, as regiões costeiras da Índia, da Birmânia e da península Malaia, a atual Indonésia e as Filipinas.
Principal item desse comércio oriental: especiarias (sobretudo, pimenta).
Devido ao padrão de trocas que o caracterizou, não possibilitou a acumulação de capitais nos Estados da Europa Ocidental.
Áreas orientais tradicionalmente trocavam suas especiarias por metais preciosos (e entesouravam-no).
Europa não tinha produtos imprescindíveis para oferecer às economias orientais.
Além das especiarias, fornecia diamantes, pérolas, seda chinesa, tecidos de algodão indianos, tapetes, salitre e porcelana.
O Sistema Colonial do Oriente
Grande parte da produção de prata das minas da Europa Central – e das minas exploradas no continente americano – foi drenada para as áreas orientais descapitalização dos Estados diretamente envolvidos nesse comércio( Portugal e Holanda, principalmente).
Duas fases:
Monopólio português no século XVI; e
Aberta competição anglo-franco-holandesa para obter o controle do maior número possível de áreas produtoras, a partir do século XVII.
Sistema colonial funcionando às avessas.
Durante o século XVI...
Portugueses conseguem se tornar monopolizadores do fornecimento de produtos orientais à Europa, mediante o estabelecimento de uma rede de pontos de apoio: as feitorias.
As feitorias se transformam no padrão de ocupação europeia da região.
Principal preocupação era o controle dos portos de embarque e rotas oceânicas e não as áreas produtoras em si.
Já no século XVII...
Monopólio português foi quebrado, restando-lhes apenas alguns pontos de apoio.
Através das Companhias de Comércio, os novos conquistadores inauguraram um período de acirrada competição pelo controle do oceano Índico e do comércio com a China, que só foi vencido pelos ingleses após a segunda metade do século XVIII.
Já no século XVII...
A Companhia Holandesa das Índias Orientais estabeleceu um sistema de dominação indireta sobre diversas ilhas da Indonésia, deixando os poderes locais teoricamente intactos, acobertando-lhes a autoridade, desde que permitissem à companhia exercer o monopólio da comercialização e explorar os recursos econômicos da região.
Imposições:
Além disso, foi imposto trabalho compulsório as populações nativas e a entrega de sua produção exclusivamente à Companhia, com preços arbitrariamente fixados.
- Proibição do aumento de áreas cultivadas;
- Destruição de colheitas;
- Especialização forçada regional.
Preços mundiais dos produtos indonésios mantidos artificialmente altos.
O Sistema Colonial Americano
Foi aqui o sistema econômico comercial pôde funcionar com maior eficiência.
Estrutura de produção baseada no trabalho compulsório;
Comércio em regime de monopólio.
Com exceção do Nordeste dos atuais EUA, todo o continente americano foi dividido em colônias de exploração.
Essas colônias eram dependentes politicamente das metrópoles europeias e tinham suas economias dinamizadas a partir dos centros decisórios metropolitanos, com o fim único de serem exploradas por eles, viabilizando a acumulação primitiva de capitais.
O Sistema Colonial Americano
Dois regimes básicos permitiram a acumulação primitiva:
(1) Exclusivo comercial: regime de monopólio o qual estabelecia que as colônias só poderiam vender sua produçãopara sua respectiva metrópole (oligopsônio), e dela comprar com exclusividade os produtos de que necessitassem (oligopólio).
(2) Trabalho compulsório: utilização em larga escala de trabalho escravo e até mesmo de população indígena escravizada.
(1) Exclusivo Comercial
Foi fundamental para a acumulação de capitais pois permitia uma tripla geração de lucros.
Os produtores coloniais não podiam se aproveitar das flutuações favoráveis de preços no mercado e tinham frequentemente que recorrer a empréstimos.
A partir do século XVII: produtores declaravam-se permanentemente endividados.
Forneciam as colônias os produtos metropolitanos pelos preços mais altos que elas tinham condições de pagar
Casa de contratação: organismo oficial responsável por regular o comércio entre metrópole e colônias. (Espanha)
Mercadores metropolitanos compravam produtos coloniais quase pelo preço de custo
Revendiam esses produtos na metrópole a preços bastante altos
Sempre que a metrópole não conseguia fornecer satisfatoriamente produtos para a colônia, surgia comércio intercolonial.
Surgimento de contrabando.
Na América Espanhola, dada a fraca estrutura manufatureira da Espanha, e do extremo controle através dos poucos portos autorizados, já em finais do século XVII o volume de contrabando superava o oficial.
Importante! O grau de dominação metropolitana sobre determinada colônia variou de acordo com o peso econômico que ela desempenhou em diferentes momentos.
(1) Exclusivo Comercial
(2) Trabalho Compulsório 
Sua imposição não dependeu da situação demográfica das metrópoles, sendo imposto meramente por razões de ordem econômica.
Adoção de trabalho assalariado criaria um mercado interno, o que acabaria reduzindo a oferta global de produtos coloniais.
Principal razão para imposição de trabalho compulsório: Custo mais elevado.
O Sistema Colonial Americano
Além do exclusivo comercial e do trabalho compulsório, eram características importantes desse sistema...
A Grande Propriedade Rural;
A Especialização Produtiva; e
A Produção para o mercado Externo. 
Atividade
1. É correto tratar o sistema econômico comercial como pré-capitalista? Explique.
2. O que distingue o capitalismo dos outros sistemas econômicos?
3. As regiões periféricas à Europa Ocidental funcionam como sistemas coloniais? Por que?
4. Explique por que a experiência de colonização do Oriente não foi tão bem sucedida quanto a colonização americana.
A Grande Propriedade Rural
Existência de poucos proprietários centralizava a renda, facilitando sua transferência para a metrópole;
Propriedades coloniais eram naturalmente grandes por conta dos custos fixos de implantação dos complexos produtivos;
Trabalho escravo aumento da produção por via horizontal;
Manuseio da terra também favoreceu a concentração fundiária. A maior parte das terras eram usadas por um período máximo de 5 anos e depois abandonadas ou destinadas a cultivos secundários (principalmente gêneros alimentícios).
 Especialização Produtiva
Economia americana: produção de gêneros tropicais impossíveis de serem cultivados nas metrópoles por questões geoclimáticas atividades monocultoras das grandes propriedades rurais;
Rígido controle com intuito de impedir diversificação produtiva no interior de cada colônia;
Trabalho escravo fazia com que praticamente inexistisse um mercado interno.
Bens Suplementares. Só permitiam o cultivo de bens que não eram produzidos na Europa, principalmente gêneros alimentícios tropicais, como milho e mandioca.
As colônias também deveriam funcionar como consumidoras dos produtos metropolitanos.
 A Produção para o Mercado Externo
Artificialmente estimulada pelas metrópoles para operar um crescente volume de produção, nunca houve condições para que o montante produzido fosse consumido internamente;
É através dessas exportações que os produtores coloniais têm sua única fonte de renda.
Colônia de Exploração ideal. Aquela que produzia simplesmente gêneros tropicais, não sendo rica em metais preciosos, pois a atividade mineradora naturalmente criava um mercado interno e estimulava a diversificação da produção.
As Colônias de Povoamento
A partir da segunda década do século XVII, na região Nordeste dos atuais Estados Unidos.
Forma de colonização diferente do Padrão.
Primeiras colônias:
Massachusetts, 1620;
Maryland, 1634.
Esses imigrantes foram motivados por segurança e liberdade, e não por questões mercantis. Assim, suas colônias escapam ao controle metropolitano, sobretudo por produzirem os mesmos gêneros alimentícios europeus – e não produtos tropicais –, uma vez que se localizavam na mesma latitude da Europa.
As Colônias de Povoamento
Seus povoadores procuram se estabelecer de forma definitiva e preocupam-se com seu próprio desenvolvimento e não em enriquecer sua metrópole.
Possuíam a condição de territórios livres, inclusive com assembleias próprias.
Características:
Trabalho em unidades familiais ou assalariado;
Pequena propriedade;
Mercado interno dinâmico;
Grande diversificação produtiva.
As Colônias de Povoamento
Desempenhavam o papel de metrópole informal com relação as demais colônias inglesas na América (Sul do atual EUA e Antilhas).
Gêneros Alim. e Manufaturados
Melaço
Rum
Escravos
Colônias do Sul
Escravos
Essas colônias de povoamento acabaram realizando sua própria acumulação de capitais em detrimento da metrópole inglesa.
Colônias de Povoamento
Antilhas
África
As Colônias de Povoamento
1763: Inglaterra conquista colônias continentais francesas.
Imposto sobre o melaço;
Imposto sobre todos os jornais, livros e documentos coloniais.
Descontentamento generalizado.
1776: declaração de independência dos EUA.
A Europa Oriental e a Especialização Produtiva
Impacto do estabelecimento de uma economia-mundo na Europa Oriental:
Crescente especialização no cultivo de cereais para exportação;
Generalização do emprego do trabalho compulsório.
Alemanha ao leste do rio Elba, Polônia, Boêmia, Silésia Hungria e Lituânia:
Intensifica-se a relação de trocas desiguais observada desde a reconversão agrícola observada ainda no SEF.
X: cereais, madeiras e ceras
(produtos tradicionais e de baixo valor unitário)
M: tecidos, sal e vinhos
(produtos com maior valor agregado)
A Europa Oriental e a Especialização Produtiva
Estimulo externo – devido enorme inflação na Europa Ocidental - sobre uma área eminentemente rural (carente de grandes cidades, de produção manufatureira significativa e de um forte componente burguês).
Resultado:
Aumento do poder de coerção dos grandes proprietários de terras;
Generalização do trabalho compulsório no campo;
Produção de quantidades crescentes de gêneros alimentícios (cereais e matérias-primas);
Grandes propriedades rurais;
Não havia qualquer relação de dependência política, mas sim de ordem econômica (com relação à comercialização externa e ao transporte dessa produção por mercadores estrangeiros).
A Europa Oriental e a Especialização Produtiva
Estimulo externo – devido enorme inflação na Europa Ocidental - sobre uma área eminentemente rural (carente de grandes cidades, de produção manufatureira significativa e de um forte componente burguês).
Resultado:
Aumento do poder de coerção dos grandes proprietários de terras;
Generalização do trabalho compulsório no campo;
Produção de quantidades crescentes de gêneros alimentícios (cereais e matérias-primas);
Grandes propriedades rurais;
Não havia qualquer relação de dependência política, mas sim de ordem econômica (com relação à comercialização externa e ao transporte dessa produção por mercadores estrangeiros).
A Decadência Econômica da Europa Central e Mediterrânea
Europa Mediterrânea já apresentava sinais de enfraquecimento durante o século XV.
Séc. XVI: 
Ingresso maciço de prata oriundo da América Espanhola, reduzindo a produção da Europa Central a uma situação marginal;
Avanço constante dos turcos otomanos devido a: falência dos Habsburgos em conquistar a hegemonia europeia e a incapacidade dessas regiões em constituir Estados Nacionais (Europa Mediterrânea).AS ÁREIAS CENTRAIS DA ECONOMIA-MUNDO
Luta entre Estados Nacionais para permanecer no centro da Economia-Mundo e melhor realizarem seu objetivo básico (Guerras de Nacionalismo Econômico).
Mercantilismo.
Domínio
Inglaterra
Posição Secundária
França
Holanda
Semiperiferias
Espanha
Portugal
A Fase de Expansão do Século XVI
Continuação da expansão europeia do século XV, reforçada pelo ingresso maciço de metais nobres das minas americanas.
“Idade de Ouro” de Portugal e Espanha.
Estabelecimento da Economia-mundo.
Fortalecimento dos Estados Nacionais.
Apogeu do Renascimento e Reforma.
A Reforma Protestante...
“A Reforma – luterana e principalmente calvinista – libertou as atividades comerciais e bancárias dos entraves que o catolicismo lhes impunha e deu uma religião aos setores burgueses condizente com sua atividade básica do período, o comércio, que estimulava o trabalho, a poupança e a acumulação de bens econômicos.”
A Fase de Expansão do Século XVI
Portugal e Espanha eram os polos econômicos da economia-mundo:
Portugal:
Monopólio do comércio de especiarias; e 
A produção açucareira do Brasil.
Espanha:
Produção das minas de suas colônias americanas.
Outros beneficiários nesse período: Firmas comerciais italianas e alemãs (Espanha) e banqueiros/comerciantes holandeses (Portugal).
Revolução dos Preços
Entre 1503 e 1620:
Houve um grande incentivo à produção global motivada pelos aumentos dos preços, revitalizando uma economia em crescimento e superando a escassez de meio circulante.
América:
- 13 mil toneladas de prata;
- 170 toneladas de ouro.
Espanha:
Inflação sem precedentes
Revolução dos Preços
Os meios circulantes ampliaram-se em 10x e os preços em 4x.
Setores mais atingidos:
Aqueles que dependiam de uma renda monetária fixa, como os sujeitos à economia senhorial, trabalhadores assalariados em geral e regiões sem importantes centros manufatureiros (Portugal e Espanha).
Setores mais beneficiados:
Aqueles que produziam livremente para o mercado, os que operavam associativamente para o comércio exterior europeu (comprando licenças privilegiadas das Coroas ibéricas) e principalmente os que se encarregavam da circulação de mercadorias no interior da Europa.
A Fase de Expansão do Século XVI
Ao fim desse período, Portugal e Espanha haviam desperdiçado oportunidades únicas.
Portugal:
Perde sua posição monopolista do comércio de especiarias no oceano Índico devido a perda de sua identidade nacional: os holandeses passaram, desde o início do século XVII, a atacar o império oriental português.
Espanha:
Fragilizada devido as infrutíferas tentativas dos Habsburgos em estabelecer um império universal, sofria seguidos ataques em suas áreas coloniais americanas por parte de franceses, ingleses e holandeses.
A Fase de Depressão do Século XVII
A Economia-mundo registra uma desaceleração geral, conhecida como depressão do século XVII.
Além de uma diminuição do comércio houve tendência de queda dos preços e alta dos salários.
Três razões principais:
Queda no volume de metais preciosos que a Europa recebeu;
Inconsistência de sua recuperação demográfica; e
Fraqueza do sistema econômico comercial em autossustentar-se.
A Fase de Depressão do Século XVII
Principal razão. aumento artificial da demanda no século XVI, o qual para se manter necessitava que:
O volume do ingresso de metais preciosos se mantivesse constante; e
Não houvesse quebras no ritmo do crescimento demográfico.
Principal consequência: ampliação dos poderes do Estado, com reforço do absolutismo político e da intervenção econômica – mercantilismo –, como forma de reaquecer a economia.
A Fase de Depressão do Século XVII
A acumulação de capitais encontrava-se bloqueada por 2 motivos:
Permanência de enclaves de economia senhorial: apesar do declínio, impedia que o trabalhador rural assalariado se tornasse dominante;
Existência das corporações de ofícios: submetia a produção manufatureira a severas limitações e regulamentações corporativistas, impedindo que o trabalho urbano assalariado se desenvolvesse livremente.
Além disso, parte significante dos capitais era consumida não produtivamente pela nobreza cortesã e pelo alto clero.
A Fase de Depressão do Século XVII
Associação entre a política mercantilista e o desenvolvimento do Estado Absolutista (aliança entre rei e burguesia).
Necessitando de crescentes recursos, o rei incentiva o comércio para poder tributá-lo e acaba fortalecendo os setores burgueses.
Burguesia fortalecida transforma-se em classe social e se volta contra esse Estado absolutista, destruindo-o.
Atividade
** Fazer resumo do tópico “A Recuperação Econômica do Século XVIII”. (pág. 129).

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