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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SOCIAL Serviço de saúde do estado do Amazonas durante o período de Pandemia e principais dificuldades. Cassiano Luís Peixoto Pereira Março 2023 2 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO........................................................................................03 1.1 TEMA E CONTEXTUALIZAÇÃO.....................................................04 1.2 PROBLEMA.....................................................................................05 1.3 JUSTIFICATIVA……........................................................................06 1.4 HIPÓTESE.......................................................................................06 2. OBJETIVOS..........................................................................................07 2.3 OBJETIVO GERAL……………………………………………...........07 2.4 OBJETIVO ESPECÍFICO……......………………………….............07 3. REVISÃO LITERÁRIA............................................................................07 4. METODOLOGIA.....................................................................................09 5. REFERÊNCIAS.......................................................................................09 3 1. INTRODUÇÃO O Amazonas é o maior estado do país, tem 1.577.820,2 km² e 2,23 habitantes/ km², segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado apresenta características desfavoráveis que impossibilitam o acesso aos serviços de saúde no estado. Um dos principais desafios do SUS são os municípios distantes da capital que sofrem em virtude a qualidade da Atenção primaria a Saúde, por carência de solução de problemas, como a baixa quantidade de profissionais e a rotatividade dos mesmos, devido ao acesso aos serviços e a precariedade. Em janeiro de 2021 o estado do Amazonas foi o principal cenário da pandemia de Covid-19, quando ocorreu a falta de oxigênio nos hospitais. Na época os hospitais estavam superlotados, logo após baterem recorde de internações. O Amazonas foi o primeiro estado a sentir os primeiros impactos da segunda onda de covid-19. Há investigações do Ministério e da Defensória Pública que indicam mais de 60 mortes no estado por conta da falta de oxigênio e mais de 500 pacientes necessitaram de transferência para hospitais de outros estados. O número de vidas perdidas passou de 13,8 mil. Como mostra o gráfico abaixo. Fonte: JHU CSSE COVID-19 Data https://github.com/CSSEGISandData/COVID-19 4 1.1 TEMA E CONTEXTUALIZAÇÃO Amazonas o estado emblemático que suportou um dos piores cenários da crise sanitária do país, teve também a maior taxa de transmissão do vírus no país e enfrentou mais uma vez a fase vermelha. A Rt (diagnóstico laboratorial, feito por biologia molecular, que permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus Sars-Cov-2 em amostras de secreção respiratória) estava em 2,04 segundo dados da plataforma Loft Science-ou seja a cada 100 infectados poderiam transmitir o vírus a outras 204 pessoas. A média brasileira chegou a 1.78 conforme o Imperial College de Londres. Durante a segunda onda de covid-19, o sistema de saúde do Amazonas entrou em colapso e a escassez de cilindros de oxigênio nos hospitais foi responsável por uma grande onda de morte. Além de ter sofrido com medicamentos ineficazes comprovadamente pelo governo federal. Embora tenha sido menos letal, a variante chamada ômicron provocou explosão de casos desde o inicio da segunda onda, contudo novamente o governo do AM age com negligência, mas dessa vez o descaso sobre os trabalhadores da saúde. Sem estrutura mínima para atendimento na rede de saúde, irregularidades na distribuição de doses de vacina, crise de desabastecimento de oxigênio hospitalar, ausência de estrutura mínima para atendimento aos beneficiários do auxílio emergencial e dificuldades para garantir os direitos de indígenas e populações tradicionais foram algumas das situações enfrentadas, no Amazonas, pelo Ministério Público Federal, diante da pandemia de covid-19, desde março de 2020. 5 Em termos proporcionais, o Amazonas tem uma das piores taxas de letalidade por milhão de habitante e está entre as unidades da federação em condição mais grave do Brasil. Em Manaus, onde estão concentrados mais de 80% dos contágios conhecidos, as taxas são ainda mais desfavoráveis. 1.2 PROBLEMA A criticidade do sistema de saúde brasileiro sempre foi bem reconhecida por nós brasileiros, em alguns estados do Brasil algumas políticas públicas voltas a área da saúde foram implantadas e atenderam a população daquele estado de maneira eficaz, entretanto alguns estados hoje em dia sofrem e batalham para terem um serviço de qualidade e manter o serviço que prestam, com a chegada da pandemia de covid-19 isso ficou muito visível, alguns estados tiveram mais facilidade para lidar com pandemia do que outros, o que me chamou a atenção foi por qual razão o estado do Amazonas teve a maior taxa de mortalidade. A pergunta a ser respondida é: Quais foram as principais dificuldades do AM durante a pandemia e quais foram os avanços no sistema de saúde? Importante frisar que a região ocupa aproximadamente 60% do território do nacional, a população tem sido historicamente submetida a condições de pobreza e desigualdade social por muito tempo. Um estudo sobre a Região Metropolitana de Manaus constatou a proeminente desigualdade no acesso aos serviços de saúde. Essa é uma realidade comum para populações vivendo em regiões de acesso remoto e terras indígenas, onde a vulnerabilidade social e econômica restringe sua mobilidade no território, que tornou mais susceptíveis à dramática disseminação da COVID-19. 6 1.3 JUSTIFICATIVA A saúde é um direito garantido a todos, segundo o Art.196 da Constituição Federal, mas ainda hoje muitos cidadãos brasileiros são carentes do mesmo, devido a desigualdade social e a pobreza como é realidade do Estado do Amazonas, onde Manaus foi o epicentro da pandemia, e a elevada proporção de óbitos em domicílio/via pública expões a gravidade da epidemia em contextos de grande desigualdade social e fraca efetividade de ações governamentais, má gestão durante o colapso, a falta de cilindros de oxigênio e a superlotação em hospitais. A partir disso escolhi o estado do Amazonas para realizar a pesquisa e identificar quais foram as principais dificuldades durante a pandemia de covid-19 e quais foram os avanços que o estado teve após o colapso. 1.4 HIPOTESE A hipótese formulada seria que o estado do Amazonas por sua extensão geográfica e difícil acesso a determinadas áreas deveria ter prognosticado o que iria acontecer, ter disposto com antecedência cilindros de oxigênio, um estoque maior de vacinas a áreas de difícil acesso, ter antecipado a transferência de pacientes para evitar a superlotação em hospitais, ter disposto mais hospitais de campanha para acelerar o processo de vacinação e aumentar o efetivo de profissionais da área da saúde trazendo os mesmos de estados menos afetados, que maneira que reduziria o número de mortalidade 7 no estado e evitaria um possível colapso na saúde durante o período de pandemia. 2.OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Identificar quais os problemas que o sistema de saúde do estado do AM sofreu durante o período de pandemia 2.2 Objetivo Especifico De modo especifico serão analisadas algumas variáveis que a pandemia do Covid-19 trouxe que foram de modo geral agravantes para o sistema de saúdedo AM prestar serviços de saúde com qualidade durante esse período. 3.REVISÃO LITERARIA Este projeto de pesquisa utilizou como fonte de informações, através de artigos, noticias, reportagens e gráficos estatísticos como base da sua pesquisa. No qual, se concentrava a maior fonte de informação, visto que todos os dados são atuais sobre a realidade em que se passa o estado do Amazonas. Para traçar parte da pesquisa utilizei do artigo “Oliveira PTR. Desigualdade Regional e o Território da Saúde na Amazônia. Belém: EDUFPA; 2008.” Do modo a entender as dificuldades com a desigualdade que o Amazonas sofre. De maneira a embasar ainda mais a questão do estado dentro da pandemia e entender a rotatividade profissionais dentro do sistema de saúde, utilizei como fonte “Silveira RP, Pinheiro R. Entendendo a Necessidade de Médicos no Interior da Amazônia – Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica 2014; 38(4):451-459.” 8 Como referência para compressão sobre os avanços e desafios encontrei na plataforma Scielo, um artigo sobre” Regionalização em Saúde no Amazonas: avanços e desafios Ciência & Saúde Coletiva, 22(4):1225-1234, 2017. 4. METODOLOGIA A metodologia de procedimento utilizada para desenvolver essa pesquisa foi a empírica na qual foi criado para testar a validade de teorias e hipóteses em um contexto de experiência assim como mostra na pesquisa. 1) Fontes de pesquisa: Site do SUSAM; no qual utilizei o gráfico que mostra o índice de casos de covid-19 no amazonas. 2) Site do MPF: atuação do ministério diante a pandemia de covid-19 durante a pandemia, onde mostrou as diversas frentes e em parceria com outros órgãos como Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público de Contas do Estado do Amazonas (MPC-AM), Defensoria Pública da União (DPU) e Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM). Como base na pesquisa utilizei de notícias acerca dos casos na região, principais motivadores do colapso na saúde, dificuldades enfrentadas na região e dados estatísticos retirados de gráficos como já citado. 9 Referências: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sinopse do Censo Demográfico. [Online]. 2023 [acessado 2023 março 01]. Disponível em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=1303809 » http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=1303809 Secretaria de Estado de Saúde (SUSAM). Plano Estadual de Controle, Avaliação, Regulação e Auditoria do Estado do Amazonas. [Online]. 2023 [acessado 2023 março 01]. Disponível em: www.saude.am.gov.br/docs/plano.pdf. » www.saude.am.gov.br/docs/plano.pdf Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Relatório Analítico: Território Rural de Manaus e Entorno – Amazonas. [Online]. 2023 [acessado 2023 março 01]. Disponível em: http://sit.mda.gov.br/download/ra/ra044.pdf » http://sit.mda.gov.br/download/ra/ra044.pdf Giovanella L, Bousquat A, Fausto MCR, Fusaro E, Mendonça MHM, Gagno. Tipologia das Unidades Básicas de Saúde Brasileiras. Novos Caminhos n. 5. [Nota Técnica na internet2023 [acessado 2023 março 01].. Disponível em: www.regiaoeredes.com.br » www.regiaoeredes.com.br Silveira RP, Pinheiro R. Entendendo a Necessidade de Médicos no Interior da Amazônia – Brasil. Revista Brasileira de Educação Médica 2014; 38(4):451- 459. http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=1303809 http://www.saude.am.gov.br/docs/plano.pdf http://sit.mda.gov.br/download/ra/ra044.pdf http://www.regiaoeredes.com.br/
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