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Patologia Respiratória Sumário Introdução Anomalias congénitas Atelectasia Doencas de origem vascular Síndrome de angustia respiratória do adulto DPOC: enfisema, bronquite crónica, asma brônquica, bronquiectasias Infecções pulmonares (Pneumonia e broncopneumonia) Pneumoconioses Tumores do pulmão Lesões da pleura Fabiola Fernandes I - Anomalias Congénitas • Agenesia • Hipoplasia pulmonar • Cistos congénitos – Complicações: infecção das secreções : abcesso pulmonar, hemoptises, pneumotoráx, enfisema intersticial. • Sequestro broncopulmonar: lobos ou segmentos de tecido pulmonar sem conexão com o sistema das vias aéreas irrigado pela aorta ou ramos. II - Atelectasia Expansão incompleta do pulmão ou colapso do parênquima pulmonar previamente insuflado, produzindo áreas de parênquima pulmonar relativamente destituído de ar. Reversível Produz deficiente oxigenação predispondo a infecções Causas e mecanismo da atelectasia 1. Fibrose ATELECTASIA POR CONTRACAO: Alteracoes fibroticas locais ou generalizadas no pulmao ou ainda na pleura que impedem a expansao total dos pulmoes. Causas e mecanismo da atelectasia 2. Obstrução/reabsorcao: asma brônquica, bronquite crónica, bronquiectasia, aspiração de corpo estranho 3. Compressão: cavidade pleural preenchida parcialmente ou total. Por exsudato liquido, tumor, sangue ou ar.( pneumotórax, derrame pleural, peritonite, abcesso subdiafragmático) Ex: pacientes com IC/neoplasias e derrame pleural DOENÇAS DE ORIGEM VASCULAR Congestão e Edema pulmonar Edema pulmonar pode resultar de: disturbios hemodinamicos (edema pulmonar hidrodinamico ou cardiogenico) ou de um aumento directo na permeabilidade capilar (devido a uma lesao microvascular). Dist. Hemodinamico: + comum; aumento da pressao hidrostatica. Clinica: pulmoes pesados e úmidos. Histologicamente: presence de precipitado roseo intra-alveolar; pode se observer microhemorragias alveolares e macrofagos com hemossiderina DOENÇAS DE ORIGEM VASCULAR Congestao e Edema pulmonar Edema por lesao microvascular: lesao dos capilares dos septos alveolares. O edema resulta da lesao primaria do endotelio vascular ou da lesao das celulas epiteliais alveolares --- extravasamento de liquidos e proteinas para o espaco intersticial e em casos mais graves para o interior dos alveolos. Quando o edema alveolar se torna difuso, constitui um importante factor contribuinte para a doenca --- SARA. III. SARA • Síndrome clínica causada por dano alveolar capilar difuso. Clinicamente: estabelecimento rápido de ins. respiratória com risco de vida, cianose e hipoxemia grave refratária à oxigenoterapia Pulmoes pesados, firmes e avermelhados e paredes alveolares recobertas por membranas hialinas. Há lesão endotelial e/ou epitelial com formação de membranas hialinas = pulmão de choque III.SARA III.Patogenia da SARA Lesão directa do endotélio (vascular e alveolar) pelas células inflamatórias e mediadores aumento da permeabilidade edema, exsudação de fibrina membranas hialinas cicatriz Fabiola Fernandes IV. DPOC aumento da resistência ao fluxo aéreo devido a obstrução parcial ou completa da via respiratória (traqueia aos alvéolos) IV. DPOC IV.1. Enfisema Dilatação anormal das vias aéreas distais ao bronquíolo terminal, acompanhada pela destruição de suas paredes e na ausência de fibrose óbvia Hiperinsuflação - aumento dos espaços aéreos, não acompanhado de destruição das paredes. Comum, fumantes IV.1. Enfisema Classifica-se segundo a distribuição anatómica nos lóbulos e a natureza da lesao 1.Centrolobular ++ (lobo sup, fumaça, poeira) 2.Panacinar (panlobular) (lobo inf.,def.alfa1 tripsina) 3. Parasseptal (acinar distal) (pneumotórax) 4.Irregular (mais comum) Fabiola Fernandes Patogénese de Enfisema IV.1. Enfisema Manifestações só aparecem após lesão de +1/3 do parenquima Tórax em barril Dispneia com expiração prolongada Tosse ou sibilos em alguns pac. Face rosada Fabiola Fernandes IV.2. Bronquite crónica • Tosse persistente e produção de escarro por pelo menos, 3 meses em, pelo menos, 2 anos consecutivos. • Comum em fumantes, cidades com fumaça • +homens, meia idade. • Complicações: • Metaplasia escamosa e displasia atípica - carcinoma • Cor pulmonale e insuficiência cardíaca IV.2. Patogénese da bronquite crónica • 1.Irritação crónica por substâncias inaladas hiperprodução de muco e broncospasmos • 2. Infecções microbianas Bronquite crónica • Fumo: interfere com a acção ciliar, lesão directa do epitélio, inibe a capacidade de limpeza bacteriana dos leucócitos, brônquios e alveolares IV.2. Morfologia da Bronquite crónica • Macro: hiperemia, congestão, secreção mucopurulenta nos brônquios • Micro: aumento das glândulas (+mucosas) e células caliciformes da traqueia e brônquios. Infiltrado inflamatório. Macrófagos com pigmento. Metaplasia das cél escamosas. Fibrose da parede • Estreitamento do lúmen dos brônquios → bronquiolite obliterante IV.3. Bronquiectasia • Dilatação anormal e permanente dos brônquios e bronquíolos devido a infecção necrotizante crónica • Tosse, febre, expectoração fétida • Complicações: abcesso pulmonar e cerebral, cor pulmonale Causas de bronquiectasia • 1. Obstrução brônquica por: tumor, corpo estranho, muco, asma, bronquite crónica • 2. Doenças congénitas ou hereditárias: fibrose cística, bronquiectasia congénita, imunodeficiências • 3.Pneumonia necrotizante: TB; Estafilococos Patogênese das bronquiectasias • Obstrução atelectasia inflamação da parede, secreção intraluminal dilatação das paredes brônquicas (persistente obstrução + infecção) • Normalmente afecta brônquios médios, lobos inferiores • Nas bronquiectasias encontram-se áreas da parede brônquica destruídas e cronicamente inflamadas; • As células ciliadas estão também danificadas ou destruídas e a produção de muco está aumentada; Prevenção das bronquiectasias • As vacinas infantis contra o sarampo e a tosse convulsa; • a vacina antipneumónica; • Administração de antibióticos durante a primeira fase de infecções; • Administração de imunoglobulinas na síndroma de deficiência imunoglobulínica. 4 - Asma Brônquica • Presença de hiperreactividade das vias aéreas, levando a broncospasmos episódicos e reversíveis em decorrência do aumento da responsavidade da árvore traqueobrônquica a vários estímulos. • Tosse+dispnéia+sibilos Tipos de asma Tipos de asma Factores precipitantes Mecanismo Atópica (alérgica) Alérgenos específicos Recção imune tipoI (IgE) (testes alérgenos) Não atópica Infecções respiratórias Ocupacional Sobrecarga química Induzida por drogas Aspirina Prostaglandinas diminuídas, leucotrienos aumentados Morfologia da Asma • Pulmões hiper-insuflados • Rolhoes mucosas nos brônquios (epitélio decamado) – espirais de Curschann. Morfologia da Asma • Numerosos eosinófilos e cristais de Charcot-Leyden • Espessamento da membrana basal do epitélio brônquico • Edema e infiltrado inflamatório na parede dos brônquios (+eosinófilos) • Aumento das glândulas submucosas • Hipertrofia dos músculos da parede brônquica Tratamento da asma • 1 – Broncodilatador: ex.salbutamol, aminofilina • 2 – Anti-inflamatórios: ex.Prednisolona, inibidores de leucotrienos • 3 – Evitar os alergenos desencadentes obrigada
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