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Questões de Direito Tributário

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EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
O Professor Cláudio Losse é Auditor Fiscal da Receita Federal desde 1995 e também é 
professor do Espaço Jurídico, em Recife.
1 - Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo 
alterar as alíquotas do imposto sobre
a) importação de produtos estrangeiros.
b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
c) propriedade territorial rural.
d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários.
e) produtos industrializados.
Comentários
O ITR não figura entre os impostos que podem ter suas alíquotas alteradas pelo Poder Executivo, elencados 
no art. § 1º do art. 153 da Constituição Federal (II, IE, IPI e IOF). Este dispositivo excepciona o princípio da 
legalidade estrita, já que a fixação das alíquotas é matéria reservada à lei (art. 97, IV, do CTN).
Gabarito: C
2 - Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo disposição em contrário, pode, 
sobre ela(e), incidir o imposto de importação (salvo se por outra razão seja verificada sua não-
incidência) :
a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de modificações na sistemática de 
importação por parte do país importador.
b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo autorizado, quando retorna ao 
País.
c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição.
d) mercadoria nacional que retornar ao País.
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente destruído no País.
Comentários
A questão demanda conhecimento do Regulamento Aduaneiro (Decreto n.º 4.543/2002). Transcrevemos o 
art. 70 do RA e seus incisos:
Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou 
nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se:
 
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;
 
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;
 
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;
 
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou
 
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador.
Gabarito: D
3 - Para os efeitos do imposto de renda, o ___________ percebido na alienação de bens imóveis 
considera-se ___________. Já a importância paga a título de aluguel, remetida, creditada, 
empregada ou entregue ao contribuinte, produzido por bens imóveis é denominada _________. 
Um(a) _________, na linguagem tributária, é o valor percebido independentemente de ser produzido 
pelo capital ou o trabalho do contribuinte.
a) rendimento....rendimento de capital........ganho imobiliário....sinecura
b) provento.......rendimento imobiliário.......provento predial....provento
c) rendimento....rendimento de capital.......ganho imobiliário....prebenda
d) ganho....ganho de capital.......rendimento de capital....sinecura
e) ganho ....ganho de capital......rendimento de capital....provento
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
Comentários
O CTN, ao dispor sobre o fato gerador do Imposto de Renda, diz o seguinte
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como 
fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica:
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior.
Proventos, assim, são rendimentos que não decorrem do capital, do trabalho, ou da combinação de ambos, 
como as aposentadorias e pensões.
Somente com isto seria possível resolver a questão, de maneira “intuitiva”, na comparação da alternativa 
“b” com a alternativa “e”, sem a necessidade de recorrer ao Regulamento do Imposto de Renda (Decreto n.º 
3.000/1999).
Gabarito: E
4 - ______________
• Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito 
territorial do ente tributante?
• A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico 
combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos de 
proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico?
• Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à aquisição, 
por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre 
imóveis?
a) Não, não, sim
b) Não, não, não
c) Sim, sim, sim
d) Não, sim, sim
e) Não, sim, não
Comentários
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
I. Conforme art. 149, caput, da CF, as contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas são de competência exclusiva da União.
II.Segundo o art. 177, § 4º, II da CF, os recursos arrecadados com a CIDE – Combustíves devem ser 
destinados:
 ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus 
derivados e derivados de petróleo;
 ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
 ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes.
III.Art. 156, II, da CF.
Gabarito: A
5 - O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange:
a) todos os produtos relacionados na TIPI.
b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero.
c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a notação “Zero”.
d) todos os produtos com alíquota.
e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não relacionados na 
TIPI.
Comentários
A questão exige conhecimento do Regulamento do IPI (Decreto n.º 4.544/2002). Transcrevemos o art. 2º e 
parágrafo único do RIPI:
Art. 2º O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros, obedecidas as 
especificações constantes da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI.
Parágrafo único. O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que 
zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, 
excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não-tributado).
Gabarito: B
6 - _________________
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
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• O sócio cotista pode ser responsabilizado com base na regra de solidariedade do CTN, sem que 
tenha participado da gerência?
• A alíquota incidente sobre as importações de mercadorias entradas em território nacional é 
definida pela norma vigente no momento em que se efetivou o registro da declaração 
apresentada pelo importador à repartição alfandegária competente?
• O fato gerador do imposto de importação é a data da celebração, no Brasil ou no exterior, do 
contrato de compra e venda relativo aos produtos importados, ou, se conhecido, o instante 
em que são embarcadas as mercadorias adquiridas no estrangeiro?
a) Sim, sim, sim
b) Não, não, não
c) Não, sim, não
d) Não, sim, sim
e) Não, não, sím
Comentários
I. A proposição não é clara, mas, se ela faz referênciaà responsabilidade de terceiros do art. 134, VII, 
estaria incorreta, pois os sócios só respondem pelos atos em que intervierem ou pelas omissões de que 
forem responsáveis. Não tendo poder de gerência, o sócio não poderia se encaixar nesta hipótese.
II.Segundo o art. 144 do CTN, o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e 
rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. Na análise desta 
proposição, exige-se também o conhecimento do Regulamento Aduaneiro (Decreto n.º 4.543/2002). 
Transcrevemos o art. 73, I, do RA:
Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:
 
I - na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo;
III.Segundo o art. 19 do CTN, o imposto sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador 
a entrada destes no território nacional.
Gabarito: C
7 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência.
( )É legítima a cobrança da COFINS e do PIS sobre as operações relativas à energia elétrica, 
serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
( )A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência não-
cumulativa, tem como fato gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das 
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receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou 
classificação contábil.
( )Foram instituídas a Contribuição para o PIS/PASEP – Importação e a Contribuição para a 
COFINS, devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior.
a) V V F
b) F V F
c) V F F
d) F F F
e) V V V
Comentários
I. O § 3º do art. 155 da CF diz que, à exceção do ICMS, do II e do IE, nenhum outro imposto poderá incidir 
sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, 
combustíveis e minerais do País. Esta regra então, não se aplica às contribuições. 
II.Transcrição do art. 1º da Lei n.º 10.833/2003.
III.Estas contribuições foram introduzidas pela Lei n.º 10.865/2004:
Art. 1º Ficam instituídas a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público incidente na Importação de Produtos Estrangeiros ou Serviços - PIS/PASEP-
Importação e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo Importador de 
Bens Estrangeiros ou Serviços do Exterior - COFINS-Importação, com base nos arts. 149, § 2º, inciso II, e 
195, inciso IV, da Constituição Federal, observado o disposto no seu art. 195, § 6º.
Gabarito: E
8 - A lei autorizou a remissão dos débitos incidentes sobre a receita bruta decorrente do transporte 
internacional de cargas ou passageiros, mas essa remissão é restrita aos débitos
a) constituídos antes de fevereiro de 1999 das empresas nacionais proprietárias de embarcações em 
tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moedas conversíveis, relativamente à 
COFINS e ao PIS/PASEP.
b) independentemente de serem constituídos ou não, mesmo os inscritos em dívida ativa, correspondentes 
à contribuição para o PIS/PASEP, à COFINS e ao FINSOCIAL de responsabilidade das empresas de 
transporte aéreo.
c) não inscritos em Dívida Ativa, correspondentes à contribuição para o PIS/PASEP, à COFINS e ao 
FINSOCIAL incidentes sobre a receita bruta decorrente do transporte marítimo de cargas ou passageiros.
d) constituídos apenas depois de fevereiro de 1999, das empresas nacionais proprietárias de embarcações 
em tráfego internacional, quando o pagamento for efetuado em moedas conversíveis, relativamente à 
COFINS e ao PIS/PASEP.
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
e) constituídos antes de fevereiro de 1999 pelas empresas nacionais de transporte aéreo e empresas 
armadoras nacionais, quando o pagamento for efetuado em moedas conversíveis, relativamente à 
COFINS e ao PIS/PASEP.
Comentários ( Entendemos que Foge ao Programa )
Esta questão vai ao extremo do “detalhismo”, pois cobra artigo de lei específica para as empresas de 
transporte aéreo. Tomando por base o programa veiculado no edital, não nos parece que seja razoável a 
sua inclusão na disciplina de Direito Tributário, pois só teria cabimento em uma disciplina específica de 
Legislação Tributária (ainda assim, com restrições).
Transcrevemos o art. 4º da Lei n.º 10.560/2002:
Art. 4º Observado o art. 172 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, 
poderá ser concedida remissão dos débitos de responsabilidade das empresas nacionais de transporte aéreo, 
constituídos ou não, inscritos ou não em Dívida Ativa, correspondentes à contribuição para o PIS/Pasep, à 
Cofins e ao Finsocial incidentes sobre a receita bruta decorrente do transporte internacional de cargas ou 
passageiros, relativamente aos fatos geradores ocorridos até a data anterior àquela em que iniciados os 
efeitos da isenção concedida por meio do inciso V e do § 1º do art. 14 da Medida Provisória nº 2.158-35, de 
2001.
Gabarito: B
9 - Relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2002, foram isentas da 
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
a) as pessoas físicas que perceberam apenas rendimentos do trabalho.
b) as pessoas jurídicas que participarem do programa do primeiro emprego.
c) as pessoas jurídicas que aplicarem em títulos e valores mobiliários a favor de seus empregados.
d) as entidades fechadas de previdência complementar.
e) as organizações não governamentais dedicadas à proteção do meio ambiente.
Comentários ( Entendemos que Foge ao Programa )
Outra questão que, nos parece, só caberia em uma disciplina específica de Legislação Tributária (ainda 
assim, com restrições).
Transcrevemos o art. 5º da Lei n.º 10.426/2002:
Art. 5º As entidades fechadas de previdência complementar ficam isentas da Contribuição Social sobre o 
Lucro Líquido (CSLL), relativamente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2002.
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
Gabarito: D
10 - ______________
• A pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e de empresa de pequeno porte 
pode optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES.
• A inscrição no SIMPLES implica pagamento mensal unificado de impostos e contribuições. O 
pagamento unificado não exclui, entre outras, a incidência da CPMF, em relação à qual será 
observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas.
a) A primeira afirmação está errada, porque só as microempresas podem optar pelo SIMPLES. A outra está 
correta.
b) A primeira afirmação está correta, mas a segunda não, porque a CPMF está entre os impostos incluídos 
no pagamento mensal simplificado.
c) Ambos os parágrafos contêm afirmações corretas, assim previstas na legislação corrente.
d) A primeira só não está correta, porque o regime do SIMPLES não depende de opção, por ser direito ex 
lege. A segunda está correta.
e) A primeira afirmação está correta, mas a segunda não, porque, além da CPMF, nenhuma outra 
contribuição ou imposto está excluído do regime.
Comentários
Transcrevemos alguns dispositivos da Lei n.° 9.317/1996:
Art. 3° A pessoa jurídica enquadrada na condição de microempresa e de empresa de pequeno porte, na 
forma do art. 2°, poderá optar pela inscrição no Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e 
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES.
...................
 
§ 1° A inscriçãono SIMPLES implica pagamento mensal unificado dos seguintes impostos e contribuições:
...................
 
§ 2° O pagamento na forma do parágrafo anterior não exclui a incidência dos seguintes impostos ou 
contribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos quais será observada a 
legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
...................
f) Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - CPMF;
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
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Gabarito: C
11 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência.
( )A Secretaria da Receita Federal do Brasil resguardará, na forma da legislação aplicável à 
matéria, o sigilo das informações prestadas, relativamente à Contribuição Provisória sobre 
Movimentação ou Transmissão de Valores e de Crédito e Direitos de Natureza Financeira – 
CPMF.
( )À Secretaria da Receita Federal do Brasil é facultada a utilização das informações obtidas, 
relativamente à Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de 
Crédito e Direitos de Natureza Financeira – CPMF, para instaurar procedimento 
administrativo tendente a verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e 
contribuições e para lançamento, no âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário 
porventura existente.
( )À vista do dever de resguardar o sigilo das informações prestadas relativamente à CPMF, as 
autoridades fazendárias não poderão utilizá-las para instaurar procedimento administrativo 
tendente à constituição de crédito tributário relativo a outras contribuições ou impostos, 
nem exigir dos contribuintes informações respeitantes à movimentação financeira bancária.
a) V V V
b) V V F
c) F F V
d) F F F
e) V F V
Comentários
Para responder a esta questão, o candidato teria que ter conhecimento da legislação da CPMF. 
Transcrevemos o art. 11 da Lei n.º 9.311/1996, com a nova redação dada pelo art. 1º da Lei n.º 
10.174/2001:
Art. 11 ................
§ 3º A Secretaria da Receita Federal resguardará, na forma da legislação aplicável à matéria, o sigilo das 
informações prestadas, facultada sua utilização para instaurar procedimento administrativo tendente a 
verificar a existência de crédito tributário relativo a impostos e contribuições e para lançamento, no 
âmbito do procedimento fiscal, do crédito tributário porventura existente, observado o disposto no art. 42 
da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores.
Gabarito: B
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
12 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência.
( )Os convênios reclamam o prévio abono da Assembléia Legislativa, por assimilação deles aos 
tratados internacionais que, pela Constituição, necessitam da aprovação prévia do 
Congresso Nacional.
( )A lei instituidora da isenção de mercadorias, mesmo que nada diga a respeito, é extensiva 
às mercadorias estrangeiras, quando haja previsão da lei mais favorecida, porque para não 
ofender o disposto no art. 98 do CTN ela tem de ser interpretada como aplicável a todos os 
casos que não os ressalvados, em virtude de extensão de isenção pelos tratados 
internacionais.
( )Os atos administrativos normativos entram em vigor, em regra, na data da sua publicação.
a) F F V
b) F F F
c) V V V
d) F V V
e) V F V
Comentários
I. A alternativa faz uma analogia – que não tem amparo normativo – dos convênios com os tratados 
internacionais, cuja aprovação, via decreto legislativo, é de competência exclusiva do Congresso Nacional 
(inciso I do art. 49 da CF).
II.O art. 98 diz que os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária 
interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha, não fazendo referência a qualquer “extensão de 
isenção”.
III.Art. 103, I, do CTN.
Gabarito: A
13 - Considerando os temas “vigência” e “aplicação” da legislação tributária, julgue os itens a seguir. 
Marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente.
( )É condição de vigência da lei tributária a sua eficácia.
( )O CTN veda a extraterritorialidade da legislação tributária.
( )Não é vedado aos decretos dispor sobre o termo inicial da vigência dos atos expedidos pelas 
autoridades administrativas tributárias.
( )O Código Tributário Nacional adota como regra a irretroatividade da lei tributária.
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
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a) V F F V
b) F F V F
c) F F V V
d) V F V V
e) V F V F
Comentários ( ATENÇÃO – Cabe RECURSO para Alteração do Gabarito !!! )
I. A vigência é pressuposto da eficácia, mas não o contrário. Uma norma pode estar plenamente vigente e 
não ser eficaz, como, por exemplo, uma lei que majora as alíquotas do ITR, publicada e vigente em 12 de 
julho de 2005, que só produzirá efeitos em 1º de janeiro de 2006, em função do princípio da anterioridade.
II.Transcrevemos o art. 102 do CTN:
Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos 
respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que 
participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
III.Os atos administrativos são normas complementares dos decretos (art. 100, I, do CTN), não sendo exigida, 
no caput do art. 103, disposição de lei para alterar a data da entrada em vigor daqueles atos.
IV.A alternativa constante do gabarito dá esta proposição como falsa, o que nos parece frontalmente 
contrário ao disposto no CTN, que diz, em seu art. 105, que “A legislação tributária aplica-se 
imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência 
tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.” As hipóteses de aplicação retroativa 
são excepcionais (art. 106).
Gabarito: B ( na nossa opinião, “C” )
14 - Considerando o que decorre do sistema constitucional tributário brasileiro, julgue os itens a seguir, e 
marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção 
correspondente.
( )A progressividade do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana pode ser 
estipulada em função de subutilização do solo urbano.
( )As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza são estipuladas por 
lei complementar.
( )A chamada “competência residual da União” consiste na possibilidade de instituir imposto 
não cumulativo, podendo, eventualmente, a base de cálculo desse ser a mesma de outro, já 
prevista na Constituição.
( )A medida provisória que majore contribuição para o financiamento da Previdência Social 
somente poderá surtir efeitos no exercício seguinte se convertida em lei até o último dia do 
exercício precedente.
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a) V V F V
b) F F V F
c) V F V F
d) F V F F
e) V F F V
Comentários ( ATENÇÃO – Cabe RECURSO para Anulação da Questão !!! )
I. Art. 182, § 4º , II, da CF:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme 
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da 
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
...................
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, 
exigir, nos termos da leifederal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não 
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada 
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, 
assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
II.Art. 156, § 3º, I, da CF.
III.Transcrevemos o art. 154, I, da CF:
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos 
e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
IV.A alternativa constante do gabarito dá esta proposição como verdadeira, o que está em desacordo com a 
Constituição Federal, pois a regra do art. 62, abaixo transcrito, vale somente para impostos, não se 
aplicando, portanto às contribuições:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, 
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
...................
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 
153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em 
lei até o último dia daquele em que foi editada.
Sendo a contribuição a que se refere a proposição sob análise para o financiamento da Previdência Social, 
AFRF – 2005 Direito Tributário – Prof. Cláudio Losse
EU VOU PASSAR Espaço Jurídico – Recife – PE
ela se insere na categoria das contribuições para a seguridade social, as quais, no que se refere ao princípio 
da anterioridade, seguem a regra especial do art. 195, § 6º, chamada de anterioridade “nonagesimal” ou 
“mitigada”:
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos 
da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
...................
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa 
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o 
disposto no art. 150, III, "b".
Assim, uma MP que majore esta contribuição produzirá efeitos 90 dias após a sua edição, 
independentemente da data em que foi publicada ou da data em que for convertida em lei. 
Como não há alternativa correta, esta questão, ao nosso ver, deveria ser anulada.
Gabarito: A ( na nossa opinião, não há alternativa correta )
15 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência.
( )A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação tributária 
principal é o seu fato gerador.
( )Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que 
não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória.
( )Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato 
gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde 
que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade 
tributária.
a) V V V
b) F V V
c) F F F
d) F F V
e) V F V
Comentários
I. A proposição, de redação confusa, a rigor não estaria propriamente incorreta, já que é o fato gerador que 
dá nascimento à obrigação tributária. Não tem, no entanto, perfeita correspondência com o disposto no 
art. 114 do CTN, que diz que o “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência”. A situação definida em lei seria então, na dicção do art. 114, 
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aquela necessária à ocorrência do fato gerador em si.
II.A situação a que se refere a proposição seria o fato gerador da obrigação acessória e não a obrigação em si 
(art. 115 do CTN).
III.Esta proposição vai de encontro ao disposto no parágrafo único do art. 116 do CTN, abaixo transcrito, 
chamado de norma geral “anti-elisão” (é importante observar que, na elisão fiscal, os atos praticados pelo 
sujeito passivo com a finalidade “velada” de reduzir ou suprimir tributo são lícitos perante a legislação 
civil):
Art. 116. ........................
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados 
com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos 
constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Gabarito: C
16 - A lei tributária pode atribuir responsabilidade solidária 
a) a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação.
b) a diversas pessoas, cabível a invocação, por elas, do benefício de ordem, não do benefício de divisão.
c) quando não haja comunhão de interesses relativamente à situação que constitua fato gerador da 
obrigação principal.
d) restrita às hipóteses expressas no Código Tributário Nacional.
e) a quem tenha interesse comum no fato imponível, caso em que será exigível o tributo, integralmente, 
de cada um dos coobrigados.
Comentários
O enunciado confunde responsabilidade com solidariedade. O CTN trata da solidariedade “de fato” e “de 
direito” no art. 124, I e II:
Art. 124. São solidariamente obrigadas:
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;
II - as pessoas expressamente designadas por lei.
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.
A regra geral da responsabilidade está no art. 128:
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade 
pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a 
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou 
parcial da referida obrigação.
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Como, face ao disposto no art. 128, a lei pode atribuir responsabilidade a terceira pessoa vinculada ao fato 
gerador e, face ao disposto no art. 124, II, a lei pode obrigar solidariamente o responsável, a alternativa “a” 
estaria correta.
Gabarito: A
17 - A restituição de tributos, cujo encargo financeiro possa transferir-se, somente pode ser obtida se 
o__________________ provar que não o transferiu ou que está autorizado pelo ________________. 
No caso do direito ao creditamento do IPI, não se aplica esta regra, porque não se trata de 
____________________.
a) contribuinte .... fisco.... tributo indireto.
b) sujeito passivo .... sujeito ativo .... compensação.
c) sujeito passivo .... sujeito ativo .... restituição do indevido.
d) contribuinte de direito .... contribuinte de fato .... repetição de indébito.
e) responsável .... contribuinte .... repetição de indébito.
Comentários
A questão trata da restituição no caso de impostos indiretos, em que o contribuinte “de direito”, que sofre a 
incidência jurídica, é diferente do contribuinte “de fato”, que é quem sofre a incidência econômica, ou 
seja, quem suporta o ônus financeiro decorrente da exação tributária (é o fenômeno conhecido como 
“repercussão tributária”). Nesta situação, havendo o direito à restituição de tributo pago indevidamente ou 
a maior, aplica-se a regra do art. 166 do CTN:
Art. 166. A restituiçãode tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo 
financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo 
transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.
O ressarcimento de créditos do IPI é figura distinta da restituição, já que não se trata de restituição de valor 
pago indevidamente ou a maior, mas sim de utilização de créditos em decorrência de permissivo legal.
Gabarito: D
18 - Considerando o tema “isenção tributária”, julgue os itens a seguir e marque com (V) a assertiva 
verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.
( )Se concedida com prazo determinado e sob condições não pode ser revogada.
( )Com o advento da Constituição de 1988, a concessão da isenção heterotópica passou a ser 
proibida (art. 151, III).
( )Por ser a isenção nada mais que o reverso da tributação, a lei isentiva só entra em vigor no 
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exercício financeiro seguinte ao em que instituída.
( )Segundo a letra do Código Tributário Nacional, a isenção constitui mera dispensa legal do 
pagamento do tributo.
a) V F F V
b) V V F V
c) V F V F
d) F V F V
e) V F F F
Comentários ( ATENÇÃO – Cabe RECURSO para Anulação da Questão)
I. Art. 178 do CTN.
II.O art. 151, III, da CF/88, veda a concessão, pela União, das chamadas “isenções heterônomas”, que eram, 
em determinadas situações, permitidas pela CF anterior.
III.Os defensores da chamada “teoria clássica” da isenção (abraçada pelo STF e rechaçada pela doutrina 
majoritária) entendem que na isenção há a incidência, mas a lei dispensa do pagamento do tributo devido. 
Segundo o principal defensor desta tese, o saudoso Rubens Gomes de Souza, que foi o principal 
colaborador na elaboração do Código Tributário Nacional, o CTN “não tomou partido nesta controversa 
doutrinária, limitando-se a dispor, no art. 175, I, que a isenção exclui o crédito tributário. Isso pode 
significar que, nos casos de isenção, inexiste a própria obrigação tributária, de vez que o crédito é simples 
decorrência daquela (art. 139). Ou pode significar que a obrigação tributária existe mas é incobrável, 
porquanto a obrigação de pagar é inexigível quando inexista o crédito correspondente” (apud AMARO, 
Luciano. Direito Tributário Brasileiro, 3ª ed., revista, São Paulo: Saraiva, 1999, p. 266).
A proposição enfrenta questão altamente polêmica, dando como certo algo que o principal mentor do 
CTN diz ser incerto, pelo que, entendemos, deveria ser anulada.
Gabarito: B ( na nossa opinião, a questão deveria ser anulada )
19 - ______________
• No interregno que medeia a declaração e o vencimento, o valor declarado a título de tributo, 
corre o prazo prescricional da pretensão de cobrança?
• O inadimplemento de obrigações tributárias caracteriza infração legal que justifique 
redirecionamento da responsabilidade para o sócio-gerente da empresa?
• A expressão ‘ato não definitivamente julgado’ constante do artigo 106, II, letra ‘c’, do Código 
Tributário Nacional refere-se ao âmbito administrativo (já que no âmbito judicial não se 
procede ao lançamento)?
a) Sim, não, sim
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b) Não, sim, não
c) Sim, sim, não
d) Não, não, não
e) Sim, sim, sim
Comentários
I. Por óbvio, em qualquer caso, não pode correr prazo de prescrição contra a Fazenda Pública antes do 
vencimento.
II.Conforme art. 135 do CTN, os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado 
são pessoalmente responsáveis somente pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias 
resultantes atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos. A falta 
de pagamento do tributo, por si só, não configuraria esta situação.
III.A expressão refere-se a ato não definitivamente julgado tanto na esfera administrativa como judicial. O 
julgamento administrativo desfavorável ao sujeito passivo não impede o uso da via judicial, em respeito ao 
princípio da inafastabilidade do direito à tutela jurisdicional, insculpido no inciso XXXV do art. 5º da CF, 
que prevê que “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Gabarito: D
20 - Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, 
marque a opção que contenha a exata seqüência.
( )A Lei de Execução Fiscal (LEF) prevê que a inscrição em dívida ativa suspende o curso do 
prazo prescricional.
( )O Código Tributário Nacional não prevê essa suspensão.
( )O STJ entende que a suspensão do prazo prescricional prevista na LEF sofre as limitações 
impostas pelo CTN.
a) F V V
b) F F F
c) V F V
d) F F V
e) V V V
Comentários
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Esta questão demanda conhecimento da Lei de Execuções Fiscais e, caso a alternativa não pudesse ser 
escolhida por eliminação, também da jurisprudência do STJ a respeito.
I. Transcrevemos o § 3º do art. 2º da Lei n.º 6.830/1980 (Lei das Execuções Fiscais – LEF)
Art. 2º Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública ............
§ 3º A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão 
competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de 
direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo.
II.O CTN não prevê esta hipótese de suspensão da prescrição.
III.Transcrevemos ementa de recente acórdão do STJ a respeito:
REsp 512446 / SP
Julgamento: 01/09/2005 Órgão Julgador: Segunda Turma 
EMENTA – PROCESSUAL CIVIL - TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL - PRESCRIÇÃO - VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 174 
DO CTN 2º, § 3º, DA LEF - INOCORRÊNCIA.
- A suspensão do prazo prescricional prevista no art. 2º, § 3º, da Lei 6.830/80, sofre as limitações 
impostas pelo art. 174 do CTN, já que este indica como termo a quo da prescrição a data da constituição 
do crédito, o qual somente se interrompe pelos fatos nele listados, que não incluem a inscrição do crédito 
tributário na dívida ativa.
- Recurso especial conhecido, mas improvido.
Gabarito: E
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