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Parasitologia

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_______________________________Parasitologi�________________________________
INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA
❖ Classi�cação: ordenação dos seres vivos em classes, baseando -se no parentesco, semelhança ou ambos.
❖ Nomenclatura: aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classi�cação.
❖ Taxonomia: estudo teórico da classi�cação , incluindo as respectivas bases, princípios, normas e regras.
❖ Sistemática: estudo cientí�co das formas de organismos, sua diversidade e toda e qualquer relação entre elas
CLASSIFICAÇÃO:
❖ Natural: trabalhos baseados na �logenia, ontogenia, �siologia, morfologia, ecologia e etologia.
❖ Arti�cial: baseados somente na morfologia externa.
REGRAS DE NOMENCLATURA:
❖ O ponto de partida é a 10° edição do Systema Naturae, de Carl von Linné (Linnaeus), 1758; 2.
❖ Deve ser latina e binomial; ( Ex.: Plasmodium malariae ou Plasmodium malariae)
❖ Quando a espécie possui subespécie, essa vem em seguida a da espécie. (Ex.: Trypanosoma brucei gambiense) .
❖ Quando a espécie possui subgênero, este virá interposto entre gênero e espécie, separado por parênteses. (Ex.:
Anopheles (kerteszia) cruzi )
❖ Quando se vai descrever uma espécie, seu nome deve ser simples, homenageando uma pessoa ilustre.
# Quando for nome de homem acrescenta-se o i e ae quando for mulher.
❖ Caso um espécie descrita entre em sinonímia com outra, terá validade aquela mais antiga (Lei da Prioridade)
❖ Havendo necessidade de escrever o nome de uma espécie num trabalho, a primeira indicação deverá ter a citação
do autor. (Ex.: Polygenis guimaraesi Linardi, 1978)
❖ Caso o nome da espécie tenha sido escrito por um autor, e depois por outro, a gra�a completa da espécie deverá
ter o nome do primeiro. (ex: Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus,1762)
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:
1- REINO PROTOZOA:
● Sarcomastigophora
● Apicomplexa
● Ciliophora
● Microspora
2- REINO ANIMALIA:
● Platyhelminthes
● Nematoda
● Arthropoda
______________________________ INTRODUÇÃO A PARASITOLOGIA ___________________________
❖ A parasitologia é uma ciência que estuda os organismos que vivem no interior ou exterior de outro hospedeiro,
obtendo alimento às custas de seu hospedeiro, consumindo-lhe os tecidos e ou o conteúdo intestinal.
❖ A parasitologia na prática abrange o estudo de protozoários, helmintos e artrópodes, onde a maioria dos parasitos
de importância médica e veterinária estão situados.
A PARASITOLOGIA ENGLOBA OS FILOS:
❖ Protozoa (protozoários)
❖ Nematoda (nematódes)
❖ Annelida (anelídeos)
❖ Platyhelminthes(platelmintos)
❖ Arthropoda (artrópodes)
# Os protozoários são unicelulares, enquanto os nematódeos, anelídeos, platelmintos e artrópodes são organismos
multicelulares.
CONCEITOS BÁSICOS:
❖ Parasito acidental: é o que exerce o papel de parasito, porém habitualmente possui vida não-parasitária.
EX: larvas de moscas que vivem em frutos ou vegetais em decomposição e acidentalmente atingem humanos
❖ Parasito obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro.
EX: T.gondii, Plasmodium.
❖ Parasito oportunista: é aquele que usualmente vive no paciente sem provocar nenhum dano (infecção
inaparente), mas em determinados momentos se aproveita da baixa resistência do paciente de desenvolve doenças
graves.
❖ Parasito periódico: é o que frequentam o hospedeiro intervaladamente.
EX.: mosquitos, barbeiros
IMPORTÂNCIA DO ESTUDODE PARASITOLOGIA:
❖ O estudo da parasitologia é fundamental, pois, as doenças parasitárias são frequentes na população mundial.
❖ A parasitologia humana recebeu uma importância renovada uma vez que, com a globalização o mundo se tornou
menor devido à rápida movimentação de pessoas e imigrantes de áreas endêmicas.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
❖ O parasita é capaz de se reproduzir disseminando seus ovos, e estes, costumam infectar outros hospedeiros. Eles
podem ser transmitidos entre os seres humanos através do contato pessoal ou do uso de objetos pessoais.
❖ Água, alimentos, mãos sem a devida higienização, através do solo contaminado por larvas, por hospedeiros
intermediários (moluscos) e por muitos outros meios.
❖ Parasitos transmitidos entre pessoas devido ao contato pessoal ou objetos de uso pessoal (fômites).
❖ Parasitos transmitidos pela água, alimentos, mãos sujas ou poeira
❖ Parasitos transmitidos por solos contaminados por larva (geo-helmintoses)
❖ Parasitos transmitidos por vetores ou hospedeiros intermediários
❖ Parasitos transmitidos por mecanismos diversos
HABITAT DOS PARASITAS
❖ Tubo digestivo
❖ Mucosas/Epitélio
❖ Órgãos internos (fígado, cérebro)
❖ Sistema fagocítico mononuclear
❖ Sangue, linfa e líquidos intersticiais
# Quase todos os seres vivos dependem de outros organismos para poder viver.
SISTEMAS ECOLÓGICOS:
❖ Todos os organismos vivos e o meio físico em que se encontram formam um todo inter-relacionado
❖ Sem a morte e a decomposição o meio acabaria – colapso do ecossistema
❖ A sucessão das gerações - sobrevivência das espécies
# Sendo a morte essencial à vida, deve ser vista como fenômeno natural indispensável à sobrevivência e evolução das
espécies.
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS:
❖ Equilíbrio entre as populações de diferentes espécies depende das relações que estas mantêm entre si
❖ Comunidades biológicas: vegetais,fungos,bactérias,vírus,protozoários e metazóarios.
FORMAS DE ASSOCIAÇÃO
- Cada indivíduo procura a melhor forma de obter alimento e abrigo. Forma-se então associações:
❖ Harmônicas: benefício mútuo ou ausência de prejuízo mútuo;
❖ Desarmônicas: prejuízo para alguns dos participantes
❖ Mutualismo: organismos de espécie diferentes vivem em íntima associação, havendo benefício mútuo. ( associação
de protozoários e bactérias no rumem de bovinos)
❖ Simbiose: ambas são bene�ciadas e elas não vivem separadamente.
❖ Comensalismo: associação entre duas espécies, uma obtêm vantagens sem prejudicar a outra. (Entamoeba coli
vivendo no intestino grosso humano)
❖ Parasitismo: associação entre seres vivos, na qual o hospedeiro é prejudicado. ( Entamoeba histolytica no intestino
grosso humano)
FATORES PARA QUE OCORRAMDOENÇAS PARASITÁRIAS:
❖ Inerentes ao Parasita: número de exemplares, tamanho, localização, virulência da cepa, etc.
❖ Inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, resposta imune, hábitos, etc.
PARASITISMO
❖ Muito mais estreita e profunda;
❖ contato íntimo e duradouro;
❖ dependência metabólica;
❖ se classi�cam em: ECTOPARASITAS ( Os ectoparasitas são parasitas que vivem na superfície externa do
hospedeiro, ou seja, na pele) , ENDOPARASITAS ( O endoparasita é um tipo de parasita que se aloja no
interior do corpo do hospedeiro ) , ESTENOXENOS E EURIXENOS.
CICLO BIOLÓGICOS DOS PARASITOS
❖ Ciclo biológico ou vital são às diversas fases e etapas que um parasito passa durante sua vida
-> Tipos de ciclos biológicos:
❖ Monoxênico: Parasito com apenas um hospedeiro. Ciclo onde parte das formas evolutivas do parasito são
encontradas em um hospedeiro e a outra parte no ambiente
❖ Heteroxênico: Parasito com mais de um hospedeiro. Ciclo onde parte das formas evolutivas do parasito
são encontradas em diferentes hospedeiros.
# O ciclo heteroxeno é mais complicado, pois o parasito só completa seu desenvolvimento passando
sucessivamente e sempre na mesma ordem por dois ou mais hospedeiros. Os primeiros hospedeiros, onde
crescem e se diferenciam as fases larvárias do parasito, são considerados hospedeiros intermediários; o último,
onde se desenvolvem e vivem as formas adultas do parasito, é chamado de hospedeiro de�nitivo. Muitas vezes
nos referimos aos hospedeiros intermediários (mormente quando são artrópodes ou moluscos) como sendo os
vetores da infecção.
-> Quanto ao tipo de hospedeiro:
❖ Intermediário: crescem no primeiro hospedeiro e se diferenciam as fases larvais dos parasitas
❖ De�nitivo: se desenvolvem no hospedeiro em forma adulta do parasita
PARASITO - HOSPEDEIRO:
-> Quando um parasito tem a capacidade de desenvolver-se no organismo do homem ou de um animal,dizemos
que eles são suscetíveis a tal parasito.
TIPOS DE HOSPEDEIROS
❖ Vetor
-> Todoorganismo que transmite um patógeno
• Mecânico: o parasito é disseminado por transporte mecânico simples;
• Biológico: o parasito necessita realizar parte de seu ciclo no vetor;
-> Portado
Indivíduo susceptível a um patógeno
Manifesta a doença parasitária em maior (sintomático) ou menor grau (assintomático)
Ex.:Trichomonas vaginalis e o homem
->Reservatório
Indivíduo onde o parasito permanece viável, sem causar a doença
Ex.:Trypanosoma cruzi no gambá
RELAÇÃO PARASITO- HOSPEDEIRO
❖ Destruição do próprio parasito e cura da infecção;
❖ Limitação da população parasitária, levando ao equilíbrio da relação;
❖ Hipersensibilidade ou in�amação, podem levar a necrose do tecido em torno
RESISTÊNCIA NATURAL AO PARASITISMO:
❖ Resistência ou imunidade pode ser de�nida como a resposta �siológica desenvolvida pelo hospedeiro
que tende a impedir ou limitar a implantação, sobrevivência ou multiplicação dos parasitos.
❖ Mecanismos que protegem o hospedeiro:
• Fagocitose
• Reação in�amatória
RESISTÊNCIA ADQUIRIDA AO PARASITISMO
❖ Resistência adquirida é uma propriedade individual, não herdada, surgida em função de um contato do
hospedeiro com o parasito ou seus produtos.
INFECÇÃO POR PARASITA
❖ Ingestão – água e alimentos contaminados
❖ Injeção – por um vetor hematófago
❖ Penetração - o parasita rompe a barreira pele
AÇÕES DO PARASITA NOHOSPEDEIRO
❖ ESPOLIATIVA: absorção de nutrientes ou sangue de seu hospedeiro.
Ex: hematofagismo de mosquitos e barbeiros; Ancylostomatidae, sangue da mucosa intestinal deixando pontos
hemorrágicos.
❖ TÓXICA: produção de enzimas que lesam o hospedeiro.
Ex: Ascaris lumbricoides provocam reações alérgicas; e ovos de Schystosoma mansoni provoca reações teciduais
no fígado, intestinos e pulmões.
❖ MECÂNICA: impede o �uxo alimentar ou absorção dos alimentos.
Ex: Ascaris lumbricoides na alça intestinal; e Giardia lamblia no duodeno.
❖ TRAUMÁTICA: migração cutânea e pulmonar de Ancylostomatidae, rompimento de hemácias por
Plasmodium, úlceras intestinais causadas por Ancylostomatidae e Trichuris.
❖ IRRITATIVA: deve-se à presença constante do parasito no local, sem provocar lesões.
Ex: ventosas de Cestoda na mucosa intestinal ou lábios de A. lumbricoides.
❖ ENZIMÁTICA: durante o processo de penetração no hospedeiro.
Ex: cercárias de S. mansoni na pele; E. histolytica e Ancylostomatidae ao lesar o epitélio intestinal para obter
alimento.
❖ ANÓXIA: qualquer parasito que consuma oxigênio da hemoglobina ou produza anemia.
Ex: Plasmodium (malária).
CARACTERÍSTICAS DO AGENTE ETIOLÓGICO
❖ INFECTIVIDADE: Capacidade de alojar-se e multiplicar-se no hospedeiro e de transmitir-se deste para
um novo hospedeiro.
❖ PATOGENICIDADE: Capacidade de causar doença em um hospedeiro suscetível.
❖ VIRULÊNCIA: Grau de patogenicidade de um agente infeccioso que se expressa pela gravidade da
doença.
❖ OPORTUNISTAS: Causam doenças apenas em hospedeiros com certo grau de comprometimento;
❖ IMUNOGENICIDADE: Capacidade do agente biológico de estimular a resposta imune no hospedeiro;
❖ RESISTÊNCIA DO AGENTE PATOGÊNICO ÀS CONDIÇÕES DOMEIO: Capacidade de
sobreviver nas condições do meio ambiente, muitas vezes adversas.
__________ CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PHYLUMNEMATHELMINTHES _______________
FILO NEMATELMINTOS OUNEMATÓDEOS
❖ Posição sistemática:
- reino: ANIMALIA
- sub reino: METAZOA
- �lo: NEMATODA
❖ Características embrionárias:
- Triblásticos: (3º tecido: mesoderme).
- Pseudocelomados (falso celoma).
- Protostômios (o blastóporo origina a boca).
- Simetria Bilateral.
- Corpo alongado, cilíndrico e �no, com as extremidades a�ladas.
❖ Habitat
- Maioria de vida livre (1mm a 5 cm) alguns parasitas (40mm a 50 cm).
- Ocorrem nos solos, água doce, mares e no interior do corpo humano.
EXEMPLARES PARASITAS DOHOMEM: Ancylostoma duodenale (larva-migrans) Ascaris lumbricoides
(lombriga- 50cm) Enterobius vermicularis (oxiúros) Necator americanus Wuchereria bancrofti (Filária-40mm)
❖ Fisiologia geral:
- Sistema digestório completo
- Sistema respiratório - difusão pela epiderme
- Sistema circulatório ausente
- Sistema excretor - tubos em “H”
- Sistema nervoso - ganglionar e ventral
❖ Anatomia e �siologia do nematódeos
- Geralmente são de sexos separados, com dimor�smo sexual (a fêmea é maior)
# fêmea com uma boca trilabiada e macho com o �nalzinho com uma espícula (um Vzinho)
❖ Sistema digestório completo
- Na extremidade anterior localiza-se a boca e próximo a extremidade posterior abre-se o ânus (fêmeas) e cloaca
(machos).
- Cloaca: é uma abertura comum ao sistema digestório e ao reprodutor por onde os machos eliminam
espermatozoides e fezes.
- As fêmeas possuem orifício genital separado do ânus.
- Na cloaca existem espículas copulatórias que são invertidas na hora da cópula e introduzidas no orifício
genital da fêmea.
❖ Mais informações
- Sistema digestório: a digestão do alimento é em parte extracelular e parte intracelular no interior do trato
digestório.
- Sistema respiratório: ausente. A respiração ocorre através da superfície corpórea. O alimento digerido e os
gases respiratórios são distribuídos por difusão.
- Sistema circulatório: ausente.
- Sistema excretor: eliminam excretas nitrogenadas através da superfície do corpo. Já o excesso de água é
eliminado pelas células excretoras renetes (poro excretor próximo à boca).
- Sistema nervoso: formado por um anel nervoso ao redor da faringe, de onde partem 4 cordões nervosos que
formam as chamadas linhas laterais
- O líquido do pseudoceloma também atua como esqueleto hidrostático, dando sustentação ao corpo do animal
e contribuindo na movimentação dele.
- Movimentação: �bras musculares são responsáveis pela movimentação típica desse animal (chicotadas).
# Todas as espécies abaixo possuem sexos separados, reproduzem-se sexuadamente e a fecundação é sempre
interna.
_____________________ ASCARIS LUMBRICOIDES (ASCARIDÍASE) _______________________
❖ Doença: ascaridíase (lombriga)
- É uma verminose intestinal, causada pelo parasita Ascaris lumbricoides.
- A ascaridíase, popularmente conhecida como lombriga, é a verminose mais difundida no mundo.
- A lombriga pode viver de 1 a 2 anos e cada fêmea pode colocar 200 mil ovos por dia. Esses ovos podem �car
viáveis no ambiente por cerca de 4 anos.
❖ Morfologia
- O parasita tem um corpo cilíndrico e alongado.
- De aspecto liso e brilhante, sua cor varia entre o branco e o amarelo.
- Sua boca, em uma das extremidades, possui três grandes lábios.
- Os machos são menores que as fêmeas, e apresentam a cauda enrolada. O comprimento do parasita varia entre
15 e 40 centímetros, sendo que o número de parasitas em um mesmo hospedeiro pode chegar a 600.
❖ Ciclo biológico
- Ciclo de vida: os vermes adultos (+ou-50 cm) vivem no intestino humano, onde se reproduzem. Os ovos são
eliminados com as fezes. Se os ovos forem ingeridos por um ser humano, eclodem no estômago, dando origem às
larvas que perfuram o intestino e caem na corrente sanguínea. Passam pelo fígado, coração e pulmões. Perfuram
os alvéolos, sobem até atingir a faringe. São novamente deglutidos e ao atingirem o intestino, dão origem ao
verme adulto.
❖ Sintomas
- A maioria das infecções é assintomática.
- Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido.
- A ascaridíase pode causar dor de barriga, diarréia, náuseas, falta de apetite e obstrução intestinal.
- A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou
crise de asma.
- Outros sintomas são: dor abdominal, �atulência, cólica, diarreia, náuseas, vômito e presença de vermes nas
fezes.
- Algumas reações como alergias, pneumonia e choque ana�lático podem ocorrer, embora sejam mais raras
❖ Diagnóstico
- • O médico analisará os sintomas descritos pela pessoa e poderá pedir alguns exames laboratoriais.
- O principal é o exame parasitológico de fezes, mas em alguns casos são necessárias análises sanguíneas (pesquisa
de anticorpos) ou de secreções respiratórias (quando há pneumonia, por exemplo).
- Em casos de suspeita de obstrução intestinal,pode ser necessário um Raio-X abdominal.
❖ Modo de transmissão: ingestão de alimentos e água contaminados. É um parasita monoxeno (um
hospedeiro).
❖ Medidas Pro�láticas: saneamento básico. Lavar bem alimentos, �ltrar e ferver água, lavar as mãos, tratar
os doentes.
❖ Tratamento
- O tratamento da ascaridíase é feito através de medicamentos como Albendazol, Mebendazol ou Ivermectina.
- No entanto, a medicação deve ser acompanhada de cuidados de higiene pessoal (lavar as mãos, por exemplo),
medidas de higiene em relação aos alimentos (lavar as frutas e verduras em água corrente) e a água (ferver, caso a
água não seja tratada), e saneamento básico.
_____________________ ENTEROBÍASE - ENTEROBIUS VERMICULARIS ___________________
❖ Características gerais
- Provoca parasitismos com manifestações intestinais discretas;
- Prurido anal;
- Distribuição mundial.
- Oxiurose ou enterobiose é uma doença causada pelo verme nematelminto Enterobius vermicularis (vulgo
oxiúro). Os machos têm menos de 15mm e as fêmeas podem chegar a 20mm de comprimento.
- São vermes que vivem no intestino grosso.
- Macho: caudas fortementes curvadas e espículas ( Vzinho)
- Fêmea: caudas pontiagudas e longas,vulva,5000 a 16000 mil ovos
❖ Habitat
- Machos e fêmeas vivem no ceco e apêndice
- Fêmeas com ovos são encontradas na região perianal
❖ Ciclo biológico
- Possui um ciclo biológico simples, onde o macho e a fêmea de espécie se acasalam no intestino grosso do ser
humano, mais precisamente na região do ceco. Logo após a cópula, o macho morre e a fêmea, repleta de ovos,
tende a seguir em direção a um local com temperatura mais baixa, e com maior teor de oxigênio, o ambiente
externo.
❖ Biologia
1- Ciclo (Monoxênico)
• Ovos larvados são eliminados com a morte das fêmeas na região perianal, �cando aderidos à pele;
• Os ovos, com larvas infectantes podem ser ingeridos diretamente pelo indivíduo infectado ou eliminados no
ambiente;
• Após o ovo ter sido ingerido, ocorre a eclosão e a larva penetra na mucosa do intestino delgado, migrando até
o ceco onde completam a maturação sexual;
• Acasalamento e migração das fêmeas repletas de ovos larvados para a região perianal.
2- Nutrição: eutró�cos (alimentação saprozóica )
Infectividade:
• Ocorre heteroinfecção e autoinfecção externa;
• Apesar da fêmea ter vida curta, ocorre grande produção de ovos para o ambiente;
• O �nal da maturação depende de algumas horas (4 -6) em presença de oxigênio;
• Ocorre grande variação na quantidade de parasitos eliminados, devido às variações na resposta imune
individual, principalmente em áreas endêmicas.
• À noite, durante o sono do hospedeiro, as fêmeas migram para depositar seus ovos,que podem causar intensa
irritação.
❖ Sintomas
- O sintoma característico da enterobíase é o prurido anal, que se exacerba no período noturno devido à
movimentação do parasito pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia.
- Em relação às manifestações digestivas, a maioria dos pacientes apresenta náuseas, vômitos, dores abdominais
em cólica, tenesmo e, mais raramente, evacuações sanguinolentas.
- Nas mulheres, o verme pode migrar da região esfíncter retal para a genital, ocasionando prurido vulvar,
corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário, e até excitação sexual. Apesar da sintomatologia,
não se veri�ca eosino�lia periférica e os níveis de IgE em patamares dentro da normalidade, com exceção de
estudo de infecção massiva promovendo uma alta elevação de IgE sanguínea e contagem de eosinó�los.
- Existem relatos de localização ectópica da patologia levando a quadros de apendicites, salpingites, granulomas
peritoneais e perianais, doença in�amatória pélvica.
❖ Como contrai
- A oxiurose pode ser contraída quando não há apropriada higiene pessoal, principalmente de crianças, pois
estas ainda não possuem uma noção básica de higiene. Também é possível contrair a doença ingerindo alimentos
e bebidas contaminadas, levando a mão contaminada à boca após contato com superfícies sujas, ou até com a
região anal.
❖ Diagnóstico
1- Clínico: Prurido anal noturno e continuado
2- Laboratorial: EPF não é o mais indicado, porém,ovos podem ser visualizados. Método de graham ( �ta).
❖ Tratamento
- O tratamento de escolha é o pamoato de Pirantel na dose de 10 mg/kg em dose única, não ultrapassando 1g,
por via oral, preferencialmente em jejum. Apresenta uma e�cácia em torno de 80 a 100% de cura, com poucos
efeitos adversos, tais como: cefaléia, tonturas e distúrbios gastrointestinais leves. Sugere-se na maioria dos casos
a repetição do tratamento, aumentando assim a taxa de cura deste nematódeo intestinal.
- Como terapia alternativa à participação dos benzimidazólicos de uso em humanos, mebendazol e albendazol
em dose única e repetição em 2 semanas. O mebendazol é administrado por via oral, 100 mg, independente da
idade do paciente, apresentando e�cácia de 90 a 100% de cura, com raros efeitos colaterais.
- O albendazol é receitado na dose de 400 mg, também independente da idade, e proporcionando taxa de cura
também perto dos 100%. Náuseas, vômitos, diarréia, secura na boca e prurido cutâneo podem surgir após a
ingestão, porém é raro o seu acometimento.
❖ Pro�laxia
- Higiene pessoal
- Uso correto dos sanitários
- Cuidados referentes à alimentação e à água, etc.
- Observação dos hábitos de higiene
- Manutenção das mãos limpas
-Unhas bem aparadas
- Roupas de cama limpas e trocadas frequentemente.

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