PIM VI GESTA_O PA_BLICA

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA
 GESTÃO PÚBLICA 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VI
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Ana Paula Marta da Silva – RA: 2165266
 Glaucia Caldas Thuswohl Lyra – RA: 218317
 Lúcio Rodrigues do Carmo – RA: 2181556
Rebecca da Cunha Dias – RA: 218217 
 
 
.
BRASÍLIA
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA
GESTÃO PÚBLICA 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VI
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
 Trabalho Interdisciplinar do Projeto Integrado 
Multidisciplinar, apresentado como exigência parcial para conclusão do 6º Bimestre do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública da Universidade Paulista – UNIP EaD, sob a Coordenação do Prof. 
Esp.
 
BRASÍLIA 
2022
RESUMO
Este trabalho visa cumprir a proposta do Projeto Integrador PIM VI. Isto é, analisou por meio dos conteúdos estudados no bimestre como a teoria pode ser aplicada na vivência empresarial. Sendo assim, os conceitos das disciplinas Estatística Aplicada, Finanças e Orçamentos Públicos, Ética, Cidadania e Sustentabilidade foram explorados ao longo do projeto. E para uma melhor contextualização dos conhecimentos mencionados foi desenvolvido um estudo de caso cujo a empresa escolhida foi a instituição financeira Caixa Econômica Federal, pois sendo ela uma empresa de capital aberto, facilitou a obtenção de dados/informações e consequentemente o desenvolvimento do projeto. Observa-se também que, entre os pontos discutido no projeto integrador PIM VI, compreendeu-se que o controle das finanças e orçamentos públicos favorece o aumento da capacidade competitiva, bem como, um melhor gerenciamento de dados, agilidade e eficiência nos processos. A metodologia aplicada foi qualitativa, através de uma revisão da literatura em artigos, dissertação, livros e o site da empresa. Conclui-se que, a Caixa, mantem- se firme no mercado em constante crescimento. A empresa bancária é uma instituição que possui metas claras, e a cada dia consolida, ainda mais, sua posição como uma das maiores instituições financeiras do mundo, aumentando sua rentabilidade, potencializando o valor para seus acionistas, corroborando assim para o desenvolvimento e crescimento da economia brasileira.
Palavras-chave: Gestão Financeira. Estatística. Orçamento Público. Sustentabilidade. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 DESENVOLVIMENTO	6
2.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL	6
3 ESTATÍSTICA APLICADA	7
3.1 A ESTATÍSTICA NAS ATIVIDADES E OPERAÇÕES DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL	8
3.1.1 DEMONSTRAÇÃO ESTATÍSTICA DE LUCRO LÍQUIDO E ATIVO DA CAIXA EM 2021	8
4 FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS	11
4.1 DIMENSÕES BASILARES DAS FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL	13
5 ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE	14
5.1 PRINCÍPIOS ÉTICOS, DE CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL	17
6 CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS	19
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho descreve o Projeto Integrador Multidisciplinar PIM VI, do curso superior de tecnologia em Gestão Pública. O desenvolvimento do projeto deu-se por meio de uma pesquisa bibliográfica sobre os principais conteúdos estudados no bimestre, sendo estes: Estatística Aplicada, Finanças e Orçamentos Públicos, Ética, Cidadania e Sustentabilidade. Além disso, foi realizado um estudo de caso expositivo, com a finalidade de analisar, a partir dos conhecimentos teóricos estudados, como estes conceitos estão aplicados na gestão de uma das maiores instituições financeira do país, a Caixa Econômica Federal.
Observou-se no projeto que a análise estatística auxilia o banco no levantamento, análise e interpretação de dados numéricos variáveis, o que evidentemente ajuda na tomada de decisões. As projeções de crescimento, decrescimento de programas, faturamento e investimento são acompanhados com mais precisão por meio dos dados estatísticos. 
O projeto retratou também que as Finanças Públicas apresentam um princípio doutrinário fundamentado e ligados a Teoria Econômica, e de domínio de normas jurídicas de vertente tributária, financeira e administrativa. Logo, esta teoria, busca compreender a justificativa da ocorrência de dados fenômenos financeiros no mundo concreto a fim de que possam ser construídas variáveis de interpretações, sendo uma vertente de estudo muito importante quando se deseja desenvolver qualquer ação específica (SALTO, ALMEIDA, 2016).
É relevante destacar também que, quanto aos aspectos da sustentabilidade na empresa em questão, ela consegue reunir políticas e ações sustentáveis, atua de maneira consciente e acompanha o processo que envolve a gestão sustentável dos negócios, com o intuito de dizimar os impactos sociais e especialmente ambientais na sua gestão empresarial. 
Portanto, com base na pesquisa dos conhecimentos estudados no bimestre foi possível verificar no estudo de caso que a CAIXA possui metas claras, e a cada dia consolida sua posição como umas das principais redes financeiras do país, oferecendo vários tipos de serviços, aumentando a sua rentabilidade, potencializando o valor para seus acionistas e alcançando um retorno acima da média em relação a outras instituições do segmento.
2 DESENVOLVIMENTO
Para o desenvolvimento do Projeto integrador Multidisciplinar PIM VI, como já mencionado, foi escolhida, a instituição financeira Caixa Econômica Federal. Dessa forma, por ser uma empresa de capital aberto corroborou para a obtenção de informações e dados da organização. A pesquisa basicamente centrou-se no objetivo de explorar os conhecimentos sobre Estatística Aplicada, Finanças, Orçamentos Públicos, bem como, a Ética, Cidadania e Sustentabilidade. Onde por vez também, ao longo do projeto buscou-se demonstrar esses conteúdos e conceitos na prática bancária. 
2.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
A Caixa Econômica Federal é um banco brasileiro, que se apresenta na forma de empresa pública, isto é, possui patrimônio próprio e autonomia administrativa. A instituição possui sede no Distrito federal e filiais em todo o país. Além disso, possui vínculo com o Ministério da Economia.
Fundada em 1861 por Dom Pedro II, é uma empresa cujo sua história se alinha com o desenvolvimento e trajetória do Brasil e sua população. A Caixa praticamente sempre fez parte das principais mudanças e progresso do país, como transição de regimes políticos, fase de industrialização e urbanização e, sempre favoreceu o crescimento do país criando projetos, medidas e ações (CAIXA,2022).
O banco CAIXA hoje é considerado o maior banco público da América Latina, desenvolve operações comerciais, levando em consideração sempre o lado social, é centralizador de operações como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS) e Habitação popular (CAIXA,2021). 
A Caixa especialmente é uma prestadora de serviços, que atua visando a promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do Brasil. Sendo assim, a instituição financeira, é agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro. 
3 ESTATÍSTICA APLICADA 
 A Estatística é uma área da matemática que basicamente utiliza fórmulas, métodos, recursos gráficos e softwares para organizar, analisar e interpretar dados. Assim, por meio de dados estatísticos, empresas e profissionais podem utilizar para vários fins, principalmente no auxílio e tomada de decisões. Ela é uma ciência que trabalha com informações, associando dados à realidade do dia a dia de uma organização, mostrando por meios comparativos as variações existentes num determinado período (LARSON, FABER, 2004).
Observa-se que, a estatística dispõe de uma coleção de métodos quepodem ser utilizados para converter dados brutos em informações relevantes, capazes de resolver, reverter, entender e mensurar problemas sociais e organizacionais. Dessa forma, o uso dos recursos estatísticos é essencial, pois o acesso a coleta e análises de dados, indiscutivelmente, auxiliam nas decisões empresariais, os quais podem minimizar perdas e maximizar vantagens e ganhos (DOANE; SEWARD, 2014).
Com a democratização do acesso à internet, a explosão do Big Data Analytics (coleta, cruzamento e análise de dados de milhões de usuários continuamente a partir de seus hábitos na internet), o destaque da opinião e da experiência dos consumidores nos últimos anos, é inegável a vantagem competitiva alcançada com a utilização desses recursos. Logo organizações, principalmente as bancárias, veem na estatística uma ciência indispensável para o desenvolvimento de seus processos e operações. 
A estatística pode ser dividida em duas ramificações:
· Estatística Descritiva: É a parte que busca os melhores métodos para coletar, ordenar e sumarizar utilizados dados numéricos e gráficos aos dados experimentais. 
· Estatística Experimental: Trata- se da parte que fornece os métodos de 
análise e interpretação dos resultados dos experimentos.
3.1 A ESTATÍSTICA NAS ATIVIDADES E OPERAÇÕES DA CAIXA ECONOMICA FEDERAL 
Antes de lançar mão das ferramentas da estatística, faz -se necessária uma breve conceituação de seus elementos fundamentais. O livro-texto da UNIP divide em cinco elementos: população, amostra, amostragem, parâmetro e estimador. De acordo com Silva e Melo (2012), população é o conjunto de todos os itens que interessam ao estudo de um fenômeno coletivo. Amostra é qualquer subconjunto não vazio de uma população. 
Nesse sentido, por meio de escolha da amostra, que consiste na seleção criteriosa dos elementos a serem submetidos ao estudo, é a amostragem. Os autores ainda definem parâmetro como a denominação de uma característica numérica estabelecida para toda uma população. Por fim, estimador é a característica numérica estabelecida para toda a amostra.
O relatório de análise e desempenho da CAIXA, disponibilizado pela instituição em 31 de dezembro de 2021, baseou-se nas demonstrações contábeis consolidadas da CAIXA, e abrange as demonstrações da instituição e de suas subsidiárias. No levantamento de dados e demonstrações gerenciais, observou-se eventuais diferenças em razão das realocações ou agrupamento de itens. No entanto, o uso da estatística ajudou e forneceu um melhor entendimento ou visão da evolução de ativos, passivos e resultados, e ainda auxiliou a preservar a comparabilidade dos dados entre os períodos.
 Sendo assim, nos próximos tópicos serão apresentados exemplos dos recursos estatísticos utilizados pela CAIXA no relatório de análise e desempenho 2021.
3.1.1 DEMONSTRAÇÃO ESTATÍSTICA DE LUCRO LÍQUIDO E ATIVO DA CAIXA EM 2021 
Por meio do gráfico de barras, que será apresentado abaixo, em 2021, observou-se no relatório que o lucro líquido da CAIXA foi de R$ 17,3 bilhões em 2021, 31,1% maior se comparado ao ano de 2020. No 4T21 (relatório de análise e desempenho 2021) o lucro líquido totalizou R$ 3,2 bilhões, demonstrando um aumento de 0,3% em relação ao trimestre anterior. O crescimento em relação a 2020 foi possível por meio do aumento de 15,3% na margem financeira e 1,7% em receitas de prestação de serviços; e da redução de 0,7% em despesa de provisão para perdas associadas ao risco de crédito (CAIXA,2021).
 Essas comparações podem ser observadas na imagem 1:
Imagem 1: Lucro Líquido e Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Valor em R$ bilhões - indicador em %
Fonte: Reproduzida pelos autores do relatório 2021 da CAIXA ,2022.
Pelas demonstrações apresentadas no gráfico de barras, observou-se o lucro líquido da CAIXA, e ao mesmo tempo as comparações de aumento e declínio em relação ao anterior (2020). Essas informações foram divulgadas no relatório da instituição 2021 e representada na figura 2: 
o retorno sobre o patrimônio líquido registrou 16,9% e o retorno sobre o ativo médio alcançou 1,19%, crescimentos em 12 meses de 1,7 p.p. e 0,2 p.p. respectivamente. Os ativos da CAIXA totalizaram R$ 1,5 trilhão, composto principalmente por 58,3% da carteira de crédito ampliada e 18,6% na carteira de títulos de valores mobiliários e derivativos. A margem financeira alcançou R$ 11,5 bilhões no 4T21, aumento de 8,5% se comparado ao 4T20. O crescimento é decorrente dos aumentos de 16,2% nas receitas com operações de crédito, 27,2% no resultado de operações com títulos e valores mobiliários, 152,0% no resultado de aplicações interfinanceiras de liquidez e de 133,6% com resultado das aplicações compulsórias.
 Figura 2: Ativo e Retorno de sobre o Ativo Médio
Fonte: Reproduzida pelos autores do relatório 2021 da CAIXA ,2022.
Para a estatística o gráfico de barras é um recurso eficiente, pois consegue representar bem dados discreto. O histograma muito parecido com o gráfico e comumente representa dados contínuos. Basicamente a diferença entre eles centra-se no fato de que o gráfico de barras apresenta espaço entre suas colunas e o histograma não.
4 FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
Qualquer forma de governo que possua requisitos mínimos de gerenciamento detém instrumentos fiscais que possam influenciar na alocação, distribuição, estabilidade e regulamentação das questões econômicas. Neste sentido, o objetivo primordial da administração pública consiste na oferta do bem-estar social, aos cidadãos, através dos bens e serviços considerados essenciais para a manutenção de uma vida digna (MARQUES, 2017).
	A implementação de uma política fiscal eficaz, a partir do uso de instrumentos que sejam sólidos e baseados em alicerces que delimitem os direitos patrimoniais de cada uma passa a ser um requisito mínimo, já que a proteção dos direitos individuais e coletivos é uma preocupação não só do Brasil, mas de todos os países do mundo (ANDRADE, 2020).
	As Finanças Públicas possuem o seu embasamento doutrinário alicerçado em princípios e fundamentos ligados a Teoria Econômica, pertencente as normas jurídicas de vertente tributária, financeira e administrativa. Esta teoria, busca compreender a justificativa da ocorrência de dados fenômenos financeiros no mundo concreto a fim de que possam ser construídas variáveis de interpretações, sendo uma vertente de estudo muito importante quando se deseja desenvolver qualquer ação específica (SALTO, ALMEIDA, 2016).
Para que se tenha eficiência nos serviços, é necessário informar que a maior fonte de renda do Estado Brasileiro deriva da receita tributária, que é a entrada definitiva de dinheiro para os cofres públicos por meio dos tributos. Compreende-se a alta complexidade existente neste tipo de receita, pelo fato de assumir valores que pesam para os contribuintes, estes se revelam extremamente difíceis de controlar e arrecadar (QUEIROZ, 2018).
A presente situação financeira econômica do Brasil de estagnação, não tem beneficiando a assiduidade das empresas no mercado. O período pelo qual o país se encontra é de recessão econômica, devido, a elevada carga tributária, diminuição do crédito e redução do poder aquisitivo da população, são exemplos, além das altas taxas de juros e inflação pelas quais alocam as empresas em situação econômica inquietante e delicada (FERNANDES; NASCIMENTO, 2015). 
A situação financeiro-econômica das empresas, não é apenas do interesse dos acionistas e gestores, mas de toda população, incluindo-se aqui, governo, dos fornecedores, financiadores e clientes. Por essa razão a averiguação da saúde financeira das empresas se dá por meio de métodos contábeis os quais são de grande estima para sua continuidade (LUNKES; GASPARETTO; SCHNORRENBERGER. 2019).
Diante de todo o exposto, percebe-se que os gastos do governo demandam uma grande quantidade de recursos e preparação, tanto em razão do aumento da população, quanto pela qualidade dos atos públicos que são requisitados, a fim de que sejam criadas ações que auxiliem oscidadãos de fato (MARQUES, 2017).
	A função estabilizadora do Estado consiste na criação de planos e ações que possuam como intuito primordial combater a inflação e o aumento dos preços, a partir do controle das taxas de juros e da oferta e demanda dos produtos, além da tentativa de estabilização de valores, com a elevação de vagas de emprego e do aumento do valor mínimo de renda, que acabam por proporcionar um crescimento econômico e uma maior qualidade de vida para as pessoas (ANDRADE, 2020).
	Conforme o supramencionado autor, a função estabilizadora do estado possui duas vertentes: a fiscal e monetária. A partir dos instrumentos fiscais, é possível observar a execução de orçamentos públicos com a angariação de tributos, já com os instrumentos monetários se desenvolveu uma atividade de controle da ação expansiva ou retraída da moeda e do crédito local, além dos depósitos compulsórios, taxa de juros, dentre outros.
	A lei que regulamenta as atividades financeiras e orçamentárias do Estado é a própria Constituição Federal de 1988, que determina quais são as competências, atribuições e os princípios que nortearão as diretrizes da administração pública direta e indireta, que inclui municípios, estados, União, fundações, autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos (BRASIL, 1988).
A partir da visão Keynesiana, existe um envolvimento direto e ativo do ente estatal no incentivo da economia, a fim de que haja a promoção de ajustes na alocação de recursos e da distribuição de renda e na manutenção da estabilidade da economia. Neste sentido, os bancos públicos constituem uma vertente das finanças públicas que devem ser analisados com ênfase no presente trabalho, já que se consubstanciam como instrumentos-chave para que os objetivos estatais sejam alcançados (ANDRADE, 2020).
4.1 DIMENSÕES BASILARES DAS FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
	Na obra de Lima (2018) é possível observar quais os motivos que resultaram no desenvolvimento e na criação de bancos públicos no país, dentre eles, evidenciam-se a necessidade econômica de que as organizações financeiras influenciassem no desenvolvimento socioeconômico.
	Existem três dimensões basilares que justificam a atuação financeira de bancos como a Caixa Econômica Federal. A primeira seria a necessidade de ampliação de ofertas de crédito, em condições acessíveis, diante de um contexto inflacionário; a segunda seria a ampliação de atendimento das pessoas que possuem necessidades financeiras específicas relacionadas a incentivos governamentais, e por fim, a terceira que seria a função anticíclica que o Estado possui, e a sua necessidade de fornecer auxílio em momentos de instabilidade (LIMA, 2018).
	Neste sentido, a Caixa possui como objetivo primordial oferecer o financiamento ao desenvolvimento urbano, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. O banco possui a atuação em três âmbitos: Na gestão e administração do FGTS, PIS, benefícios previdenciários devidos pelo INSS, do seguro desemprego, FIES, loterias federia e acesso bancário facilitado a pessoas de baixa renda; no desenvolvimento de programas de habitações nos limites urbanos, sendo um dos principais agentes financeiros dos recursos orçamentários da União; e na transferência de benefícios sociais, a partir da localização e aplicação de verbas, análise de projeto, liberação de valores financeiros a partir do cronograma físico e financeiro do Estado, além da prestação de contas dos gestores (ANDRADE, 2020).
	
5 ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
As políticas econômicas baseadas no liberalismo econômico estavam alicerçadas no modelo de Keyne com o intuito de oferecer o pleno emprego aos cidadãos, a partir de políticas públicas em que o Estado passou a atuar como um órgão regulador, implementando a economia mundial até a mudança de paradigmas para o modelo neoliberal, que defende a necessidade de observação dos aspectos socias da economia (ANDRADE, 2020).
A natureza política, que surge a partir da forte tensão geopolítica após a Segunda Guerra Mundial, com a existência da dualidade entre o capitalismo e o socialismo afeta grande parte dos países do mundo. Em relação aos países que adotaram o capitalismo, foi suscitada a necessidade de revisão do aspecto social das relações ocorridas entre o capital e a força de trabalho, com a ampliação expressiva da presença do Estado nos setores econômicos, o que justifica a regulamentação da função social das empresas e das políticas públicas desenvolvidas (SALTO, ALMEIDA, 2016).
A implementação destas mudanças sociais incentivou uma mudança no próprio Estado que passou a adotar conceitos que fomentam a diminuição das desigualdades sociais. A natureza sociocultural afirma que a sociedade e os indivíduos que a ela pertencem passaram por um processo de reconhecimento de seus direitos enquanto componentes da própria comunidade, sendo necessário que sejam protegidos pelo Estado e dele recebam a assistência de que precisarem, a partir de preceitos éticos e do real exercício da cidadania (OLIVEIRA et al, 2012).
Com o rápido desenvolvimento industrial dos dois últimos séculos, a vida do ser humano ganhou padrões elevados e consigo elevaram também os custos ambientais de forma significativas. Todavia, a falta da consciência dos problemas do meio ambiente somado com crises econômicas e desigualdades sociais já são um problema existente de longa data. 
Inicialmente, a sustentabilidade nas organizações foi vista como uma obrigação, que girava em torno de influências do governo e da sociedade, levando em consideração que as normas ambientais foram elaboradas pelas instituições públicas implementando a definição acerca do que seria ecologicamente correto, impondo que tais medidas fossem implantadas nas organizações (PAZ; KIPPER, 2016). 
Nesse sentido, as organizações têm se deparado com exigências do mundo quanto a minimização dos problemas, partindo de princípios administrativos e tecnológicos para alcançar o seu sustento. A intenção é que as empresas (tanto públicas, quanto privadas) façam parte das soluções do planeta e não sejam as causadoras dos problemas. 
Porém, impor a sustentabilidade nas organizações não é uma tarefa fácil, pois cabe aos gestores, pregar o conceito na rotina de todos os envolvidos da empresa. Além disso, a sustentabilidade deve fazer parte da política da instituição, visto que essa decisão não pode estar só no âmbito tático e operacional, devendo haver qualificação dos profissionais, visando alinhar o comportamento com o conceito, além de dispor da melhor forma de gerenciar esse desafio (BOLZAN; HERRERA, 2014).
Só se obtém de fato a sustentabilidade os esforços que contribuírem com três aspectos interdependentes; social, econômico e ambiental. Nesta linha de raciocínio, o fator sustentável não se liga somente com os fatores naturais, mas também com o desenvolvimento individual e social dos cidadãos. Tendo em vista o aspecto social, a organização tem que adaptar ótimas condições de trabalho para os colaboradores, gerar emprego, e abordar fatores que lidem com o combate à desigualdade social promovendo a cidadania. No aspecto econômico, as organizações terão que da rentabilidade ao seu investimento e no ambiental, atentar-se ao uso dos recursos, emissão de resíduos poluentes, preocupando-se com o meio ambiente com ações éticas (OLIVEIRA et al, 2012).
Através do conjunto de ações cujo objetivo é a redução do impacto sobre o meio ambiente, a organização que passa a adotar essa prática vem ganhando destaque na imagem diante dos consumidores, onde discute acerca da cadeia de valor sustentável, que uma vez criada, a organização consegue reduzir os custos, os riscos, influenciando no aumento da qualidade, além de desenvolver novos negócios (OLIVEIRA, 2012).
São inúmeros estudos que apontam a sustentabilidade como um fator significativo para a inovação e investimento. Pois com a redução de matérias primas e menos emissão de substâncias poluentes, as empresas teriam um grande avançoquanto aos indicadores financeiros e empresas que não acompanharem o ritmo, nos próximos anos terão dificuldades em se manter no mercado competitivo. As organizações que adotarem medidas ecologicamente corretas, terão vantagens e diferenciação do mercado ligados à sua imagem. Além disso, a busca da sustentabilidade atualmente está sendo mais importante, do que a utilização da matéria prima natural. O que torna esse ponto de vista, extremamente estratégico (PAZ; KIPPER, 2016).
A competitividade é a habilidade de uma empresa em aumentar a sua fatia de mercado e lucratividade; fazendo uso de estratégias diferentes de seus concorrentes e difíceis de imitar, assim tornando-se uma vantagem a longo prazo. Uma organização empresarial torna-se competitiva a partir do momento que aponta diferenças em um determinado mercado; diferenças essas dadas por meio de retornos acima da média de seus concorrentes (BOLZAN; HERRERA, 2014).
Oliveira et al (2012) trazem uma definição descomplicada a respeito da competitividade empresarial: ocorre quando mais de uma instituição disputam os melhores resultados entre os consumidores, proporcionando inovação e crescimento da economia; sendo que essa organização que obtêm destaque está em vantagem competitiva.
Não basta conseguir estar em vantagem competitiva, a organização precisa manter-se a longo prazo, tendo a necessidade de analisar as variáveis que estão sendo aplicadas por seus concorrentes e atuando com estratégias que não possam ser simplesmente imitadas. A organização que está em vantagem competitiva conseguirá manter-se em vantagem dependendo da sua capacidade de inovação e combinando suas competências essenciais, tendo base para esse desenvolvimento a tecnologia (SILVA; REIS, AMÂNCIO, 2011).
 É uma relação de complexidade nas últimas décadas entre a competitividade e a sustentabilidade, devido a implantação das empresas a esse contexto não acompanharem o ritmo do avanço da discussão sob o contexto da sustentabilidade organizacional (PAZ; KIPPER, 2016). 
O setor privado não está dispensado de adotar as novas práticas sustentáveis, podendo aproveitar as vantagens que vão adquirir por meio do contexto. Para isso, é importante que as empresas se antecipem às demandas, restrições e configurações que podem advir desse novo cenário (OLIVEIRA et al, 2012).
Silva Reis e Amâncio (2011) analisam que a sustentabilidade diante das operações pode ser incorporada na gestão ambiental e na competitividade empresarial. Tornando viável as percepções a respeito do assunto já que algumas pessoas acham que ao longo dos tempos não seria viável a continuação das negociações sem a proteção sustentável; e para outras a competitividade e a sustentabilidade são pontos incongruentes.
5.1 PRINCÍPIOS ÉTICOS, DE CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 
Especificadamente em relação a Caixa, percebe-se que um programa pautado na sustentabilidade, a partir do desenvolvimento social e da efetivação da cidadania é o Minha Casa, Minha Vida. Segundo a Caixa (2012), o programa possui com objetivo a promoção da produção ou aquisição de novas unidades habitacionais ou a requalificação de imóveis urbanos para famílias com renda mensal de até R$ 5.000,00. 
A renda para o financiamento pode provir de quatro fontes. A primeira é o financiamento realizado com recursos do próprio FGTS, para famílias que possuem a renda até R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a segunda é o Fundo de Arrecadamento Residencial (FAR), para as famílias que possuem como renda até R$ 1.600,00 (mil e seiscentos reais) e este financiamento e realizado em parceria com o poder público das esferas estatais e municipais, o terceiro é o Fundo de Desenvolvimento Social, para famílias que possuem como renda mensal até 1.600,00 (mil e seiscentos reais) e provém de entidades privadas, cooperativas habitacionais ou mistas, além de associações ou qualquer organização sem intuito lucrativo, e por fim, a quarta constitui a oferta pública de recursos, para famílias com renda mensal de até 1.600,00 (mil e seiscentos reais) dispostas em municípios de até 50.000 habitantes. (MORENO, 2013)
A lei n° 11.977/2009 dispõe acerca do PMCMV e nela são encontradas especificidades acerca do programa tais como, os parâmetros que devem ser adotados, os critérios para concessão do financiamento e quais as modalidades de financiamento utilizadas. Percebe-se que a mitigação os efeitos da crise econômica vivida mundialmente pelo PMCMV transpassam a questão habitacional e é inserida em um contexto político mais amplo, que possui a indústria da construção civil como fonte principal para realizar a dinamização da economia e realizar o consumo enquanto consiste em um meio de inclusão social (MORENO, 2013).
6 CONCLUSÃO 
O desenvolvimento do Projeto Integrador Multidisciplinar PIM VI foi muito importante. Os autores conseguiram compreender de forma mais aprofundada como a teoria pode ser aplicada na realidade prática dos processos e atividades de uma organização. Além disso, a realização do estudo de caso numa instituição grande como a Caixa Econômica Federal oportunizou a consolidação dos conteúdos estudados no bimestre.
Como visto ao longo do projeto, a CAIXA utiliza métodos estatísticos para produzir levantamentos, análise e interpretação de dados numéricos variáveis. Dessa forma, auxilia na tomada de decisões e ao mesmo tempo ajuda diretamente na construção do relatório de desempenho do banco publicado anualmente. Observou-se que neste relatório as projeções de crescimento, decrescimento de programas, faturamento e investimento são acompanhados e analisados por meio de gráficos, fórmulas e recursos estatísticos. 
Outro aspecto verificado foi quanto as finanças e orçamento público, pois eles favorecem o desenvolvimento econômico das organizações e fazem com que a instituição alcance uma rentabilidade acima da média em relação aos seus investimentos. Nas questões ambientais atentou-se ao uso dos recursos, emissão de resíduos poluentes, preocupando-se com o meio ambiente com ações éticas. 
Assim, compreende-se que através de um conjunto de ações e objetivos é possível alcançar a redução do impacto sobre o meio ambiente. Bem como, as organizações que passam a adotar práticas sustentáveis vêm ganhando destaque diante dos consumidores, onde discutem a cadeia de valor sustentável. Esta, uma vez criada, consegue reduzir os custos e os riscos, influenciando no aumento da qualidade, além de desenvolver novos negócios da organização. Portanto, o projeto alcançou êxito e resultados satisfatórios. Nesse sentido, foi possível perceber a grandeza do mercado financeiro e a gestão empresarial da CAIXA.
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, Fernando Rocha. Textos de Finanças Públicas. Imprensa da Universidade de Coimbra/Coimbra University Press, 2020.
BOLZAN, João Felipe Martins; HERRERA, Vânia Érica. Sustentabilidade nas organizações: Uma questão de competitividade. REGRAD-Revista Eletrônica de Graduação do UNIVEM-ISSN 1984-7866, v. 6, n. 1, 2014.
CAIXA. Programa Minha Casa Minha Vida / FAR – Especificações Mínimas para Construções de Casas. Disponível em http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_habitacao/pmcmv/docu mentos_download.asp. Acesso em 17 abr. 2022
FERNANDES, C.N.; NASCIMENTO, V.S. RECUPERAÇÃO JUDICIAL: Estudo Contemplando Os Índices Contábeis Da Empresa Oi S.A. Revista Unibh, Belo Horizonte, v.1, n.1, p.15, 2015.
LIMA, Elisa de Figueiredo. O papel da Caixa como agente de política do governo: o programa minha casa minha vida (PMCMV). 2018.
LARSON, Ron; FARBER, Betsy; CYRO; TRADUCÃO TÉCNICA PATARRA. Estatística aplicada. Prentice Hall, 2004.
LUNKES, J. R.; GASPARETTO, V.; SCHNORRENBERGER, D. UM estudo sobre as funções da controladoria. Revista de Contabilidade e Organizações, São Paulo, v. 4, n. 10, p.106-126. 2019.
MARQUES, EUVALDO. Finanças Públicas-Administração Financeira e Orçamentária. Saraiva Educação SA, 2017.
MARIANO, Jacqueline Barboza. IMPACTOS AMBIENTAIS DO REFINO DE PETRÓLEO. 2001. Disponível em: http://antigo.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/jbmariano.pdf.Acesso em: 18 abr. 2022. 
MORENO, Ana Cecilia Rodrigues. Minha Casa Minha Vida: análise de desempenho térmico pela NBR 15.220-3, NBR 15.575, Selo Casa Azul e RTQ-R. Dissertações de Mestrado, Brasil, v. 0, n. 0, p. 1-205, 13 nov. 2013.
OLIVEIRA, Lucas Rebello de et al. Sustentabilidade: da evolução dos conceitos à implementação como estratégia nas organizações. Production, v. 22, p. 70-82, 2012.
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