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Júlia Agra P1 - BCMOL- prof. Renata ORGANELAS RELACIONADAS À SÍNTESE DE MACROMOLÉCULAS RER, REL E CG Organelas separadas por membranas e com compartimentos individualizados Sistema endomembranas: se distribui por todo o citoplasma e é constituído por compartimentos que se comunicam (RE, CG, LISOSSOMOS, VESICULAS DE TRANSPORTE) Diferentes composições químicas e diferentes funções Faces: fora da organela é citosoica e dentro é luminal POR QUE EXISTEM ESSE S COMPARTIMENTOS? Segregar e organizar reações químicas, como degradação e síntese de moléculas A célula precisa de homeostasia, sem essas separações as enzimas digestivas se misturariam na célula e atrapalharia sua execução SOBRE SÍNTESE E DISTRIBUIÇÃO DAS PROTEÍNAS Ribossomos livres Translocação pós traducional Ocorre quando a proteína é sintetizada totalmente no citosol e inserida após a sua total tradução Quando ela está dobrada corretamente e funcional, ela pode ir para o núcleo, mitocôndrias, cloroplastos ou peroxissomos Ribossomos no RER Translocação co-traducional Ocorre quando a inserção da proteína na organela acontece concomitantemente à sua produção Proteína não é totalmente produzida no RER, para finalização ela precisa ir ao CG. As proteínas sintetizadas no RER podem permanecer no RER, ir ao CG, formar LIS, compor a MP ou serem secretadas da célula. DIFERENÇAS QUANTO AO LOCAL E AO TIPO DE SÍNTESE DE PROTEÍNAS PERMITEM CLASSIFICAR AS CÉLULAS CÉLULA EXEMPLO Sintetizam proteínas para uso no citosol Eritroblastos, Cél embrionárias e cancerosas Sintetizam e segregam proteínas no RER e as exportam Fibroblastos e Plasmócitos Sintetizam no RER, vai ao CG e acumula em grânulos para uso posterior Leucócitos- granulócitos Sintetizam no RER e acumulam em grânulos de secreção, que serão exocitadas Cél secretoras do pâncreas e salivares ENTRADA DA PROTEÍNA NO LOCAL DE DESTINO SEQUÊNCIA SINAL O destino da proteína é determinado por uma sequência de aminoácidos Essa sequência é diferente para cada organela, elas direcionam a proteína para a organela correta Proteínas usadas no próprio citosol NÃO PRECISAM de sequência sinal, pois não têm uma organela destino Sequencias sinal são necessárias e suficientes Elas são reconhecidas pela partícula reconhecedora do sinal ou PRS, formada por uma cadeia de RNA Podem ser de dois tipos Tipo peptídeo sinal: sinal na região N-terminal (ponta), são frequentemente removidas após a síntese proteica Tipo região sinal: sinal interno, ele permanece na proteína MECANISMOS DE ENTRADA Núcleo- poros Vesículas transportadoras Organelas- transporte pelas membranas (translocadores proteicos ou translocons) Abertura do canal dependente da sequência sinal Abertura superior- entrada da proteína Abertura lateral- inserir proteína transmembrana Júlia Agra P1 - BCMOL- prof. Renata RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO CARACTERÍSTICAS MEMBRANA Associada a carioteca (membrana nuclear) Ribossomos acoplados- microscópio são partículas escuras Os ribossomos associam-se às membranas do RER na forma de polirribossomos- vários ribossomos acoplados a um mesmo RNAm, realizando síntese de várias proteínas iguais Responsável pela formação do REL Lipoproteicas, mais fina que a MP, pequena quantidade de glicolipídios e colesterol TÚBULOS E CISTERNAS Comunicam entre si e são um sistema contínuo no citoplasma Geralmente contêm uma solução aquosa na cisterna, onde estão mergulhadas as proteínas Os túbulos tendem a ser mais ou menos retos As cisternas (cavidade) são achatadas, podendo ter maior ou menor dilatação a depender da função da célula As proteínas produzidas no RER são transferidas para o interior das cisternas enquanto ainda estão sendo traduzidas- Translocação co-traducional Podem compor regiões internas do RE, CG, LIS, MP ou excretadas- se a proteína for direcionada ao CG ou ficar no RER, depende da sequência sinal Podem ser hidrossolúveis: para secreção ou para o lúmen da organela Podem ser transmembranas: residem na membrana e passam pelo canal lateral do translocon TRANSLOCADORES / TRANSLOCON Apresenta diversos domínios que formam um canal de transporte com 3 subunidades: alfa, beta e gama Complexo Sec61 Centro do translocador formado por 3 proteínas transmembranas O complexo Sec 61 reconhece a subunidade maior do ribossomo e funciona como um túnel para passagem da proteína, essa passagem ocorre quando a sequência sinal se liga a um local especifico (lateral) do Sec 61, causando mudança na forma do canal, que se abre BiP- proteína CHAPERONA que funciona como uma rolha, pois se liga ao Sec 61 do lado luminal, ela se dissocia quando o canal aquoso se abre Fenda lateral Plug é deslocado por uma pequena alfa-hélice para abrir SÍNTESE DE PROTEÍNAS SOLÚVEIS 1. Proteína com a sequência sinal está acoplada ao ribossomo- sendo traduzida 2. SRP- proteína de reconhecimento de sinal- função de reconhecer a sequência sinal, parada da tradução e deslocamento da proteína 3. Ligação do receptor com o complexo SRP que está no ribossomo, o que impulsiona o deslocamento do complexo até o translocador Júlia Agra P1 - BCMOL- prof. Renata 4. Ao chegar no translocador, o ribossomo descarrega a proteína juntamente a sequência sinal 5. Depois de colocar o ribossomo com a proteína no translocador, a tradução retorna e ocorre a clivagem da sequência sinal no N-terminal pelas enzimas peptidades 6. A partir do retorno da tradução, as chaperonas se inserem na proteína e garantem o dobramento correto dela, precisando de ATP para isso Pontes dissulfeto, apenas no lúmen do RER, contribuem para a estabilização das estruturas terciarias e quaternárias da proteína Algumas proteínas destinadas a secreção, após terem sua sequência sinal clivada, penetram no lúmen do RER na sua estrutura primária, portanto, necessitam de dobramentos assumir sua estrutura secundária ou terciária funcional. Esses dobramentos são feitos pelas CHAPERONAS (a BiP é um exemplo de chaperona) As chaperonas também se ligam às proteínas sintetizadas livres no citosol, em que elas mantêm a cadeia estendida até que a síntese seja completada para evitar quebra de cadeia 7. É inserido, também, um carboidrato na proteína que está sendo sintetizada 8. A associação do ribossomo com o RER é transitória, ao término da síntese o ribossomo é liberado no citoplasma SÍNTESE DE PROTEÍNAS TRANSMEMBRANAS Ocorre quando a proteína, ao passar pelo canal aquoso, fica com parte presa à membrana 1. Sequência de parada da transferência: Após a clivagem da sequência sinal, o restante da proteína é preso à membrana pela sequência de parada, um segmento hidrofóbico no interior da proteína que bloqueia o restante da translocação da cadeia, deixando parte na membrana. 2. Em seguida, o complexo Sec 61 abre-se lateralmente e a proteína se difunde pela bicamada lipídica 3. Depois de entrar, ela é transportada como parte integrante da membrana de vesículas que brotam do reticulo e que se dirigem para a membrana-alvo 4. Assim, a proteína é transportada como constituinte de membrana, e não como proteína solúvel OBS: quando há a passagem múltipla, a sequência sinal é localizada no interior da cadeia, que se alternam com sequencias de parada. PASSAGEM ÚNICA COM SEQUÊNCIA SINAL CLIVADA O processo inicial é o mesmo da proteína solúvel, desde a SRP até chegar ao translocador Sequência sinal na PONTA (por ser única passag.) A proteína vai sendo formada no lúmen até atingir a sequência de parada de transferência A sequência sinal é clivada por peptidase Translocador abre lateralmente ea proteína se desloca e fica incrustada na bicamada lipídica PASSAGEM MÚLTIPLA COM SEQUÊNCIA SINAL NÃO CLIVADA Sequência sinal INTERNA na proteína Ao atingir a sequência de parada, o translocon se abre lateralmente e recoloca a proteína na bicamada, que ultrapassa duas vezes A sequência de parada se desloca junto da sequência sinal para a membrana, em que ficam juntas- sem clivagem Uma proteína que passa mais de duas vezes, para cada uma, se vai ter uma sequência sinal interna e uma sequência de parada, em que a dupla vai ser deslocada pela parte lateral do translocador e vai ser inserida na membrana. GLICOSILAÇÃO Adição de carboidratos (açúcares) por ligação covalente à proteína, transformando-a em uma glicoproteína. Muitas proteínas dependem disso para enovelamento Ocorre enquanto a proteína está sendo traduzida e translocada para as cisternas do RER e continua no CG É a transferência de um oligossacarídeo, vindo do próprio RER, que contém 14 resíduos de açúcar pré-formados: 2 N- acetilglicosamina, 9 manoses e 3 glicoses 1. Antes de ser ligado a proteína em formação, esse oligossacarídeo fica ligado a um lipídeo da membrana, chamado DOLICOL FOSFATO, e, por meio oligossacariltransferases, vão compor a proteína. 2. A energia para isso é obtida pela quebra de uma ligação de fosfato entre o dolicol e o oligossacarídeo Júlia Agra P1 - BCMOL- prof. Renata 3. Esse açúcar é conectado ao grupo amina do aminoácido ASPARAGINA da proteína que está sendo formada (por isso se chama N-acetilglicosamina) 4. 2 glicoses e 1 manose são removidos dessa cadeia. Na retirada da primeira glicose, as chaperonas se ligam a cadeia e iniciam o dobramento. Na retirada da segunda glicose, há dissociação das chaperonas e liberação da proteína OBS: Caso o dobramento ocorrer incorretamente, a proteína pode receber novamente a glicose (reglicosilada) e ser reconhecida novamente pelas chaperonas ZT OU ZONAS DE SAÍDA Regiões do RER livres de ribossomo distribuídas ao longo das membranas RER, onde as vesículas são montadas. Se associam às pilhas do CG, havendo proximidade e boa comunicação entre elas COMPLEXO DE GOLGI FUNÇÕES Estação de empacotamento das proteínas vindas do RER- As proteínas sintetizadas e processadas no RER são exportadas em vesículas que brotam da membrana do RER e se fundem com a membrana do CG As vesículas de transporte que brotam da ZT se fundem para formar uma rede de estruturas tubulares que constitui o compartimento intermediário RE- GOLGI ou ERGIC, eles se movem associados aos microtúbulos p formar a face cis do CG (Brotamento- se destaca do RER, Fusão – se compacta ao CG) Síntese de carboidratos- podem modificar as cadeias laterais de oligossacarídeos enviados do RER Síntese dos constituintes dos lisossomos ESTRUTURA Localizado geralmente ao lado do núcleo Constituído por estruturas semelhantes a sacos membranosos achatados e empilhados- CISTERNAS – cada cisterna apresenta diferente conteúdo enzimático Cada pilha de cisternas com suas vesículas associadas constitui uma unidade do CG chamada DICTIOSSOMO FACE CIS- receptora das vesículas vindas do RER FACE MEDIAL- modifica proteínas- cisternas médias FACE TRANS- produtora de vesículas secretoras Júlia Agra P1 - BCMOL- prof. Renata VIAS EXOCÍTICAS Vias que tendem a levar proteínas ou outro conteúdo da vesícula para fora da célula SECREÇÃO CONSTITUTIVA- VIA CONSTITUTIVA DE EXOCITOSE/SECRETORA: Há constante formação de vesículas com proteínas especificas (solúveis ou transmembranas) Fluxo contínuo Direcionadas à membrana plasmática Via não seletiva, independente de sequência sinal SECREÇÃO REGULADA - VIA REGULADA DE EXOCITOSE/SECRETORA: Ocorre de acordo com necessidades da célula Secreta apenas células especializadas, por isso precisa de sequência sinal LISOSSOMOS Já que são enzimas digestivas, elas são marcadas com um grupo fosfato Fluxo regulado e seletivo RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES Vesículas globulares ou túbulos contorcidos que podem ter continuidade com o RER- túbulos IRREGULARES E COMPLICADOS SEM RIBOSSOMOS DETOXFICAÇÃO - FÍGADO, PELE, RINS, PULMÕES A desintoxicação envolve hidroxilação, nas quais o O2 é usado para adicionar hidroxila no composto tóxico. Essa adição aumenta a solubilidade dele em água e facilita sua excreção do corpo, há participação do citocromo P450 e da redutase SÍNTESE DE LIPÍDIOS Normais e de membrana (fosfolipídios, colesterol) Ocorre na membrana do REL maioria na face voltada para o citosol- componentes vindos do citosol são montados na membrana DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO Participa da metabolização do glicogênio (glicogenólise)- fígado e rins REGULAÇÃO DO CALCIO INTRACELULAR Armazena, libera e capta íons de Calcio Principal armazenamento de cálcio de células musculares e não musculares Existem proteínas intrínsecas as membranas do REL que funcionam como canais e outras como bombas de Ca. TRANSFERÊNCIA DE LIPÍDIOS Existem 3 mecanismos para que essa transferência ocorra: 1. Vesículas: transportam o lipídio nas suas membranas Do REL os fosfolipídios são distribuídos por vesículas de transporte para a membrana do CG Dos lisossomos os lipídios são distribuídos para a MP 2. Transportadores/ carreadores: lipídios importados do REL para o citosol por meio de proteínas 3. Contato físico entre membranas de diferentes organelas REL- MITOCÔNDRIA REL- PEROXISSOMO Rer, rel e cg por que EXISTEM ESSES COMPARTIMENTOS? sobre síntese e distribuição das proteínas Diferenças quanto ao local e ao tipo de SÍntese de proteÍnas permitem classificar as célULAS entrada da proteína no local de destino Sequência sinal mecanismos de entrada características Membrana túbulos e Cisternas translocadores / translocon síntese de proteínas solúveis síntese de proteínas transmembranas passagem ÚNICA com sequência sinal CLIVADA passagem MÚLTIPLA com sequência sinal NÃO CLIVADA Glicosilação zt ou zonas de saída Funções estrutura vias exocíticas Características e funções DETOXFICAÇÃO- fígado, pele, rins, pulmões síntese de lipídios degradação do glicogênio regulação do Calcio intracelular Transferência de lipídios