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1 
 
 
 
 A rubéola é uma infecção viral, altamente 
contagiosa, que costuma surgir na infância. A 
infecção tem habitualmente um curso benigno, mas 
quando adquirida durante a gravidez pode causar 
sérias complicações para o feto em formação. 
 A rubéola costuma causar febre e manchas 
avermelhadas pelo corpo, chamadas de rash; 
 O ser humano é o único hospedeiro desse tipo de 
vírus; 
 É provocada por um vírus de RNA, o vírus da 
rubéola, o qual é disseminado por meio de 
gotículas respiratórias por contato íntimo ou pelo 
ar; 
 Um paciente pode transmitir rubéola de uma 
infecção assintomática 7 dias antes ou até 15 dias 
depois do início do exantema 
 o período de maior risco é alguns dias antes 
de o exantema aparecer até 7 dias depois do 
início do enxatema 
 Lactentes infectados congenitamente podem 
transmitir rubéola durante muitos meses após o 
nascimento; 
 A imunidade parece ser duradoura depois da 
infecção natural; 
 Felizmente, a rubéola vem se tornando cada vez 
menos comum, principalmente após a 
intensificação das campanhas de vacinação nos 
últimos anos. 
 No Brasil, não há casos notificados desde 
2009. 
 
FORMAS DE TRANSMISSÃO 
 A rubéola é transmitida pelas vias aéreas, 
através de perdigotos (gotículas de saliva), como a 
maioria das infecções virais de transmissão aérea. 
 O vírus é altamente contagioso e costuma ser 
transmitido por espirros, tosse, beijos, talheres, 
ou mesmo através de conversas, caso haja tempo 
e proximidade suficientes para contato com 
perdigotos; 
 O período de incubação, ou seja, o intervalo de 
tempo entre a contaminação e o aparecimento 
dos sintomas, é em média de 14 a 18 dias; 
 Entretanto, o indivíduo contaminado já se torna 
contagioso entre uma a duas semanas antes da 
infecção se tornar clinicamente aparente. 
 Isso significa que poucos dias depois de ter 
sido contaminado, e antes de qualquer 
sintoma, o paciente já é capaz de passar o 
vírus para outras pessoas. 
 Em muitos casos a infecção pela rubéola é tão 
fraca que passa despercebida, o que não impede, 
porém, que o paciente contamine outras pessoas. 
 Por este motivo, muitos indivíduos com 
rubéola não conseguem identificar quem os 
contaminou. 
 O vírus habitualmente invade o organismo pelas 
vias aéreas, mas cinco a sete dias após a 
contaminação já se encontra espalhado por todo 
o corpo, podendo ser encontrado no sangue, 
urina, pulmão, liquor, pele, etc; 
 Após o aparecimento do rash, a taxa de 
transmissão começa a cair, deixando o paciente 
de ser contagioso 5 ou 7 dias depois. 
 
rubéola 
RESUMO DE SAÚDE 
 sintomas, diagnóstico e tratamento 
 
 2 
 
 SINTOMAS 
 Na maioria das pessoas, a rubéola apresenta 
poucos ou nenhum sintoma. Isto é particularmente 
verdadeiro nas crianças, que costumam ter uma 
infecção bem leve. 
 Naqueles que desenvolvem sintomas, estes 
surgem 2 a 3 semanas após terem sido 
contaminados; 
 Os sintomas inicias são inespecíficos, 
semelhantes aos de qualquer virose, com febre, 
dores pelo corpo, dor de cabeça, dor de garganta, 
coriza e prostração; 
 Um exame físico mais cuidadoso pode revelar 
linfonodos (ínguas) na nuca e atrás das orelhas, 
que são bem característicos da rubéola; 
 Após 1 a 3 dias de sintomas inespecíficos, surge 
o rash (exantema), que são pequenas manchas 
vermelhas difusas, discretamente elevadas. 
 
 
 O rash costuma começar na face e descer para 
o resto do corpo em questão de horas; 
 Esse exantema dura em média três dias e depois 
desaparece; 
 Além da pele, o rash também pode surgir no 
palato (céu da boca). Nesta fase, um quadro de 
dor nas articulações e conjuntivite também é 
comum; 
 
 O rash desaparece rápido, mas os linfonodos e as 
dores articulares podem durar ainda alguns dias; 
 Crianças se recuperam mais rápido que adultos, 
que podem manter dores nas articulações por até 
um mês; 
 Crianças com sintomas ativos devem ficar em 
casa até o rash desaparecer completamente para 
evitar a contaminação dos colegas; 
 Como a rubéola é uma doença que está em vias 
de ser erradicada, todos os casos devem ser 
notificados à secretaria de saúde. 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico é habitualmente feito através 
do quadro clínico. 
 Quatro dias após o aparecimento do rash, o 
corpo já possui anticorpos contra a rubéola, o 
que permite realizar sorologia para confirmar 
laboratorialmente a doença; 
 Como nesta fase a maioria das pessoas já está 
curada ou em processo de cura, e como não há 
tratamento específico, sua confirmação 
laboratorial é geralmente desnecessária; 
 Na sorologia existem dois tipos de anticorpos: 
anticorpos IgM e anticorpos IgG. 
 O primeiro a aparecer é o IgM, que é o 
anticorpo que ataca o vírus. 
 O IgM contra rubéola costuma já ser 
detectável no 4º dia de rash e permanece 
positivo por até 8 semanas. 
 
 3 
 
 
 Após a cura, surge o segundo tipo de 
anticorpo, o IgG contra rubéola. 
 O IgG é um anticorpo que indica que o 
paciente teve a doença e agora encontra-se 
curado e imunizado. 
 Portanto, quem está com rubéola apresenta 
IgM reagente. Quem já teve a doença ou foi 
vacinado apresenta IgG reagente. 
 Após a cura, os anticorpos IgG proporcionam 
uma imunização contra novos episódios de 
rubéola. 
 Portanto, rubéola só se pega uma vez na 
vida. 
 São raros e brandos os casos de reinfecção. 
 O paciente pode ter contato novamente com 
o vírus, mas os títulos de IgG se elevam 
rapidamente, impedindo que o paciente 
desenvolva a doença uma segunda vez. 
 O diagnóstico diferencial deve ser feito com 
parvovirose e escarlatina, que apresentam um 
rash muito parecido. 
 
TRATAMENTO 
 Não existe tratamento para rubéola. Mas isso 
não é um problema já que mais de 99% dos pacientes 
se curam espontaneamente. Em geral, prescrevemos 
antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas 
até que o paciente esteja totalmente recuperado. 
SÍNDROME DA RUBÉOLA 
CONGÊNITA 
 A grande preocupação em relação a rubéola 
está na contaminação de mulheres grávidas. Se em 
crianças e adultos a doença é branda, no feto em 
desenvolvimento ela pode ser catastrófica. 
 Se o vírus for adquirido durante o primeiro 
trimestre, o risco de malformações é maior que 
80%. 
 Além dos defeitos morfológicos, 1 em cada 
5 mulheres infectadas sofre aborto nesta 
fase 
 A síndrome da rubéola congênita se caracteriza 
por catarata, surdez, defeitos cardíacos, 
alterações no fígado e lesão neurológica, 
inclusive com retardo do desenvolvimento 
mental. 
 Em vários países do mundo, o aborto é 
permitido em casos de rubéola no primeiro 
trimestre. 
 Recém-nascidos com rubéola congênita podem 
transmitir o vírus por até um ano, sendo 
necessário evitar o seu contato com outras 
grávidas não imunizadas; 
 Infecções contraídas após a 20º semana trazem 
pouco risco de malformações, porém ainda 
existe a chance de transmissão da virose para o 
feto. 
 Normalmente estas crianças nascem com 
baixo peso, mas sem defeitos na formação. 
 Nas grávidas a sorologia ganha muita 
importância. Toda gestante deve ser testada para 
rubéola; caso seja IgG negativo, deve-se dobrar 
os cuidados em relação a contatos com pessoas 
com sintomas de virose; 
 Mulheres que sejam IgG reagente não correm 
risco de pegar rubéola durante a gravidez. 
VACINA 
A vacina contra rubéola é composta de vírus 
vivo atenuado, e portanto, é contraindicada na 
gravidez. 
 Em 2006 um trabalho do ministério da saúde 
mostrou que em 26000 mulheres vacinadas 
inadvertidamente por desconhecerem o fato de 
estarem grávidas, nenhuma apresentou caso de 
rubéola congênita. 
 Logo, não se vacina mulheres sabidamente 
grávidas, mas se ocorrer a vacinação por 
engano, o risco de complicações é baixo. 
 
 Toda mulher em idade fértil deve realizar uma 
sorologia para saber seu estado imunológico 
contra rubéola; 
 
 4 
 
  Naquelas com resultado negativo(IgG 
negativo), deve-se aplicar a vacina. Pacientes 
que tenham IgG positivo estão imunizadas e não 
correm risco de terem rubéola. Não é preciso 
vacinar pessoas que já tenham anticorpos IgG; 
 Não há problemas em receber a vacina durante a 
amamentação. Também não há problema em ser 
revacinado; 
 Se durante uma campanha de vacinação a pessoa 
não lembra se já recebeu a vacina alguma vez na 
vida, ou se não sabe seu estado imunológico, ela 
pode ser vacinada. 
 Esta orientação vale para homens e 
mulheres entre 20 e 39 anos. 
 Uma única dose da vacina é eficaz para criar 
imunização permanente em mais de 95% dos 
casos; 
 Como toda vacina com vírus vivo, ela também 
não deve ser tomada por pessoas 
imunodeprimidas ou com doença febril ativa.

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