Buscar

TG2 - produção mais limpa(out-2019)

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
 
 
 
ALINE DO NASCIMENTO ROLDÃO
JULIANA NICELATCHI
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE GESTÃO
Produção mais Limpa em Indústria Têxtil
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Bernardo do Campo
2019
 
ALINE DO NASCIMENTO ROLDÃO
JULIANA NICELATCHI
 
 
 
TRABALHO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA DE GESTÃO
Produção mais Limpa em Indústria Têxtil
 
 
 
 
Relatório final, apresentado à Universidade Federal do ABC, como parte das exigências para a obtenção do grau de Engenharia da Gestão.
 
 
São Bernardo do Campo, ____ de _____________ de _____.
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
________________________________________
Prof. Drª Márcia Maria Penteado Marchesini
 
 
 
________________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
 
 
 
 
_______________________________________
Prof. (Nome do professor avaliador)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................5
1.1 Contextualização e Justificativa ...........................................................................5
1.2 Formulação do Problema de Pesquisa..................................................................6
1.3 Objetivos da Pesquisa............................................................................................6
1.4 Aspectos Metodológicos da Pesquisa....................................................................7
1.5 Estrutura do Trabalho de Graduação..................................................................8
2. Referencial Teórico..............................................................................................................9
2.1 Normas e Legislação do Setor Têxtil..................................................................11
3. Desenvolvimento Sustentável............................................................................................13
3.1 Gestão Ambiental.................................................................................................16
3.1.1 Gestão Ambiental Empresarial............................................................17
3.2 Produção Mais Limpa..........................................................................................18
4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ESPERADOS COM A PROPOSTA
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
RESUMO
A inserção de inovações na indústria têxtil no Brasil tem sido cada vez mais frequente em função da preocupação socioambiental. Certificações e Sistemas de Gestão Ambiental são requisitos cada vez mais importantes na sociedade, tanto em termos de obrigatoriedade quanto em relação à reputação da marca no mercado. Esse comportamento vem surgindo como fonte de sustentabilidade e competitividade entre as empresas que adotam essas causas. Diante dessa nova demanda do mercado e das regulações ambientais, a indústria têxtil encontrou como principal alternativa introduzir inovações que promovam a sustentabilidade ao seu processo produtivo e no seu modelo de gestão, de forma a repensar a essas questões para garantir sua competitividade. Para definir esta pesquisa primeiramente buscou-se conhecer as características existente na empresa analisada, para então, propor a implementação da produção mais limpa e sugerir alternativas para minimizar os impactos ambientais gerados pelos resíduos, utilizando-se da pesquisa bibliográfica onde foram coletados dados em livros, revistas, trabalhos acadêmicos e internet com informações pertinentes ao trabalho. Após a pesquisa bibliográfica, foi realizado contato com os gestores e a coleta de dados realizou-se por meio da aplicação de entrevistas semiestruturadas e questionários para que os dados coletados fossem inicialmente tabulados a fim de responder à questão do estudo proposto, através do embasamento no referencial teórico já construído.
Palavra-chave: Indústria Têxtil, Certificações, Gestão Ambiental, Sustentabilidade, Produção Mais Limpa.
ABSTRACT
The insertion of innovations in the textile industry in Brazil has been increasingly frequent due to social and environmental concern. Certifications and Environmental Management Systems are increasingly important requirements in society, both in terms of enforceability and brand reputation in the market. This behavior has emerged as a source of sustainability and competitiveness among companies that adopt these causes. Given this new market demand and environmental regulations, the textile industry found as its main alternative to introduce innovations that promote sustainability to its production process and its management model, in order to rethink these issues to ensure its competitiveness. To define this research we first sought to know the existing characteristics of the company analyzed, then propose the implementation of cleaner production and suggest alternatives to minimize the environmental impacts generated by waste, using bibliographic research where data were collected in books, journals, academic papers, and the Internet with job-relevant information.After bibliographic research, contact was made with the managers and data collection was performed through the application of semi-structured interviews and questionnaires so that the collected data were initially tabulated in order to answer the question of the proposed study, based on theoretical framework already built.
Keywords: 
Textile Industry, Certifications, Environmental Management, Sustainability, Cleaner Production.
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização e justificativa
A questão ambiental hoje em dia está cada vez mais inserida nas atividades referentes aos sistemas produtivos e à administração das organizações pois estimula a gestão sustentável e o uso eficiente dos recursos naturais promovendo a geração de trabalhos em conformidade com os padrões éticos e o comércio justo. Nas empresas, a competitividade é decisiva para sua sobrevivência no mercado e o meio ambiente tornou-se fator ativo para a obtenção desses objetivos pois contribui para a conservação dos recursos naturais e dos ecossistemas, dissociando o crescimento econômico da degradação ambiental. Com as pressões impostas pelos órgãos ambientais e os consumidores em geral devido a consciência ambiental, algumas empresas estão reestruturando seus processos, utilizando-se preferencialmente dos princípios da Produção Mais Limpa (P+L).
A produção mais limpa é uma estratégia de desenvolvimento ambiental, utilizado pelas empresas, evitando desperdícios e otimizando a utilização de seus recursos.
Por meio deste estudo buscamos incentivar a empresa em estudo a utilizar alternativas para amenizar os impactos ambientais bem como reduzir os custos da reciclagem e reutilização de seu principal insumo, o tecido, procurando uma produção ambientalmente correta.
A preocupação com a deterioração do meio ambiente cresce a cada dia, e, por isso, medidas baseadas em conscientização estão em alta para garantir a preservação dos recursos naturais. Todo produto, não importa de que material seja feito ou sua finalidade, provoca um impacto no meio ambiente, seja em função de seu processo produtivo, das matérias-primas que se consome, ou devido ao seu uso ou acomodação final (CHEHEBE, 1997, p.57).
Sendo assim este artigo nos permitirá imaginar e propor soluções a um problema relacionado com a realidade, e que está tomando proporções cada vez maiores.
A indústria têxtil representa um importante setor da economia brasileira e mundial, que vem experimentado considerável aumento nos últimos anos. Em decorrência, essa indústria tem gerado o aumento do consumo de água, sendo um possível colaborador para degradação do meio ambiente. 
O processo de tingimento e acabamento têxtil está diretamente ligado a utilização da água, sendo usada em maior ou menor quantidade dependendo dos produtos que serão tingidos e acabados. O consumo elevado de água nos processos provoca maior lançamento de água para a Estação de Tratamento que, consequentemente, eleva as intervenções deste setornas empresas. Buscando a diminuição do consumo de água nos diferentes processos, ou até a sua reutilização, que é a fonte geradora de efluentes, além de melhorar produtividade da empresa, irá amenizar o impacto ambiental e, consequentemente, reduzir os custos da Estação de Tratamento.
As empresas precisam ser mais eficientes, sem deixar de lado o cuidado com o meio ambiente. A PML permite o desenvolvimento de produtos, mas ao mesmo tempo eles devem ser amigáveis ao meio ambiente. Este estudo poderá contribuir como referência para as empresas da região no que diz respeito à redução nos custos com energia e água e produtividade e a questão ambiental.
Segundo UNIDO / UNEP, 1995, pág. 4, a P+L é percebida como uma estratégia preventiva e continuada por meios da aplicação de serviços, processos e produtos, a qual busca uma redução de riscos ao homem e a natureza. 
De acordo com o Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL, 2003), por meio da Produção Mais Limpa é possível ressaltar o modo como um processo de produção está sendo realizado e diagnosticar em quais etapas as matérias-primas e os recursos estão sendo desperdiçados. Sendo assim, é possível aperfeiçoar o seu aproveitamento e diminuir ou reduzir a geração de resíduos. Isto faz com que produzir de forma limpa seja, fundamentalmente, uma ação econômica e lucrativa, um instrumento importante para manter-se apropriado à vigente legislação ambiental e ainda promover o desenvolvimento sustentável. 
De acordo com Barbieri, 2011, p.99 “por ser simples a aplicabilidade, a Produção Mais Limpa vem sendo inserida com sucesso por pequenos e médios empreendedores, sem a necessidade de grandes investimentos em estruturas, equipamentos e consultorias”. Entre os resultados alcançados, podemos observar a contribuição para a melhoria do meio ambiente, a redução de perdas de matéria-prima e insumos, melhoria na qualidade dos produtos o envolvimento dos colaboradores com o processo produtivo. 
Sendo assim, o presente trabalho justifica-se para a possibilidade de se contribuir com o conhecimento sobre as formas de utilização das práticas de produção mais limpa da Empresa Stamptec Promocional e também de como poderiam otimizar sua atuação para a minimização dos impactos ambientais.
1.2. Formulação Do Problema De Pesquisa
Tema da pesquisa
Sabe-se da seriedade com relação ao meio ambiente e algumas empresas, hoje em dia, se preocupam em adequar suas atividades, de modo a reduzir ou até eliminar o impacto ambiental. Para tanto, elas têm adotado estratégias ambientais, que variam de acordo com suas atividades e necessidades. O tema da nossa Pesquisa está relacionado à Produção mais Limpa em uma Indústria Têxtil, pois de acordo com Mello (2002), a Produção mais Limpa é um projeto que ainda não está incorporado na estratégia das empresas dos países que se apresentam em desenvolvimento. Devemos levar em contar que a Produção mais Limpa ainda é pouco relatada na literatura e é um assunto ainda novo no Brasil. Um dos pioneiros na área, que é o Centro Nacional de Tecnologias Limpas, que foi instalado no Brasil somente em 1995, no SENAI RS, em Porto Alegre.
Questões de pesquisa
Este trabalho pretendeu responder a seguinte questão: Quais ações são necessárias em uma indústria têxtil, para prevenir a poluição e diminuir os índices de geração de resíduos.
1.3. Objetivos da pesquisa
Objetivo Geral
Identificar as principais causas de geração de resíduos na indústria têxtil, propondo aplicações de prevenção à poluição, com foco nos níveis de Produção mais Limpa, a fim de reduzir ou modificar a geração da poluição, através de ações de produção mais eficientes.
Objetivos Específicos
· Realizar estudo bibliográfico de como funciona o processo produtivo em uma indústria têxtil, incluindo normas e legislações obrigatórias;
· Apresentar as vantagens ambientais e econômicas geradas pela aplicação da Gestão Ambiental Empresarial;
· Descrever os conceitos de Prevenção a poluição e realizar a classificação do resíduo têxtil;
· Propor ações preventivas utilizando os níveis de Produção mais limpa, fundamentada no estudo bibliográfico.
1.4. Aspectos metodológicos da pesquisa
Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se o método qualitativo de pesquisa, com a utilização de informações quantitativas sobre os processos da empresa. Trata-se de uma pesquisa exploratória quanto aos fins, efetivada com o objetivo de alcançar uma certa visão geral sobre um determinado fato (GIL, 1999). 
Quanto aos meios foram utilizados documentos, pesquisa de campo, entrevistas, análise bibliográfica e observações. A análise bibliográfica deu-se primeiramente por meio da pesquisa bibliográfica, onde foram coletados dados em livros físicos e digitalizados, revistas, trabalhos acadêmicos, internet e material de instituições privadas, com informações relacionadas ao trabalho. Após a pesquisa bibliográfica, foi efetuado contato com os gestores e funcionários e a coleta de dados realizou-se por meio da aplicação de questionário e entrevista. 
De acordo com Gil (2010) pesquisa pode ser determinada como um processo natural e metódico que tem como objetivo alcançar respostas às dificuldades ou problemáticas postas, a pesquisa se faz necessária quando não temos as informações suficientes para responder a um determinado problema. O trabalho em questão trata – se de um estudo de caso onde se tem o intuito de identificar as principais causas de geração de resíduos na indústria têxtil, com foco nos níveis de Produção mais Limpa, a fim de reduzir ou modificar a geração da poluição, por meio de ações de produção mais eficientes.
 A fim de complementar a teoria será feito um Questionário de Pesquisa a ser aplicado aos funcionários que interagem nas áreas de planejamento e produção da Indústria para que pudéssemos a partir das informações, obter respostas sobre qual a preocupação que a empresa transparece em termos de responsabilidade ambiental aos funcionários.
Segundo Demo (1985) existem quatro linhas principais de pesquisa:
∙ A pesquisa teórica: onde ela abrange e expõe as referências teóricas. 
∙ A pesquisa metodológica que são os métodos e técnicas a serem abordados.
∙ A pesquisa empírica: onde se manipula os dados e fatos concretos, onde se produz e analisa os dados, ou seja, é quantitativa na medida do possível.
∙ A pesquisa prática: onde o pesquisador faz a devolução dos dados estudados para posteriores intervenções 
A partir do levantamento bibliográfico foi elaborado um questionário onde os funcionários ficaram a vontade para responder e não tiveram nenhuma interferência do entrevistador. Após a coleta das respostas, elas foram tabuladas e serão apresentadas posteriormente.
1.5. Estrutura do Trabalho de Graduação
O trabalho de graduação está estruturado em quatro capítulos conforme a figura 1. Os dois primeiros capítulos foram desenvolvidos para o aprofundamento da revisão bibliográfica identificadas nas referências deste trabalho. Sendo que o primeiro capítulo em especial busca justificar a escolha do tema de pesquisa escolhido e a metodologia utilizada para elaborar as análises e proposta de ajuste da produção. O capítulo seguinte tem foco o Referencial Teórico, passando por normas e legislações na qual indústria têxtil deve cumprir e uma breve revisão da literatura onde se introduz a importância do Desenvolvimento Sustentável, bem como a prevenção a poluição, A Gestão Ambiental, a Gestão Ambiental Empresarial e a importância de propor ações preventivas baseadas nas soluções de Produção mais limpa.
O terceiro capítulo foi elaborado para descrever a empresa a ser pesquisada e o quarto e último capítulo serão analisados os resultados e apresentados, realizando um comparativo entre o conteúdo teórico mencionado por meio das bibliografias utilizadas, e a prática, ou seja, verificar se o que foi sugerido está sendo ou não aplicado na empresa.
Figura 1 - Estrutura do Trabalho de Graduação
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo, apresentam-se o levantamento teórico a respeito do tema proposto, procurando, embasaros conhecimentos na área estudada, com o intuito de aprimorar a concepção da parte teórica do tema, apresentando quais ações são necessárias em uma indústria têxtil, para prevenir a poluição e diminuir os índices de geração de resíduos.
Para a realização deste trabalho de pesquisa é destacado a partir do desenvolvimento sustentável até a produção mais limpa e seus subtópicos.
Segundo DONAIRE, 1999 o desenvolvimento sustentável implica a necessidade da interdisciplinaridade na resolução de problemas, na medida em que esse sentido sugere a inter-relação entre as dimensões ambientais, sociais e econômicas:
Nas últimas décadas tem ocorrido uma mudança muito grande no ambiente em que as empresas operam: as empresas que eram vistas apenas como instituições econômicas com responsabilidades referentes a resolver os problemas econômicos fundamentais (o que produzir, como produzir e para quem produzir) tem presenciado o surgimento de novos papéis que devem ser desempenhados, como resultado das alterações no ambiente em que operam (DONAIRE, 1999, p. 13).
 A cooperação entre esses aspectos implica a aplicação do conceito de desenvolvimento sustentável, tanto em nível governamental como da sociedade civil ou no meio empresarial. 
A empresa não deve se preocupar com o meio ambiente apenas para atender os requisitos legais a que está sujeita, mas também para alcançar objetivos econômicos compatíveis com padrões sustentáveis de desenvolvimento. [...] significa adotar uma postura que, no mínimo, objetive alcançar ganhos de produtividade através da prevenção da poluição (BARBIERI, 2009, p. 71-72).
É imprescindível o envolvimento de diferentes segmentos da empresa para tratar das questões ambientais de modo interligado com as demais atividades corporativas (BARBIERI, 2004). 
A importância de produção mais limpa, de acordo com a United Nations Environmental Program/United Nations Industrial Development Organization – UNEP/UNIDO é a aproveitamento continuado da estratégia ambiental preventivo e integrado, nos processos produtivos, nos produtos e nos serviços, para restringir os riscos relevantes aos seres humanos e ao ambiente natural. (Pimenta e Gouvinhas, 2008).
De acordo com Barbieri, 2004, a Produção mais limpa foi definida, na década de 90, em evento realizado pelo PNUMA, significando: 
[...] uma abordagem de proteção ambiental ampla que considera todas as fases do processo de manufatura ou ciclo de vida do produto, com o objetivo de prevenir e minimizar os riscos para os seres humanos e meio ambiente a curto e a longo prazo. Essa abordagem requer ações para minimizar o consumo de energia e matéria-prima e a geração de resíduos e emissões. (Barbieri, 2004, p. 125-126)
Este modelo de gestão segue a sequência de prevenção, redução, reuso e reciclagem, tratamento com recuperação de materiais e energia e ainda disposição final. É um enfoque preventivo de proteção ambiental, que sugerem ações de conservação de energia e matéria-prima, a eliminação de produtos tóxicos e a redução de desperdícios e poluição que deriva dos processos produtivos.
Para Barbieri, 2009, a produção mais limpa é:
Mais do que uma concepção tecnológica particular e concretamente definida para uma unidade ou sistema produtivo, a cleaner production é uma estratégia tecnológica de caráter permanente que se contrapõe as soluções que objetivam apenas controlar a poluição atuando no final do processo produtivo. (Barbieri, 2009, p. 40)
2.1 Histórico do Setor Têxtil no Brasil
A indústria têxtil, segundo a Revista Moda-Palavra e-Periódico vol.8, n.15, jan./jul.2015, está presente em todos os países, pois é a transformação de fibras em fios, de fios em tecidos e de tecidos em peças de vestuário, artigos têxteis para o lar e uso doméstico (roupa de cama e mesa, tapetes, cortinas etc.) ou em artigos para aplicações técnicas tais como cinto de segurança, airbag, entre outros, havendo dessa forma um significado importante em todas as dimensões, influenciando nos costumes e tendências no modo de vida em diferentes épocas.
No Brasil, a indústria têxtil iniciou suas atividades no fim do século XIX. Entre 1830 e 1850, aconteceram diversos investimentos nas pequenas fábricas de tecidos de algodão, porém o desenvolvimento destas indústrias apenas alavancou a partir do final da década de 1860, por meio de investimentos na construção de estradas, estradas de ferro e também por meio de navegação. Sendo que, aqueles que se empenhavam na industrialização do Brasil ficaram desamparados com a inconstância dos preços dos produtos agrícolas e com os riscos que a empresa agrícola oferecia. 
As grandes aquisições mais importantes só aconteceram no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes europeus. Esses imigrantes chegaram com a finalidade de resolver um dos grandes problemas: a mão-de-obra, pois ainda na metade do século XIX, os escravos correspondiam a praticamente toda a mão-de-obra brasileira. Esta demasia de escravos acabava barrando novos empreendimentos no país. (FURTADO, 2007)
Acredita-se que em 1882 existia no Brasil cerca de 48 fábricas produzindo 20 milhões de metros de tecido anualmente, sendo que nos anos posteriores observou-se um aumento de 134 estabelecimentos distribuídos por 17 estados do país (COSTA, 2000, STEIN, 1979). 
Com o início da Primeira Guerra Mundial, o Brasil que já era possuía um acentuado parque têxtil, capacidade técnica e um sistema de classificação, encontrou-se impulsionado pela redução da oferta de produtos por parte dos países arrolados com a guerra. Os trabalhadores rurais, operários de fábricas, empregados domésticos e outros níveis de trabalhadores urbanos precisavam de tecidos de algodão e consumiam o produto nacional (HOLANDA, 2005). A guerra foi importante para o nosso país, pois utilizavam a nossa indústria têxtil, porém a barreira da importação propiciou a oportunidade de ampliação da produção interna no espaço deixado pelo não suprimento exterior de tecidos. Sendo assim, a suspensão do curso de entrada de insumos vindos do exterior, funcionou como um meio de estímulo para a ampliação da indústria nacional.
No setor têxtil brasileiro, observa-se a tecnologia como um fator primordial para as modificações e desenvolvimento, abrangendo questões, que hoje em dia institui apoio à complexidade tecnológica e à necessidade de apropriação de novos desígnios artísticos e culturais.
Com o surgimento da 2ª Guerra Mundial em setembro de 1939 verificou-se algumas alterações na indústria têxtil em sua composição produtiva na medida em que com os grandes lucros do período da guerra a colocaram na concorrência com o produto estrangeiro no mercado nacional e internacional no imediato pós-guerra.
De acordo com Prado Jr. (1970), ao final da Segunda Guerra Mundial, os fornecedores de produtos têxteis que o Brasil conquistou durante a guerra, se mexeram para retomá-los. Os produtos brasileiros tinham o preço exorbitante, encontrando assim, dificuldade na concorrência internacional.
Prado Jr. (1970) assegura que:
Os benefícios notados pela indústria têxtil durante a guerra eram impactados na nação em forma de poucos produtos e altos preços. Com a normalização vagarosa do mercado internacional, o Brasil perdeu clientes externos e as exportações diminuíram a graus insignificantes, fazendo com que as exportações se reduzissem ao mínimo nos anos seguintes. Os investimentos foram cessados e a defasagem tecnológica do equipamento em uso ficou evidente (PRADO Jr., 1970, p. 154).
Logo após a guerra, até os anos 60, a modernização do setor têxtil se tornou uma exigência econômica diante os produtores estrangeiros e da expansão da produção no mercado internacional devido às inovações tecnológicas do pós-guerra. A sobrevivência da indústria têxtil brasileira estava diretamente ligada a sua modernização. 
Destaca-se a tecnologia como fator estratégico para as transformações e desenvolvimento, abrangendo a questão da moda, que recentemente estabelece união à complexidade tecnológica devido às novas tendências artísticas e culturais para ressignificaçãocontinuada da cultura e da individualidade. De acordo com Avelar, 2011:
O limite do corpo humano é testado e questionado milímetro a milímetro, ou melhor, nanômetro por nanômetro. São essas tecnologias cada vez mais potentes e precisas que sugerem o novo no corpo contemporâneo. Um corpo sempre híbrido, desde o momento em que aprendeu a utilizar ferramentas para melhorar seu desempenho, e que hoje se vale das tecnologias digitais para garantir um melhor funcionamento. Um corpo que hoje admite a projeção dessas ferramentas tanto internamente como bem próximas à pele, num caminho para a confirmação de corpos como sistemas autorregulativos. (Avelar, 2011, p. 135-136)
As ações tecnológicas em tecidos já são uma realidade que adequa a criação de novos materiais ao funcionamento do corpo humano, como roupas que se ajustam ao corpo, roupas térmicas. A moda tem um papel relevante neste panorama, pois permite que estas inovações tecnológicas sejam exercidas, juntando a tecnologia e a estética (AVELAR, 2011).
A tecnologia que temos hoje é um fator diferencial e que permite inventar tendências que podem beneficiar a indústria têxtil, hospitalar, militar e que são baseadas na diversidade artística. Para que isso ocorra é imprescindível investimento em inovação tecnológica e na geração de novos conhecimentos por meio do desenvolvimento científico efetivado através de pesquisadores e no apoio às pesquisas compartilhadas entre a indústria têxtil.
3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Segundo Barbieri (2004), a degradação ambiental tem evoluído de forma muita agressiva, levantando hipóteses como a falta de condições mínimas para trabalho e também para sobrevivência do homem, podendo chegar ao extremo de a Terra tornar-se um lugar inabitável
Atualmente, as questões ambientais passaram a ser vistas como diferenciais competitivos. A obtenção da certificação ambiental representa, em geral, mais qualidade e, logo, mais credibilidade à marca. Dessa forma, os nichos da população que valorizam a posição da marca frente às questões ambientais e apoiam o consumo consciente tornam-se clientes fiéis da empresa. Mostrar-se preocupado com o meio ambiente pode, portanto, se tornar uma estratégia de marketing da empresa, obtendo uma vantagem competitiva no mercado (BARBIERI, 2004).
Contudo, é importante ressaltar que a responsabilidade ambiental deve ser cultivada diariamente e aplicada conforme a necessidade e estratégia da empresa em reduzir os impactos ocasionados pelos seus processos produtivos. Por isso, além da certificação, é imprescindível que as companhias apliquem, de fato, as modalidades das ferramentas ambientais em seus escopos de trabalho.
A Educação Ambiental que são, “processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente” (BRASIL, 1999, p.01), é fundamental para tornar o assunto parte da cultura comum da sociedade e também garantir conscientização e aplicabilidade de ferramentas de gestão ambiental dentro das empresas.
O ciclo de produção da sociedade nos dias atuais retira do meio ambiente matéria-prima imprescindível para a produção de alimentos e bens de consumo, entretanto, este processo produtivo gera resíduos sólidos, efluentes líquidos provenientes das indústrias e poluentes em grandes quantidades, causando a poluição ambiental e esgotando os recursos naturais. Percebe-se, assim, que o atual sistema de desenvolvimento econômico além de causar grandes desigualdades sociais, procura riqueza econômica a todo e qualquer custo, sendo o desenvolvimento sustentável uma forma de dar continuidade e compensar as atividades indispensáveis à sadia qualidade de vida. (CARNEIRO, G. A; ET.AL; 2006, p.219). 
 Imediatamente, salienta-se que a “sustentabilidade é a capacidade de um sistema sustentar-se na dinâmica evolutiva. É um conceito sistêmico, porquanto está ligado a diversos aspectos – econômicos, sociais, culturais e ambientais – que juntos compõe a sociedade humana” (BARBIERI, 2009, p.212). 
Neste aspecto, constata-se que cresce o interesse por uma consciência ambiental nas indústrias por uma série de elementos, entre os quais se destacam: aumento dos níveis de poluição e seus efeitos; respeito à legislação que está em vigor, bem como pela crescente demanda por produtos “verdes” e meios de produção mais “limpos”. (OLIVEIRA; ALVES, 2007, p. 28-30). 
Dessa forma, o crescimento do consumo sustentável depende da conscientização da sociedade acerca da importância dos recursos naturais, a qual é formada através de projetos voltados para a formação de “consumidores cidadãos”. (SANTOS. A. P. L; FERNANDES. D.S; 2012, p. 2-4).
Barbieri e Cajazeira (2009, p. 66) observam que “A ideia de um mundo melhor para todas as gerações sem prejudicar o meio ambiente é um objetivo social desejado [...]”, por isso se faz necessária que seja conhecida em todo o mundo.
Sendo assim, podemos destacar a Gestão Ambiental, que na visão de Barbieri, pode ser:
 
[...] entendida como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como planejamento, direção, controle, alocação de recursos, e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, tanto reduzindo, eliminando ou compensando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quanto evitando que eles surjam. (Barbieri, 2004, p. 19)
A preocupação com o meio ambiente, que no início era limitada a uma parcela da população, torna-se cada vez mais distribuída, ganhando proporções, devido os resultados observados. De acordo com Barbieri:
O contingente de pessoas preocupadas com o meio ambiente, que já é significativo, tende a crescer ainda mais à medida que as populações se dão conta que os problemas ambientais não só afetam a qualidade de vida atual, mas comprometem a sobrevivência da própria Humanidade. (Barbieri, 2004, p. 21)
Sendo assim, fica claro, a ligação entre o processo produtivo e a precisão da gestão ambiental nas empresas, protegendo na disposição das estratégias a fim de resguardar o meio ambiente e também colaborar no desenvolvimento das empresas. De acordo com os autores Tinoco e Kraemer (2004) os benefícios provocados pela gestão ambiental são econômicos, estratégicos e aumento da receita da empresa. Os benefícios de ordem econômica ajudam na diminuição do consumo de insumos tais como água e energia. Os benefícios estratégicos são as melhorias no conceito da empresa, promoção da produtividade, melhores relações com grupos de apoio, melhor adaptação ambiental, entre outros. Quanto ao aumento da receita da empresa, pode ser destacado, o aumento da participação no mercado, devido a inovação usada, linhas de novos produtos para novos mercados, produtos que colaborem para a prevenção da poluição, entre outros.
Barbieri (2004) aponta que a abordagem de gestão ambiental empresarial está relacionada em como a empresa procura atuar em relação aos problemas ambientais, ou seja, a mesma pode desenvolver três diferentes abordagens, entre elas estão: controle da poluição, prevenção a poluição e estratégia.
O controle de poluição busca evitar, diminuir ou até mesmo modificar a geração da poluição, pois se cumprem as soluções depois do episódio do resíduo poluidor e na maioria das vezes são empregadas ações precisas (BARBIERI, 2009). Apesar dessa abordagem ser considerada um recurso escasso e de alto custo, sua ausência poderia piorar os problemas ambientais. Por isso, deve ser vista como uma opção importante, pois colabora para diminuir os níveis de poluição já existentes (BARBIERI, 2009).
Na abordagem da prevenção a poluição, a prioridade é reduzir a quantidade de resíduos e reutilizar os materiais. De acordo com Barbieri (2004, p. 110), “A prevenção da poluição requer mudanças em processos e produtos a fim de reduzir ou eliminar os rejeitos na fonte, isto é, antes que eles sejam produzidos e lançados ao meio ambiente.” Este ato diminui os poluentes na fonte o que ocasiona aumento da produtividade da empresa e diminuiçãoda utilização dos recursos, ocasionando aumento na produção de bens e serviços com menores insumos. Ainda segundo Barbieri (2004, p. 111), “Substituir equipamentos e materiais, conservar energia, realizar manutenção preventiva, rever a gestão de estoques estão entre as práticas administrativas e operacionais de prevenção da poluição.”
A terceira abordagem é a estratégica pois busca soluções ambientais por meio de um conjunto de atos que conduz importâncias positivas para a empresa. Trata-se de uma abordagem mais adiantada, em que se aproveitam as ações proativas e antecipatórias, precisa existir atividades ambientais difundidas por toda a organização e aumento de ações e práticas ambientais ao longo de toda a cadeia produtiva.
Sampaio (2011) identificou vários princípios e objetivos comuns entre a P+L e os 5S. O 5S (Seiri - Senso de Utilidade; Seiton - Senso de Ordenação; Seiso - Senso de Limpeza; Seiketsu - Senso de Saúde; Shitsuke – Senso de Disciplina) apareceu no Japão, após a II Guerra Mundial, em um momento de carência de recursos e tinha como principal objetivo educar os funcionários para o uso adequado ou maximizado dos poucos recursos disponíveis. Neste sentido o 5S tem objetivos idênticos ao da P+L que também busca meios de utilizar da melhor maneira possível os recursos naturais. 
O autor identificou ocasiões de melhoria nas etapas iniciais do processo de implementação da P+L, principalmente em relação à etapa de sensibilização, educação e treinamento de funcionários. Em seguida, o 5S poderia ser ajustado para servir como método educacional preparatório para a implementação da P+L. A partir desta identificação foram propostas adaptações do 5S agregando conceitos de ecoeficiência que o aproximassem mais dos objetivos da P+L criando o chamado “5S da Sustentabilidade”.
O processo do "5S da Sustentabilidade" contem princípios e objetivos da P+L associados a cada um dos cinco sensos. Por exemplo, para o senso de utilização podemos associar a economia de energia e materiais; para o senso de ordenação a adoção de processos e tecnologias de P+L; para o senso de limpeza a redução ou eliminação de resíduos; para o senso de saúde a preservação da saúde dos funcionários e do meio ambiente; e para o senso de disciplina a melhora nos processos e produtos visando à redução de resíduos e o melhor aproveitamento dos recursos (SAMPAIO, 2011).
Implementar qualquer abordagem de gestão ambiental pode ser feita por meio de diferentes atividades organizacionais.
3.1 Gestão Ambiental
De acordo com Seiffer (2007, p.45), o cuidado com o meio ambiente transformou-se em um dos fatores de maior influência dos anos 90 e da primeira década de 2000. As empresas começaram a oferecer saídas e alternativas para conseguir o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, a aumentar a lucratividade de seus negócios. Segundo Barbieri (2004, p.99), a saída para os problemas ambientais, ou sua diminuição, determina uma nova maneira dos empresários e administradores, que devem ponderar o meio ambiente em suas determinações e seguir o ponto de vista administrativo e tecnológico que colaborem a fim de expandir a habilidade de suporte do planeta. Isto é, acredita-se que as empresas deixem de ser problemas e sejam parte das soluções. 
A industrialização contribuiu de forma muito acentuada para a poluição do meio ambiente. Para este controle foram criadas normas regulamentadoras e certificações, como por exemplo, a ISO 14000, entre outros, e também um trabalho intenso de comunicação a respeito da conscientização das organizações e na sociedade como um todo. Dias (2009, p. 105) diz que: “As normas da família da ISO 14000 são um conjunto de normas que buscam estabelecer ferramentas e sistemas que contribuem para administração ambiental de uma organização”
De acordo com a apostila ISO 14000 (RIO DE JANEIRO) a implementação de um Sistema de Gestão Ambiental, deve primeiramente se formalizar por parte da direção da empresa, diante a sua corporação, deixando claro suas finalidades, e ressaltando as benfeitorias a serem alcançados com a sua adoção. 
Cabe salientar que a implantação do Sistema de Gestão Ambiental em microempresas ainda é um desafio, pois sua implantação requer um investimento de alto valor. (DIAS, 2009). Esse sistema envolve, o cumprimento de procedimentos como o planejamento e os recursos.
Como forma secundária as organizações em seus processos produtivos, recentemente são aceitáveis encontrar várias estratégias de gestão ambiental originadas por entidades nacionais e internacionais que visam adequar métodos para um desenvolvimento econômico, social e ambientalmente sustentável. 
O conceito fundamental é a criação de sistema produtivo inspirado na direção de materiais e energia entre o processo bem-sucedido e a interação com o meio físico, nos quais os prejuízos são mínimos, os resultados aprimorados e os aspectos ambientais cumpridos. Assim sendo, pode-se colaborar admiravelmente para um equilíbrio dos aspectos econômicos, sociais e ambientais da organização, alcançando um apreciável diferencial competitivo do mercado, estimulando e comprovando a imagem da empresa diante dos grupos estratégicos.
Um sistema de gestão ambiental de uma organização deve levar em conta um controle ambiental nas saídas (resíduos, efluentes, emissões atmosféricas), a coerência do controle ambiental nas práticas e processos produtivos e a relação do controle ambiental na gestão administrativa da empresa, ou seja, a prática da gestão ambiental coloca a variável ambiental no planejamento empresarial.
3.1.1 Gestão Ambiental Empresarial
A gestão ambiental pode ser definida basicamente como sendo a ordenação das atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio, sendo que esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros.
A questão ambiental está cada vez mais relevante e a única solução é a mudança de atitude, tanto por parte da sociedade como dos empresários. Exige-se uma nova postura, consciente e equilibrada, levando em conta o meio ambiente em todas as suas decisões.
De acordo com Barbieri (2004), essas atitudes na maioria das vezes não surgem de maneira espontânea. Elas sofrem influência: governo, sociedade e mercado. 
Figura 2: Gestão ambiental Empresarial – Influências 
FONTE: ADAPTADO DE BARBIERI, 2004, P.99
Ainda de acordo com Barbieri:
Se não houvesse pressões da sociedade e medidas governamentais, não se observaria o crescente envolvimento das empresas em matéria ambiental. As legislações ambientais geralmente resultam da percepção dos problemas ambientais por parte de segmentos da sociedade que pressionam os agentes estatais para vê-los solucionados [...] Embora o mercado seja uma instituição da sociedade, suas influências são tantas e tão específicas que merece ser considerado à parte. As questões ambientais passaram a ter impactos importantes sobre a competitividade dos países e de suas empresas (BARBIERI, 2004, p.99,100).
Percebe-se uma maior atenção ao tema, especialmente da parte dos empresários, visto que impacta diretamente a concorrência das empresas. 
Hoppen e Basso, 2007, fazem a seguinte observação:
É de extrema importância, portanto, que as informações sejam muito bem ponderadas antes da decisão final, uma vez que qualquer ato mal pensado pode acarretar até mesmo o fim da organização, pois o grande ponto que está em jogo é a imagem da empresa, e dependendo da visão que se tem sobre uma entidade, muitas portas podem se abrir ou fechar. (Hoppen e Basso, 2007, p. 55)
	Donaire (1999), salienta que a empresa é a única responsável pela adoção do Sistema de Gestão Ambiental e após sua adoção, o cumprimento e a consonância devem ser integrais. Ninguém é obrigado a adotar esta Gestão, porém após ser adotados devem ser cumpridos, para que não sejam desacreditados nas questões ambientais. Tal sistema tem como finalidade servir de instrumentos com intuito de obter ou garantir a economia e o uso lógicode matérias-primas e insumos.
3.2 Produção Mais Limpa
Quanto aos conceitos relacionados com o tema, é imprescindível distinguir a P+L de outros termos que conceitualmente são distintos, mas que na prática são utilizados, algumas vezes, como sinônimos de P+L. De acordo com o relatório da CTESB, 2005, a UNEP deliberou a P+L (Cleaner Production) como sendo:
 
 ... a aplicação continuada de uma estratégia ambiental preventiva e integrada aos processos, produtos e serviços, a fim de aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos para o homem e para o meio ambiente estimulando atitudes voluntárias por parte das indústrias, independente do alcance da legislação ambiental. (CTESB, 2005, p. 7)
 
Além do conceito de P+L definido pela UNEP em 1989, outros conceitos são encontrados na bibliografia. Chaves e Silva (2008, p. 349) dizem que ... a P+L trabalha por meio de balanços de massa e de energia, através dos quais os processos e os produtos são avaliados visando à identificação de oportunidades de melhoria.
Tais avaliações levam em conta aparências técnicas, ambientais e econômicas devidamente definidas e a implantação de indicadores de monitoramento, tornando deste modo as empresas mais competitivas, inovadoras e ambientalmente responsáveis.
O CNTL por sua vez assegura que o princípio básico da metodologia da P+L é extinguir ou reduzir a poluição durante o processo de produção, e não ao final do processo. Isso porque todos os resíduos gerados pela empresa causam dinheiro, pois foram comprados a preço de matéria prima e consumiram insumos como água e energia. E uma vez gerados estes resíduos, os mesmos continuam a consumir dinheiro, seja sob a forma de gastos para tratamento e armazenamento, seja sob a forma de multas pela falta desses cuidados, ou ainda pelos danos à ideia da empresa. A P+L é, portanto, um método preventivo de combate à poluição que gera à economia de água, de energia e de matéria prima, proporcionando um aumento significativo de lucratividade e da competitividade (CNTL, 2012).
A produção mais limpa (P+L) é um modelo de gestão fundamentada em abordagens preventivas que são aplicadas nos processos, produtos e até mesmo nos serviços e possui como objetivo a redução dos impactos ambientais.
Devido às pressões atribuídas pelos órgãos ambientais e a população em geral as empresas estão reestruturando seus processos, utilizando-se principalmente dos princípios da Produção Mais Limpa (P+L).
Conforme Barbieri, 2004, a P+L foi definida, na década de 90, em evento realizado pelo PNUMA, como sendo:
[...] uma abordagem de proteção ambiental ampla que considera todas as fases do processo de manufatura ou ciclo de vida do produto, com o objetivo de prevenir e minimizar os riscos para os seres humanos e meio ambiente a curto e a longo prazo. Essa abordagem requer ações para minimizar o consumo de energia e matéria-prima e a geração de resíduos e emissões. (Barbieri, 2004, p. 125-126)
Foi publicada no Brasil no dia 31 de agosto de 1981, a Lei n° 6.938, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), aonde é confiada ao Estado e à sociedade a responsabilidade de se comprometerem com as questões ambientais. Essa lei tem como objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, visando garantir condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (BRASIL, 1981).
A característica do meio ambiente é considerada primordial para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Os princípios da PNMA impõem ao governo o dever de articular um conjunto de ações que buscam melhorar a qualidade do meio ambiente, assim como de envolver os indivíduos na sua proteção. De acordo com o artigo 12 da PNMA assegura a permissão de créditos a empreendimentos onde os projetos passem pela aprovação do licenciamento ambiental, orientados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que é uma função conferida às entidades e órgãos governamentais de financiamento (BRASIL, 1981).
A PNMA surge com a perspectiva de condicionamento das questões ambientais ao desenvolvimento econômico pois se faz necessário o bom senso entre as dimensões ambiental, social e econômico como fator fundamental para a qualidade de vida dos indivíduos (SEIFFERT, 2007). Barbieri (2009) também destaca tal importância na política pública, pois é a guia da gestão pública ambiental. 
Sua importância foi reforçada, em 1988, quando a Constituição Federal brasileira abrangeu o meio ambiente em um capítulo específico, que o destaca como um direito coletivo e confere ao poder público a responsabilidade de zelar pela garantia a todos os cidadãos. No artigo 225 é colocado que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. (BRASIL, 1999).
A P+L é um modelo que foi desenvolvido pelas instituições PNUMA e ONUDI/UNIDO, com vistas ao desenvolvimento sustentável. É estimulada e divulgada pelas instituições acima citadas, as quais coordenam os Centros Nacionais de Produção Mais Limpa que funcionam em diversos países inclusive no Brasil, e tem como função a disseminação das práticas de P+L, auxiliando a realização dos projetos de prevenção da poluição, na capacitação dos colaboradores, na divulgação das informações e também estabelecendo mecanismos de cooperação. No Brasil é coordenado pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) do SENAI-RS.
Na visão do CNTL, 2003:
A Produção mais Limpa é a aplicação de uma estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água e energia, através da não geração, minimização ou reciclagem dos resíduos e emissões geradas, com benefícios ambientais, de saúde ocupacional e econômicos. (CNTL (2003, p. 10)
Para a CNTL (2003) a partir da identificação dos problemas, são criteriosamente estudadas formas de se reduzir os resíduos gerados e em seguida são levantadas algumas razões a fim de provar as vantagens da implantação da P+L:
Baixa os custos da produção, de disposição final, dos cuidados com a saúde e da limpeza do meio ambiente; melhora a eficiência do processo e a qualidade do produto, contribuindo para a inovação industrial e a competitividade; baixa os riscos aos trabalhadores, comunidade, consumidores de produtos e gerações futuras, decrescendo assim seus custos com riscos e prêmios de seguros; melhora o conceito público da empresa produzindo benefícios sociais e econômicos intangíveis. (CNTL, 2003, p. 18). 
Ao entender que, alguma matéria-prima exibe baixa qualidade ou encontra-se dificuldade para a reciclagem, em alguns casos é sugerido pela CNTL (2003) a substituição por outro material que seja menos prejudicial. A substituição de materiais atua minimizando e eliminando a geração de resíduos perigosos. Já a mudança de tecnologia é realizada por meio de inovações nos processos produtivos, não necessariamente necessita ser de grande monta, muitas vezes pequenos detalhes são efetivos.
Se baseando nas causas de geração de resíduos, são aceitáveis algumas mudanças em vários níveis de atuação e aplicações de estratégias apontando ações de Produção mais Limpa.
O CNTL (CNTL/SENAI-RS apud BARBIERE, 2006) sugere optar por oportunidades que estejam baseada na escala de prioridades para prevenção de resíduos, isto é, os níveis de aplicação da Produção Mais Limpa, de acordo com a figura 3.
Figura 3: Fluxograma da geração de opções de Produção mais Limpa
Fonte: CNTL, 2003, p. 27
Sendo assim, deve-se evoluir do nível 1 para os outros níveis, pois os mesmos representam como e a ação preventiva a ser implementada. Ao considerar a opção de redução de resíduos na fonte (Nível 1), entende-se que existem duas alternativas a serem seguidas, isto é, a modificação no processo ou a modificação no produto. 
Logo após consideradas as possibilidades de modificação no processo e modificação no produto (nível 1) e reciclagem interna (nível 2), resulta em uma apreciação da reutilização de resíduos, isto é, por meio da reciclagem externa (nível 3). Nestenível, aceita-se medidas internas que se torne possível a reciclagem externa dos resíduos. Sendo assim podemos entender que um resíduo não tem valor “para mim”, pode ter valor “para outro”.
Entidades como o CNTL-SENAI, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e a CETESB publicaram manuais de implementação da P+L visando divulgar e incentivar estas práticas no Brasil. Não existem muitas diferenças metodológicas entre estas publicações, uma vez que as diferenças estão basicamente no detalhamento ou na aglutinação das etapas. O CNTL-SENAI apresenta a metodologia em cinco etapas, o SEBRAE e o CEBDS em dezoito etapas e a CETESB em quinze etapas. A metodologia proposta pelo CNTL-SENAI é uma das mais referenciadas na literatura nacional.
A metodologia do CNTL-SENAI define que o primeiro passo antes da implementação de um programa de P+L é a pré-sensibilização do público alvo (empresários e gerentes) através de uma visita técnica, na qual casos bem sucedidos devem ser apresentados e os seus benefícios econômicos e ambientais devem ser ressaltados, assim como as pressões dos órgãos ambientais para o cumprimento de padrões ambientais. Durante a pré-sensibilização deve-se enfatizar que o comprometimento gerencial é fundamental para o desenvolvimento dos programas de P+L. Após a fase de pré-sensibilização, a empresa poderá iniciar a implementação do programa seguindo cinco fases principais: (fase 1) Planejamento e organização; (fase 2) Diagnóstico e pré-avaliação; (fase 3) Avaliação; (fase 4) Estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental e (fase 5) Implementação.
Ao analisar a descrição detalhada da metodologia proposta pelo CNTL percebemos que o desenvolvimento de práticas de P+L está fortemente associado com a capacidade da empresa de gerenciar projetos. Isso tem levado autores e empresas a associarem ferramentas de gestão com os projetos de P+L.
Donaire (1999, p. 51), diz que:
 
A reciclagem de materiais que tem trazido uma grande economia de recursos para a empresa; o reaproveitamento dos resíduos internamente ou sua venda para outras empresas [...] o desenvolvimento de novos processos produtivos com a utilização de
tecnologias mais limpas ao ambiente, que se transformam em vantagens competitivas. 
Barbieri (2009, p. 43), adverte sobre a importância para a sustentabilidade do planeta.
As práticas de produção e consumo que contemplem de forma sistemática a minimização da geração de poluição na fonte, reutilização e reciclagem de materiais reduzem as taxas de esgotamento dos recursos não-renováveis e as necessidades de produção e extração de recursos renováveis, contribuindo dessa forma para ampliar a sustentabilidade dos sistemas naturais.
Sendo assim, torna-se aceitável conseguir maior produtividade beneficiando consequentemente um número cada vez mais maior de pessoas, sem causar os devidos impactos ao meio ambiente. Comprovando que a sustentabilidade dos recursos depende de como os mesmos são explorados (BARBIERI, 2009). 
A P+L, conforme Barbieri (2004, p. 135) aponta a “[...] prevenção da poluição além das fronteiras da empresa, [...] ressaltando a eficiência dos processos produtivos [...].” Para Barbieri (2009, p. 42), a P+L estabelece adesão algumas medidas:
[...] aperfeiçoamento dos processos produtivos para torná-los mais eficientes; revisão dos projetos dos produtos para facilitar a sua produção e ampliar o seu desempenho; utilização de matérias-primas com maior grau de pureza; eliminação ou minimização de materiais perigosos; recuperação das águas utilizadas nos processos; manutenção preventiva; procedimentos para a conservação de energia; gestão de estoque que minimize as perdas por quebra em manuseio, obsolescência e perecibilidade; realização de monitorias e auditorias em bases sistêmicas; treinamento e conscientização dos operadores, transportadores, fornecedores, empreiteiros e usuários.
E mesmo atingindo todos estes procedimentos sempre restarão alguns resíduos os quais deverão ser tratados para após chegar a liberação de forma segura.
4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA
A empresa que será estudado neste trabalho será a Stamptec Promocional, a indústria pertence ao ramo têxtil, e está localizada na cidade de São Bernardo do Campo em São Paulo, desde 1991 com o objetivo de produzir e comercializar produtos promocionais. Dentre esses produtos estão aventais, camisetas promocionais, camiseta polo, camisa social, sacolas ecobag, bonés e chapéu safari.
Além da variedade de produtos que a Stamptec produz, ainda há uma variação em relação ao tecido, que é uma das matérias-primas utilizada na fabricação dos produtos, por exemplo, as camisetas polo e básica podem ser feitas de algodão, pv, piquet pa, poliamida, dry-fit e outros. Isso faz com que a empresa gere uma quantidade de resíduo variado, em que cada tipo precisa ser tratado de forma diferente.
Além do tipo de tecido ainda existem várias etapas do processo que podem gerar impactos ao meio ambiente. Em destaque estão os tecidos utilizados de acordo com a linha de produção de uma confecção, e os processos que a empresa possui que são acabamentos e confecções.
Figura 5 – Acabamentos e Confecções
5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ESPERADOS COM A PROPOSTA
6. CONCLUSÕES
7. REFERÊNCIAS
Adequação ambiental dos processos usinagem utilizando produção mais limpa como estratégia de gestão ambiental. Revista Produção, v. 17, n.1, p.129-138, 2007.
AVELAR, Suzana. Moda: globalização e novas tecnologias. São Paulo: Estação das letras e cores editora, 2011.
BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004.
___________. Gestão ambiental empresarial: conceitos, modelos e instrumentos. 3. ed. atual. E ampl. São Paulo: Saraiva, 2011. 376 p.
_____________. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. 159 p. 
 BARBIERI, José Carlos; CAJAZEIRA, Jorge Emanuel Reis. Responsabilidade social empresarial e empresa sustentável: da teoria à prática. São Paulo:Saraiva, 2009. 230p. 
BRASIL, Lei 9.795 de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br Acesso em: mar. 2019. 
CARNEIRO, G. A; PINHEIRO. M.B; ALVARENGA. A.S; MIRANDA.P.S.M; Sustentabilidade empresarial: Conceito e Indicadores. III convibra.2006
CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIAS LIMPAS. Série Manuais de Produção mais Limpa. Porto Alegre, UNIDO, UNEP, SENAI/RS, 2003.
CHEHEBE, R. 1997. Análise de ciclo de vida de produtos: ferramenta gerencial da ISO 14000, Rio de Janeiro, Qualitymark, p 104.
COSTA, Shirley; BERMAN, Debora; HABIB, Roseane Luz. 150 anos da indústria têxtil brasileira. Rio de Janeiro: SenaiCetiqt/Texto&Arte, 2000.
DEMO, P. Introdução ao ensino da metodologia da ciência. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1985.
DIAS, R. Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil. São Paulo, 2007.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
HOLANDA, Sergio B. Raízes do Brasil. 26º ed. São Paulo. Cia das Letras, 2005.
HOPPEN, Solange Rutilli Padilha; BASSO, Irani Paulo. Contabilidade e gestão ambiental. Contabilidade e informação: conhecimento e aprendizagem, Ijuí: UNIJUÍ, v.10, n 27, p. 4957, jun./dez. 2007.
MELLO, M.C.A. (2002) Produção mais Limpa: um estudo de caso na AGCO do Brasil. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Moda Palavra < http://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/index> Acesso em 30 de set. de 2019.
PIMENTA, H. C. D; GOUVINHAS, R. P. (Orgs.). Ferramentas de gestão ambiental para competitividade e sustentabilidade. Natal-RN: Editora do CEFET-RN, 2008.
PNUMA. ABC do CPS: Esclarecendo Conceitos Sobre Consumo e Produção Sustentável(CPS). Disponível em: <http://www.unep.org/10YFP/Portals/50150/downloads/publications/ABC/ABC_PORTUGU ESE.pdf >. Acesso em: 27 jul. 2019.
PRADO Jr., Caio. História Econômica do Brasil. São Paulo: Editora Brasiliense, 1970.
SANTOS, A. P. L; FERNANDES, D. S. Análise do impacto ambiental gerados no ciclo de vida de um tecido de malha. Florianópolis. Iberoamerican Journal of Industrial Engineering, v. 4, n. 7, p. 1-17, 2012
SEIFFER, M.E.B. Gestão ambiental: instrumentos, esferas de ação e educação ambiental. São Paulo: Atlas, 2007.
STAMPTEC PROMOCIONAL <https://stamptecpromocional.com.br/quem-somos> acesso em 06 de ago de 2019.
STEIN, Stanley J. Origens e evolução da indústria têxtil no Brasil – 1850/1950. Rio de Janeiro: Editora Campus LTDA, 1979.
TINOCO, João Eduardo Prudêncio; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2004. 303 p.
UNIDO / UNEP. Manual de avaliação da produção mais limpa . Draft, 1995. parte um: introdução à produção mais limpa.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 92p. 
 ZAMBERLAN, Luciano (Org.) et al. Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí: UNIJUÍ, 2014. 208p.
Anexo 1.
Questionário de Pesquisa
Este questionário servirá como análise das práticas de prevenção da poluição ao meio ambiente inseridas no contexto de Produção mais Limpa na Indústria Têxtil existentes antes e depois da implementação das práticas sugeridas neste Trabalho de Graduação.
Assim, basta assinalar as respostas conforme o seu conhecimento, de acordo com a legenda descrita abaixo. 
Importante saber que será garantida a preservação da identidade e o sigilo do participante. Para que esta pesquisa seja eficiente é importante o retorno mais fidedigno possível com a realidade da organização.
Assinale as respostas conforme a legenda abaixo:
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
( ) Concordo totalmente
( ) Concordo
( ) NC/ND
( ) Discordo 
( ) Discordo totalmente
___________________________________________________________________
1) A empresa considera importante a prevenção à poluição do meio ambiente.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT( ) 
2) A empresa considera importante mobilizar e envolver os funcionários em assuntos e ações em torno da prevenção à poluição do meio ambiente 
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
3) A empresa realiza o controle do consumo de água e energia.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
4) A empresa realiza manutenção preventiva nos equipamentos.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
5) Existe na empresa um plano de ação para redução do consumo de água e de energia elétrica.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
6) A empresa reutiliza água no processo produtivo ou em algum outro processo.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
7) A geração de resíduos é levada em conta no momento da compra da matéria-prima pela empresa.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
8) A empresa busca substituir matérias-primas potencialmente poluentes ou tóxicas (tintas, vernizes, solventes, produtos de limpeza, colas, etc...) por outras possibilidades.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
9) No desenvolvimento de seus produtos, a empresa leva em consideração matérias-primas e processos que causam o menor impacto possível ao meio ambiente.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
10) A empresa realiza tratamento de seus efluentes (resíduos descartados) antes de liberá-los na rede de esgoto.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
11) A empresa analisa os riscos envolvidos na utilização da matéria-prima antes do início do processo produtivo. 
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
12) A empresa demonstra preocupação em modificar o produto ou processo produtivo para evitar a geração de resíduos.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
13) A empresa conhece em qual momento os resíduos são gerados. 
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
14) A empresa possui alguma prática de separação dos resíduos.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
15) Após o processo produtivo, há sobra de material.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
16) A sobra de material é reciclada dentro da empresa, de modo parcial ou total.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
17) A sobra de material é reciclada fora da empresa, de modo parcial ou total.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
18) A sobra de material é reutilizada em algum outro processo produtivo da empresa, de modo parcial ou total.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
19) A empresa tem controle dos custos do processo produtivo.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
20) A empresa considera reduzir custos do processo produtivo (ex: investir em novos equipamentos, manutenção preventiva, equipamentos com consumo eficiente, otimização da luz solar, capacitação de colaboradores, entre outros).
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT 
21) Os processos produtivos da empresa são padronizados.
 ( ) DT ( ) D ( ) NC/ND ( ) C ( ) CT ( ) DT ( ) D ( ) NC/ND ( ) C ( ) CT 
22) A empresa busca informações sobre processos e equipamentos com tecnologias menos poluentes.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
23) A empresa realiza mudanças tecnológicas (modificações no processo e nos equipamentos) a fim de reduzir resíduos.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
24) A empresa busca reduzir ou evitar a poluição.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
25) A empresa possui ambiente limpo, seguro e saudável, segundo normas regulamentadoras e leis.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
26) A empresa está de acordo com as leis ambientais.
( ) CT ( ) C ( ) NC/ND ( ) D ( ) DT
2

Continue navegando