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Puericultura

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Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
1 
 
 
 
 
ROTINA DE PUERICULTURA 
Durante a consulta de puericultura devemos estabelecer uma boa relação com os pais, 
sempre levando o contexto familiar, as necessidades individuais e as vulnerabilidades da 
família. Segundo o Ministério da Saúde recomenda setes consultas de rotina no primeiro ano 
de vida e duas consultas no segundo ano de vida. 
O exame físico da criança deve ser completo realizando na primeira consulta, sendo repetida 
nas próximas. O enfoque na puericultura é realizar a medidas antropométricas (peso, estatura 
ou comprimento, perímetro cefálico e IMC). Não podemos esquecer do rastreamento para 
displasia de quadril através das manobras de Barlow e ortolani, bem como a avaliação da 
visão (teste do reflexo vermelho), avaliação da criptorquidia (exposição da genitália do recém-
nascido. É sabido que nos primeiros 03 meses de vida os testículos realizam a migração 
espontânea. Caso não seja palpáveis devemos rastrear em outras consultas até confirmação 
para encaminhamento para cirurgia). 
No que tange a solicitação de exames não há estudo que comprova um impacto positivo no 
rastreamento de anemia em crianças assintomáticas. Desse modo, solicitação de hemograma, 
EAS e perfil lipídico. 
ALEITAMENTO MATERNO 
Constitui um tema importante para provas de residência. 
Definições: 
- Aleitamento materno exclusivo: somente leite materno ou humano (banco de leite fornecido 
para pré-maturo internados em UTI neo) + uso de vitaminas. 
- Aleitamento materno predominante: lei materno + água, chá e suco (líquidos sem ser leite). 
- Aleitamento materno misto ou parcial: leite materno + outros leites (pouco recomendado). 
- Aleitamento materno complementado: leite materno + alimentos sólidos e semissólidos (a 
partir dos 06 meses até os 02 anos). 
Caso a mãe deseja amamentar a partir dos 02 anos não há recomendação para cessar e nem 
estimular. Tal situação deve seguir a vontade da mãe. 
Pontos importantes sobre a composição do leite humano: 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
2 
 
- Menor teor de proteína: principalmente menor porcentagem de caseína (principal proteína 
que causa reação alérgica, sendo de difícil absorção); maior quantidade de alfa-
lactoalbumina (proteína do soro importante para construção de massa muscular). 
- Menor quantidade de eletrólitos: reduz a sobrecarga renal, pois o recém-nascido ainda não 
amadureceu a capacidade de concentrar a urina. 
- Maior quantidade de lactose: tal excesso contribui para o amolecimento da consistência das 
fezes (benéfico, pois ele tem que defecar na posição horizontal), bem como aumenta a 
biodisponibilidade do cálcio. 
- Maior quantidade de gordura: não só em quantidade, mas em qualidade o leite materno 
apresenta uma quantidade considerável de colesterol (estudos apontam para menor risco 
cardiovascular quando estiverem mais velhos); além disso há melhor formação de ácidos 
graxos e retina (estudos apontam para maior coeficiente de inteligência); 
- Ferro: quantidade semelhante; maior biodisponibilidade com lactoferrina. 
Fatores de proteção: 
- Específicos: maior concentração de IgA secretora a qual será repassada da mãe para recém-
nascido protegendo-o contra infecções. Tal passagem assegura uma “imunização” passiva do 
bebê. 
- Inespecíficos: fator bífido (caráter pré-biótico que alimenta a flora saprófita existente no 
intestino do recém-nascido, protegendo-o contra infecções); lisozima (caráter bactericida); 
Lembrar que o leite pasteurizado não tem o mesmo valor biológico que o leite cru (pois perde 
os fatores protetores) 
CRESCIMENTO INFANTIL 
No ponto de vista fisiológico: 
- Fatores intrínsecos: genéticos (potencial genético e anomalias); neuroendócrinos. 
- Fatores extrínsecos: nutricionais, ambiente, atividade física. 
Fases do crescimento: 
- Intrauterino: quem comanda esta fase é o ambiente uterino, sendo que o componente 
genético pouco interfere aqui. 
- Lactente: quem determina o ritmo é a nutrição. 
- Infantil (a partir de 02 anos): o potencial é coordenado pela característica genética, sendo 
um crescimento mais constante. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
3 
 
- Puberal: papel dos esteroides sexuais promovendo a aceleração do crescimento (estirão 
puberal). 
Avaliação do crescimento: 
- Peso: indicador sensível, sendo realizado com o paciente despido com auxílio da mãe. 
Decoreba do peso: (crescimento desacelerado) 
• 1° Trimestre – 700 g/mês 
• 2° Trimestre – 600 g/mês 
• 3° Trimestre – 500 g/mês 
• 4° Trimestre – 500 g/mês 
 
 
O peso duplica entre 4-5 meses e triplica ao final do segundo ano de vida. 
- Estatura: comprimento até 02 anos e altura depois de 02 anos. 
Decoreba do peso: (crescimento desacelerado) 25 cm/ano 
• 1° Trimestre – 25 cm/mês 
• 2° Trimestre – 2 cm/mês 
• 3° Trimestre – 1,5 cm/mês 
• 4° Trimestre – 1,2 cm/mês 
 
Primeiro semestre 15 cm e segundo semestre 10 cm. 
- Perímetro cefálico: aferição do “crescimento cerebral” 
Decoreba do peso: (crescimento desacelerado) ao nascimento 35 cm. 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
4 
 
• 1° Trimestre – 2 cm/mês 
• 2° Trimestre – 1 cm/mês 
• 2° Semestre – 0,5 cm/mês 
Primeiro ano 12 cm e segundo semestre 10 cm. 
 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
5 
 
DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
Definição: avalição da capacidade de resolver situações complexas. 
Avaliação do desenvolvimento motor: 
Os reflexos primitivos nada mais são do que respostas motoras estereotipadas e voluntárias do 
recém-nascido que deve ser avaliado pelo examinador. Sua avaliação consiste na 
identificação de sua presença, simetria e momento do desaparecimento. Sobre esse último 
sabe que o desaparecimento se faz necessário, pois o bebê deve criar novas sinapses corticais 
para amadurecer tal resposta. Sua permanência configura-se como um atraso no 
desenvolvimento. 
Em linhas gerais o desenvolvimento motor segue a sequência crânio-caudal e medial-lateral. 
 
Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
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Matheus dos Santos Correia 
UniFG – Medicina (Saúde da Família e Comunidade) 
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