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Saúde da mulher Climatério Climatério: fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da mulher. Compreende parte da menacme até a menopausa -Perimenopausa: intervalo entre o inicio dos sintomas de irregularidade menstrual até o final do primeiro ano após a menopausa Menopausa: Definido como o ultimo período menstrual identificados após 12 meses de amenorreia. A menopausa ocorre devido ao envelhecimento ovariano e sua consequente perda progressiva de função. Ocorre normalmente no final da quarta 4ª década e inicio da 5ª década. Entre 46 e 52 anos Menopausa antes dos 40 anos à Menopausa precoce Sistema de estadiamento do STRAW +10 para mulheres A classificação compreende a vida reprodutiva feminina desde a menacme, e é dividida em 3 principais categorias e subdivisões. A base para o diagnostico e classificações nos estágios são as mudanças observadas no ciclo Categorias: -Reprodutiva -Transição menopausal -Pós-menopausa Os sintomas apresentados e critérios de apoio descritos (contagem de folículos antrais, dosagem de hormônio antimülleriano (AMH), inibina B e hormônio folículo-estimulante – FSH) não são utilizados como critérios diagnósticos para mulheres saudáveis. Já para aquelas portadoras de SOP e insuficiência ovariana primária ou para aquelas submetidas a procedimentos cirúrgicos capazes de alterar o ciclo menstrual sem determinar o esgotamento total dos hormônios ovarianos (ablação endometrial, ooforectomia unilateral ou histerectomia), o diagnóstico e a classificação devem ser realizados baseando-se nos critérios de suporte e sintomatologia, já que mudanças no ciclo menstrual podem ser explicadas pela patologia de base. Fisiologia do climatério A menopausa é um evento secundário a atresia fisiológica dos folículos primordiais A produção de folículos ovarianos se inicia a partir da 8ª semana de vida intrauterina. Já o envelhecimento do sistema reprodutivo (processo de apoptose celular após atingir o numero máximo de folículos primordiais) inicia- se por volta da 20ª semana de gestação. A cada fase da vida (nascimento; puberdade.) os folículos crescem e sofrem atresia de forma continua. Esse processo é irrecuperável e ininterrupto, independentemente de situações como gravidez ou períodos anovulatórios. A transição menopausal é caracterizada pela irregularidade do ciclo menstrual devido a variabilidade hormonal e ovulação inconstante. A diminuição maciça do numero de folículos ovarianos resulta na queda gradual da inibina B, que desativa o Fb (-) sobre a hipófise, liberando FSH na tentativa de aumentar o recrutamento folicular. O resultado dos níveis elevados de FSH é a aceleração da depleção folicular até seu esgotamento Enquanto houver folículos suficientes, a ovulação ainda é mantida e os níveis de estradiol permanecerão dentro da normalidade. Na perimenopausa tardia, com a perda da reserva folicular, diminui os níveis de estradiol que não são mais suficientes para estimular o pico de LH, encerrando assim os ciclos ovulatórios. Sem a ovulação, não há produção de corpo lúteo e consequentemente de progesterona, além dos níveis de estradiol não serem suficientes para estimular o endométrio levando a amenorreia. Na pós menopausa, na tentativa de estimular uma adequada produção de estradiol pelos ovários, a hipófise é ativada por picos de GnRH e secreta grandes quantidades de gonadotrofinas, levando as mulheres a um estado de hipogonadismo hipergonadotrófico. Devido a redução da resposta ovariana as gonadotrofinas, os níveis de FSH e LH são elevados nos primeiros anos após a menopausa, decrescendo com o envelhecimento. O AMH (marcador do numero de folículos em crescimento) diminui para níveis indetectáveis na pós menopausa, sendo um ótimo preditor do envelhecimento ovariano. Na pós menopausa o estradiol sofre aromatização periférica convertendo-se em estrona (principal estrogênio na pós menopausa) O diagnostico do climatério é clinico e não necessita de dosagens hormonais para confirma-lo, quando há irregularidade menstrual ou amenorreia e quadro clinico compatível. Porém, níveis de FSH acima de 40 mUI/mL e estradiol (E2) menores do que 20 pg/mL são característicos do período pós- menopáusico Consequências do hipoestrogenismo Ocorre uma diminuição global de esteroidogênese no ovário, fazendo com que o estrogênio caia menos que o androgênio e ocorra uma mudança na proporção e o ovário apresente um perfil mais androgênico. Alterações no ciclo menstrual: irregularidade menstrual, alteração na intensidade, duração ou frequência. Isso reflete os ciclos anovulatórios cada vez mais frequentes e com isso, alterações no padrão de secreção tanto do estrogênio quanto da progesterona tendem a se iniciar com o encurtamento dos ciclos e progredir para períodos de amenorreia. O padrão pode variar para sangramento aumentado – comum de acontecer! Nessa fase, o desenvolvimento de patologias como miomas; pólipos é favorecido e nos casos de sangramento uterino intenso, é mandatório a investigação e exclusão de patologias endometriais!! Sintomas vasomotores: fogachos e suores noturnos. Sintoma mais comum da transição menopausal e pós menopausa inicial. Cada episodio dura aproximadamente 2 a 4 minutos e ocorre diversas vezes ao dia, mais comuns a noite. Fogachos: súbita sensação de calor intenso que se inicia na face, pescoço, tronco e braços e se generaliza. Ocorre aumento do fluxo sanguíneo cutâneo, taquicardia, aumento da temperatura da pele devido a vasodilatação e eventualmente palpitações Além do impacto negativo na qualidade de vida, os sintomas vasomotores estão associados ao aumento de risco CV, ósseo e cognitivo Alterações do humor: sintomas depressivos são relatados por 65% a 89% das mulheres que buscam atendimento no período do climatério. (mais associado a variação dos níveis séricos de estrogênio) Alterações cognitivas: diminuição da atenção e alteração da memoria. Sabe-se que o estrogênio tem papel modulatório nos sistemas neurotransmissores, influenciando nas tarefas de aprendizagem e memoria. Alterações em pele e fâneros: aumento da circunferência e da gordura abdominal e visceral. (padrão de distribuição da gordura passa a ser androide). Aumento da flacidez, rugas e elasticidade da pele (devido estrogênio); pele seca, cabelo mais fino. Alterações atróficas: síndrome geniturinária da menopausa/ atrofia vulvovaginal compreendem uma alteração histológica e física da vulva, vagina e trato urinário baixo devido a deficiência estrogênica. A vagina passa a ser mais curta e estreita, diminuindo a lubrificação. Também se apresenta bastante friável, com sangramento ao toque e vulnerável a traumas. O pH vaginal está alcalino, reduzindo o número de lactobacilos na flora, propiciando infecções e vaginite atrófica. Essas alterações anatômicas resultam em sintomas genitais (ressecamento, ardência e irritação), sintomas sexuais (ausência de lubrificação, desconforto ou dor – dispareunia, piora da função sexual) e sintomas urinários (urgência miccional, disúria, infecções recorrentes do trato urinário, piora da incontinência urinária preexistente) Alterações ósseas e articulares: A osteoporose é caracterizada pela diminuição da densidade óssea e alterações em sua microarquitetura levando a fragilidade e predispondo a fraturas por baixo impactos. O equilíbrio entre formação e reabsorção óssea está afetado, resultando em perda de massa óssea de forma acelerada. O hipoestrogenismo tem papel importante nesse mecanismo As fraturas mais comuns nas mulheres pós-menopáusicas são do rádio distal(fratura de Colles), coluna vertebral e do fêmur proximal Existem outros fatores de risco envolvidos além do status menopausal: sexo feminino, idade avançada, etnia branca ou oriental, baixo IMC, história pessoal ou familiar de fratura, baixa densidade mineral óssea (DMO), uso de glicocorticoide oral, tabagismo, abuso de bebidas alcoólicas, sedentarismo e baixa ingestão de cálcio Diagnostico: -RX simples de coluna dorsal e lombar; -US óssea: só deve ser utilizado quando não houver disponibilidade do DXA. Não deve ser utilizado como diagnostico ou acompanhamento da resposta ao tratamento. -DXA: coluna lombar e fêmur distal. T-score: valor esperado para adulto jovem indicado na pós menopausa Z-score: valor esperado para um individuo da mesma idade, seco e raça. Importância na pré menopausa. Sofre variação da idade óssea, peso, raça, estatura. -Marcadores do metabolismo ósseo Indicações para realização da densitometria óssea: FR para osteoporose: Alterações cardiovasculares e metabólicos: No período pós menopausa, devido ao hipoestrogenismo, o perfil hormonal das mulheres passa a ser androgênico e a prevalência da síndrome metabólica aumenta, o que pode explicar de forma parcial o aumento da incidência de DCV após a menopausa. O estrogênio é um fator de proteção contra DAC, principalmente por estar relacionado a melhora do perfil lipídico da paciente. Manifestações clinicas da doença coronariana na mulher aparecem em media cerca de 10 a 15 anos mais tardiamente que nos homens. Doenças crônico-degenerativas no climatério: Dosagens hormonais no climatério: FSH: • Não deve ser solicutado rotineiramente para diagnostico de menopausa. Devido a sua osculação antes da mulher entrar na menopausa. O diagnóstico da menopausa é clinico. • Indicação: quando se deseja conhecer o potencial reprodutivo da paciente na perimenopausa e pacientes histerectomizadas sem sintomas relacionados ao hipoestrogenismo Estrogênios: estradiol e estrona • Não são utilizados na rotina. Suas variações estão relacionadas com a técnica laboratorial e não possuem nenhum significado clinico. Rastreamento de câncer no climatério Principal neoplasia no climatério: mama, intestino. Menor frequência: endométrio; ovário e colo Câncer de mama Único exame de rastreio: mamografia Detecta tumores não palpáveis à microcalcificações (>5 agrupadas) Periodicidade: anual após 40 anos, principalmente entre 50 a 69 anos. E após 70 anos, dependendo da expectativa de vida BI-RADS Câncer de ovário Não tem rastreamento Pacientes no climatério principal tipo: epitelial (cai muito em prova!) Tumor de células germinativas à pacientes jovens (10-20) Tumor de estroma ovariano à prevalência igual durante a vida Rastreio: USG transvaginal: se presença de alteração pedir marcador. Achados que sugerem característica benigna: É importante que ela seja menor que 5cm, com conteúdo límpido, sem septos (se tiver fino), sem cápsula grosseira e sem conteúdo sólido (heterogêneo) ou projeções. Estando nesses critérios acompanhamento em 6 meses, não cresceu e não diminuiu de tamanho acaba a propedêutica. Ca25: (pre menopausa não é muito especifico, outras doenças podem modificar) Ca125 +USG à 85% de sensibilidade e 98% de especificidade Outros marcadores: BHCG; alfa feto proteína... <5cm Cisto unilocular: fino, regular (cisto simples) > 5 cm Cisto multilocular Cisto complexo: parede espessada; conteúdo solido dentro da cavidade Massa solida -Pode fazer complementação com doppler. Maior vascularização à indica malignidade TC ou RNMà não faz de rotina para investigar ca de ovário Câncer de endométrio Não tem rastreamento Indicado nos casos de sangramento após menopausa. 90% dos ca, sangram. Se estiver sangrando tem que fazer rastreio US Endovaginal: boa sensibilidade e especificidade quando: -Espessura do endométrio > 4mm (sem TH) // espessura do endométrio > 8mm (com TH) -Endométrio heterógeno e irregular àSolicitar histológico Pacientes de alto risco (com sintomas): rastreamento anual Pacientes de alto risco: SOP sem oposição da progesterona; obesidade; hipertensa e tabagista – fazer amostra histológica Pacientes que usam tamoxifeno normalmente tem endométrio mais espessado Câncer cervical Citologia oncótica entre 25-65 anos anual nos 2 primeiros anos e se negativos, a cada 3 anos. Interromper quando idade > 70 anos com colo normal e 3 exames satisfatórios e sem alterações ou em mulheres histerectomizadas por patologia benigna do corpo uterino. Câncer de colorretal Segundo ca mais frequente na mulher pós menopausa redução do estrogênio à modificação do suco biliar e aumento de carcinogênese no tecido epitelial que reveste o intestino) Toque retal à acima dos 40 anos Pesquisa de sangue oculto nas fezes à anualmente acima dos 50 anos Colonoscopia: quando a pesquisa de sangue oculto nas fezes for positiva Terapia hormonal TH é considerada o tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores decorrente da falência ovariana. Os benefícios superam os riscos para a maioria das mulheres sintomáticas com < 60 anos ou dentro do período de 10 anos pós menopausa. O inicio do TH em mulheres com mais de 10 anos pós menopausa pode associar-se ao aumento no risco de DCV Tratamento do climatério: esgotamento do ciclo folicular. A prescrição exige a existência da clara indicação e a ausência de contraindicações Utilizar sempre a menor dose e por menor tempo possível TH é para tratar sintomas: sangramento irregular; fogachos. Prevenir osteoporose Utilizar pelo menor tempo possível. No máximo 5 anos Indicações: sintomas vasomotores; síndrome geniturinário da menopausa (depois de 3 a 5 anos atrofia vaginal); prevenção de perda de massa óssea; menopausa precoce Indicações: • Sintomas vasomotores • Síndrome geniturinária da menopausa • Prevenção da perda de massa óssea • Menopausa precoce Benefícios reconhecidos da TH Dentre os principais benefícios para o uso da TH, podemos destacar o tratamento dos sintomas vasomotores e da atrofia vulvovaginal e a prevenção da osteoporose e fraturas osteoporóticas, que são indicações consagradas Indicações consagradas: Perda da massa óssea: Eficaz na prevenção da perda óssea associada a menopausa e na redução da incidência de todas as fraturas relacionadas a osteoporose, incluindo vertebrais e de quadril. Sintomas geniturinários: Melhora sintomas de urgência urinaria, bexiga hiperativa e risco de infecção urinaria recorrente em mulheres com atrofia urogenital, pois apresenta efeito proliferativo no epitélio uretral e da bexiga. Função sexual: Melhora a satisfação sexual por aumentar a lubrificação vaginal, o fluxo sanguíneo e a sensibilidade da mucosa vaginal e melhorar a dispareunia Poucas evidencia relacionadas ao aumento do interesse sexual, orgasmo, excitação ou desejo sexual hipoativo. Distúrbio do humor: melhora dos sintomas depressivos durante a transição menopausal. Sem efeito na pós menopausa tardia. Indicações reconhecidas, mas não consagradas: Composição corporal: diminui o acumulo na região abdominal; diminui o colesterol total e LDL. Aumento do HDL DM2: o risco de DM2 parece diminuir com o uso da TH, pela redução da resistência a insulina não relacionada ao índice de IMC Doença cardiovascular: Entre as principais medidas de prevenção, estão a perda de peso, a redução da pressão arterial, o exercício físico regular, a cessação do tabagismo e o controle do diabetes e do perfil lipídico. O TH tem potencial para melhorar o risco cardiovascular por meio dos seus efeitosbenéficos sobre a função vascular, os níveis lipídicos e o metabolismo da glicose Antes de iniciar o TH: • Anamnese • Exame físico detalhado • Mamografia há no máximo 1 ano • Perfil lipídico: colesterol total; HDL- colesterol- TGL • Glicemia de jejum • Não tem evidencias que justifiquem a necessidade de realização de TSGTV antes do inicio da TH em mulheres assintomáticas Exames complementares durante a utilização da TH • Mamografia anual -US de mamas não é recomendado como método de rastreamento (mulheres com mamas densas) -Avaliação periódica dos FR cardiovasculares Opções de TH Terapia estrogênica isolada: indicada para mulheres histerectomizadas Terapia combinada: mulheres com útero (progesterona àproteção endometrial, contrabalanço dos efeitos proliferativos d estrogênio e assim diminuindo os riscos de hiperplasia e câncer endometrial) Vias de administração: Oral: estrogênio passa pela primeira passagem hepática à menor biodisponibilidade, necessitando de maiores doses quando VO. Isso pode aumentar potencialmente o risco de trombose venosa profunda (embora raro) Vaginal: opção para atrofia vulvovaginal, para efeitos locais dos estrogênios. Envolve uma dose diária de ataque, seguida da redução de duas a três vezes por semana Transdérmico: níveis plasmáticos mais constantes em relação a via oral. Pacientes com alto risco de doença tromboembólica, HAS, DCV, tabagistas e intolerância a VO. Tibolona Melhora a função sexual (desejo, satisfação, excitação) e efeito positivo sobre o trato urogenital inferior e genital. Melhora sintomas vasomotores; síndrome geniturinária da menopausa e prevenção da perda óssea A TH não é recomendada como tratamento isolado de disfunção sexual! Propriedades: progestagênica; estrogênica e androgênica Ação androgênica: reduz SHBG à aumenta a testosterona livre Não estimula a proliferação mamaria! CI absoluta: câncer de endométrio, mama, TEP agudo; hepatopatia aguda e/ou grave; cardiopatia grave e SUA sem causa diagnosticada. Terapia hormonal e câncer: Câncer de endométrio: o estrogênio isolado aumenta o risco de desenvolver hiperplasia e ca de endométrio em até 2x. sendo esse efeito dependente de dose e tempo. Câncer de mama: o só de todos os tipos de TH na pós menopausa, exceto estrogênio vaginal, aumentou o risco do desenvolvimento para câncer de mama, principalmente a TH combinada continua e com mais tempo de uso. Câncer gástrico: a TH não aumenta o risco de câncer gástrico e provavelmente reduz. Duração de uso da TH: não há duração máxima obrigatória para o uso de TH e que esta deve ser suspensa quando os benefícios não forem mais necessários ou quando a relação risco-beneficio for desfavorável Contraindicações da TH: • Ca de mama • Lesão precursora para ca de mama • Câncer de endométrio • SUA sem causa desconhecida • Porfiria • LES com elevado risco tromboembolístico • Meningioma à frequentemente apresentam receptores apenas para progesterona (crescimento acelerado na fase lútea e na gravidez) • Doença coronariana • Doença cerebrovascular • Doença trombótica ou tromboembólica venosa • Doença hepática descompensada A TH não está contraindicada nas seguintes situações: • HAS controlada • DM controlada • Hepatite C • História de neoplasia hematológica • Após canceres: pele; ovário (exceto endometrioide); cervicouterino escamoso; vaginal ou vulvar; colorretal; pulmonar; tireoidiano; hepático; renal; gástrico Tratamento não hormonal dos sintomas do climatério As opções incluem: técnicas comportamentais (roupas leves e de algodão; evitar comidas picantes, cafeína, etc); psicocorporais (hipnose clinica, estrategeias cognitivas, acupuntura); controle dietético e suplementos (isoflavonas, encontradas em produtos com soja) e prescrição medicamentosa Indicação primária à tratamento das queixas sexuais, excluídas outras causas Não é recomendado ate o momento o uso de testosterona em mulheres não estrogenizadas. A dosagem de androgênios não deve ser utilizada com o objetivo de diagnosticar insuficiência androgênica A via transdérmica é preferível à menor dose, suficiente para a resposta clinica adequada (tempo de uso: 12 a 24 semanas) Hormônios bioidênticos: não há evidências cientificas para sugerir e apoiar as alegações de que as manipulações dos denominados “hormônios bioidênticos” são mais seguras ou eficazes para tratar sintomas vasomotores e atrofia urogenital associada à síndrome climatérica do que a TH convencional - SOBRAC, 2018 Inibidores seletivos da serotonina (ISRSs) e inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noraepinefrina (IRSNs) Atuam aumentando a biodisponibilidade de serotonina e noraepinefrina, pois atuam bloqueando a receptação desses neurotransmissores, diminuindo assim os sintomas vasomotores ISRSs: paroxetina, escitaloprm, citalopram e sertralina IRSNs: venfalaxina e desvenfalaxina *Paroxetina é o único antidepressivo aprovado para tratamento das ondas de calor pelo FDA – utiliza-se dose inferior às usadas em distúrbios psiquiátricos A paroxetina e a fluoxetina podem interferir no metabolismo do tamoxifeno por meio da inibição do citocromo Para mulheres com sintomas de ondas de calor severos a moderados que não desejam ou tenham contraindicação para TH, algumas terapias não hormonais mostram eficácia moderada no alívio dos sintomas. Os antidepressivos e a gabapentina são os mais eficazes, entretanto a escolha precisa ser individualizada, conforme a preferência e o perfil da paciente, iniciando-se com a menor dose disponível. Para mulheres sintomáticas com câncer de mama em uso de tamoxifeno, a paroxetina e a fluoxetina não devem ser usadas, por diminuírem a eficácia do tamoxifeno. Devido à grande variedade de compostos, estudos sobre a eficácia dos fitoestrogênios apresentam resultados controversos, sendo necessários mais estudos para comprovar sua eficácia para tratar os SVMs.
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