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PATOLOGIA VETERINÁRIA SISTEMA RESPIRATÓRIO (MARCELA) · Lençol muco ciliar: camada de muco que reveste toda a superfície respiratória. Move os micro-organismos e partículas por meio dos cílios, o muco então é carreado e alcança os segmentos mais profundos do trato, nesse local as partículas inaladas são deglutidas. · Macrófagos alveolares: fazem fagocitose de partículas que estão nos alvéolos, os macrófagos pulmonares desempenham papel importante na modulação da resposta inflamatória e na reparação do parênquima pulmonar. · Microbiota saprófita: atuam por competição e tem como função não possibilitar a colonização de organismos com alto potencial patogênico no trato respiratório. (Linfócitos secretam anticorpos, os mesmos sinalizam para que os macrófagos façam a opcionizaçao de corpos estranhos) · Tecido linfoide broncoassociado: conjunto de linfócitos associados à brônquios e bronquíolos, estes facilitam a fagocitose de agentes infecciosos por meio da opcionizaçao que favorece a ação de macrófagos alveolares. · Espirro e tosse: eliminação mecânica que expulsa partículas ou material estranho. LESÕES SEM SIGNIFICADO CLINICO · Colapso pulmonar: retração dos pulmões que são mantidos distendidos dentro da caixa torácica devido à pressão negativa, ocorre o colapso na abertura do tórax porque há um equilíbrio entre a pressão intratoráxica e a ambiente. · Hipóstase: acumulo de sangue no hemiorgão (coloração vermelho-escura) posicionado do lado de baixo quando o cadáver é mantido em decúbito lateral. (Congestão uni ou bilateral--- hipóstase unilateral) · Hiperinflação alveolar: resultado do colapso pulmonar devido a retenção de ar. · Enfisema intersticial post mortem: ocorre devido ao acumulo de gases resultantes da atividade de bactérias putrefativas produtoras de gás. Não ocorre destruição da parede alveolar e sim do interstício. PODE SER OBSERVADO EMBEBIÇAO SANGUINEA FACILITANDO DIFERENCAR DE EFISEMA ANTE MORTEM. ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO 1. CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS · Atresia de coana: caracteriza-se pela persistência da membrana coanal que resulta em destruição parcial ou total, uni ou bilateral da comunicação entre a cavidade nasal e a faringe. · Fenda palatina: fenda no palato que faz com que haja uma comunicação entre a cavidade nasal e a oral, é muito comum em suínos e se deve em sua maioria à cruzamentos consanguíneos. (Pode ou não estar relacionada ao lábio leporino) 2. FARINGE · Cistos faringianos: pode ser observado na parede dorsal, no palato mole ou mais frequentemente abaixo da epiglote. 3. LARINGE E TRAQUEIA · Colapso traqueal: achatamento dorsoventral da traqueia devido a uma alteração de seus semi-aneis cartilaginosos. (Traqueia fica achatada dorsoventral mente) · Hipoplasia traqueal: redução de todo diâmetro lumial da traqueia, não há achatamento da traqueia, mas sim evidente redução em seu diâmetro. 4. PULMÕES · Hipoplasia pulmonar: desenvolvimento incompleto dos pulmões, está diretamente ligada a hérnia diafragmática congênita (Nessa condição há deslocamento de vísceras abdominais para o interior da cavidade torácica resultando em compressão dos pulmões) · Melanose: acumulo de pigmento endógeno (melanina) em um órgão que normalmente não é pigmentado. ALTERAÇOES CIRCULATORIAS 5. CAVIDADE NASAL · Epistaxe: hemorragia nasal. Hemorragia proveniente da cavidade nasal= rinorragia a proveniente do trato respiratório=hemoptise. 6. FARINGE · Hiperemia da mucosa faringiana: associado a processos inflamatórios dessa região. 7. LARINGE E TRAQUEIA · Hiperemia ativa da laringe traqueia: geralmente associado a inflamação aguda · Hemorragia: associado a doenças septicêmicas como a salmonelose e doenças virais. Hemorragia na epiglote pode ser frequentemente encontrado petequias. · No caso da traqueia e laringe ocorre espessamento da mucosa associada com inflamações em contato a alergenos como picada de abelha e inalação de substancias irritantes. 8. BRONQUIOS E BRONQUIOLOS · Aspiração ante mortem 9. PULMÃO · Isquemia: pode ser decorrente de enfisema ou fibrose e pode estar associada à redução grave do volume sanguíneo, contudo processos isquêmicos no pulmão são de raro acontecimento. · Hiperemia ativa e congestão: aumento do fluxo sanguíneo para os capilares alveolares (troca gasosa) geralmente associado a processos inflamatórios agudos. · Congestão: ocorre devido a estase sanguínea nos capilares sanguíneos do pulmão. Congestão pulmonar também pode ocorrer nos casos de traumas ou outras lesões agudas graves na região do hipotálamo, a principal causa da congestão é o desenvolvimento do edema pulmonar devido ao aumento da pressão hidrostática nos capilares alveolares. · Edema pulmonar: é caracterizado pelo acumulo de liquido nos alvéolos pulmonares provenientes dos vasos sanguíneos. O fluido do edema que se acumula mistura com o liquido surfactante e em consequência dos movimentos respiratórios ocorre a formação de uma espuma e as trocas gasosas serão então comprometidas por essa espuma impedir a entrada do ar. Pode ser causado por aumento da pressão hidrostática, alta permeabilidade vascular, diminuição da pressão oncótica e obstrução da drenagem linfática. · Embolia (migração de coagulo), trombose (formação de coagulo) e infarto (isquemia pulmonar): o pulmão é altamente predisposto ao embolismo. No caso de êmbolos sépticos pode ocorrer pneumonia tromboembólica, a trombose pode decorrer de embolismo, hipercoaguabilidade, estase sanguínea ou lesão do endotélio vascular, a isquemia, no entanto já é de mais difícil ocorrência devido a dupla circulação do pulmão. TROMBO 10. PLEURA · Pneumotórax: acumulo de ar dentro da cavidade e compartimento de expansão e atelectasia pulmonar. Tem origem traumática e espontânea. · Hidrotórax: edema na cavidade torácica. ALTERAÇOES DEGENERATIVAS 11. CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS · Amilaidose: causa desconhecida e como consequência pode haver comprometimento do desemprenho dos animais e obstrução das vias respiratórias em casos graves. 12. LARINGE E TRAQUEIA · Paralisia da laringe: ruído respiratório anormal em equinos resultante de intolerância ao exercício. A causa é degeneração idiopática do nervo laríngeo. 13. PULMOES · Antracose: resultado da inalação continua e a disposição de partículas de carvão no pulmão e caracteriza-se por coloração preta puntiforme. · Atelectasia: resulta no colapso dos alvéolos previamente preenchidos por ar. Caracterizado pela condição na qual os alvéolos encontram-se sem ar e sem nenhum outro conteúdo em seu interior. · Enfisema: distensão excessiva dos alvéolos associados à destruição das paredes alveolares, contraria a atelectasia. 14. PLEURA · Mineralização pleural: hiper vitaminose D ALTERAÇOES INFLAMATORIAS 15. CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS: · Rinite: processo inflamatório da mucosa nasal (rinite serosa: exsudato translucido e liquido- catarral: exsudato de aspecto viscoso rico em muco-fibrosa: cumulo de fibrina-granulamentosa: alterações proliferativas.) · Sinusite: inflamação dos seios paranasais, é uma ocorrência de rinite. Como consequência da sinusite ocorre atrofia e metaplasia do epitélio de revestimento dos seios paranasais. 16. FARINGE · Faringite: geralmente associada a inflamação do trato respiratório ou digestório superior ou de ambos. Em equinos acomete as bolsas guturais (bursite gutural micótica). 17. LARINGE E TRAQUEIA · Paralisia da laringe 18. BRONQUIOS E BRONQUIOLOS · Bronquite: inflamação dos grandes brônquios, agentes virais, bacterianos, micóticos e parasitários além de gases tóxicos, corpos estranhos e alergenos. · Bronquiolite: inflamação de brônquios terminais, bronquíolos lobares e extensão dos bronquíolos em caso de inalação frequente de partículas de poeira. · Broncoestenose: estreitamento do lumem brônquico, pode ser causada por bronquite, compressões externas e contração da musculatura lisa brônquica. 19. PULMÃO · Pneumonia: é uma infecção que se instala nos pulmões, pode acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminaisdos brônquios e, às vezes, os interstícios. ALTERAÇOES PROLIFERATIVAS 20. CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS · Hematoma etmoidal progressivo: muito comum em equinos e pode ser confundido com tumor, é localmente destrutivo, mas não tem natureza neoplásica (hipertrofias-hiperplasia). 21. FARINGE · Papiloma na faringe: carcinoma de células escamosas na faringe do cão e na bolsa gutural dos equinos e melanoma maligno na faringe do cão. 22. LARINGE E TRAQUEIA · Metaplasia escamosa do epitélio da traqueia: substituição do epitélio normal da traqueia que é pseudoestratificado ciliado e com células secretoras por um epitélio estratificado pavimentoso, pode ser causada por deficiência de vitamina A ou intoxicação por iodeto. PNEUMONIA, O QUE SÃO, COMO PODEM SER CLASSIFICADAS QUANTO O CURSO, EXSUDATO PRODUZIDO E LOCAL DE INICIO. As pneumonias são inflamações no pulmão e podem ser classificados em aguda, subaguda e crônica (curso). Catarral fibrinoso, purulenta, hemorrágica, necrótica e granulamentosa (exsudato). Broncopneumonia (junção alvéolo bronquíolo), pneumonia lobar (início da junção bronquíolo alveolar com evolução rápida) e pneumonia intersticial (início no interstício) CAUSAS MAIS COMUNS DE BRONCOPNEUMONIA Agentes causadores chegam rapidamente pela via aerogena nos bronquíolos alveolares, o agrupamento de animais em favorece para o acontecimento dessa doença. Macroscopicamente: áreas de consolidação hepatizaçao de coloração vermelha-escura ou acinzentada. Microscopicamente: bronquíolos e alvéolos são preenchidos por liquido de edema rico em proteínas, fibrinas, neutrófilos e eritrócitos. PNEUMONIA LOBAR: existem correlações de com estresse e micro-organismos Macroscopicamente: consolidação de tecido fibrinoso envolvendo difusamente os lobos com espessamento de pleura e alargamento dos septos interlobulares. Microscopicamente: hipóxia associada a toxemia, abcessos e disseminação do agente por via hematogena. PNEUMONIA INTERSTICIAL: via de infecção é hematogena e é causada por inalação de fases pneumáticos. Macroscopicamente: os septos alveolares estão espessos devido a proliferação celular e a infiltração de células inflamatórias. PNEUMONIA POR ASPIRAÇAO: ocorre quando grande quantidade de material principalmente liquido é aspirado e atinge o parênquima pulmonar. Macroscopicamente: mucosa hiperemica e exsudato fibrinoso Microscopicamente: grande quantidade de macrófagos e algumas células gigantes em imagem negativa. PNEUMONIA HIPOESTATICA: Animais que permanecem longos períodos em decúbito lateral. Macroscopicamente: edema Microscopicamente: congestão hipoestática. PNEUMONIA TROMBOEMBOLICA: tuberculose pulmonar pelo parênquima pulmonar. Macroscopicamente: nódulos de vários tamanhos. Microscopicamente: abundancia de macrófagos e células gigantes. PNEUMONIA UREMICA: ocorre nos casos de uremia crônica grave em cães, a principal lesão é a degeneração e calcificação da musculatura lisa dos bronquíolos respiratórios e das paredes alveolares. Macroscopicamente: o pulmão apresenta textura arenosa com distribuição difusa. Microscopicamente: mineralização da musculatura lisa. SISTEMA DIGESTÓRIO (RAFAEL) 1. CAVIDADE ORAL · Fenda palatina: anomalia consanguínea que se dá pela presença de uma fenda que liga a cavidade oral com a respiratória. · Lábio leporino: pode ou não se apresentar junto com a fenda palatina. Bragnatismo (superior ou inferior): subdesenvolvimento da mandíbula ou maxila. Prognatismo: crescimento excessivo principalmente da mandíbula. PROCESSOS INFLAMATORIOS DA CAVIDADE ORAL · Estomatites e gengivites: estomatites superficiais podem ser causadas por agentes químicos, vírus, traumas ou corpos estranhos, como também podem ser profundas atingindo o tecido conjuntivo. Gengivites podem ser um indicativo importante para o vírus da imunodeficiência felina e macroscopicamente é possível observar fácil sangramento da gengiva. · Estomatites ulcerativas ou vesiculares: degeneração hidrópica- edema intracelular- ruptura de células- edema intercelular-bolha-erosão-ulceração-cicatrização. · Febre aftosa: causa anorexia, claucudiaçao, halitose, sialorreia aguda, e é altamente contagiosa em animais com cascos fendidos. Alta morbidade e pouca letalidade. Macroscopicamente: vesículas, bolhas, erosões e ulcerações no lábio, mucosa oral, língua... Microscopicamente: degeneração das células, morte celular e edema intracelular. · Edema contagioso: parapoxvirus (ovinos e caprinos) macroscopicamente: pústulas, vesículas. Microscopicamente: degeneração com corpúsculo de inclusão citoplasmático eosinofilico e infiltrado inflamatório polimorfonuclear e mononuclear. · Actinobacilose: alimentos fibrosos- traumas-reação inflamatória, causa anorexia, salivação, mastigação e inflamação crônica. Macro: língua espessada e firme · Actinomicose: mandíbula nodular, as lesões se caracterizam por exsudato purulento viscoso envolvido por tecido de granulação polifibroso que comprime os tecidos normais da região Macro: massa nodular cinza, firme e irregular na mandíbula. Micro: osteomelite. · Papilomatose oral canina: benignos da epiderme com aspecto de crescimento semelhante a couve-flor. · Papiloma vírus: macroscopicamente são vistos pedúnculos ou nódulos, brancos ou acinzentados. É necessário deixar os animais positivos separados para evitar proliferação. · Carcinoma de células escamosas: invasivo, rápido, destrutivo. Normal ocorrência em animais idosos em gatas comum aparição na linga e nos cães tonsilas ou gengivas. Perolas de queratina. · Melanoma: maligno comum em idosos, macroscopicamente nódulo irregular preto ou avermelhado e microscopicamente melanocitos malignos. 2. ESOFAGO · Obstruções por: · Regurgitação: ulceras, e possível ruptura do esôfago (flegmão). · Esofagite traumático e impactaçao: incapacidade de deglutição, movimento cabeça e pescoço e distensão do esôfago. · Megaesôfago: peristaltismo esofágico insuficiente, ausente. Pode ser de 3 formas diferentes: - Congênita: retardo ou falta de inervação -Adquirido: miastenia grave, tumores ou inflamação -Idiopático: sem causa definida. 3. RETICULO, RUMEN E OMASO · Superdistensao do rúmen e reticulo por gases: -Primário: dietético ou espumoso (gás preso na digesta) -Secundário: timpanismo de gás livre. · Ruminite: inflamação do rumen por mudança brusca na alimentação ou aumento da ingestão de concentrado. Patogenia se dá devido à alta ingestão de carboidratos, ph ruminal abaixa e acontece crescimento de baterias gram positivas logo diminuição do ácido lático. Macro: rúmen com liquido e mucosa desprendida Micro: epitélio ruminal com degeneração hidrópica, necrose e infiltrado de polimorfo nucleares. 4. ESTOMAGO · Dilatação gástrica: causa primaria é devido a alimentação e a causa secundaria é o impedimento físico ou funcional do esvaziamento do estomago. Macro: estomago dilatado, congestão passiva, aumento da pressão torácica. A morte se dá devido a retenção de secreções no estomago e dificuldade de retorno venoso. · Torção gástrica: rotação do estomago (gira ao redor do estomago em sentido horário- baço em forma de v), congestão e ruptura do estomago devido a compressão. · Ulceras gástricas: h.pilori Pode se dar devido - Acidez -AINES (anti-inflamatório não esteroidal) -Idiopática (anorexia, vomito, dor abdominal e melena) · Gastrite traumática: osso, brinquedo, alfinetes. Observado área de inflamação intensa com ulcerações e lacerações. Órgão pálido devido a pressão alterada, anemia (mucosa branca) fc aumentada e fr também aumentada (para compensar a falta de hemácia) tudo isso devido a verminoses (Haemoncus contortus) A emoncose derruba o animal e quem acaba de matar é a pneumonia.
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