Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADES INTEGRADAS PADRÃO – GUANAMBI-BA SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS V ALCIDES JUNIOR SANTOS LIMA 5 PERÍODO ATIVIDADE ACADÊMICA TIC´s – ALZHEIMER – SEMANA 9 GUANAMBI/BA 2023 PERGUNTA: PORQUE A DOENÇA DE ALZHEIMER ACOMETE MAIS ALGUMAS PESSOAS (EX. SÍNDROME DE DOWN)? QUAIS OS DOIS GRUPOS E SUAS PECULIARIDADES? COMO É A CRONOLOGIA DOS SINTOMAS? RESPOSTA: A Doença de Alzheimer é uma condição física que afeta o cérebro e que resulta numa deterioração da memória, pensamento e comportamento. É a forma mais comum de Demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos. Os estudos demonstram que por volta dos 40 anos, quase 100% das pessoas com Síndrome de Down que morrem têm as alterações cerebrais características da Doença de Alzheimer. A proteína precursora amilóide, que dá origem ao fragmento – proteína amilóide tóxica (que forma as placas senis no cérebro e que danifica provavelmente as células cerebrais e as conexões existentes entre elas), está codificada no cromossoma 21. Uma vez que as pessoas com Síndrome de Down têm uma cópia extra do cromossoma 21, produzem 1.5 vezes mais proteína precursora amilóide do que as outras pessoas e isto parece resultar na tendência para a formação excessiva da proteína amilóide. Esta situação parece causar o aparecimento mais precoce das alterações cerebrais típicas da Doença de Alzheimer. No entanto, existe um número significativo de pessoas com Síndrome de Down com mais de 40 anos que não mostra sinais de ter Doença de Alzheimer. Atualmente, ainda não se compreende porque é que as alterações características da Doença de Alzheimer não produzem necessariamente a condição em pessoas com Síndrome de Down. No entanto, os primeiros sintomas da doença muitas vezes não são devidamente identificados, o que pode levar ao atraso do diagnóstico e da devida orientação do paciente e sua família. Portanto, conhecer as fases do alzheimer ajuda a família a identificar os sinais da doença de forma mais precoce e garantir um acompanhamento adequado à pessoa afetada. A doença evolui ao longo de um período indeterminado e pode manter-se assintomática durante anos. Assim, a evolução da doença pode ser didaticamente dividida em quatro fases: 1. Pré-demência: Nessa fase, os sintomas são muito sutis e muitas vezes atribuídos, de forma equivocada, ao envelhecimento natural ou ao estresse. Nesse momento, quando se suspeita de doença de alzheimer, pode-se aplicar testes neuropsicológicos que permitem revelar a doença até oito anos antes da pessoa cumprir os critérios para diagnóstico de Alzheimer. Além da perda de memória recente, essa fase pode incluir sintomas como mudanças sutis na atenção, apatia, irritabilidade e sintomas depressivos. 2. Estágio Inicial ou leve No estágio leve, para muitos considerado o primeiro estágio, os sintomas de pré- demência se agravam e o paciente pode se encontrar com dificuldade para encontrar palavras, desorientado no tempo e no espaço e com dificuldades para tomar decisões. 3. Estágio intermediário No estágio intermediário, são comuns dificuldades mais evidentes no dia-a-dia, com esquecimento de fatos mais marcantes, como o nome de pessoas próximas; dificuldade com higiene pessoal e autocuidados; incapacidade de cozinhar e cuidar da casa; maior dificuldade para falar e se expressar com clareza; alucinações e alterações de comportamento. 4. Estágio avançado (terminal) O estágio avançado, ou estágio terminal, cursa com prejuízo gravíssimo da memória, com incapacidade de registrar dados e muita dificuldade em recuperar informações antigas, como o reconhecimento de pessoas e locais familiares. Nessa fase, o paciente pode já não conseguir alimentar-se normalmente, apresentando dificuldade em deglutir, além de poder haver incontinência urinária e fecal e comportamento inadequado intensificado. A doença pode progredir ainda com dificuldades motoras, sendo necessário auxílio para caminhar, como o uso de cadeira de rodas ou até mesmo ficar acamado. Nesse estágio, o paciente apresenta alto risco de desenvolver infecções, escaras e necessidade de hospitalização. Vale ressaltar que a Doença de Alzheimer não apresenta cura ou tratamentos capazes de reverter a doença, e acredita-se que 70% do risco de desenvolvê-la esteja associado à genética. Outros fatores de risco incluem antecedentes de lesões na cabeça, depressão e hipertensão arterial. No entanto, há alguns estudos que apontam que o risco de se desenvolver Alzheimer pode ser diminuído com exercícios mentais, físicos e controle da obesidade. REFERÊNCIAS: 1. Bertolucci PHF, Ferraz HB, Barsottini OG, Pedroso, JL. Neurologia: Diagnóstico e Tratamento. Editora Manole, 2016. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Linha de Cuidados em Acidente Vascular Cerebral (AVC) na rede de Atenção às Urgências e Emergências. 2012. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2012. 3. COSTANZO, Linda S.. Fisiologia. 6. ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018; 4. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre, 2000. Editora Artes Médicas do Sul. 5. GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017; 6. HARRISON – Medicina Interna, Mc Graw Hill, 19ª ed, 2016 7. JUNQUEIRA, L.C.U. & CARNEIRO, J. Histologia Básica. 11ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008; 8. KAPLAN, H.I; Sadock, B.J. Compêndio de Psiquiatria- Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 9. KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016; 10. MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. 11. Rodrigues MM, Bertolucci PHF. Neurologia para o clínico geral. 1 Edição. Editora Manole, 2014.
Compartilhar