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ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS E DISPOSITIVOS

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Gustavo Moreno T19
AULA 3.1: ABORDAGEM DAS VIAS AÉREAS E DISPOSITIVOS:
Conceito:
Hipoxemia: 
Hipoxemia tecidual → não chega O2 para os tecidos
Oxigenação CO2 → O2 através da MB alvéolo capilar
Oxigenação adequada: PaO2 75-100
Ventilação: eliminação de CO2
PaO2 < 60 mmHg ⇒ Insuficiência Respiratória Hipoxêmica
Insuficiência Respiratória Aguda:
Incapacidade do organismo em realizar trocas gasosas de forma adequada
Instalação aguda 
Obs - mudança do padrão respiratório agudamente
Decorrente da disfunção em um ou mais dos componentes do sistema respiratório
Parede torácica, pleura, diafragma, vias aéreas, alvéolos, circulação pulmonar, sistema nervoso central e periférico;
Conceito:
Interface entre o alvéolo e os capilares sanguíneos
Oferta de O2 adequada precisa chegar ao alvéolo
O O2 precisa ser exposto ao sangue capilar pulmonar
Esta interface alvéolo-capilar precisa ocorrer por tempo suficiente
Aguda:
Crise asmática
Lesão pulmonar aguda
Sd do Desconforto respiratório do adulto
Bronquiolite viral aguda
Crônico:
DPOC
Fibroses pulmonares
Pneumopatias intersticiais
Hipertensão pulmonar
Expressão gasométrica:
PaO2 < 60 mmHg
PaCO2 > 55 MMhG
IR Hipoxêmica - Tipo 1:
Alteração V/Q (ventilação / perfusão) ⇒  Broncoespasmo; Plug mucoso por PNM
Alteração V/Q (espaço morto) ⇒ TEP: unidades ventiladas porém não perfundidas
Efeito SHUNT ⇒ Alterações cardíacas (CIV); SARA (mb alvéolo-capilar lesada)
Normalmente for alterações anatômicas – alterações cardíacas ⇒ CIV
Mecanismo por SARA (mb alvéolo-capilar lesada)
IR Hipoxêmica - Tipo 2:
Normalmente em pacientes com DPOC
Alteração da ventilação: CO2 se acumula no sangue arterial
PCO2 > 50 mmHg
Falência ventilatórias: não adianta ofertar O2
Causas: Neuromuscular - esclerose múltipla, ELA
Avaliação do Paciente:
Nível de consciência
Esforço espontâneo ou apnéia
Via aérea e lesão da coluna → 1 coisa estabilização da coluna (colar cervical) + via aérea (ofertar O2)
Expansão da caixa torácica → (inspeção → simétrica? bilateral? pneumotórax? Hemotórax  maciço? doença neurodegenerativa?)
Sinais de obstrução das vias aérea → pegar história do paciente, sinal do engasgo ou o paciente já está inconsciente (fazer a inspeção)
Sinais de angústia respiratória → esforço, aumento da FR, taquipneico, 
Obs - expor o tórax (retirar as vestimentas do paciente - avaliação do esforço respiratório – musculatura)
Vias Aéreas:
-Queda da base da língua – 85% dos casos (obstrução)
-Glasgow → abaixo de 8 – intubar 
-Manobra Thin light – Para abrir a via aérea
-Manobra Jaw  Thrust – Cuidar em paciente com trauma cervical (hiperextensão do pescoço – piora da lesão cervical)
-Dispositivo de via aérea com 2 socorrista – máscara (com duplo C e o E) + ambu
-Cânula orofaríngea – guedel (usar em paciente inconsciente!!)
-Cânula nasofaríngea (não pode fazer em pacientes com trauma de face – pode ser usada por leigos e o paciente consciente)
-Cateter nasal ou cateter nasal tipo óculos (prender atrás da orelha) —  Fluxo de até 6 L/min, até 40% FiO2
-Cateter nasal de alto fluxo – alto custo – Oferta 100% de FiO2 (para paciente em crise de asma), pode chegar até 15 L/min
-Máscara Facial de Venturi – até 50% FiO2, fluxo de até 15 L/min (válvulas que regula o fluxo) – (ideal para os pacientes com DPOC)
A partir de 10 L/min –  alto fluxo (politrauma, queimados – deixar em alto fluxo)
-Máscara com reservatório não reinalante – funciona com pressão negativa; Paciente não reinalação de CO2 – chega até 100% FiO2 com fluxo de até 15 L/min (para trauma utiliza essa máscara)
	Dispositivo
	FiO2
	Principais Indicações
	Cateter nasal de O2**
	Cada L/min aumenta em 3 a 4% a FiO2
Ex: 3 L/min, FiO2 DE 30 A 34%
Uso de baixos fluxos, máximo: 5L/min
	Casos menos graves
Qualquer IRpA sem shunt como mecanismo predominante
	Máscara facial de venturi**
	Mistura ar-oxigênio
FiO2 definida (24 a 50%)
Uso de altos fluxos
	Necessidade de precisão de titulação de FiO2
Exacerbação de DPOC ou IRpA mista
	Máscara facial de aerossol**
	Combinações variáveis de O2 e fluxos moderados
	Qualquer IRpA hipoxêmica não refratária a O2
	Máscara facial com reservatório**
	Alta concentração (90 a 100%) de O2 e altos fluxos
	IRpA hipoxêmica com predomínio de shunt (SDRA, pneumonia grave)
(P)
Bolsa valva-máscara – AMBU
Máscara – sempre pega nariz e boca
1 ventilação a cada 6 s (1001 - 1002 - 1003 - 1004 - 1005 - 1006)
Ventilação – metade da bolsa
Cuidar com a hiperventilação → hiperinsuflação → aumenta a pressão intratorácica → aumento da pressão intra abdominal → diminuição do retorno venoso → diminuição DC → CHOQUE!!!
Dispositivos supraglóticos (acima da glote)
Máscara laríngea → quando  não consegue entubar dispositivo supraglótico 
Não proteção da via aérea – broncoaspiração
“salvadora de vida”
Pode ficar de 6 a 12 horas → acima disso pode gerar lesão na traqueia e isquemia
Via aérea avançada, mas não definitiva!!
No hospital quando não consegue entubar, pode utilizar esse método
As principais indicações de IOT são:
Procedimento e cirurgias
Impossibilidade de manter via aérea pérvia
Insuficiência respiratória aguda grave e refratária
Hipóxia e/ou hipercapnia
Escala de coma de Glasgow (GCS) <8
Instabilidade hemodinâmica grave ou parada cardiorrespiratória
Antecipação de piora em pacientes queimados ou em pacientes com visível desconforto respiratório que poderão entrar em fadiga musculatura respiratória
Escala / Sinais de Mallampati
Paciente acordado
Classes  I → Estruturas bem visíveis – palato mole, úvula e pilares amigdalianos – nenhuma dificuldade
Classe II → estruturas visíveis com facilidade – nenhuma dificuldade
Classe III → Dificuldade para visualizar amígdalas, pilares e parte da úvula – Moderada dificuldade
Classe IV → Dificuldade para visualizar as principais estruturas – Grave dificuldade
Visualização: Escala de Cormack
Grau I – Ocorrência ⇒ glote bem visível
Grau II –  1 a 18% ⇒ somente a parte posterior da glote é visualizada
Grau III – 4% ⇒ somente a epiglote pode ser visualizada → nenhuma porção da glote é visível
Grau IV – 0,05 - 0,35% ⇒ nem a epiglote, nem a glote podem ser visualizadas
Ideal – alinhamento dos eixos
Tratamento:
1. Oxigenar o paciente
2. Definir via aérea definitiva
3. Tratar causa base
4. U.T.I.
Laringoscópio:
Curva / lâmina de macintosh – antes da epiglote
Reta / lâmina de miller – ultrapasse a epiglote 
Fatores preditores de via difícil
Obesidade; Lingua grande; Prognata; Barba
anomalias / assimetrias craniofacial
Bougie:
Auxilia na intubação difícil
Faz às cegas – sentir nos anéis traqueais – passa o tubo por dentro

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