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2020 
2021 
202 
202 
~ 
FNJE 
PROJETOS 
INTEGRADORES 
Editora 
do Brasil 
e 
T 
PROJETOS 
Maria Cecilia Guedes Condeixa {coordenação) 
Licenciada e bacharel em Biociências 
Docente em escolas públicas e privadas 
Autora de materiais educativos, experiente em formação 
de professores e consultora em currículo e avaliação 
Maria Teresinha Figueiredo {coordenação) 
Licenciada em Biociências 
Especialista em Educação Ambiental 
Docente em escolas públicas e privadas 
Autora de materiais educativos, consultora em currículo 
e experiente em formação de professores 
Alpha Simonetti 
Licenciada e doutora em Linguística e Semiótica Geral 
Elaboradora e editora de textos educativos 
Integrante de grupo de teatro infantojuvenil 
Dulce Satiko 
Licenciada em Matemática e Pedagogia 
Especialista em Metodologia da Matemática para Ensino Fundamentai[ 
Docente em escolas públicas e privadas, autora de materiais educativos 
e experiente em formação de professores 
Gabriela Ribeiro Arakaki 
Licenciada e bacharel em Geografia 
Docente em escolas públicas 
Elaboradora de materiais pedagógicos, consultora em 
Educação Ambiental e experiente em formação de professores 
Vanci ladeira Maria 
Licenciada e doutora em Geografia 
Elaboradora de materiais educativos 
Experiente em formação de professores e pesquisadora 
no campo indigenista 
Componentes curriculares: Arte, 
Ciências, Geografia, História, 
Língua Portuguesa e Matemática 
1i'. edição 
São Paulo, 2018 
A Editora V do Brasil 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro. SP. Brasil) 
Conhecer e transformar: [projetos integradores] 6 e 7 / Alpha Simonetti .... [et ai.]; Maria 
Cecília Guedes Condeixa, Maria Teresinha Figueiredo (coordenação). - 1. ed. - São 
Paulo : Editora do Brasil, 2018. 
Outros autores: Dulce Satiko Onaga, Gabriela Rib eiro Arakaki, Yanci Ladeira Maria. 
Componentes curriculares: Arte, ciências, geografia, históri;:i, língua portuguesa e matemática. 
ISBN 978-85-10-06999-1 (aluno) 
ISBN 978-85-10-07000-3 (professor) 
1. Arte (Ensino fundamental) 2. Ciências {Ensino fundamental) 3. Geografia (Ensino 
fundamental) 4. História (Ensino fundamental} 5. Matemática (Ensino fundamental) 6. 
Lingua portuguesa (Ensino fundamental) 
1. Sirhonetti, A lpha. 11. Onaga, Dulce Satiko Ili. Arakak,, Gabriela Ribeiro. \V. Ladeira Maria, 
Yanci. V. Condeixa, Maria Cectlia Guedes. VI. Figueiredo, Maria Teresinha. 
18-20565 
Índices para catálogo sistemático: 
1. Ensino integrado : Livros-texto : Ensino fundamental 372.19 
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 
© Editora do Brasil S.A., 2018 
Todos os direitos reservados 
Direção-geral: Vicente Torta mano Avanso 
Direção editorial: Felipe Ramos Poletti 
Gerência editorial: Erika Caldin 
Supervisão de arte e editoração: Cida Alves 
Supervisão de revisão: Dora Helena Feres 
Supervisão de iconografia: Léo Burgos 
Supervisão de digital: Ethel Shufía Queiroz 
Supervisão de controle de processos editoriais: Marta Dias Portero 
Supervisão de direitos autorais: Marilisa Bertolone Mendes 
Supervisão editorial: Priscilla Cerencio 
Consultoria pedagógica: Roberto Catelli 
Edição: Eduardo Passos 
Auxílio editorial: Felipe Adão 
Coordenação de revisão: Otacilio Palareti 
Copidesque: Gisélia Costa, Ricardo Liberal e Sylmara Beletti 
Revisão: Andréia Andrade e Elaine Silva 
Pesquisa iconográfica: Amanda Felício 
Assistência de arte: Carla Dei Matto 
Design gráfico: Andrea Melo 
Capa: Andrea Melo 
CDD-372.19 
Imagens de capa: Tiwat K/ Shutterstock.com, nubenamo/ Shutterstock.com 
e balabolka/Shutterstock.com 
Ilustrações: Bruna lshihara, Danillo Souza, Fábio Nienow, Hare Lanz, Hélio Senatore, Luiz Eugenio, 
Osni & Cotrim, Paula Haydee Radi, Paulo José e Vagner Coelho 
Produção cartográfica: DAE (Departamento de Arte e Editoração), Alessandro Passos da Costa 
Coordenação dé editoração eletrônica: Abdonildo José de Lima Santos 
Editoração eletrônica: Armando F. Tomiyoshi 
Licenciamentos de textos: Renata Garbellini 
Controle de processos editoriais: Bruna Alves, Carlos Nunes, Jefferson Galdino, 
Rafael Machado e Stephaníe Paparella 
1' edição / 1• impressão, 2019 
Impresso na Oceano Indústria Gráfica e Editora Ltda. - CNPJ 67.795.906/0001-10 
Rua Osasco, 644 - Cajamar-SP - CEP 07753-040 
Editora 
do Brasil 
Rua Conselheiro Nébias, 887 
São Paulo, SP - CEP 01203-001 
Fone: +55 11 3226-0211 
www.editoradobrasil.com.br 
~Em respeito ao me:o 
ambiente, as folhas 
deste livro foram 
produzidas com 
fibras obtidas de 
árvores da florestas 
plantadas, com 
origem certificada". 
Caro estudante 
Este livro foi feito para você, que é antenado em tudo o que 
está acontecendo em nosso mundo. Quando falamos assim, talvez 
venha à cabeça notícias sobre problemas. Pois é, realmente há 
muitos fatos desagradáveis e desafiadores acontecendo. Mas 
há também um montão de coisas alegres e estimulantes. Há 
muitas meninas e meninos procurando saídas para os problemas, 
buscando juntar iniciativas, fazer redes de contato, comunicar 
suas descobertas. 
Muitos jovens estão encontrando uma forma de se comunicar. 
Muitos jovens querem entender o que está acontecendo, buscar 
respostas. Foi pensando em como você pode fazer parte dessa 
turma inovadora que propõe soluções e contribui para um mundo 
mais animador é que escrevemos este livro. 
Conhecendo melhor os projetos de conhecimento e de 
ação aqui propostos, você verá qu,e não é difícil manter-se bem 
informado. Logo encontrará uma forma de compreender e agir: 
aqui há muitas ideias para você pôr em prática e compartilhar o que 
aprendeu. 
Você nunca deve considerar-se !incapaz para as tarefas. 
Nem achar que já sabe tudo. Comunicando-se com os colegas e 
professores, trocando ideias e buscando a melhor saída para todos, 
você verá que pesquisar em grupo é mu'ito mais interessante ... O 
importante é ser criativo, imaginar soluções, buscar informação para 
contribuir, ouvir os colegas e apresentar ideias para sua gente. 
O convite está feito. Vamos ao trabalho! 
APRESENTAÇÃO 
Aqui você ficará sabendo qual é o te-
ma trabalhado no projeto e a impor-
tância dele em nossa vida. 
~ Leite: alimento e 
"'" produto industrializado 
OIAUO ,t.O PO"iTO e 
DIRETO AO PONTO 
Aqui será apresentada a questão 
norteadora, que vai guiá-lo para 
chegar ao final do projeto sabendo 
mais a respeito do assunto do que 
quando começou. 
·- ... -....... ._..., .... ••-----ull'II• 
JUSTIFICATIVAS 
E OBJETIVOS 
Você é informado 
sobre o tema e a 
relação com a vida 
cotidiana, e alguns 
conhecimentos se-
rão destacados, pois 
serão importantes 
para a execução 
} N!-.b!too pncrw,ro-dcs-..óo,_,,Na,,~o-[111•1"" 
0Wdo110:"lftc-,in,t4-o:n<:b'i""-"ieofi• O.~ ... ~n-dnw,:,-.x;;o E-
-•n.,~5wtr.~ntA111N;os;<Q...ep,_--,o-ooo,~ 
(YJltOSM! C'!,l'lulNt'IO!; OlloltlilOóe'd't<-,<ul!""~tMW!-WO&~dli!,(ldr:)$ 
_...,., ""-"""°~Mildull> Nol:rr..l.oas...,..,s.tiewr-do!vxa~nuC:,d> 
l,m(ldoc-mbooank,,w,o<__,.,;nll,p-,o;,,;~~ 
Po,cctU~~°'(~•ok~o«-v«.J<'<H-..wn--~,...,. 
_po_...,....,. __ _ 
P<..,,.,_ .. ,_,,.._ __ ,,,,._ 
• --M~:.HG.IS~ -.. ~,~,.~-~ 
i;«telX!e!Ofl)K\l,Y10/$J~.-Dleli:1tP1aJaL:ldO""'ifNS'll'ilol'iDfQilNl;x),)S 
.._ ... mo:r«tl>"'•-íiffi 
@1•:t•·'l·ll-i,:11 
•.l1t1e-•-.-_,--,.,<nKe .»gr...oeW'Oce_ w,1_ --~(-~•-°""""""' _ __ _ 
• -Ot(l\eOtl'I--C-ot>.sM""' 
1Dr91po<.,...ag,-.wlll--•lotltol••-.o•o --00-C-•~16'&>~-..... 
==•=~~HP~,_..allp•u-~ 
QUAL É 0 PLANO? 
Etia.;i,t 1 bplor;inrlo o anuril o 
• ~.lo,._,-rnerut<Sos<arnpane, ...... dlllll!Ce 
• 111.~dogad<: IMHC 
(t<1i:,~ 2 fa:l'r.:fo ,.uontcnr:: 
.,._,.,.~ .... , lNeU""llrlCe,,...,:u,, 
•~~2 U tt!n«;Wpr_,,_,>~ 
.,,_..~J Pl;,dulml.ao:1«no 
Etap,1 J • Rr~,PM'-~el pi.bl1c~ 
• o,,.,,a., ,e~-o..cor.._oos adQurodoos 
• "'-a,e~./lr~produe"""'-
Bal.UI\O Jm:,_f -~--.1,).')d-.. ~ 
do projeto. 
DE OLHO NO TEMA 
É o momento de dialogar a respeito do assunto, 
e você e seus colegas expressarão suas ideias 
sobre ele. Para iniciar a conversa, será utilizada 
umafotografia. 
QUAL É O PLANO? 
Neste momento serão apresentadas as 
etapas principais do projeto, do início até 
a conclusão. 
r'""l l...: ... J 
•~oo~:;,1.,c;w,nnum11...,~f,nq~ur"nu'!l'l.,._>l0f~_, 
~~~,•.:O!J<<.......,..,Ç~"~~~ 
• ~pi.-muo,&adotsclk,O!J!J'~4-le,jl<> 
[,n~~r.;;,•~U~ftl.~;o 
~.~ Dwloc"""""' • P<O"<-.o.alo~ 
~~~1,,-wu10rklno1,010-
~ou-~!)IJc:4«ic,~ 1.esJo-«tioow,,, 
peil:)1)1,._00fe;flr' 1Qo»Oc)eml'.;o.r;~1quecsg,.la1. 
tif-t-C:.ieMa.11:)...,_IC~ 
~,;, r~cona,;,....•·1., • .,-,c-•~--•-A.-p~""-'tkr&oo:,se,.,.ccr,ne,s-<omo.,,.1Quo-
leto•-MiKodoC'ffl_e_,1' t O"'ICMlff'l' l ~óe..oc;l:s(Offlú,.,.,,.,,,,,._.al>Qi. 
)l;I l~'ld:>oiSt>,rH~ltl'l!ll!fiH!r.1:uftiOl,.,.,_111,d(-ú<(f>"""""' 
2. ~ nes. r9',n6mffÇNts• ,..~--t!mú..t.rir~.,......_ ,....,. _ --
AQOl,,r~ Owl•a~ffl~na~klõaS~oi.? 
3..S.(ls.alOe:s&.l~oque--.eo:oM04~.nMPOK~muv.t? 
VAMOS AGIR 
Traz atividades práticas, co-
mo experimentos, criação 
de modelos, pesquisas, en-
trevistas etc. 
REFLITA E REGISTRE 
O destaque Reflita e regis-
tre, que orienta a conclusão 
do procedimento, acompa-
nha a seção Vamos agir. 
l ~ ~~•=~~-•~•~~~iw,~,.. q<M n,hi,tX,a'"M<~• Nr.aló<l.n<l'l<lol 
__ , .. ,,..,.,.,_a,r.<~A.,.,! .. .. i.....,..o,,:., ... .,,.~ .. ,.,,,..,.,., .... ..... o~,...,,.... .... _-~ -
;Jt<•tÁbr""'-'lo "'~l~ ' l•?-'$:>S o\lnc:ll <:CJe tM>: ...... -:JJC>:lf',lil';~t"SO'J\~ni;,sc;,r,,;;-,s 
1)1'11C,P.,._Cr, lt<:a.> ot l.:~ 
fflQllt",tt <:ut' ltffl n:-~ .. le,J,~, 
d1(:,,'X)O.oc-..,., c .. ·•c• "'"' 
lel~i:l&'.>$.41~ //fôleln:)Odn.,_, 
Nn ct.~• ele ar.e <l~ t;,o,:a 
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13:e• N.l c:,;nbl <iD~HF\t-
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~'>':"•~s.>w,,,c,s....,.n 
açlfi rQese"lU~ rv.> IM'.mo 
~..pa,ç~ A,-.,,:1.e m rnl,e<n • dn "-·~--· 
@:;:::+ti::, 1!!·''1 
1. Et<~l-"'I G,npe,s!,OtiQUe-e<efflMQúl.OIO.ftl~Q<ll! YOd efla-õel,le l)el'l!.e 
,..,,~cor,w O qu11 'o'O<k etJic> ~ 70QUe n!j,c,Pl'......:!c? Pm-in:U" 
(onendc, 0c, qo,,, H llo bt,n,:1no19t ,..._ ~ ,._ ~ * w ~~e ... --.-wn 
2.ftr.,.,.... <K.trcs~ • •.,~~â-CK<lllhi:ianoc;.,odrg.Mo,•<àr.a....,~epw1 
- ~ • sln, par1<fl:'r.-wn~Poo'~otSO"w.-.,ect:,1dOt~ 
komolooo"'9ckl, '~~elele pettpect. ... H ~et,1«>05f)lofl OtJl!ute)U:. 
~::;;:~:w,-:"n':i::-~ ,--~--q.,ee.~ f:;J 
4,0epc,<1 ~ 1..11tr~•de..:k' .... f.-:laur,_dn...,,.,.m~•••- .au1M.oi-,109"" 
po.l;~Untl~Pl"f8"-Jl kls:t8';io 
@•• m• 1❖1,q,,., 
1, Aleestt' pott:)COPf~ -"-a:g..imalot>fHõe-e-~MO$•illll!:l•l'IIC~0.0tJ· 
x modo j6 ,t pgn,..,,. dil.;W .. qunt1-• ~ n 
...:C,.,.,..H olYH dt' a~ o ajl,lla,11,,e~o eeo,,,o,.,.e,.u•1:>11!>c na-..weOia, 
1>:Comoos t: eealnos.oe H+r( IM!S flOI llju!atll I f161:ew,, que o nti•t,o ....__ e rr.&is<lo -~H ..... n•jnMS:-•-~ 
i Povos indígenas 
- e comunidades 
tradicionais no Brasil 
Mu~:,s=~er~plWl~'ll(IB<•s• <:1•"""'10<-,~..-x,e-.,.~c"-'))<-rn 
:~::. ~<<>foCl,.~l.adorr.p~l::rl:IIN.,.,.,,.,-,.,,.nc,,;n.:,r.,.,,mo,;.,_dle,e,-
A:,1,:,,;;oda~.._~,...., e....ce..en ""'w,ss..,l)Ol'J~ndeor~-.Jo 
t::t< ■-:.0.-~.,e lllc''T~M WlOO DOWMIOS nl)l"'IOCS WM2"..o!,~..,,: A.";"'1:5 
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IJe•OOSt!'M?;onlle~que~•araa, 11 ,-""'° ~ "- ~~nt,t..,.._1 01&,-,!,1~ 
&~,J • ...,_.g<,o,,dct(W9<,.dtv'A""p,;"~.;'$"'410t'!S11,..(,.......,.,::6d!'<l:loC''-1Ci' .. ,. [le<*'II 
rut.urH"as •c"-cecar~ <t<'l-t<e~p,:.0,-es •e~jc,• 165111'1 c:.,n;-H .-.-:a,;1, 
.. l< ~ ""e'"'e,,,.1qr.,-....:;&o<1ac.il!!,·1 ~iK..:-r~I0"'0""1 I~) ""l!,5,0 ~M,:Mlter 
ÇIW~!.el.'SGllelt:>!i!l6!.l~()a••~~~"'..1do:;rA •iR!.~ 
@l··i·J1:i•i' ·ii lt'I 
G'-""o.-oe,..,.~~.._, "',g.-..,...o®""""'·'-l ae~-r.c<:Mom ~..-..,.-,1c,,,c;-PQ,XU,..,~~•l(Sf".A._.,._,,,,...,,_,r_ 
,:iu,:,ts,..,,.,_t<J<e~ -•• .. ~_,,_..,...,.,~°"",lnlo<lll<b-óoor'l<l• 
, ,. _ _,..,.OIV~ "'05HUfll r,o,,cOdoC ... o ,._...,.C_.;_ 
·-- .,.~·"""-•--<Offl<I--"'..-, 
,Ooa5""""""""••e-anc; .. --~ ... -•nc--. ~ -·-~' . ~ .<!Yl_,.,.,....,<Ooftll5clt<IK1rodicic,na:,. ... CroJ_.........,, ~ 
( .. ~HC.,..,, .... P'OP\M.VO<f--oiCl-d<S•U<•-M' - · 
APOIO 
VAMOS APROFUNDAR 
São atividades variadas para você checar os princi-
pais conceitos estudados por meio de questões que 
requerem leitura, interpretação e reflexão. 
PENSANDO JUNTOS 
Propõe, por meio do diálogo, a reflexão coleti-
va sobre determinada questão. 
; r,,e,.,~1>.-to>1'QO<•ociu.,130~,;&0e::,.,,~•"""""" .,,~.r.rus.'dntt.J<""~ 
a eo:,ci.o1.;lo ( IH.::e,,.vms,e,tlevti cc« p,:,,i,.:15,.l'.orr:,,:i,~ !1014'm1'1e·,wl~ ix ... ~ ; +,>.Jo 
• t..~,...,-,,...,~:.....:~,e,""9C'>'.-.. ~W...nol.;,hr..cm.<cNM<>.,.-1?"'1S Çl'l' 
1-~ ...... .,.,,. ..... 
~) RC5PC1TÁ'JElPÚ8tlCO 
U:,,,,t fllert:le~lll.~i...il!.ao.,_co,l',:lt.se- ..-&:>J<L03~-•~Ci 
~,MQfdl~• ... •~ÔOpt~ 
Proch,ta final 
• ~k>ll,!11,1,el<S~---.lo- OI 
. to-.J><M-pt.,,,.,..,.lilf'."_ 
®'"!'3·1ili'ii 
N~ «Jpo. ""'' r.,.,., ........ ~ .. -•.s. 
• <'.ll....-.;10-,s,,,..,_ ·""'~---., . .....-
• ~-.clll)IIJefftt:>11'1-:ne 
"'""'-
Ntt,- ,.,,_,tooc:ll', .. li , _ t.ettor.r.ai eui;,,;,i•~ P;,.,a 1"'11, lff)fWle a~Qoóo~ ~!WS~:::~ 11"'1 s.er1m Wl','Hllg,X:95e il ll<""'""" ""~i!l 10 pl<,lt;l«r:I lnK..at.. t-:ltO,IC'J 
. O QJefol&Çrenaicocomt'.i e l)"C',e'lO,tet1COe r:1..eu o (!Ul voc•sll'IW'!.tl}Y11n> 
• Ü!oprodulcSf<n&SConOu.:!rll:'1i1eluelcJr,1que, :.lo"°".eadora'!.lopc5SM-1.Dti1r6'>ft~pc,;'.b' 
• Clll'Ol.lra,;r>-"')er;Oft~o.err .. 11,~em~lca...>S"' 
. r.p,r.ie.1 re~•~Q-.!Cl.!.10flQtlek/Jfi1Wffl()(IWlc(IIJ&Jf;Jl.-n~l~!.if' NIIQUl!i!;p=' 
,, ~aor.,...dopro,f!IO.....,,em<'.Cln-, 
....,..,or;;'lo!Qdo rrrx~•~,oMclo,-».,.,.i 
, ..,~ctl)O'll).l•~l ~C"'1>01(1U~ct ( 
OOSprc<:utc-sl<MISll!l•~f-'"IOQllr.XIJ 
,,,,,..,._..,..,_,_ .. ..,... ..... ~·---•··-··- .. -~---•··" ··--·----........ "' .... --.. ~ ... -L .. 00 __ ., .... 
-r.,.OO,o«T'.O-•-
........ c... ... ----........ "' ~-......... . ... ____ __.,_ ........ ___ ,.. __ _ _ ........ ...... _ 
ATITUDE LEGAL 
Contém dicas para 
ajudá-lo a convi-
ver em coletivida-
de, trabalhando 
suas capacidades 
para o desenvol-
vimento pessoal e 
o de sua comuni-
dade 
BALANÇO 
FINAL 
É o momento de 
avaliar seu de-
sempenho na 
execução do 
projeto. 
Aqui você vai encontrar indicações que auxiliam na busca de 
conteúdo a respeito do tema que está sendo explorado. 
ÍCONES 
l Oralidade Individual Em dupla Em grupo No caderno 
Imaginação e trabalho ... 08 Leite: aumento e 
Qual é o plano? ............................. 09 produto industrializado •. 32 
Etapa 1 - Explorando o Qual é o plano? ••..••••••••••••.••.•••••.••. 33 
assunto .•.....•.••.•••••••...••.••.•.••••••••.•..• 10 
Diferentes trabalhos, diferentes 
Etapa 1 - Explorando o 
sociedades ................................................. 10 assunto ........................................... 34 
Imagens em composição ............................ 12 Investigação experimental dos 
Etapa 2 - Fazendo acontecer ....... 17 componentes do leite .............................. 34 
Proposta investigativa 1 - Mundo A pecuária do gado leiteiro ...................... 36 
da mitologia greco-romana .................... 18 Etapa 2 - Fazendo acontecer ...... 39 
Proposta investigatíva 2 - Mundo 
medieval europeu ..................................... 18 Proposta investigativa 1 - Leite, uma 
Proposta investigativa 3 - Nosso rica mistura ................................................ 39 
cotidiano ...................................................... 1.9 Pr,oposta investigativa 2 - Leite: nosso 
Etapa 3 - Respeitável público ..... 19 
próprio alimento ......................................... 41 
Balanço final ................................................... ·19 Prnposta investigativa 3 - Produtos 
lácteos .......................................................... 43 
De olho na poluição 
da água .......................... 20 
Etapa 3 - Respeitável público ••... 45 
Balanço final .................................................. 45 
Qual é o plano? ............................. 21 
Etapa 1 - Explorando o No.s.sa.s notícias .............46 
assunto .•..•••••...•••••••.••.........•••••.••••• 22 
Relações entre o ambiente e o uso Qual é o plano? ............................. 47 
da água ....................................................... 22 
A origem e o descarte 
da água usada em casa ......................... 24 
Etapa 1 - Explorando o 
assunto ....••.••........•.•••......•.••.•.••••••.• 48 
Estudo da hidrosfera ................................... 25 Pontos de vista em foco ............................ .48 
Etapa 2 - Fazendo acontecer ...... 27 Notícias e seus números ........................... 52 
Proposta investigativa 1 - Rios e Etapa 2 - Fazendo acontecer ...... 55 
seus sedimentos ....................................... 27 
Proposta investigativa 2 - Bacia 
hidrográfica e poluentes ........................ 29 
Proposta investigativa 1 - Nossa 
escola .......................................................... 55 
Proposta investigativa 3 - Chuva 
Proposta investigativa 2 -
no campo e na cidade ............................ 30 Nossa comunidade ................................. 56 
Etapa 3 - Respeitável público ..... 31 :Etapa 3 - Respeitável público ..... 57 
Balanço final .................................................... 31 Ba:lanço final .................................................. 57 
Biodiversidade brasileira: 
pesquisar e conservar ... 58 
Qual é o plano? ............................. 59 
Etapa 1 - Explorando o 
assunto ••.••.• · ...•.••.••••.•.•••••••••••••••••••.• 60 
Alguns casos de extinção de animais .... 60 
Baleias: símbolo do combate à 
extinção ...................................................... 62 
Etapa 2 - Fazendo acontecer ...... 65 
Proposta investigativa 1 - Animais 
brasileiros ameaçados e projetos 
de conservação ........................................ 66 
Proposta investigativa 2 - Árvores 
e florestas brasileiras ameaçadas e 
projetos de conservação ........................ 67 
Proposta investigativa 3 - Caça 
ou pesca predatória e tráfico 
de animais .................................................. 68 
Etapa 3 - Respeitável público ..... 69 
Balanço final .................................................. 69 
Nossos batuques, 
nossa história ................ 70 
Qual é o plano? .............................. 71 
Etapa 1- Explorando o 
assunto ..••.••.•..••••••.•••••..•.•..•.••..•..... 72 
Brasil pandeiro .............................................. 72 
Um pouco da história do samba ............... 73 
Organizando informações .......................... 75 
Pandeiros de outros tempos ..................... 76 
Música do mundo ......................................... 78 
Etapa 2 - Fazendo acontecer ....•. 80 
Proposta investigativa 1 - Batuques 
na História ................................................... 81 
Proposta investigativa 2 - Tambores 
na diversidade cultural ........................... 82 
Etapa 3 - Respeitável público .•••• 83 
Balanço final .................................................. 83 
Resíduos sólidos: 
s,omando saberes em 
busca de solução ........... 84 
Qual é o plano? ............................. 85 
Etapa 1 - Explorando o 
assunto ........................................... 86 
'Interp retando dados numéricos .............. 86 
A teonologia e novos materiais: soluções 
e prob lemas .............................................. 89 
Etapa 2 - Fazendo acontecer ...... 92 
Proposta investigativa 1 - Pesquisa da 
produção do lixo doméstico ................. 92 
Proposta investigativa 2 - Conhecendo 
a composiçã,o dos resíduos sólidos 
brasileiros ................................................... 93 
Proposta investigativa 3 - Atitudes 
sustentáve,is: reúso de materiais e 
objetos ........................................................ 94 
Etapa 3 - Respeitável público ..... 95 
Ba:lanço final .................................................. 95 
Povos indígenas 
e ,comunidades 
tradicionais no Brasil .... 96 
Qu.al é o plano? ..••••••••••••••••••••••••••• 97 
Etapa 1 - Explorando o 
assunto ............ ............................... 98 
Conhecendo povos indígenas e 
comunidades tradicionais ...................... 98 
Povos e oomunidades em luta 
por direitos ................................................. 101 
Cu;Jtura viva: memória e 
transform ação .......................................... 104 
Danças brasileiras ...................................... 105 
Etapa 2 - fazendo acontecer •••. 108 
Proposta ir:ivestigativa 1 - Povos 
indi'genas nas regiões brasileiras ....... 109 
Proposta investigativa 2 -
Comurnidades remanescentes 
de quilombo .............................................. 110 
Etapa 3 - Respeitável público •••.. 111 
Ba'lanço final ................................................... 111 
Referências ••..•.••.••..•..••.•••.••••••••.•.. 112 
8 
1 
o ç r b h 
Realizada há milênios, a arte não somente encanta o espírito humano como possibilita 
conhecer um pouco da vida de nossos antepassados. É uma maneira de conhecer com o 
que se ocupavam, o que valorizavam e como percebiam o mundo em que viviam. A arte 
reflete a História; ou permite perceber melhor esses aspectos porque nos coloca o tempo 
todo em contato com outras realidades, além de acionar nossa imaginação. 
O trabalho sempre esteve presente no cotidiano, influenciando o desenvolvimento 
pessoal e familiar - e a arte, certamente, registra essa presença. Ao longo da história, os 
sistemas de trabalho e a relação das pessoas com ele mudaram muito. Na atualidade pre-
senciamos o surgimento de muitas profissões, que ampliam nossas opções de escolha, 
conforme o modo que queremos viver e trabalhar. Por isso, a investigação desse tema é 
interessante e ainda nos aproxima muito do trabalho artístico. 
Há várias obras de arte que retratam a Antiguidade e a Idade Média. Algumas delas reprodu-
zem cenas de trabalho. A imagem abaixo, por exemplo, é uma pintura feita entre 1580 e 1314 a.e. 
na parede da tumba de um faraó egípcio. Ela mostra trabalhadores no cultivo de trigo, cereal im-
portante para a antiga sociedade egípcia. 
• Você saberia citar alguma produção que retrate 
o mundo do trabalho? Pode ser uma pintura, 
escultura, filme ou video game ambientado 
nesses períodos. 
• Que trabalhadores você costuma ver em seu 
cotidiano? Que atividades eles exercem? 
DIRETO AO PONTO ------~------... 
Como a Arte e a História nos ajudam a compreender diferen-
tes significados do trabalho? 
JUSTIFICATIVAS 
• O trabalho sempre esteve presente na vida 
das pessoas. E a arte guarda memória sobre 
esse tema. Ao apreciar e criar obras de arte, 
podemos perceber como alguns aspectos da 
vida foram um dia completamente diferentes 
do que são atualmente e, outros, permanecem 
iguais. 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Diferentes trabalhos, diferentes sociedades 
• Imagens em composição 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
• Proposta investigativa 1- Mundo da mitologia 
greco-romana 
• Proposta investigativa 2- Mundo medieval 
europeu 
• Proposta investigativa 3 - Nosso cotidiano 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar resultados da pesquisa. 
Balanço final 
• Avaliação individual e coletiva. 
Avaliação continuada: va-
mos conversar sobre isso? 
➔ 
Construção de um castelo em 
uma vila medieval, século XV. 
OBJETIVOS 
• Conhecer, por meio de diferentes obras, for-
mas artísticas que expressam realidades sin-
gulares e a imaginação humana. 
• Investigar a importância do trabalho e as dife-
rentes organizações da sociedade em outros 
tempos históricos. 
• Explorar e criar várias maneiras de construir 
imagens. 
10 
EXPLORANDO O ASSUNTO 
Diferentes trabalhos, diferentes sociedades 
A prática do trabalho já foi muito diferente do que é 
hoje. Na Pré-História, as pessoas viviam em grupos nô-
mades, que caçavam e coletavam. Isso durou milênios, 
até que teve início o processo de sedentarização, em 
que se organizou o que chamamos hoje de agricultura. 
Isso ocorreu, na Europa, cerca de 10 mil anos atrás.Em culturas da Antiguidade europeia (séc. VIII a.C.-
-séc. V d.C.), como a grega e a romana, o trabalho era 
considerado uma atividade inferior. Os afazeres da po-
lítica, da guerra e da religião não eram compreendi-
dos como trabalho e eram próprios das elites sociais. 
Desses três tipos de atividade, as duas primeiras eram 
exclusivamente masculinas; somente na religião as mu-
lheres das elites desempenhavam um papel de impor-
tância. O que se considerava trabalho era todo o resto 
necessário: cultivar o alimento, fazer construções di-
versas e cuidar dos afazeres domésticos, por exempllo. 
Eles eram realizados por prisioneiros de guerra escra-
vizados e seus descendentes, que já nasciam escravos. 
Após a crise que destruiu o Império Romano (séc. 1 
a.C.-séc. V d.C.), o sistema baseado no trabalho escra-
vo foi gradualmente substituído pelo sistema feudal, 
na transição entre Antiguidade --i Idade Média (séc. V 
d.C.-cerca de 1500 d.C.). Nesse período o trabalho do-
méstico e agrícola era realizado por servos. Estes não 
1' Esculturas de guerreiros romanos, século IV. 
No auge do Império Romano, exércitos reuniam 
m·11hares de soldados, que eram remunerados com 
um ·salário". A origem dessa expressão é o uso do 
sal como forma de pagamento, produto que tinha alto 
valor na época, depois substituído por dinheiro. 
l 
pertenciam aos senhores, moravam em suas próprias casas e tinham mais liberdade que os escravos 
da Antiguidade, mas pagavam impostos e não podiam sair de suas terras. 
O trabalho no campo durante o Período Medieval era muito diferente do realizado hoje, pois de-
pendia inteiramente dos ciclos da natureza. No início desse período, a Europa era predominantemen-
te rural. Mas, a partir do século XII, as cidades começaram a se multiplicar. Com isso, destacaram-se 
outros modos de viver e de trabalhar: comércio, art,esanato e prestação de serviços desempenhados 
por plebeus (não nobres) e vilãos (habitantes das vilas}. Como na Antiguidade, a política e a guerra per-
maneciam privilégio da elite social, que naquela época era constituída pela nobreza, e a condição so-
cial era definida conforme a ascendência: nobres tinham filhos nobres e plebeus tinham filhos plebeus. 
Mas há diferenças importantes: se no final da Antiguidade o valor do dinheiro tinha se estabele-
cido, no Período Medieval tornou-se secundário. O valor em destaque então era a fidelidade mútua 
entre nobres e servos, cabendo aos primeiros proteger os que viviam em suas terras e nelas traba-
lhavam. Aos nobres também cabia a obrigação com seus suseranos, um nobre com título de nobreza 
superior, sendo o rei o mais alto de todos. Ao rei, toda a nobreza da Idade Média devia obediência, 
ao passo que o rei deveria proteger todos. 
Hoje, as pessoas são livres para escolher profissões, independentemente da sua condição de nas-
cimento, embora isso esteja limitado a suas condições de vida e oportunidades de desenvolvimento. 
1. Que tipo de trabalho era considerado inferior na AntigU1idade greco-romana? 
2. Servos e escravos realizavam a maior parte dos trabalhos para seus senhores. Segundo o texto, 
quais as diferenças entre servos do período medieval e escravos na Antiguidade? 
3. Quais valores fundamentavam as relações entre inobres e servos no Período Medieval? 
1. Pesquise os termos escravidão e servidão para ampliar sua compreensão desses conceitos. 
Consulte livros de História, dicionários e sites confiáveis. 
2. Amplie a investigação proposta na atividade 1 pesquisando casos atuais de escravidão e servi-
dão. Compare essas formas de trabalho com aquelas da Antiguidade e da Idade Média. Elas são 
diferentes ou parecidas? 
1' Relevo romano mostra uma mulher e sua serva, 
século IV. 
o 
1' Costureiros trabalham em situação análoga à escravidão. 
São Paulo (SP). 2010. 
l!!I 
1:6.d 
1. Compartilhe a pesquisa realizada com a turma e, juntos, façam o que se pede 
a) "Vivemos em uma sociedade em que todos nascem livres para fazer suas escolhas". Essa afir-
mação confirma sua investigação ou a contradiz? 
b) Com base na pesquisa e na reflexão em turma, escreva um parágrafo no caderno a respeito 
das mudanças e permanências no mundo do trabalho, expondo sua opinião. Forme-dupla com 
um colega e leia seu parágrafo para ele. Ele deverá ajudá-lo a, se for o caso, complementar 
suas ideias. Faça o mesmo com o parágrafo escrito por ele. A turma deve expor os escritos 
finais em um mural na sala de aula. 
11 
1 
12 
Imagens em composição 
Trabalho para heróis 
Para os gregos e os romanos da Antigu idade, os mitos eram fundamentais para as pessoas com-
preenderem o mundo ao redor. Os mitos ajudavam a explicar questões diversas, a esclarecer, a dar 
sentido à experiência _humana. Essas narrativas traziam um sentido em si e ofereciam ensinamentos 
para tudo que podia ser difícil de entender, como os sentimentos, os conflitos, fenômenos da natu-
reza etc. 
Os mitos eram contados em episódios, como as 
séries de TV atuais. E se reuniam em uma grande co-
leção de histórias orais e escritas, conhecida como 
mitologia. 
Entre os vários tipos de mito, um em especial será 
destacado aqui, aquele que narra o percurso de um 
herói. Esses personagens ganharam tanta relevância 
que estão presentes até hoje em filmes, desenhos 
e jogos. 
• Você se lembra de algum herói que parece ser 
de um mito antigo? 
• Você conhece o grande herói greco-romano 
chamado Hércules? 
O personagem Hércules é um exemplo de narrativa 
de herói mitológico que é constantemente recontada. 
A lenda mais famosa sobre esse herói são seus 12 
trabalhos. Hércules, cheio de culpa por ter atentado 
contra a vida de parentes, busca perdão com sacerdotes 
daquele tempo. Então, para pagar por seus erros, 
e!e é obrigado a cumprir 12 tarefas extremamente 
difíceis e obtém sucesso na empreitada. 
Na Antiguidade, os mitos já eram repre-
sentados de forma artística em muitos objetos 
de uso diário ou decorativos. Algumas dessas 
obras ainda existem. O vaso retratado a seguir 
é um exemplo. Ele é todo decorado e, em um 
dos lados, vê-se o detalhe da luta de Hércules 
contra um monstro lendário, a, até então, in-
destrutível hidra de Lerna. 
1. Agora que você sabe um pouco mais so-
bre mitos, pense em qual era a visão que 
as pessoas daquele tempo tinham desses 
heróis e compare com a visão que temos 
deles hoje. Em sua opinião, como pode-
mos trazer o mito de Hércules para a nos-
sa realidade? 
1' Detalhe de vaso grego que retrata o combate entre 
Hércules e a hidra, e. 535 a.e. 
1 
Na mitologia grega, a hidra era uma criatura parecida 
com uma serpente venenosa com muitas cabeças. Ela foi 
l morta por Hércules, no segu~do de seus doze trabalhos. 
Um mosaico de possibilidades 
A imaginação e a sensibil idade na Antiguidade Clássica levaram à produção de obras de grande 
beleza. Nas artes visuais, podemos citar vasos, esculturas, edifícios, afrescos (pintura em murais) e 
mosaicos. Observe mais este exemplo: um grande mosaico em que os 12 trabalhos de Hércules es-
tão representados. Como vimos, essas tarefas foram impostas ao grande guerreiro como penitências 
religiosas depois de um grande conflito familiar. Ele é obrigado a cumprir 12 tarefas extremamente 
difíceis e obtém sucesso na empreitada. 
Centro: um dos castigos pelo seu crime foi ser escravo da rainha Ônfale. 
~ 
Os doze trabalhos de 
Hércules, 5 m x 4 m. 
Mosaico do século Ili, 
característico da cultura 
greco-romana. Museu 
Arqueológico Nacional 
da Espanha, Madri. 
1. Morte do leão de Nemeia. 2 . Morte da hidra de Lerna. 3. Captura do seivo de Cerínia. 4. Captura do javali de Erimanto. 5. Limpeza 
dos estábulos do rei Augias. 6. Morte dos pássaros do lago Estinfalo. 7. Captura do touro de Creta. 8. Captura das éguas de 
Diomedes. 9. Roubo do cinturão da rainha Hipólita. 10. Morte do gigante Gerião. 11. Roubo das maçãs das Hespérides. 12. Captura do 
cão Cérbero. 
1. Os mosaicos são colagens de pequenas peças sólidas, cerâmica ou vidro, geralmente sobre su-
perfícies planas.Observe com atenção as cores empregadas e as formas obtidas com a colagem 
de cada pequena peça. Descreva o que observa. 
2. Como o espaço do mosaico é dividido? Quais são as diferenças entre os espaços? 
3. Observando cada quadrinho, o que podemos dizer sobre os trabalhos realizados por Hércules? 
4. Qual qualidade de Hércules se destaca? 
5. Por que os trabalhos desse herói são contados até os dias atuais? Há semelhanças entre ostra-
balhos do herói e os trabalhos do dia a dia? 
13 
14 
Registrando os heróis do dia a dia 
Os heróis das lendas e dos filmes de ação encantam o público com seus feitos. Uns têm força 
descomunal, outros são rápidos ou têm poderes mágicos etc. Mesmo que poderes mágicos estejam 
na imaginação, os seres humanos revelam capacidades surpreendentes diante dos desafios no co-
tidiano. A partir disso, vamos refletir sobre os trabalhadores que conhecemos. 
Procedimentos 
1. Inicialmente, tenha como roteiro as questões a seguir. Reflita sobre elas e pesquise as 
informações de modo mais completas possível. 
a) Quem são os trabalhadores que você pode observar no cotidiano? 
b} Onde eles trabalham? 
e) Que tipo de trabalho realizam? 
d) Faça uma lista de características heroicas que as pessoas utilizam em seu trabalho: esforço, 
persistência, determinação. coragem, entre outras. 
2. Vamos aproveitar a câmera dos celulares para registrar os trabalhadores que estão à nossa volta. 
a) Durante um passeio pela escola, pelas ruas ou em casa, ti re fotografias dos funcionários que 
trabalham em diferentes ambientes. Atente-se à necessidade de pedir autorização a eles para 
fazer isso. 
b) Escolha bem o enquadramento, a posição mais adequada para a pessoa aparecer na foto, o 
lugar e em que posição ela pode estar: de frente, de costas, de lado, mostrando só uma parte 
do corpo ou o corpo todo etc. 
e) Faça alguns cliques para poder escolher depois qual ficou melhor. Leia o texto a seguir com 
dicas para tirar boas fotos. 
Olhar fotográfico 
Tanto em pintura ou fotografia quanto em cinema ou histórias em quadrinhos, o enqua-
dramento revela o olhar de quem produz a imagem. Ele pode ser mais aberto {abrangen-
do parte do ambiente, por exemplo) ou mais fechado. como se pegássemos uma lupa 
para ver detalhes de algo específico (uma pessoa. por exemplo). Outras posições do 
olhar produzem imagens vistas de cima para baixo ou de baixo para cima. 
APOIO 
Enquadramentos e ângulos: <www.primeirofilme.corn.br/site/o-livro/enquadramentos-planos-e-angulos/>. 
Essa página apresenta imagens dos diferentes tipos de enquadramento. 
Pinturas do Período Medieval 
Assim como vimos que na Antiguidade Clássica a arte serviu como forma de expressão humana 
e registro de uma época, o mesmo ocorreu na Idade Média. Nas próximas imagens, será possível 
apreender mais características do Período Medieval, isso porque foram selecionados desenhos que, 
além de seu valor artístico, são documentos históricos. 
Trabalho no campo 
No Período Medieval, os servos trabalhavam nas terras dos nobres e tinham muitas obrigações a 
cumprir. Na pintura de um calendário do século XIV, as 12 cenas revelam o que deveria ser feito em 
cada mês. 
1' Pietro de Crescenzi (c. 1230-c. 1320). Trabalho para os doze meses do ano, calendário publicado em 
Le Rustican, e. 1460. 
1. A pintura está dividida em quadros. Por que essa forma de apresentar as imagens ajuda a per-
ceber a passagem do tempo? 
2. Ao observar os elementos da pintura, podemos ver características do trabalho durante o perío-
do retratado. Tente interpretar o que está sendo mostrado nos quadros. 
15 
16 
As festas 
Toda a vida dos servos era ligada às terras, que não podiam ser abandonadas. Nas aldeias onde 
casas e ruas eram construídas, eles encontravam-se e reuniam-se em diferentes momentos do ano 
para celebrar os marcos religiosos. Ainda que t ivessem muitas obrigações ou trabalho nos campos, 
participavam das festas e come-
morações que, em certas regiões 
da Europa, ocupavam cerca de um 
terço dos dias ao longo do ano. 
Nas obras de arte da época, 
encontramos também a repre-
sentação desses momentos de 
lazer. Na pintura do holandês Pie-
ter Bruegel (cerca de 1530 a 1569), 
Dança camponesa, vemos várias 
ações representadas no mesmo 
espaço. Analise a imagem e des-
creva algumas delas. 
➔ 
Pieter Bruegel. Dança camponesa, 
1568. Óleo sobre tela. 
1. Escolha uma das pessoas que aparecem no quadro. Imagine que você está diante dela e pense 
em questões como: O que vocês estão conversando? O que estão pensando? Por que estão 
correndo? Do que estão brincando? Há quanto tempo vocês não se encontram? Escreva suas 
ideias. 
2. Imagine outros elementos a respeito da pessoa escolhida no quadro. Mas desta vez não é para 
uma entrevista, e sim para retratar um personagem. Por exemplo: descreva aspectos do cotidiano 
(como foi o dia dela, refeições etc.) e perspectivas (sonhos e planos para o futuro) dela. 
3. Troque sua criação com alguns dos colegas. Juntos, criem uma cena em que os per-
sonagens imaginados por vocês dialoguem. 
4. Depois dessa troca de ideias, cada um deve desenhar os personagens e a cena criada pelo gru-
po. Escreva uma legenda para sua ilustração. 
ta 
1. Até este ponto do projeto apreciamos algumas obras de arte e exercitamos a imaginação. Des-
se modo, já é possível discutir as questões a seguir. a 
a)Como as obras de arte o ajudaram a compreender o cotidiano e o trabalho na Idade Média? 
b) Como os 12 trabalhos de Hércules nos ajudam a perceber que o trabalho humano é mais do 
que tarefas necessárias para sobreviver? 
Compondo imagens 
Materiais e imagens de diferentes lugares podem compor uma 
única imagem. A colagem é valorizada como expressão artística do 
século XX, em que pedaços de papel colorido e de revista, dese-
nho, pintura, fotografia, tesoura e cola entram no jogo de montagem 
ou composição. 
Procedimentos 
1. Pesquise e selecione materiais que possam ser recortados para 
compor sua colagem. Escolha duas imagens de pessoas e duas 
de paisagens (com fundos variados). 
2. Primeiramente, imagine um personagem em um momento de 
trabalho. Depois, outro em momento de descanso, lazer. 
3. Escolha uma base (uma folha em branco ou cartolina) e ex-
plore as possibilidades de montagem para compor a imagem. 
Somente depois de ter encontrado soluções criativas faça as 
colagens. 
APOIO 
Designculture: <https://designculture.corn.br/a-colagem-como-expressao-atemporal>. 
Nesse endereço. você verá que muitos artistas exploram a colagem para compor 
imagens. 
FAZENDO ACONTECícR 
Orientações gerais 
1' Fotomontagem Cinelândio, da 
artista Mareia Albuquerque, 2017. 
1' Fotomontagem Mulheres, da 
artista Mareia Albuquerque, 2016. 
• Serão exploradas três épocas. Reúna-se em grupo, conforme a orientação do professor, para se 
dedicar a uma delas. 
• Compartilhem as criações realizadas nas atividades da etapa anterior: desenhos, colagens e fotos. 
• Para as atividades a seguir, aproveitem suas criações em novas formas de composição das 
imagens. 
Todas as propostas devem ser exploradas para que a produção final da turma conte com a inves-
tigação de todas as épocas. Reuniremos essa produção em um livro de histórias em quadrinhos ou 
de histórias em quadros grandes. Elas devem contar as ações em série ou em sequência de perso-
nagens criadas em cada proposta. 
As imagens construídas pelos grupos podem usar vários materiais misturados em formas de com-
posição: desenho, pintura, fotografia, colagem, fotocolagem etc. Munidos de criatividade, podemos 
combinar elementos da realidade e da imaginação para viajar no tempo, dando vida a personagens 
do cotidiano. 
17 
18 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
MUNDO DA MITOLOGIA GRECO-ROMANA 
Meta 
Aprofundar a pesquisa e a criação de personagem mitológico. 
Primeira fase 
1. Pesquise em livros e na internet mitos da Antiguidade. Eles ser-
virão de fonte de informação para a criação de um ou uma personagem. 
2. Crie esse personagem desenvolvendo comdetalhes suas características. 
3. Elabore uma imagem para expressar sua criação. 
Segunda fase 
1. Compartilhe sua pesquisa com os colegas de grupo para com-
plementar as informações e trocar opiniões. 
2. Criem um momento em que as personagens se encontram, imaginando 
cenas do começo, meio e fim desse encontro. 
3. Elaborem quadros em série, misturando as formas de composição que fo-
rem mais interessantes para expressar a criação coletiva. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
MUNDO MEDIEVAL EUROPEU 
Meta 
Na mitologia greco-latina 
existiam deusas que 
inspiravam os artistas e 
os estudiosos. Eram nove 
irmãs, as musas. Cada 
uma era responsável 
por despertar um tipo de 
talento nos seres humanos. 
Aprofundar a pesquisa e a criação de personagem representativa do mundo do trabalho. 
Primeira fase 
1. Pesquise em livros e na internet relações de trabalho no mundo medieval. Esse con-
teúdo servirá para a criação de um ou uma personagem. 
2. Aprofunde sua personagem, criando aspectos da vida dela, representando suas ações no dia a 
dia, seus sentimentos e planos para o futuro, por exemplo. 
3. Elabore uma imagem fazendo a composição que for mais interessante para expressar sua criação. 
Segunda fase 
1. Compartilhem as pesquisas para complementar as informações e trocar opiniões. 
~ 
2. Criem uma ação em que todas as personagens estejam envolvidas, imaginando um começo, meio 
e fim para ela. 
3. Elaborem quadros em série para expressar a criação coletiva. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 3 
NOSSO COTIDIANO 
Primeira fase 
Meta 
Pesquisa e criação de imagens do trabalhador 
no cotidiano. 
1. Pesquise em livros, jornais, revistas ou na internet fotogr.afias ou outras imagens em que 
pessoas estejam no ambiente de trabalho ou em momentos de lazer, na atualidade. 
2. Crie a imagem de um ou uma personagem executando sua atividade profissional ou 
de lazer. 
3. Elabore a imagem fazendo a composição que for mais interessante para expressar sua criação. 
Segunda fase 
1. Compartilhem as pesquisas para complementa, as inrormações e trocar opiniões. 
2. Criem uma ação do dia a dia em que todas as personagens estejam envolvidas, imaginando um 
começo, meio e fim. 
3. Elaborem quadros em série misturando as formas de composição que forem mais interessantes 
para expressar a criação coletiva. 
- -RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Um livro que reúna histórias das três épocas, apresentando os diferentes sig-
nificados do trabalho. 
Para a elaboração do livro, sugerimos que cada grupo: 
• produza uma trajetória do passado ao tempo presente; 
• inclua os registros das atividades da Etapa 1. 
Em uma aula com os professores de Arte e História, toda a turma irá conversar sobre o desen-
volvimento do projeto escolhido. Seguem algumas perguntas para nortear a conversa: 
• No início do projeto, o que vocês pensavam sobre a questão norteadora? 
• O que aprenderam com o projeto, tendo em vista o que se propuseram a investigar? 
• Os produtos finais conduziram ao problema e a propostas de solução? É possível elaborar mais 
propostas? 
• Que outras investigações poderiam ser realizadas em ocasiões futuras? 
• A primeira resposta ao problema modificou-se ou foi ampliada? Se sim, em que aspectos? 
Individualmente 
Concluir a avaliação feita ao longo do projeto. 
1! 
20 
" e 
f 
i 
De olho na poluição 
da água 
A água é um recurso natural necessário tanto para quem mora no campo como para 
quem vive nas cidades. Muitas cidades. inclusive. foram construídas perto de rios, porque 
eles lhes garantem abastecimento. além de poderem ser aproveitados para o transporte 
fluvial. Por sua enorme importância para a vida, a água é considerada um bem comum da 
humanidade. 
No entanto, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo sofre com a falta de acesso à água, 
seja para beber e para higiene, seja para cultivar alimentos. Em certos lugares. parece que 
a água não tem fim, mas, em outros. a escassez é predominante e impõe desafios a todos 
os seres vivos. A conservação da água é uma necessidade cada vez maior diante do cres-
cimento das populações. que modificam os ambientes e os poluem. 
~ DE OLHO NO TEMA 
A fotografia abaixo mostra um trecho do Rio Tamanduateí na cidade de Mauá (SP) em 2017. O 
Rio Tamanduateí nasce no Parque Ecológico Gruta Santa Luzia, em Mauá. percorre 35 quilôme-
tros e deságua no Rio Tietê, na cidade de São Paulo (SP). 
Até o início do século XIX, esse rio era via de transporte fluvial e um dos pontos de lazer dos 
paulistanos. Atualmente ele tem a maior parte da sua extensão canalizada e suas águas poluídas, 
inclusive as proximidades de sua nascente. 
• Em sua opinião, de que modo essa 
transformação modifica a paisagem e 
prejudica as pessoas? 
• Há rios, mar ou represa em seu 
município? Essas águas são próprias 
para consumo humano, seja para beber, 
seja para nadar? 
• A poluição propicia a falta de água 
potável. De onde a poluição vem? 
DIRETO AO PONTO c..Q~--------1 De onde vem e para onde vai a poluição das águas? 
\ 
t JUSTIFICATIVAS 
• Cada vez mais se discute a necessidade de 
usar bem os recursos hídricos e de preservar 
os mananciais (fontes de água potável). Pode-
mos agir em favor de sua conservação. Para is-
so é preciso entender como diversos materiais 
se deslocam até alcançar as águas superficiais 
e subterrâneas. 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Relações entre o ambiente e o uso da água 
• A origem e o descarte da água em casa 
o Estudo da hidrosfera 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
OBJETIVOS 
• Relacionar bacias hidrográficas e circulação de 
poluentes. 
• Investigar a relação entre água da chuva, po-
luição e diferentes coberturas do solo, em am-
bientes rurais ou urbanos. 
• Ampliar o conhecimento sobre a infiltração da 
água a partir da superfície do solo. 
.J, 
Crianças indígenas da etnia guarani 
mbyá brincam na água na aldeia 
guarani Tenondé Porã, localizada no 
distrito de Parelheiros, na cidade de 
São Paulo (SP). 
• Proposta investigativa 1 - Rios e seus sedimentos 
• Proposta investigativa 2 - Bacia hidrográfica e poluentes 
• Proposta investigativa 3 - Chuva no campo e na cidade 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar e selecionar os conhecimentos 
adquiridos 
• Preparar e apresentar os produtos finais 
Balanço final 
• Avaliação individual 
e coletiva. 
Avaliação continuada: vamos 
conversar sobre isso? 
1
, ETAP~ l> l EXPLORANDO o ASSUNTO 
22 
Relações entre o ambiente e o uso da água 
Muitas vezes não perceb~mos que a poucos quilômetros de nossa resi-
dência há, por exemplo, uma represa. uma estação de tratamento de água 
(ETA). entre outros equipamentos urbanos necessários ao fornecimento de 
água aos moradores do munícipio. 
Para quem vive nas cidades, o fato de a água vir de torneiras pode pare-
cer natural, muitas vezes não há interesse da população em saber a origem 
dela. Já quem vive no campo algumas vezes não associa o desmatamento 
das matas ciliares à diminuição dos níveis dos rios e lagos. 
• Quais usos da água você conhece? 
• Você sabe se os diferentes usos da água podem modificar a paisagem? 
Examine a imagem a seguir. 
Equipamento urbano: 
aparelhagem destinada 
à prestação de serviços 
públicos necessários 
para o funcionamento 
de uma cidade. 
Esquema simplificado de paisagem que destaca oferta e usos da água. Este esquema está j 
representado com cores-fantasia, e as dimensões dos elementos não seguem a proporção real. /jj 
- - ---- --- 2 
! 
m oceano emissário 
. submarino 
uas servidas de 
águas servidas de origem industrial 
origem industrial ~ 
1. De acordo com sua análise da figura da página antenior, responda às perguntas a seguir. 
a) Localize na imagem a água no mar, nos rios e cana'is, no lago, na várzea do rio (alagamento 
natu~al) e as possíveis fontes de água potável. 
b) Onde a população humana está mais concentrada? 
c)Como é o relevo? Há morros e áreas planas? 
d) Onde estão as nascentes dos rios? 
e) Onde há exemplos de paisagem natural e de paisagemmodificada? 
f)Quais estruturas representam fontes poluidoras? Ou-ais situações representam conservação 
ou melhoria da qualidade da água? 
2. Segundo a legislação brasileira, as indústrias devem tratar as .águas servidas (efluentes indus-
triais). A indústria representada no esquema trata a água de acordo com a lei? Explique. 
1. O esquema mostra a vegetação nativa e as atividades rurais, as áreas urbanas e industriais que 
ocupam uma bacia hidrográfica. Identifique esses ambientes na imagem e discuta os pontos a 
seguir com os colegas. 
a) O que acontece com a água quando chove no morro, como na área de pasto? E quando cho-
ve na cidade? 
b) Os rejeitas industriais causam um tipo de poluição diferente do provocado pelos esgotos 
das casas? 
Esgotos domésticos e efluentes 
industriais i; 
i 
Todas as atividades humanas resultam em algum tipo de resí- i 
g, 
duo que, muitas vezes, é descartado. Em nossas moradias, toda a ~ 
água que usamos e escorre pelos ralos origina o esgoto doméstico. & 
J As indústrias, por sua vez, também utilizam a água para diver- º 
sos fins, mas elas produzem os chamados efluentes industriais. '&. 
Caso não sejam tratados antes do descarte, esses efluentes po-
dem poluir os rios, porque transportam substâncias variadas em 
grande quantidade ou estranhas ao meio (como mercúrio, chum-
bo, cobre, sulfatos, nitratos). 
APOIO 
Usos da água. <http://conjuntura.ana.gov.br/usoagua>. Nesse endereço ele-
trônico, você encontrará um infográfico produzido pela Agência Nacional de 
Águas (ANA), do governo federal, com os usos da água. 
'!'Menino busca peças de roupas no 
Rio l ürag, contaminado por rejeitos da 
indústria têxtil. Gazipur, Bangladesh. 
Uma das indústrias que mais contaminam as 
águas em todo o mundo é a indústria têxtil, 
tanto por causa do tratamento do couro 
quanto pelo tingimento dos tecidos. 
2 
24 
A origem e o descarte da 
, 
agua em casa 
A água é fundamental para o funcionamento das moradias, pois serve para hidratar plantas e ani-
mais, para a higiene pessoal ou doméstica e para cozinhar. Observe alguns desses usos. 
Esquema demonstrativo 
com exemplos de usos da 
água em uma residência. 
1. De onde vem a água da casa retratada na ilustração? 
2. Para que serve o hidrômetro? 
3. Pense sobre os materiais que saem pelo esgoto doméstico e responda: 
a) Os materiais que usamos para limpar a louça e a roupa se dissolvem bem na água? 
b) O que a água de lavagem do quintal carrega consigo? 
e) De acordo com os seus conhecimentos sobre o assunto, você acha que urina e fezes poluem 
a natureza? Justifique sua resposta. 
d) Por que os dejetos humanos poluem as cidades? 
4. Para onde vai o esgoto produzido nas casas da rua onde você mora? 
5. Qual é a importância de uma estação de tratamento de esgoto? Você sabe se há esse sistema 
em seu município? 
Estudo da hidrosfera 
• Como a água se move na atmosfera e que percurso faz entre as rochas até a superfície terres-
tre? Levantem hipóteses antes de prosseguir. 
A hidrosfera é o conjunto de toda a água do planeta: os oceanos, os rios, as geleiras e as águas 
subterrâneas. A água cobre 71% da superfície da Terra, sendo a maior parte água salgada. 
Distribuição de água na Terra 
Reservatórios Porcentagem d,e água to'tal 
oceanos 
geleiras 
-t-
águas subterrâneas-!-
águas superficiais 
97,3% 
2,08% 
0,6% 
(rios, represas. lagos etc.) 
0,019% 
0,001% atmosfera 
Fonte: Paulo Augusto Romern e Silva (Org.). Aguo. quem vive sem? 
2. ed. Siio Paulo: Nova Página. 2003. v. 1. 136 p. 
Em seu ciclo, a água passa pela atmosfera e pela litosfera, circulando entre os reservatórios na 
superfície e nas profundidades da crosta, bem abaixo do solo onde pisamos. 
transporte do vapor 
precipitação 
. l r 
evaporação 
Esquema simplificado de ciclo 
da água. A proporção entre 
as dimensões das estruturas 
representadas não é a real. 
1 
precipitação 
Nos continentes, a água líquida das chuvas se acumula em locais de depressão do relevo, como 
vales de rios, baixadas alagadas ou lagos. Esse armazenamento é temporário, pois parte da água 
novamente evapora-se da superfície, enquanto outra parte infilt ra-se lentamente no solo, constituin-
do mais uma reserva temporária de água, que ainda pode atingir regiões mais profundas, formadas 
por rochas. 
Certas formações rochosas retêm água e são chamadas aquíferos .. As águas subterrâneas ali-
mentam rios, represas, nascentes ou áreas de mananciais. Nas nascentes, a água brota entre rochas 
ou diretamente do solo. 
25 
26 
Investigando as águas subterrâneas 
mi 
~ 
Investigue as características dos aquíferos por meio de uma montagem simples. 
Material: 
• pedregulhos ou pedriscos; solo comum e solo vegetal (terra escura, rica em matéria orgânica) em 
quantidades semelhantes para fazer camadas, conforme o desenho da montagem; 
• recipiente transparente de boca larga ou pequeno aquário; 
• regador com água; 
• pequenas plantas no torrão de solo ou grãos de feijão. 
Procedimentos 
1. Em grupo, coloquem no recipiente transparente os pedregu-
lhos, depois o solo comum e. por cima, o solo vegetal. 
2. Acomodem plantas pequenas (com seu torrão) no solo ve-
getal ou semeiem alguns grãos de feijão. Caso vocês optem 
pelo plantio do feijão, aguardem 15 dias para que os grãos 
brotem e criem algum enraizamento. 
3. Peguem o regador com água e "façam chover" devagar so-
bre a montagem. 
Agora vocês irão observar com mais detalhe como um aquí-
1' Esquema de modelo que reproduz 
camadas do solo. 
fero é abastecido em ambiente natural. Comparem a montagem de vocês com o esquema abai-
xo, fazendo as correspondências entre as estruturas de um e de outro modelo. 
l A proporção entre ª@ dimensões das estruturas representadas não é a real. 
➔ 
Esquema simplificado de 
características e formação 
de águas subterrâneas. 
Reflita e registre 
Neste nível alguns 
espaços estão 
preenchidos por ar e 
outros por água (cor 
azul). 
Neste níve l todos 
/ os espaços estão 
~reenchidos por 
agua. 
1. Por que podemos dizer que as águas superficiais abastecem os aquíferos? 
2. Pense nas raízes dos vegetais e na capacidade que elas têm de abrir caminhos pelo ~olo. 
Agora, responda: Qual é a participação dos vegetais na manutenção dos aquíferos? 
3. Se o solo está poluído, o que acontece com os poluentes depois da chuva? 
FAZENDO ACONYECER 
Orientações gerais 
Neste momento, você e seus colegas deverão se dividir em grupos. Cada grupo escolherá uma 
das propostas investigativas apresentadas a seguir. 
Todos os grupos irão voltar à questão norteadora do projeto: 
De onde vem e para onde vai a poluição das águas? 
Ao fim da execução de cada proposta, os grupos devem decidir o que irão apresentar à comunida-
de escolar: maquetes, experimentos, fotos, notícias, entre outros materiais construídos ou pesquisados. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
RIOS E SEUS SEDIMENTOS 
Metas 
• Relacionar fluxo de água do rio ao transporte e à distribuição de sedimentos e outros materiais. 
• Fazer o levantamento de problemas ambientais de um rio na sua localidade. 
Primeira fase 
Vamos inicialmente fazer uma maquete de rio para investigar como o rio interage com 
um terreno arenoso. 
Material: 
• 1 caixa de madeira com formato de uma gaveta. Peçam a um marceneiro que serre um entalhe 
em forma de V em um dos lados estreitos (veja ilustrações a seguir); 
• 1 folha de plástico para cobrir a gaveta e haver sobra em todos os lados; 
• areia para preencher a gaveta pela metade; 
• 1 régua ou pedaço de madeira da largura da gaveta; 
• 1 mangueira encaixada na torneira e 1 balde; 
• banco, tijolos ou outros objetos para susten-
tara maquete. 
Procedimentos 
1. Coloquem a gaveta sobre o banco ou outro 
suporte escolhido. Estendam o plástico sobre 
toda a extensão da caixa. Prendam as laterais 
com fita adesiva. 
2. Coloquem a areia na gaveta e passem a régua 
na superfície, garantindo que ela fique bem li-
sa. Tomem cuidado para não furar o plástico. 
■ e27 
28 
li 
3. Suspendam um dos lados da maquete usando o tijolo ou outros objetos para apoiá-lo. 
4. Ajustem a mangueira ao lado mais alto da caixa, no lado oposto ao entalhe em V. A função do 
recorte em V é dar vazão à água. Deixem a passagem livre e coloquem um balde para coletar a 
água que escorrer. 
5. Abram a torneira lentamente, testando o fluxo de água fora da caixa primeiramente. A água deve 
escorrer pela caixa em pequena quantidade e lentamente. Quando começar a escorrer, observem 
atentamente o que acontece com a areia (cerca de 1 minuto). 
6. Desenhem ou fotografem (com um celular) as formas representadas na areia após o movimento 
da água: ilhas, meandros. canais, leito principal etc. 
Reflita e registre 
1. Que formas de relevo apareceram depois de a água escorrer por um minuto? 
2. O que aconteceu com os sedimentos que foram arrastados pela água? 
3. Imagine que nessa paisagem, representada pelo modelo, houve despejo de poluentes no 
topo da serra, por exemplo, rejeitas de mineração. Que caminhos esses contaminantes se-
guirão até o destino final no modelo? 
Segunda fase 
1. Pesquise o que é assoreamento de rio e mata ciliar. Formule, por escrito, a relação entre presen-
ça ou ausência de mata ciliar e ocorrência ou não de assoreamento nos rios de sua cidade. 
2. Pesquise o tipo de poluição identificado nos principais rios de sua cidade. 
3. Descubra o que é Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH) e se há algum em sua cidade. 
4. Investigue se, em conjunto ou não com esse comitê, a prefeitura ou o governo estadual tem al-
gum plano para melhorar a situação dos rios que .se encontrem poluídos. 
~ 
bild 
5. Estabeleçam relações entre erosão e assoreamento do rio, recordando o que viram na maquete. 
6. Façam um levantamento dos principais problemas dos rios da cidade. 
7. Proponham soluções no sentido de minimizar os problemas observados. 
OPOSTA INVESTIGATIVA 2 
-BACIA HIDROGRAFICA E POLUENTES 
Metas 
• Analisar imagens de bacia hidrográfica, com ou sem ocupação humana. 
• Criar modelo tridimensional de bacia hidrográfica local, indicando os usos da água. 
o Investigar a situação ambiental da bacia hidrográfica da sua loca lidade. 
Primeira fase 
As ilustrações mostram alguns usos da 
:1gua de uma bacia hidrográfica. É possí-
,el observar que o principal rio fica mais 
aoaixo do relevo da bacia. Que força na-
:.,ral move a água na bacia hidrográfica? 
Pesquise os temas propostos nas 
questões a seguir individualmente e de-
:::iois discuta-os em grupo: 
1. Quais são os rios e a bacia hidrográfi-
ca da região onde você mora? 
2. Essa bacia hidrográfica se parece mais 
com a de qual esquema? 
3. Com quais poluentes essa bacia entra 
em contato? Eles vêm de esgotos do-
mésticos ou industriais? 
4. Onde os poluentes são lançados? 
Qual é o destino final deles? 
Segunda fase 
Forme um grupo com os colegas para 
a confecção de uma maquete de bacia hi-
drográfica, preferencialmente reproduzin-
do uma paisagem de sua região. 
Material: 
• argila; 
Procedimentos 
o tinta; 
Vegetação e rios estão vis1veis.O I Existe produção ilgrícola. 
esquema esta representado com cores- A água das chuvas 
Bacia h1drográf1ca preservada. j 
fantasiu e ilS d:mensões dos elementos . reabastece os mananciais. 
não seguem a proporção reul. •-~ ~ 
Í Estabelecimento 
de indústria. que 
lança ef-uente 
(res1duo líquido 
mdustnal). 
~--: ,li 
~ ; 
Urbarnzação e lançamento 
de esgoto (res1duo líquido 
doméstico) e efluente. 
1' Esquema com exemplos de bacias hidrográficas e seus usos. 
o outros tipos de material à sua escolha. 
1. A bacia hidrográfica deve apresentar uma região denominada montante, ou seja, o topo e a ju-
sante (o declive rumo ao leito do rio, à foz). 
2. Desenhem um croqui dessa área para, com base nele, elaborar a maquete. 
3. Representem também na maquete as fontes poluidoras: no perfil topográfico, coloquem objetos se-
melhantes a casas ou a indústrias em posição adequada para indicar lançamentos de esgoto domés-
tico ou efluentes industriais. No caso de haver zona rural, represente atividades praticadas no campo. 
29 
30 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 3 
CHUVA NO CAMPO E NA CIDADE 
Metas 
• Comparar o escoamento superficial das águas em ambiente urbano ou rural. 
• Discutir causas de inundações e erosão, no campo ou na cidade. 
Primeira fase 
Faça as montagens propostas e observe o que acontece quando "chove" sobre diferentes materiais. 
Material: 
• 5 garrafas PET ou de outros tipos, de plástico; • areia; 
• 5 fundos de garrafa PET ou 5 copos plásticos transparentes; • folhas secas; 
• terra adubada para plantio; • plástico preto; 
• mudas de plantas forrageiras (gramíneas); • regador pequeno. 
• terra vermelha; 
Procedimentos 
1. Peça a um adulto que corte as garrafas no sentido longitudinal. ATENÇÃO! 
2. Simule, em cada garrafa, um revestimento de solo: 
, garrafa 1 - solo com cobertura vegetal (terra e planta); 
garrafa 2 - solo coberto com serrapilheira (folhas secas); 
Solicite a um adulto 
que corte as garrafas 
para você! 
~ garrafa 3 - solo exposto com terra (terra vermelha); 
garrafa 4 - solo exposto arenoso (areia); 
e) garrafa 5 - solo impermeabi lizado (areia ou terra coberta com plástico preto). 
Dica 
Para imitar o solo com planta, espa-
lhe alpiste no solo que está na garrafa e 
aguarde a germinação. Em poucos dias 
ele já estará pronto para o experimento. 
Exemplo de montagem final. 
com três modelos construídos. 
3. Acomode coletores de água na boca das garrafas, amarrados com barbante. 
4. Usando o regador pequeno, faça "chover" a mesma quantidade de água nas montagens. 
5. Observe: (1) a rapidez do escoamento nas montagens; (2) a quantidade de água que sai ou fica 
retida nas montagens; (3) a cor da água que escorre. 
6. Use novamente as montagens para simular uma vertente mais inclinada, colocando sob elas um 
apoio com aproximadamente 5 cm de altura. 
Reflita e registre 
1. Como os diferentes tipos de cobertura do solo influenciam a infiltração? 
2. Como a diferença da inclinação das garrafas influencia a dinâmica da água? 
3. O que você viu ajuda a explicar as enchentes que acontecem quando há chuvas intensas? 
Segunda fase 
1. Pesquise casos de enchentes de rios ou desabamentos de morros na sua região. 
2. Pesquise como é a ocupação de morros e várzeas em sua cidade identificando: 
• No caso dos morros: Há arruamentos e construções seguras? O solo pode sofrer erosão? O lixo 
é coletado? Há matas preservadas? 
• No caso das áreas baixas: Os bairros têm sistema de coleta de esgoto? O lixo é coletado? As 
águas das chuvas são levadas para tratamento? 
1. Selecionem alguns desses temas para se aprofundarem e preparem uma exposição. 
- -RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Exposição dos trabalhos realizados pelos grupos para a comunidade escolar. 
Durante a apresentação, indiquem possíveis soluções para os problemas locais, que podem ser: 
rios poluídos por esgoto ou outros materiais; assoreamento dos rios; ausência de matas cil iares. 
Em uma aula com os professores de Ciências e de Geografia, toda a turma irá conversar sobre o 
desenvolvimento do projeto escolhido. Seguem algumas perguntas para nortear a conversa: 
• No início do projeto, o que vocês pensavam sobre a questão norteadora? 
• O que foi aprendido com o projeto, tendo em vista o que vocês se propuseram a investigar? 
• Os produtos finais conduziram ao problema e a propostas de soluções? É possível elaborar mais 
propostas? 
• Que outras investigações poderiam ser realizadas em ocasiões futuras? 
• A primeira resposta ao problema modificou-se ou foi ampliada? Se sim, em que aspectos? 
Individual 
Concluir a avaliação feita ao longo do projeto. 
31 
32 
L 
r 
G 
• 
ut 
li t 
e • r 
O leite é o primeiro alimento dos filhotes de mamíferos após o nascimento. Ele é pro-
duzido pelas glândulas mamárias das mulheres e de todas as fêmeas desse grupo. É uma 
mistura de várias substâncias nutritivas que promovem o desenvolvimentodo organ ismo. 
Entre os seres humanos, é hábito de diferentes culturas alimentar-se de leite de outros 
animais, mesmo depois de adulto. No Brasil, o costume de beber leite de vaca é muito di-
fundido, embora não seja comum entre vários povos indígenas. 
Por conta desse hábito de consumo, o leite de vaca e os laticínios movimentam grande 
parte do setor pecuário da economia, sendo o leite produzido em áreas rurais organizadas 
especialmente para esse fim. 
O leite é um alimento nutritivo presente na mesa de grande número de pessoas, seja como 
bebida, seja como ingrediente de outros tipos de alimento. 
• O leite está presente em vários produtos muito consumidos 
no dia a dia. Que produtos têm leite como ingrediente? 
• Antes de chegar à mesa dos consumidores existe um 
longo processo agroindustrial em que é feita a coleta e o 
processamento do leite. Como a criação do gado leiteiro 
pode transformar as paisagens naturais para dar origem 
às fazendas? 
lDIRETO AO PONTO 8 O que há por trás da produção e do consumo do leite? 
JUSTIFICATIVAS 
• Os componentes nutricionais que formam a 
mistura "leite" o tornam um alimento nutritivo, 
sendo o leite materno alimento ideal para os 
recém-nascidos. Mas muitas vezes falta com-
preender por que ele tem esta importância. 
• O leite de vaca é um dos produtos mais consu-
midos no mundo, e de diversas formas. Vários 
fatores que envolvem sua produção permitem 
enriquecer nossos conhecimentos por meio da 
pesquisa e do debate. 
G AL É o PLANO? 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
OBJETIVOS 
• 11nvestigar e conhecer os componentes do lei-
te e, desse modo, utilizar esse alimento com o 
tema para aprofundar os conhecimentos a res-
peito de misturas homogêneas e heterogêneas. 
• Refletir sobre as transformações das paisagens 
onde se cria o ,gado leiteiro. 
• Investigação experimental dos componentes do leite 
• A pecuária do gado leiteiro 
E_tapa 2 - Fazendo acontecer 
• Proposta investigativa 1 - Leite, uma rica mistura 
• Proposta investigativa 2 - Leite: nosso primeiro alimento 
• Proposta investigativa 3 - Produtos lácteos 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar e selecionar os conhecimentos adquiridos. 
• Preparar e apresentar os produtos finais. 
Balanço final 
• Avaliação individual e coletiva. 
Avaliação continuada: va-
mos conversar sobre isso? 
[ Os seres humanos são 
os únicos mamíferos 
amamentados quando 
bebês, e continuam 
consumindo leite durante 
outras fases da vrda. 
T - ""I 
,. ET~R~;_ EXPLORANDO O ASSUNTO 
34 
Investigação experimental dos componentes 
do leite 
Para iniciar o estudo do leite como uma mistura, propomos uma investigação experimental. 
Primeira rodada investigativa 
Material: 
• 3 copos transparentes; 
• 2 copos de leite integral (em embalagem do tipo longa vida); 
• pedaço de pano fino de algodão (suficiente para cobrir um copo); 
• 1 colher de plástico; 
• suco de um limão ou 2 colheres de sopa de vinagre; 
• pedaço pequeno de papel-manteiga. 
Procedimentos 
A preparação a seguir (1) deve ser feita 
com um ou dois dias de antecedência da ob-
servação (2 a 4). 
1. Em sua residência, deixe um dos copos 
de leite integral em repouso fora da gela-
deira, coberto com um pano fino, para que 
azede. O tempo necessário para que o lei-
te azede depende da temperatura do dia. 
2. Coloque um pouco de leite integral pró-
prio para consumo em um copo. 
3. Pegue a amostra de leite azedo e colo-
que-a em outro copo transparente. 
Deve-se comparar atentamente 
as duas amostras de leite. 
u 
Esses materiais serão 
necessários para todos os 
experimentos. 
4. Observe atentamente as duas amostras, comparando uma com a outra. 
Reflita e registre 
1. Descreva como é a aparência do leite integral próprio para consumo usando os 
órgãos dos sentidos: olfato, visão, tato, paladar. 
2. O leite é uma mistura homogênea ou heterogênea? 
3. Como é o líquido que se separa do leite quando este azeda? Você já observou essa situa-
ção na produção de algum laticínio, como iogurte ou queijo branco? 
Segunda rodada investigativa 
Procedimentos 
1. Neste momento será feita a observação de gor-
dura no leite. Com um dia de antecedência, co-
loque uma colher {de chá ou de café) de leite 
integral em papel-manteiga e deixe secar. No dia 
seguinte, verifique como ficou o papel-manteiga. 
2. O próximo passo é rea lizar o teste da presen-
ça de proteínas no leite. 
• Coloque, aos poucos, suco de limão ou vina-
gre em um copo de leite. 
• Mexam com a colher de plástico e observe o 
que ocorre. 
• Coe o leite com o pedaço de pano de algo-
dão. Guarde o líquido filtrado. 
3. Será que existe água no leite? 
• Para fazer o teste, o professor irá aquecer um 
pouco de leite em um recipiente com tampa. 
• Depois de 5 minutos, a tampa deve ser retira-
da para que vocês a observem. 
Reflita e registre 
• 
.i 
• 
Deve-se colocar 
vinagre (ou limão) 
no copo com leite. 
Depois, deve-se ] 
coar esse leite. 
1. Com relação ao experimento 1, qual era o aspecto do papel-manteiga após a rea-
lização da prática? A marca no papel indica a pres-ença de que elemento? 
2. Quanto ao experimento 2, o que foi possível observar? Conversem com o professor e dis-
cutam o que se formou como resultado desse experimento. Dica: o leite é um dos alimen-
tos mais ricos em proteína. 
3. A que conclusão foi possível chegar ao analisar a tampa do redp1iente em que estava o lei-
te quente? 
Terceira rodada investigativa 
1. Elabore um texto individual sobre as atividades experimentais anteriores relatando como, por 
meio dos procedimentos apresentados, a mistura foi separada e a composição do leite pôde ser 
verificada. 
2. Ao analisar as embalagens de leite na sua casa ou mesmo observar imagens de embalagens na 
internet, é possível ler nos rótulos: "leite homogeneizado" ou "leite pasteurizado". Faça uma pes-
quisa e descubra o que é homogeneização e o que é pasteurização. 
3. O que mais você gostaria de saber sobre o leite e estaria disposto a pesquisar? 
35 
36 
A pecuária do gado leiteiro 
Uma das características da produção de leite no Brasil é a diversidade dos sistemas de produção 
que podem ser encontrados em propriedades pequenas, médias e grandes. Nelas, pode-se criar o 
gado solto no pasto ou confinado em estábulos. · 
1" A criação do gado leiteiro ocorre principalmente em 
pastagens, em campos abertos. 
1' Outra forma de produção bastante difundida é aquela 
em que o gado fica confinado em estábulos parte do 
tempo ou em tempo integral, recebendo alimento. 
• Qual desses tipos de criação de gado afeta mais o ambiente, no que se refere a transformar a 
paisagem natural? Será possível criar gado alterando pouco o ambiente? 
• Em sua opinião, é melhor criar o gado solto ou confinado? 
Leia o texto a seguir sobre a prática pecuária sustentável. 
Pecuária sustentável é mais lucrativa e presta serviços ambientais 
A pecuária é vista como um vilão do meio ambiente. Isso se deve ao desma-
tamento de florestas nativas para abertura de pastagens, às extensas áreas de plan-
tação de grãos como a soja, que servem de alimento para o gado, e também às 
outras pegadas ecológicas da produção de carne e leite, como a emissão de me-
tano produzido pelo processo digestivo do boi, que aumenta a emissão de gases 
de efeito estufa. Mas o processo pode e deve ser diferente, segundo Leonardo 
Rezende, produtor rural, pesquisador e sócio do projeto Pecuária Neutra. [ ... ] 
''A forma como fizemos pecuária desde o período colonial foi apenas extrati-
vista. Só retiramos recursos do meio ambiente e não devolvemos", diz Rezende. 
Um dos problemas mais comuns é deixar o gado pastar livremente e não permi-
Gás metano: neste con-
texto, é um gás resul-
tante da digestão do 
gado. Ele é um dos 
gases que intensifi-
cam o efeito estufa, 
que, por sua vez, ace-
lera o processo de 
aquecimento global. 
tir que o capim se recupere. "Estamos sugando da terra mais do que deveríamos". [ ... ] "Toda pastagem 
precisa de um intervalo mínimode descanso, de 30 a 60 dias", afirma o pesquisador. [ ... ] 
Um sistema de manejo de pastagem saudável, que permita que o capim se regenere e que a proprie-
dade não perca sua cobertura vegetal, é uma forma mais sustentável de praticar a pecuária. Urna evolu-
ção disso seria a integração pecuária-floresta, ou sistema agroflorestal, que mescla a produção de animais 
com o plantio de árvores na propriedade[ ... ] 
[ ... ] A integração entre árvores e pasto melhora o bem-estar animal, já que fornece sombra para o ga-
do durante o período de pastagem, e também melhora o microclima. [ ... ] 
Além disso, ter uma cobertura vegetal com diversas alturas - capim para pastagem, arbustos e árvo-
res - imita uma paisagem natural, com bosque, sub-bosque e copa das árvores. [ ... ] Nesse sistema, a ma-
téria orgânica do solo é muito mais nutritiva, diminuindo a necessidade de uso de adubos, herbicidas e 
agrotóxicos na agricultura. 
[ ... ] Segundo o produtor, o consumidor tem um papel importante na cadeia, que é o de ler rótulos e 
investigar a origem do que compra. [ ... ] "O consumidor tem que fomentar esse tipo de iniciativa, privi-
legiando os produtores sustentáveis e estimular os que ainda não chegaram lá a melhorarem seu produto 
e prestarem serviços ambientais", diz. 
Juliana Tiraboschi. Pecuáriasustemável é mais lucrativa e presta serviços ambientais. EstatiM. Disponível em: <https://susremabilidade.esta 
dao.com.br/noricias/geral,pecuaria-sustentavel-e-mais-lucrativa-e-presta-sen•icos-arnbientais,70002009609>. Acesso em: 30 ago. 2018. 
1. Como o capim de pastos esgotados pode se recuperar? 
2. Como introduzir uma paisagem natural no pasto? De-
senhe, em uma folha à parte, essa paisagem represen-
tando como você a imagina. 
3. Quando você compra o leite, pode estar colaborando 
com uma pecuária mais saudável? 
4. Anote o que você considera mais importante da dis-
cussão feita no texto. 
· Ler o rótulo dos pro-du-tos na hora da l 
compra pode dar valiosas 1nformaçóes 
para adqumr produtos de melhor = :____::_:_e· 
qualidade nutricional e que causam 
menos impacto ao ambiente. ~~-.L.. 
~ 
Criação de gado no sistema 
de integração entre árvores 
e pasto. 
37 
38 
Você sabe como funciona uma usina de leite? 
Em muitas fazendas, além de se utilizar o terreno para a atividade de criação de gado, usa-se parte 
dele para a construção de usinas de beneficiamento do leite. Dessas usinas sai o leite já higienizado 
e embalado para consumo nas áreas urbanas ou para indústrias de laticínios. 
Observe estas fotografias. Elas retratam as etapas de produção de uma usina de leite. 
1' O leite precisa ficar armazenado em cilindros térmicos 
e ser mantido a 4 ºC, pois a baixa temperatura diminui 
a proliferação de bactérias. A geladeira tem função 
semelhante à desses equipamentos. 
1' A pasteurização ocorre em estruturas com tubos e 
cilindros semelhantes a estes. 
1' O leite passa por uma centrífuga, onde ocorre a 
padronização de sua gordura. 
1' Por fim, ocorre o envasamento do leite, que, para seguir 
padrões de higiene, é feito sem contato humano. 
1. Reescreva as legendas que descrevem as etapas de beneficiamento do leite. Explique por que cada 
uma é importante para sua conservação, isto é, como impedem a proliferação de microrganismos. 
1. O que podemos investigar sobre o leite como alimento e produto industrializado? 
2. Como podemos responder à questão norteadora do projeto? 
FAZENDOACO ECER 
Orientações gerais 
Nesse momento, vocês devem se dividir em grupos de três ou quatro alunos. Todos os grupos 
voltam à questão norteadora do projeto: 
O que há por trás da produção e do consumo do leite? 
As propostas investigativas a seguir são como peças que se encaixam para ajudar a responder 
à questão. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
LEITE, UMA RICA MISTURA 
Meta 
• Comparação entre tipos de leite disponíveis para consumo. 
Primeira fase 
1. Observe embalagens de vários tipos de leite (integral, semidesnatado 
e desnatado) e compare as informações nutricionais deles. Pesquise o 
que é leite in natura. 
2. Analise uma embalagem de leite do tipo longa vida e registre suas 
observações. Verifique se: 
a) é produzido no mesmo estado em que você vive; e -] Uma embalagem longa vida requer bastante tec~ologia em sua produçao. 
39 
40 
b)a empresa distribuidora é a mesma que a produtora; 
c)trata-se de uma empresa nacional ou multinacional. 
Observem duas embalagens de leite longa vida: uma cheia e outra vazia. 
1. Comparem o peso relativo delas, colocando uma em cada mão. 
2. Peguem a embalagem vazia e verifiquem os materiais que a compõem e qual sua resistência a 
perfurações (use garfos) e amassamento. 
3. Qual é a vantagem desse tipo de embalagem em comparação a garrafas ou sacos plásticos? Há 
alguma desvantagem? 
4 . Atualmente, o leite distribuído em embalagem longa vida domina o mercado. Pesquisem por que 
isso acontece. 
5. Observem na lista de ingredientes se esse tlpo de 'leite tem conservantes em sua composição. 
6. Tragam as embalagens e as anotações para a sala de .aula e comparem-nas com aquelas coleta-
das por seus colegas. 
7. Anotem quais nutrientes os diferentes tipos de leite têm, quais são as características que os dife-
renciam quanto aos componentes e verifiquem se existe .alguma expressão que precisa ser pes-
quisada, por exemplo, leite UHT. 
8. Pesquisem em qual tipo de leite se desenvolve mais bactéri.as: no leite in natura ou no pasteurizado? 
Explique por quê. Pesquisem também o que é UFC, uma medida relacionada à qualidade do leite. 
9 . A produção do leite inclui a ordenha, o transporte e o preparo. Em cada uma dessas etapas, há 
normas de higiene para evitar a contaminação do produto por microrganismos. Para auxiliá-los na 
pesquisa, analise o quadro, observando o que diferencia os leites dos tipos A, B e C. 
Tipos 
de leite 
A 
B 
c 
Origem 
t 
Há um só rebanho 
na própria fazenda, 1 
com ordenha 
mecânica.*** 
Há vários reba-
nhos, de fazendas 
diferentes, com or-
denha mecânica. 
Há vários reba-
nhos, em fazendas 
diferentes, com or-
denha manual. 
Características dos leites tipo A, B, C 
Transporte 
até a usina 
Não há. 
Belileficiamento 
.-O ~üe é pasteurizadol 
e ,envasado no 
mesmo local da 
ordenha, fica mantido 
em refrigeração. 
Pode ser 
homogeneizado. 
Número 
máximo de 
bactérias 
500 
UFC/ml 
Coletado em latões de o 1eite é 
-, 
diferentes locais e leva- pasteurizado. 
dos até a usina de bene-
ficiamento, produto fica Pode tamb~m ser 
resfriado. homogeneizado 
Coletado em latões de í 
diferentes loca is e leva- O leite é 
do até a usina de benefi- pasteurizado. 
ciamento, resfriados. 
40000 
UFC/ml 
150000 
UFC/ml 
Porcentagem 
aproximada r• gordura 
3,4%* 
~ 
3,4%* 
3%** 
. 
• Valores de gordura que indicam o leite integral variam entre 3 e 4%. A sigla UFC significa "unidade formadora de colônias", e refere-
-se à formação de colônias de bactérias. A legislação estabelece 
um limite máximo desses microrganismos no leite. O controle é 
•• O leite C pode ser beneficiado e ter a quantidade de gordura alterada. 
"' Cada rebanho tem uma forma de cuidado e de nutrição que influi na 
qualidade do leite. A qualidade do leite procedente de um só rebanho 
é mais facilmente controlada do que a do leite originado de vários rebanhos. L 
reali.zado pelos órgãos de fiscalização sanitária, que colhem amostras 
do leite e, após algum tempo, contam as UFCs em cada uma. 
a) Caso o leite longa vida fosse acrescentado ao quadro da página anterior, quais seriam os da-
dos a respeito desse produto? 
b) Considerando o teor de gordura, qual deve ser o melhor leite para se obter a manteiga? E para 
obter iogurte ou queijo branco? 
e) De acordo com os dados apresentados, que cuidados de higiene devem ser garantidos na pro-
dução de leite? 
d} Qual tipo de leite exige mais tecnologia na primeira etapa do processo produtivo? E qual tipo 
exige menos? 
e) De acordo com as informações do quadro da página anterior,qual é a relação entre o tipo de 
leite - A, B ou C - e a localização da criação do gado e a usina de beneficiamento? 
f) O que pode influir na diferença de preço dos vários tipos de leite? 
Segunda fase 
Você e os colegas irão preparar palestras para apresentar aos alunos dos anos anteriores. 
O conteúdo das palestras será apoiado nas experimentações que vocês fizeram na Etapa 1 deste 
projeto: a comparação entre os vários tipos de leite de vaca e as transformações decorrentes das 
novações da embalagem do leite longa vida, mencionando suas vantagens e desvantagens. Para a 
'":lOntagem dessas palestras, sugerimos o roteiro a seguir. 
1. Faça alguns questionamentos ao público e escute as respostas das pessoas. Por exemplo: Vocês 
acham que todos os tipos de leite são nutritivos, isto é, contêm os mesmos nutrientes? 
2. Apresente os resultados dos experimentos e das tabelas de informações produzidas na Etapa 1. 
Para isso vocês podem utilizar cartazes ou apresentação de slides. 
3. Durante a exposição. procurem ouvir todas as perguntas que os colegas fizerem e respondê-las. 
4. Para finalizar, organizem um debate e fiquem atentos às novas dúvidas que podem surgir. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
LEITE: NOSSO PRIMEIRO ALIMENTO 
Primeira fase 
Importância do aleitamento 
Logo depois do parto, o primeiro leite produzido pelas mamas ainda 
7ão tem o aspecto comum do leite; é amarelado e aguado. Esse leite, 
.:hamado de colostro, é de fato especial, com uma composição muito 
i ca em substâncias que protegem a saúde do recém-nascido e faci li-
:::im a produção das primeiras fezes (mecônio). 
➔ ..... 
Leite materno estocado 
em um banco de leite. 
[ 0 aleitamento materno é tão importantej 
que há no Brasil bancos de leite que 
disponibilizam esse alimento para 
, mães que não podem amamentar. • 
41 
42 
Composição do leite humano: o alimento ideal 
O leite humano é considerado o alimento ideal para o recém-nascido (RN). Sabe-se que o leite pro-
duzido por mães saudáveis é suficiente para suprir rndas as necessidades nutricionais do RN durante os 
primeiros seis meses de vida, permitindo que ele permaneça em aleitamento materno exclusivo durante 
esse importante período de sua vida. 
O leite humano possui uma composição nutricional balanceada, que inclui todos os nutrientes es-
senciais, além de aproximadamente 45 tipos diferentes de fatores bioativos; muitos desses fatores pare-
cem contribuir para o crescimento e desenvolvimento do RN, bem como para a maturação de seu uato 
gastrintestinal. Dentre eles destacam-se fatores antimicrobianos, agentes anti-inflamatórios, enzimas di-
gestivas, vários ripas de hormônios e fatores de crescimento. 
Os inúmeros benefícios do aleitamento materno para o organismo infantil incluem aspectos higiê-
nicos, imunológicos, psicossociais e cognitivo, bem como aqueles relativos à prevenção de doenças fu-
turas; devem ser consideradas ainda as vantagens econômicas provenientes do menor custo e do efeito 
anticoncepcional, bem como os benefícios do aleitamento sobre o organismo materno. 
V. M. L. T. Calil; M. C. Falcão. Composição do leite humano: o alimento ideal. Rev. Med. do Departamento 
Científico de Medicina da Universidade de Sãa Paulo (USP), São Paulo, jan./dez.; 82(1-4), p. 1-10, 2003. 
Disponível em: <www.revistas.usp.br/reviscadc/artide/view/62475>. Acesso em: 4 ser. 2018. 
Para a criança, o aleitamento possibilita maior vínculo afetivo com a mãe. O recém-nascido ama-
mentado não precisa nem de água, e isso representa maior comodidade para a mãe, pois não precisa 
esterilizar água, bem como higienizar mamadeiras e bicos. Apesar de não ser 100% eficaz, o aleita-
mento pode ser um contraceptivo natural, sendo esse efeito comumente verificado quando os bebês 
mamam em intervalos regulares; como resultado, a mãe não ovula. 
Além disso, a amamentação permite que a mulher retorne mais rapidamente ao seu peso antes 
da gravidez. As estatísticas também apontam que as lactantes têm menos chance de ter câncer de 
mama e de útero. 
Agora, vamos fazer a comparação entre o leite humano e o de vaca. Acompanhe a tabela a seguir. 
Composição do leite de alguns mamíferos em 100 g* 
,_ - ,-- -- --- -
Composição Leite humano Leite de vaca Leite de cabra 
Água 87 g 88 g 88 g ._ -
Valor energético 70 kcal 62 kcal 66 kcal 
- -- -
Proteínas 1,0 g 3,3 g 3.4 g 
-- - -- -i-- -- -
Açúcar 6,9 g 4,7 g 4.4 g 
+ - - -
Gordura 4.4/100 g 3,3 g 3,9 g - -+ Cálcio 28 a 33 mg 123 mg 
-- - - --t -- -- --- --
Fósforo 13 a 15 mg 95 mg 
Fontes: Maressa Caldeira Morzelle. Composição químico do leite. Aula ministrada na Escola Superior de Agricultura da USP. e-Disciplinas, ago. 
2016. Disponível em: <httpsJ/edisciphnas.usp.brípluginfile.php/1810879/mod _ _resource/content/1/Aula%202.pdf>; Valdenise Martins Laurinda 
Tuma Calil e Mário Ocero Falcão. Composição do leite humano: o alimento ideal. Revista de Medicina. São Paulo, 82 (1-4), 1-10, 2003. Disponível 
em:<w,;w.revistas.usp.br/revistadc/article/víew/62475>; Giovani Nora. Seminário apresentado na disciplina Bioquímica do Tecido Animal. ln: 
Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da UFRGS (2001). Disponível em: <www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/sintese_Jeite.pdf>. 
Acessos em: out. 2018. 
1. De acordo com o texto, destaque as informações mais importantes sobre aleitamento materno. 
2. De acordo com os dados mostrados na tabela acima, você diria que é possível substituir o leite 
humano pelo leite de vaca? E pelo leite de cabra? 
Segunda fase 
Nesta etapa, você.junto com seu grupo, fará uma entrevista. Perguntem a algumas mães que ama-
"Tientam quais as vantagens ou as dificuldades que têm para amamentar, e se elas sabem a impor-
:ância da amamentação para a saúde dos filhos. Registrem, no caderno, 
o que mais lhes interessou na entrevista e, se possível, com a auto-
~ização da mãe entrevistada, tirem uma foto dela amamentando. 
O grupo de trabalho deve se reunir e todos devem trazer 
as anotações coletadas durante o percurso investigativo vi-
;enciado. 
Com base nas anoLações de vocês, agora o grupo 
ira preparar folhetos para conscientizar as grávidas 
da comunidade sobre a importância do aleitamento 
materno. Sugerimos o roteiro a seguir. 
1. Para elaborar o texto que será inserido no folheto, 
considerem todos os textos lidos, a comparação 
entre os diferentes tipos de leite e os registros da 
entrevista que fizeram (fotografias e textos). 
2. Selecionem o material que será utilizado e resu-
mam as informações que irão incluir no folheto, 
que deve ser breve, com poucas informações, 
porém relevantes. Uma sugestão é organizar 
o texto em perguntas e respostas e distribuí-
-las no folheto intercalando as imagens, que 
também informam. 
3. Com o folheto montado, organizem - com 
o apoio dos professores - a reprodução 
e a distribuição deles para as grávidas 
da comunidade escolar. Vocês podem 
distribuí-los, por exemplo, na entrada 
ou saída dos alunos, para mulheres 
que se interessarem. Durante a 
distribuição do folheto, aproveitem 
para conversar com as grávidas, 
mostrar o conhecimento de vocês 
sobre o assunto e valorizar o 
aleitamento materno. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 3 
PRODUTOS LÁCTEOS 
1' Mãe amamentando bebê. 
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), laticínios ou pro-
dutos lácteos são aqueles que têm o leite como principal ingrediente. Entre eles, destacam-se 
o leite pasteurizado ou esterilizado (em UHT), o le ite desnatado, a manteiga, o creme de leite, 
os queijos, a ricota, o requeijão, o iogurte, os doces {como pudins de leite), as bebidas lácteas 
e os fermentados. 
Na sua região há algum tipo de queijo (ou de outro produto lácteo) bastante conhecido cuja pro-
dução gera trabalho para várias pessoas? 
43 
44 
Primeira fase 
1. No primeiro momento, observe individualmente embalagens de vários produtos lácteos e com-
pare as informações nutricionais deles. Depois compartilhe suas observações com o grupo. 
1. Providenciem amostras de produtoslácteos, como pequenas porções de manteiga, queijo bran-
co, iogurte natural, e alguns pires. 
Coloquem uma amostra em cada pires e as observem. 
2. Feita a observação, pesquisem dados sobre a manteiga e mais um produto observado: ingredien-
tes; características; processo de produção. Anotem no caderno suas observações. 
Agora, vamos fazer a comparação entre os nutrientes de alguns produtos lácteos com o quadro 
a seguir. 
Composição nutricional de produtos lácteos de leite de vaca integral 
Produto Energia Proteína Gordura Cálcio 
+ 
Leite integral - 200 mi 136 kcal 6,8 g 8,0 g 234 mg 
.,. t 
Leite semidesnatado - 200 mi 95 kcal 7,2 g 3,5 g 247 mg 
Leite desnatado - 200 mi 70 kcal 7,2 g 0,62 g 258 mg 
-+ 
Leite condensado - 100 g 333 kcal 8,5 g 10,1 g 290mg 
___. 
Iogurte -100 g ! 79 kcal 5,7 g 3,0 g 200 mg 
Queijo fresco - 100 g 
1 
113 kcal 6,1 g 8,0 g 110 mg 
~ 
Queijo cheddar - 100 g 416 kcal 25,4 g 34,9 g 739 mg 
Fonte: Rosângela Zoccal. Gado de Leite. Revista Balde Branco. 
Disponível em: <www.baldebranco.com.br/leite-no-copo-no-brasil-e-no-mundo/>. Acesso em 14 ago. 2018. 
3. Entenda o que são produtos do tipo "zero lactose". Observe embalagens de leite e de outros 
produtos lácteos com a expressão "zero lactose" destacada e pesquise: O que é a lactose? Por 
que há tantos produtos que destacam "zero lactose" na embalagem? Como se consegue o lei-
te "zero lactose"? Registre a pesquisa no caderno. 
Segunda fase 
Agora você e os colegas irão preparar uma exposição para os pais e para a comunidade 
considerando as pesquisas feitas, a observação dos produtos lácteos e as embalagens analisadas. 
Sugerimos o roteiro a seguir. 
1. Selecionem as embalagens de produtos lácteos que irão expor. 
2. Elaborem sinalização e explicações suplementares sobre cada produto que será exposto, de 
acordo com as pesquisas que fizeram. Na explicação, procurem destacar os produtos locais e dar 
informações relacionadas à produção deles: local, tamanho, condição de higiene e de trabalho etc. 
3. Criem textos curtos sobre o que foi investigado para apresentá-los em cartazes ou slides durante 
a exposição. Eles devem ser breves, com poucas informações, porém relevantes. Uma sugestão 
é organizar o texto em perguntas e respostas e distribuí-las no folheto intercalando imagens, que 
também informam. 
ETAPA ~ l RESPEITÁVEL PÚBLICO 
Agora é hora de divulgar os estudos realizados, tendo como base a síntese do grupo. Troque ideias com os 
colegas e ouça as sugestões do professor. 
Produto final 
Evento de divulgação de conhecimentos. 
• Palestra sobre os tipos de leite. 
• Distribuição de folhetos sobre amamentação natural. 
• Exposição de produtos lácteos. 
Nesta etapa, verifique se você está: 
• ouvindo atentamente seu colega; 
• não está impondo sua vontade; 
• está sendo paciente com quem é 
mais lento. 
Neste momento ocorrerá a avaliação final do projeto. Para tanto, retome o quadro das 
questões sugeridas para serem investigadas e a primeira resposta ao problema inicial, elaborada 
de modo coletivo. 
Discuta com a turma: 
• O que foi aprendido com esse projeto, tendo em vista o que vocês investigaram? 
• Os produtos finais conduziram a elucidar a questão norteadora? São possíveis outras respostas? 
• Que outras investigações poderiam ser realizadas em ocasiões futuras? 
• A primeira resposta à questão norteadora se modificou ou foi ampliada? Se sim, em que aspectos? 
A avaliação final do projeto leva em con-
sideração todo processo envolvido nas dis-
cussões e pesquisas, bem como a qualidade 
dos produtos finais apresentados pelo grupo. 
Visto em nossas mesas apenas como produto, 
o leite envolve tecnologia e o trabalho de 
muitas pessoas, que se dedicam a produzir 
alimento e gerar renda. Portanto, conhecer 
o processo que envolve esse produto, 
desde suas características químicas até 
suas implicações socioculturais, é bastante 
importante. Ganha destaque também a 
necessidade de reconhecer a importância do 
gado leiteiro. Ressaltamos que os saberes 
aqui adquiridos sirvam para defendermos 
, melhores condições para esses animais. 
L___ - --- -
45 
46 
, 
1 
Hoje estamos constantemente rodeados de informações. Por meio do conteúdo dis-
ponibilizado pela mídia - ou seja, meios de comunicação como jornais, revistas, televisão, 
rádio e internet - é possível aprender a respeito de diversos assuntos, formar opinião e 
tomar decisões. 
De maneira geral, o j ornal - ou qualquer outra fonte de notícias - deve trazer informa-
ção confiável. Uma forma de destacar essa intenção é usar dados numéricos, e em certos 
artigos eles estão bastante presentes, reforçando uma sugestão de credibilidade. Por isso 
é necessário saber interpretá-los. 
Entretanto, por trás da aparente imparcialidade dos números, existe um autor que pro-
duz a matéria. Ele organiza e elabora o texto de acordo com um ponto de vista, e faz isso 
escolhendo: palavras, dados, imagens, entre outros. 
Afinal, conseguimos saber o que pensa quem elabora as matérias do jornal? 
Na fotografia abaixo vemos uma menina lendo jornal. O primeiro jornal de que se tem conheci-
mento surgiu no Império Romano, em 59 a.e., e se chamava Acta Diurna (atos diários). Era escri-
to em latim e trazia notícias sociais em grandes placas de pedra colocadas em pontos visíveis de 
Roma. O costume de saber das notícias somente cresceu, permanecendo forte até os dias atuais. 
o O que você precisa saber para 
escrever uma notícia? 
o Como você faria para defender 
suas ideias em um diálogo? 
• Você acha que dados numéricos 
dão mais credibilidade à notícia? 
Procure observar as primeiras 
páginas de jornais para responder. 
DIRETO AO PONTO --- ------- -. 
Por que há diferentes maneiras de dizer o mesmo fato nas 
matérias dos jornais? 
JUSTIFICATIVAS 
• Todos os dias. chegam até nós notícias sobre o 
país e sobre o mundo onde vivemos. contadas 
por autores. os jornalistas. Cada jornalista tem 
uma compreensão da realidade. É necessário 
aprender a analisar o envolvimento do jornalis-
ta na elaboração da matéria (de jornal. revista 
etc.), seja para se informar, seja para analisar os 
dados. seja para refletir a respeito da realidade. 
O PLANO? 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Pontos de vista em foco 
• Notícias e seus números 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
• Proposta investigativa 1 - Nossa escola 
• Proposta investigativa 2 - Nossa comunidade 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar os resultados da pesquisa. 
Balanço final 
• Reflexão coletiva com autoavaliação. 
• Reflexão individual. 
Avaliação continuada: Vamos 
conversar sobre isso? 
Garotos na Itália leem notícia 
no jornal L' Unitá, 1946, com 
a manchete "La Repubblica e 
Certa" (a república é certa, isto 
é, ocorrerá). 
OBJETIIJO.S 
• Comparar diferentes matérias j ornalísticas so-
bre um tema. 
• Observar o envolvimento do autor e identificar 
a opinião delle em uma matéria. 
• 1nvestigar a apresentação de dados numéricos 
e gráficos. 
• Produzir uma matéria de jornal para mídia im-
pressa ou outras. 
f A notícia refere-se à queda do 
último rei da Itália, Humberto 11, 
que fora deposto naquela 
ocasião, dando início à república. 
r --.. - - - • 
1
, ETA~Ai EXPLORANDO O ASSUNTO ' , - .. ◄ • • . 
48 
Pontos de vista em foco 
As notícias trazem os fatos recentes do dia a dia. Já as reportagens podem questionar e buscar 
explicações, colocando um acontecimento em debate. Para defender ideias, surgem os artigos de 
opinião. Cada período da história tem assuntos que ganham mais destaque na mídia, havendo temas 
de interesse regional e outros de interesse mundial. Um dos assuntos de interesse global hoje é a 
questão da imigração. E, sendo um tema muito debatido, é comum que haja pontos de vista diferen-
tes, com dados para apresentar os lados da questão. 
A migração ou a mudança de pessoas entre países é um acontecimento comum na história da 
humanidade, mas se tornou um assunto de debate na atualidade. Leia os trechos de duas matérias 
diferentessobre esse tema. 
t Agência EFE. 
• •• 
* 
A população imigrante legal e ilegal 
nos EUA chega a 43,7 milhões Imigrar: entrar e estabe-lecer residência em 
país estrangeiro. A população imigrante dos Estados Unidos, incluindo residentes 
legais e em situação irregular, alcançou o número recorde de 43,7 
milhões em 2016. Segundo informe apresentado pelo Centro de 
Estudos de Imigração (CIS), a maior parte desses imigrantes vem 
do México. 
Situação irregular: caso 
em que a pessoa não 
tem a documentação 
necessária para de-
terminada ação. Aqui 
se refere à perma-
nência em território 
estrangeiro. 
Los Angeles, 16 out. (EFE). 
A análise do centro afirma que um a cada oito residentes dos Estados Unidos é 
imigrante, "o maior percentual dos últimos 106 anos". 
Os imigrantes Adan Pozos Lopes (esquerda) e Rafael Ramirez 
Cortez fotografados e nquanto trabalham com ostras em 
Maryland, Estados Unidos. 
Em 1980, um a cada 16 residentes era imigrante 
[ ... ).Entre 2010 e 2016, chegaram aos Estados Unidos 
8,1 milhões de imigrantes [ ... ], segundo a análise, 1,1 
milhão desses novos imigrantes vieram do México, o 
equivalente a um em cada oito dos recém-chegados. 
Nesse período, os maiores aumentos no número de 
imigrantes nos Estado Unidos corresponderam à Índia 
(com 654.202 novos residentes), China (550.022), Re-
pública Dominicana (206.134), El Salvador (172.973), 
Cuba (166.939), Filipinas (164.077), Honduras 
(128.478), Vietnã (112.218), Venezuela (106.185) e 
Guatemala (104.883). [ ... ] 
Com 2 7 ,2 % de imigrantes, a Califórnia é o estado 
com a maior população estrangeira, seguido de Nova 
York (23 %), Flórida (20,6 %), Nova Jersey (22,5 %) e 
Nevada (20 %), conforme relatório produzido com base 
no censo. 
Agência EFE. Tradução nossa. 
<https://bra.sil .elpa1s.com/bras1!/201 7 /01 / 13/ mternaczonal/1484322393 809504 html 
Imigração nos Estados Unidos: da grande inclusão 
à grande expulsão? 
Os EUA sempre mostraram uma capacidade extraordinária de absorção de milhões de 
imigrantes. Mas o raminho nunca foi liue de obstáculos 
Navio com migrantes em direção a Nova York, Estados Unidos, em 1906. 
Rubén G. Rumbaut 
15 de janeiro, 2017 
Anistia: termo político 
que se refere a per-
dão de algum ato co-
metido. liberação de 
penalidade. 
Lei de imigração: re-
gras que regularizam 
ou reconhecem a en-
trada e a residência 
de imigrantes em paí-
ses estrangeiros. 
Refugiado: pessoa obri-
gada a mudar de país 
por causa de guerras. 
perseguição polilica. 
religiosa e desastres 
naturais. 
Embora as manchetes dos jornais possam indicar outra coisa, somente 3% dos mais de 7 bilhões de habitantes 
do planeta são migrantes mternac1onais, pessoas que ,iwm fora do país onde nasceram. Mesmo assim, são em 
número cada vez maior aqueles que emigram, especialmente do sul para o norte, e, nesse processo, o mundo passa 
por uma transformação mevitáwl. Vi,·emos em uma época n a qual a proporção de pessoas ricas (e idosas) é cada 
vez menor em contraposição a uma presença cada ,·ez maior de pessoas pobres (e jovens); as pressões migratórias 
crescem sem parar em consequência das desigualdades intr rnac10nais e de conflitos insolúveis; e os países mais 
desenvokidos se veem diante de uma encruzilhada decisiva em termos demográficos e de trabalho. [ ... ] 
Uma característica fundamental da história dos Estados Unidos foi a extraordin ária capacidade da chamada 
nação de imigrantes para abson·er, como uma esponja gigantesca, dezenas de milhões de pessoas de todas as clas-
ses, culturas e países. Essa ,irtude admiráwl, porém, sempre conviveu com uma face mais sórdida do processo 
de construção e formação nacional. Com efeuo, grande parte da história norte-americana pode ser vista como um 
movimento [ ... ] de inclusão e exclusão e, em casos extremos, de expulsôes e deportaçôes forçadas. [ ... ] 
Na atualidade, os imigrantes representam mais de 25So das 38 milhões de pessoas que vivem na Califórnia, 
e mais da quarta parte de todos os imigrantes do país moram nesse estado. Isso se de\T a vários fatores: a lei de 
imigração de 1965 (que rerngou uma norma racista de 1924 que impunha cotas por país de origem), o reassenta-
mento de centenas de milhares de refugiados de Cuba durante a Guerra Fria e de Vietnã, Laos e Camboja após o 
fim da Guerra do Vietnã, em 1975, e a anistia concedida pela lei de reforma e controle da imigração de cidadãos 
sem documentos, em 1986. ! ... ]. 
•• 
Rubén G . Rumbaut. Imigração nos Estados Unidos: da grande inclusão à grande expulsão? El País, 15 jan. 2017. 
Disponível em: <https:/ /brasil.elpais.com/brasil/2017 /0 l/ 13/internacional/ 1484322393_809504.hcml>. Acesso em: 23 ser. 2018. 
49 
50 
1. Comparando os títulos e as primeiras linhas abaixo dos títulos, como podemos perceber os di-
ferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto? ldentifique o fato central em cada texto e as 
palavras associadas a esse fato. 
2. No segundo artigo, encontre no título as palavras em oposição que ajudam a ver os diferentes 
pontos de vista em debate sobre o mesmo tema. 
3. As matérias apresentam argumentos com os dados numéricos. Os números aparecem associa-
dos a quais palavras e ideias no primeiro parágrafo de cada matéria? 
4. Releia o último parágrafo de cada matéria. Observe novamente o uso dos dados numéricos, no-
tando onde são apresentadas razões históricas e da diversidade de países de origem. Quais são 
as diferenças entre essas informações? 
De olho nas imagens 
Em geral, as notícias e reportagens dos meios de comunicação são acompanhadas de imagens que tra-
zem também informações e ajudam a expor um ponto de vista. Há inclusive jornalistas especializados, cha-
mados fotojornalistas, que elaboram fotorreportagens, em que fatos são contados por meio da fotografia. 
Em grupos, vamos fazer um trabalho de observação, em que analisaremos as fotografias nas ma-
térias das páginas anteriores e reflitiremos o que elas retratam. 
1. Uma das fotografias é colorida, a outra está em preto e branco. Como esse componente da ima-
gem está relacionado aos respectivos textos das matérias? 
2. Qual era a posição e a distância do fotógrafo no momento que as fotografias foram feitas? 
3. O que essas fotografias revelam sobre as pessoas? Como é a expressão delas? 
Reflito e Registre 
1. Reflita sobre a re lação entre as informações contidas nas imagens e as matérias. 
As fotografias complementam o texto escrito com informações? Registre suas ob-
servações no caderno. 
APOIO 
Sebastião Salgado: Conheça o trabalho de Sebastião Salgado, fotógrafo bra-
sileiro reconhecido globalmente por suas fotos que contam as histórias de 
diversas populações do Brasil e do mundo. Ele não é um jornalista, mas tem 
grande capacidade de comunicação por meio de suas imagens. Digite em 
um site de buscas as palavras "SEBASTIÃO SALGADO" + "ÊXODOS", que e 
o nome de um de seus livros de fotos, sobre imigrantes e refugiados. 
➔ 
Sebastião Salgado durante lançamento de 
seu livro de fotos Genesís. Londres, 2013. r;.---'!ll[l 
J 
Notícias do campeonato 
O jornalismo esportivo é prati- f 
cado e apreciado em todo o mun- t 
do. Há jornais impressos, revistas, ~ 
canais de televisão e sites dedi- ~ 
cados totalmente ao assunto. Uma § 
multidão procura diariamente in-
formações a respeito de seu time. 
§1 
É 
" .Z L-~lãi Por se tratar de um segmento 
da área jornalística, há diferenças 
na forma de comunicação. Além 
de noticiar, não é raro que os re-
pórteres em suas análises das par-
tidas se posicionem criticamente 
em relação à atuação dos jogado-
res e do técnico. Os números estão 
presentes para demonstrar classi-
ficação em campeonatos, estimati-
vas de rendimento na partida etc. 
Há também bastante discordância, 
e uma partida elogiada por um re-
pórter pode ser criticada por outro. 
1' Cristiano Ronaldo em campo com vários fotojornalistas ao fundo, em 
partida entre Portugal e Coreia do Norte pela Copa do Mundo de 2010, 
na África do Sul. 
A proposta é fazer uma pesquisa a respeitodo jornalismo esportivo. 
Procedimento 
Esse atleta e um dos nomes 
mais citados de toda a 
imprensa esportiva mundial. 
1. Depois de uma rodada do Campeonato Brasileiro, procurem e guardem notícias de diferentes 
jornais e revistas sobre os jogos. 
2. Observem o que está em destaque: atuação dos times, dos técnicos, das torcidas. Deem atenção 
às palavras e imagens, fazendo anotações sobre o uso delas e analisando o que é valorizado em 
cada publicação. 
3. Com os dados, façam cartazes, com título e cópia das reportagens - escolham duas ou três. In-
diquem nos textos os itens que despertaram a atenção, usando canetas marca-texto e setas. 
4. Escrevam comentários sobre essas diferenças. 
5. Divulguem os cartazes na escola. 
Reflita e registre 
1. Lendo diferentes trechos de matérias sobre um mesmo tema em debate, pode-
mos perceber as escolhas das palavras e dos dados que são destacados pelos 
autores. Até mesmo nas notícias sobre futebol, podemos encontrar algumas escolhas do 
autor. Em sua opinião, por que um mesmo acontecimento pode ser lido de formas diferen-
tes nos jornais? 
51 
52 
Notícias e seus números 
Os dados que acompanham as reportagens nem sempre são representados do mesmo modo. 
Às vezes se escolhe apresentar informações numéricas em fo rma de gráficos. Leia, a seguir, trecho 
de notícia sobre a imigração baseada em gráficos. Vamos analisar um deles. 
Imigração em gráficos 
www.gazetadopovo.eom.br/mundo/ó-graficos-que-explica,m-por-que-os-eua-nao-vtvem-uma-cr)se-de-imigracao-c1jth97z0v,.,o4f3yy9124mvfuz 
••• 
* 
6 gráficos que explicam por ,que os EUA não vivem 
uma crise de imigração 
Em termos numéricos, não há crise na fronteira dos EUA. A migração ilegal do México 
acabou e as entradas irregulares de pessoas de El Salvador, Guatemala e Honduras são 
pequenas para os padrões históricos 
Apreensão de imigrantes ,fT1§!Xica~óS' 1ij 
e. dr;· outr~s· pi3-íses·riç1.::f_ron_tei_ra dosi~A:~ 
O número de mexicanos apreendidos na fronteira sul dos EUA tem 
diminuído desde 2000. Já o número de imigrantes não mexicanos, 
especialmente de Honduras, EI Salvador e Guatemala, aumentou. 
Ano 
• . Mexicanos - Não mexicanos 
Nas últimas semanas vimos notí-
cias terríveis sobre a "crise" que se ins-
talou na fronteira entre o México e os 
Estados Unidos. Na realidade, não há 
crise, pelo menos como foi retratado 
na imprensa e pela administração [do 
presidente Donald] Trump. 
Entradas não documentadas atra-
vés da fronteira são, na verdade, as 
mais baixas de todos os tempos. A en-
trada em massa de migrantes do Méxi-
co em busca de trabalho no vizinho do 
None acabou. [ ... ] 
A migração ilegal do México na 
verdade começou a declinar por volta 
de 2000 e despencou depois da gran-
de recessão que ocorreu em 2008. 
Isso não por causa da aplicação de 
controle de fronteiras dos EUA, mas 
por causa da transição de fertilidade 
no México. O número de filhos por 
mulher diminuiu 68% entre 1960 e 
2016. !. .. ] 
Fonte: Controle de 
Fronteira dos EUA. 
Douglas Massey. 6 gráficos que explicam por que os EUA não vivem uma crise de imigração. Gazeta do Povo, 4 jul. 2008. 
Disponível em: <Viww.gazetadopovo.com.br/mundo/6-graficos-que-explicam-por-que-os-eua-nao-vivem-uma-crise-de 
-imigracao-cljch97z0wo4f3yy9124mvfuz>. Acesso em: 23 ser. 2018. 
No gráfico ante rior, os dados são apresentados em barras e liniha. 
~ 
1. Para analisar o gráfico, considere as grandezas nele relacionadas: milhão de pessoas e ano. 
De acordo com a reportagem, o predomínio do México como principal fonte de imigrantes para 
os EUA declinou de modo acentuado. Quais dados numéricos confirmam essa afirmação? 
Taxa de fecundidade em gráfico 
Dando continuidade à exploração dos dados a respeito dos imigrantes nos EUA, um fator possível 
de se considerar é a diminuição de filhos por mulher no México. O número de filhos por mulher dimi-
nuiu entre 1960 e 2016, acrescentando outro dado à análise. Especialistas em populações observam 
que o nascimento de um menor número de filhos em um país leva a uma menor oferta de mão de 
obra, o que diminuiria o desemprego e aumentaria os salários, desencorajando a emigração. A taxa 
de fecundidade pode ser representada também no gráfico de linha. 
Taxa de fecundidade é o número médio de filhos que teria uma mulher até o final de seu período 
reprodutivo, considerado entre 15 e 49 anos. No gráfico a seguir, os dados de número de filhos estão 
expressos no eixo vertical. No eixo horizontal está indicado o período: os anos entre 1960 e 2016. 
~ r • • • -•~ ~~• "' - "' ••-• ~"' 
Taxa de fecundidade no Mé.xifo' 
7.0 
6,5 ••• •• • " " " ª • 
6,0 
~ 5,5 
1 5,0 
& I 4,5 
4,0 
3,5 
3,0 
2,5 
2'º 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 
Ano 
Fonte: Banco Mundiai. 
Dispon,w l Pm <https://data. 
worldbur.k.orç;/ír.d icator/ 
SP.DYN.TFRT.IN>. 
,.__ ______________________ __, Acf>Sso em. sei. 2018. 
1. Vamos interpretar e analisar alguns elementos na representação do gráfico. 
a) No México, o número de f ilhos por mulher diminuiu entre 1960 e 2016. Em 1960, a taxa foi de 
cerca de 6,5 filhos por mulher e, em 2016, de cerca de 2,0 filhos: uma grande redução. Qual 
foi a porcentagem dessa diminuição? 
b) Com base nesses dados, o que podemos concluir sobre o tamanho das famílias mexicanas 
no período de 1960 a 2016? A conclusão vale para a população total? 
2. Pesquise o número da população brasileira atualmente. Com essa informação e os dados do 
trecho acima, calcule se a quantidade de migrantes no mundo se aproxima do número da popu-
lação brasileira. 
53 
54 
1. Após a análise dos gráficos e dos números, releia as duas primeiras notícias desta etapa e tro-
que ideias com os colegas a respeito da questão a seguir. n 
Como refletir sobre os dados numéricos apresentados pode ajudar na compreensão e análise 
das notícias anteriores? 
Deixe um comentário 
Muitas vezes, as pessoas são chamadas para se comunicar ou interagir com jornais e revistas im-
pressos ou na internet. Elas podem mostrar como estão se sentindo ou emitir sua opinião em forma 
de comentário. Especificamente nos jornais, costuma haver um espaço para "cartas do leitor", em que 
são feitos elogios, reclamações, correções e comentários. Observe o exemplo de uma carta do leitor. 
Procedimento 
Sumiço dos gatos 
Pelo que li em reportagem deste jornal semana passada, a prefeitura nega que 
está exterminando os gatos daqui de Curitiba [PR). Mas a nossa percepção é outra 
coisa. Esrão sim fazendo isso e à luz do dia. Esrão contrariando a lei que afirma que 
é preciso tratar dos animais abandonados. Um furgão azul rem sido visto rondando 
as ruas do meu bairro recolhendo os animais. Já foram abordados por moradores e 
esses funcionários da prefoirura afirmam que têm autorização da administração para 
isso. Para onde estão levando os animais não dizem, é um local ignorado. Se fosse 
para cuidar deles, dariam satisfação quando perguntamos, mas não. Mas isso não 
ficará assim, espero que a imprensa continue cobrando os responsáveis e nós vamos 
procurar órgãos de defesa dos animais. 
Valdirene Baralliora. 
1. Com base nas matérias de jornal que lemos sobre imigração e. agora, conhecendo o debate, re-
dija um comentário ou carta do leitor para um dos jornais dos quais analisamos alguns trechos. 
2. Ao elaborar seu comentário e defender seu ponto de vista, lembre-se de respeitar as ideias dife-
rentes das suas. 
Concluindo esta etapa 
Nos jornais há muitos textos com características variadas - notícias do dia, reportagens investi-
gativas (mais aprofundadas sobre um assunto), entrevistas, comentários, críticas, artigos de opinião, 
entre outros. Todos eles dependem das escolhas feitas por seus autores. 
1. Sendo assim, o que podemos concluir sobre a elaboração das matérias de jornal, considerando 
a escolha dos enfoques e a seleção de dados? 
2. Até o momento, como podemos formular uma resposta à questão norteadora do projeto: 
Por que há diferentes maneiras de dizero mesmo fato nas matérias dos jornais? 
FAZEMDO ACONTECER 
Orientações gerais 
Agora você terá de pensar quais serão suas escolhas para elaborar a matéria que seu grupo definir. 
Qual é o tema da matéria? Qual será o ponto de vista? Como preparar uma matéria de jornal? 
A produção de uma matéria de jornal inclui algumas etapas, descritas a seguir. 
1. Na preparação: pesquisem o assunto em várias fontes (pessoas, documentos, dados numéricos e 
imagens) para aprofundar o tema e definir o posicionamento de vocês e as ideias que defenderão. 
2. No desenvolvimento: transformem a pesquisa em texto e imagem (histórica ou foto recente) e 
elaborem legendas para a imagem. 
3. No fechamento: releiam o texto verificando se está transmitindo as ideias da melhor maneira pos-
sível; revisem a ortografia e a pontuação; deem um título à matéria e coloquem-na no espaço de 
divulgação. 
De maneira geral, a Matemática contribui para analisar os dados e as fontes. 
Vamos procurar a especificidade numérica para cada sugestão de tema. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
NOSSA ESCOLA 
Meta 
Aprofundar o conhecimento sobre um tema escolhido. 
O objetivo dessa proposta é investigar a história da escola. Os temas devem ser selecionados, por 
exemplo: história da escola; o caminho da merenda (do produtor até chegar aos alunos); as mudan-
ças na quantidade de alunos ao longo do tempo. Será que conhecemos a história de nossa escola? 
Primeira fase 
Dividam as tarefas entre os integrantes do grupo e pesquisem as etapas a seguir. 
1. Busquem fontes de informação sobre o tema: documentos, imagens, internet etc. 
2. Conversem com a equipe de funcionários so-
bre o histórico e funcionamento da escola. 
:. 
-"' 
3. Incluam dados numéricos na reportagem, por f 
exemplo, data da inauguração, quantidade de J 
diretores, idades dos alunos. i 
➔ 
Alunos de escola na cidade de Sumaré (SP). 
Você passa muitas horas na escola. É o momento 
de se reunir com os colegas e discutir modos 
de conhecê-la melhor. 
56 
Segunda fase 
1. Transformem as pesquisas em matéria de jornal, com texto escrito e imagens. Qual é a 
melhor forma de transmitir a pesquisa: reportagem, fotorreportagem, notícia, artigo de opinião? 
2. Releiam o texto, revisem-no e analisem se o ponto de vista de vocês está claro. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
NOSSA COMUNIDADE 
Meta 
Desenvolver matéria a respeito do espaço de vivência. 
A história do bairro pode ser resgatada pelos relatos dos moradores. Nos espaços de lazer da 
comunidade (praças, parques, parquinhos, campos, pistas de skate}, encontramos amigos e colegas 
em eventos especiais e no dia a dia. Como são e como eram os espaços de lazer do bairro? 
Primeira fase 
Dividam as tarefas entre os integrantes do grupo e utilizem as etapas a seguir. 
1. Pesquisem o tema: documentos, imagens que podem ser encontradas em registros, sites etc. 
2. Incluam nela dados numéricos, como mudança na quantidade e variedade de espaços de lazer. 
número de frequentadores, datas de criação dos espaços etc. 
3. Conversem sobre essa pesquisa (a história do bairro e dos espaços de lazer) com pessoas do 
bairro: moradores antigos, idosos. artistas, atletas, comerciantes. 
Segunda fase 
e 
8, 
§ 
g 
i 1. Transformem a pesquisa e a " 
, d ~ conversa em materia e jor- ~ 
nal, com texto escrito e ima- ~ 
~ 
gens. Qual é a melhor forma 
de transmitir a pesquisa: re-
portagem, fotorreportagem, 
notícia, artigo de opinião? 
2. Releiam o texto, revisem-no e 
analisem se o ponto de vista 
de vocês está claro. 
1' Jovens concentrados em praça com pista de skate no Parque Municipal 
Zilda Natel, São Paulo (SP). 
# # 
RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Publicação impressa - um jornal escolar - ou divulgação em outras mídias (si-
te ou blog) das matérias produzidas pelos grupos na Etapa 2. 
• O que é importante comunicar para outras pessoas, independentemente de serem da própria es-
cola ou da comunidade? 
• Qual é o título do jornal? 
• Encontrem a melhor possibilidade de divulgação do jornal da turma: um site, blog ou jornal im-
presso, uma exposição com cartazes ou apresentação de slides. 
O produto coletivo deve ser preparado e apresentado à comunidade. 
Coletivo com autoavaliação 
Neste momento ocorrerá a avaliação final do projeto. Para tanto, retome as questões investigadas 
e a primeira resposta ao problema inicial elaborada de modo coletivo. 
Discuta os pontos a seguir coletivamente, com a mediação do professor. 
• Tendo em vista o que vocês investigaram, o que foi aprendido com esse projeto? 
• Os produtos finais conduziram a elucidar a questão norteadora? São possíveis outras respostas? 
• Que outras investigações poderiam ser feitas em outros momentos? 
• A primeira resposta à questão norteadora se modificou ou foi ampliada? Em que aspectos? 
A avaliação final do projeto leva em consideração todo o processo envolvido nas discussões e 
pesquisas, bem como a qualidade dos produtos finais apresentados pelo grupo. 
Individualmente 
Visa concluir a avaliação do projeto. 
r 
Os meios de se ter acesso à informação 
1 mudaram bastante desde o primeiro jornal 
conhecido, no Império Romano, passando 
pelos jornais impressos e computadores. 
Atualmente um colega nos envia um 
link e, pelo celular. temos acesso a um 
conteúdo jornalístico naquele exato 
momento. E justamente essa facilidade 
de compartilhamento de notícias requer 
mais conhecimentos para formar nosso 
L senso crítico e para agir em sociedade. 
57 
58 
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Biodiversidade é todo o conjunto de seres vivos que habitam o planeta. As muitas for-
mas de vida foram sofrendo mutações desde sua origem, há mais de 3,5 bilhões de anos. 
Nesse período, os ambientes também foram se modificando. Na combinação desses pro-
cessos naturais, algumas espécies foram extintas e outras apareceram. Basta lembrar que 
o planeta já foi habitado predominantemente por dinossauros muito antes de os seres hu-
manos surgirem. 
Nas últimas décadas, a biodiversidade vem sendo ameaçada. O desmatamento das 
florestas, a caça, o tráfico de animais, a poluição das águas, do solo e do ar, bem como o 
aquecimento global, são fatos relacionados a ações humanas nocivas. Tudo isso tem pro-
vocado a extinção de espécies e ameaçado muitas outras, em um ritmo bem mais acele-
rado do que o observado em toda a história da Terra. 
Cena do filme Rio, de 2011. O protagonista do filme é a ararinha-azul Blu, que se envolve em 
aventuras para fugi r de traficantes de animais. 
• As ararinhas-azuis, como o personagem Blu, foram vítimas 
de traficantes de animais e de mudanças em seu hábitat. 
Como resultado, essa espécie está extinta na natureza. 
Você conhece outro caso como esse? 
o Projetos para a conseNação de animais têm dado 
resultado. Como conhecer esses projetos na internet? 
Como confiar nas informações que encontramos? 
' DIRETO AO PONTO ••1-------------, 
Como a extinção acelerada das espécies vem sendo enfrentada? 
------------------------ -·----· . 
JUSTIFICATIVAS 
• O Brasil é o país com a maior biodiversidade do 
mundo. No entanto, as ações em prol da con-
servação das espécies precisam ser muito mais 
eficazes. Para conhecer melhor o problema do 
risco da extinção de espécies e se posicionar 
sobre ele, bem como entender como atuam os 
projetos de conservação, é necessário saber 
pesquisar em livros, revistas e na internet. 
<f> 
ALEOP ANO? 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Alguns casos de extinção de animais 
• Baleias: símbolo do combate à extinção 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
: OB.JETIVOS 
'<I 
• lnvestig,ar a abrangência da atual extinção de 
espécies no planeta. 
• Reconhecer o papel de projetos de conservação 
na manutenção dos ecossistemas brasileiros. 
• Conhecer e utilizar procedimentos de pesqui-
sa, leitura e produção de textos relacionados a 
um tema que seja objeto de estudo. 
• Proposta investigativa 1 - Animais brasileiros ameaçados e projetos 
de conservação 
• Proposta investigativa2 - Árvores brasileiras ameaçadas e projetos 
de conservação 
• Proposta investigativa 3 - Caça ou pesca predatória e tráfico de 
animais 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar e selecionar os conhecimentos adquiridos. 
• Preparar e apresentar os produtos finais. 
Balanço final 
• Avaliação individual e coletiva. 
Avaliação continuada: va-
mos conversar sobre isso? 
' 
60 
1ETAPA EXPLORANDO O ASSUNTO 
Alguns casos de extinção de animais 
A extinção de outras espécies como resultado da ação do ser humano não é algo novo. Acom-
panhe a seguir dois exemplos, datados dos últimos séculos. Depois, citamos extinções que não 
tiveram relação com os humanos - foram causadas por mudanças no ambiente. 
O tigre-da-tasmânia 
Os tigres-da-tasmânia eram animais carnívoros que viviam em pequenos bandos. Receberam es-
se nome porque tinham listras pretas nas costas sobre o pelo castanho, lembrando um tig re, e viviam 
na ilha da Tasmânia, ao sul da Austrál ia. Como os cangurus, eram marsupiais, mas tinham aparência 
semelhante à de cães de porte médio. 
No século XIX, criadores de ovelhas locais iniciaram uma perseguição intensiva a esse animal. 
Em 1986, passados 50 anos sem que nenhum exemplar tivesse sido encontrado, foi declarado ofi-
cialmente extinto. 
~ 
Marsupial: mamífero cujos filho-
tes se desenvolvem parcial-
mente no útero, parcialmemte 
na bolsa abdominal da fêmea. 
O exemplo mais conhecido é o 
canguru, da Austrália; no Brasil, 
os principais representantes do 
grupo são os gambás. 
Fotografia de Benjamin, o último tigre-da-
-tasmânia que exist iu. Viveu no zoológico 
Hobart, Tasmânia, morreu em 1936. 
A ave dodô 
Ave nativa das Ilhas Maurício, localizadas a 800 km da costa 
da África, o dodô tinha a altura de um ganso e não podia voar. 
Mansas e curiosas, essas aves eram facilmente caçadas pelos 
marinheiros que reabasteciam seus navios na ilha. 
Sobre esses animais, há muitos relatos de marinheiros dos 
primeiros séculos de ocupação europeia. Em 1638, as amea-
ças a eles intensificaram-se, uma vez que os holandeses toma-
ram as ilhas e para lá levaram plantas e animais exóticos para 
aquele ecossistema. A competição por alimento e a intensifica-
ção da caça predatória levaram a espécie à extinção em pou-
cas décadas. 
Dodô, ave extinta devido à caça. Gravura 
de Georg Friedrich Treitschke, 1842. 
Megafauna da América do Sul 
A descoberta e a análise de fósseis revelam que 
no passado existiram espécies de animais e plan-
tas com características bem diferentes das encon-
tradas atualmente. Isso significa que, por alguma 
razão, elas entraram em extinção em determinado 
período. 
Pesquisando fósseis e rochas, cientistas con-
cluíram que, ao longo da história de nosso planeta, 
houve várias épocas bem frias, a que chamaram de 
eras do gelo, tendo a última ocorrido de 18 a 12 mil 
anos atrás. Nesse período, havia muito gelo nos po-
los e nas montanhas, mas nem todos os continen-
tes eram cobertos de neve. O clima nos trópicos, 
região onde está o Brasil, era ameno, mais seco e 
com poucas chuvas. 
1' Reconstrução artística de uma macrauquênia. 
Nosso território era ocupado por extensas sa-
vanas, parecidas com o Cerrado atual, onde viviam 
animais gigantes, alguns semelhantes a animais 
atuais, como tatus, bichos-preguiça, bem como es-
pécies de ursos sul-americanos, hipopótamos sul-a-
mericanos e tig res dentes-de-sabre. Esses grandes 
mamíferos são exemplos da chamada megafauna 
sul-americana. Essa fauna foi extinta quando o cli- L 
ma após a última Era do Gelo voltou a esquentar, a 
Esse animal, pertencente à megafauna, existiu aqui na 
América, na região da Patagônia, no sul da Argentina. Ele 
tinha cabeça comprida com uma tromba curta, patas com três 
dedos e um longo pescoço. similar ao das girafas. Herbívoro, 
procurava vegetais moles e chegava a pesar uma tonelada. 
7 
água líquida tornou-se mais abundante e começou a chover mais, facilitando a expansão das flores-
tas tropicais, como a Amazônia, e o recuo das savanas. Fósseis de exemplares da megafauna têm 
sido encontrados em nosso território. 
E-
Esse animal era um predador 
com cerca de 1,5 a 2.3 metros 
de comprimento e pesava cerca de 
400 kg - era um pouco menor 
que o leão como o conhecemos 
atualmente. Esse felino existiu 
também em terras brasileiras 
e é famoso por conta dos drns 
caninos enormes, que mediam 
cerca de 18 cm de comprimento. 
Reconstituição artística de um 
tigre-dentes-de-sabre, tambem 
conhecido como Smilodon. 
61 
62 
Dinossauros e pterossauros 
Há cerca de 200 milhões de anos, bem antes de o ser humano surgir na Terra, espécies de dinos-
sauros e de pterossauros habitavam o planeta e dominavam as paisagens terrestres. Esses animais 
tiveram seu fim há cerca de 65 milhões de anos e de forma bastante acelerada. Para explicar esse 
rápido desaparecimento, a teoria mais aceita é a queda de um grande asteroide onde hoje está o 
Golfo do México (América do Norte), cujo impacto fez subir muita poeira para a atmosfera. 
A poeira envolveu o planeta em sombras e reduziu a fotossíntese das plantas. Os grandes herbí-
voros não tinham mais o que comer e, consequentemente, os carnívoros também não. Muitas espé-
cies de menor porte também não sobreviveram ao impacto catastrófico. 
1. Elabore um quadro e complete-o com os dados dos textos apresentados até o momento. Faça 
três colunas: data aproximada (em que ocorreu a extinção), animal extinto, causa da extinção. 
Baleias: símbolo do combate à extinção 
As ba leias são os maiores animais do planeta e foram intensamente caçadas durante muito 
tempo, pois delas retiravam-se diversas matérias-primas. A gordura (óleo) de baleia, por exemplo, 
até o século XIX era utilizada como lubrificante de embarcações, argamassa para construção e na 
iluminação pública. 
No Brasil, a caça à baleia, desde o século XVII, estendia-se da costa da Bahia até Santa Ca-
tarina. As espécies mais numerosas eram a jubarte e a baleia-franca. Ainda no século XVIII, o 
político e cientista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva descreveu uma caçada às ba-
leias francas. 
'''' [ ... ] Deve certo merecer também grande atenção, a perniciosa prática de matarem os baleotes de mama, para assim arpoarem as mães com maior facilidade. Têm estas tanto amor aos seus filhinhos, 
que quase sempre os trazem entre as barbatanas para lhes darem leite; e se, por ventura, lhos matam, 
não abandonam o lugar, sem deixar igualmente a vida na ponta dos arpões: é seu amor tamanho que, 
podendo demorar-se no fundo da água por mais de meia hora sem vir a respirar acima e, escapar as-
sim, ao perigo que as ameaça, expõem a sua vida para salvarem a dos fllhi-
nhos, que não podem estar sem respirar por tanto tempo. Esta ternura das 
mães facilita sem dúvida a pesca [ ... ]. É fora de toda a dúvida que, matan-
do-se os baleotes de mama, vem a diminuir-se a geração futura, pois que as 
baleias, por uma dessas sábias leis da economia geral da Natureza, só parem 
de dois em dois anos um único fi.lho(a), morto o qual, perecem com ele to-
dos os seus descendentes [ ... ]. 
Instituto Australis. Texto de José Bonifácio para os Anais da Academia Real das Ciências 
de Lisboa, 1790. Disponível em: <http:/ /baleiafranc:a.org.br/a-baleia/a-matancaf>. 
Acesso em: 6 set. 2018. (Atualização na grafia de algumas palavras 
conforme normas atuais da língua portuguesa.) 
Arpão: instrumento de 
pesca com cabo de 
ponta farpada e afia-
da, usado para fisgar e 
prender peixes grandes 
ao ser arremessado. 
Arpoar: usar o arpã_o. 
Baleote de mama: filho-
te de baleia que ainda 
mama. 
Pernicioso: prejudicial. 
Desde 1982, um programa de pesquisa 
sobre baleias-franca em Santa Catarina tem 
confirmado o retorno anual de baleias a es-
se litoral. No inverno, as baleias migram do j 
Polo Sul para se acasalarem em águas mais g 
e 
quentes e amamentar os filhotes nascidos no j 
inverno anterior. As baleias, como outros ma- ·i 
míferos, cuidam dos filhotes. 
Baleia-franca - reprodução 
[ ...] Nas primeiras semanas de vida, o fi-
lhote passa cerca de 90% do tempo no en-
torno imediato da mãe, e apenas no final da 
temporada de inverno de seu nascimento pas-
sam a distanciar-se mais desta, explorando de 
forma mais independente o ambiente das pro-
ximidades; os filhotes de um ano, que retor-
nam com a mãe para as áreas de reprodução, 
desligam-se dela nesta fase, com a mãe apa-
rentemente tomando a iniciativa de afastar-se 
do filhote que então já é funcionalmente in-
dependente. [ ... ] 
Instituto Auscralis. Disponível em: 
<http: //baleiafranca.org. br/ a-baleia/ cornportamen to/>. 
Acesso em: 8 set. 2018. 1' Baleia-franca e filhote. 
1. O primeiro texto, embora de época, é um texto científico, enquanto o segundo é um texto de 
divulgação científica, encontrado em revistas, jornais e sites informativos ou jornalísticos. Qual 
deles você considera mais adequado para a compartilhar informações desse tipo? Por quê? 
2. Compare o "amor de mãe" do primeiro texto à "mãe aparentemente tomando a iniciativa de 
afastar-se do filhote" do segundo texto, considerando: 
• os contextos históricos em que foram escritos; 
• trechos em que a concepção "humanizada" da natureza se manifesta; 
• as coincidências entre eles. 
3. Como ocorre a extinção de um animal? Considere os exemplos citados descritos nos textos 
anteriores e na sua pesquisa inicial para responder. 
4. De acordo com os textos analisados até o momento, é possível afirmar que a extinção é ape-
nas consequência da atividade humana? 
63 
64 
Orientações para a pesquisa 
individual na internet 
Utilize, como fontes de consulta, os sites da seção 
Apoio (página 66) e pesquise outras espécies ameaça-
das de extinção no Brasil, bem como o tráfico de ani-
mais silvestres. 
Procedimento 
~---1. Escolha um animal ou uma planta para ser !' 
pesquisada. Entre em um site de buscas, , 
digite o nome dele e acrescente a palavra i 
i ameaça ou extinção. i 
2. O buscador da internet lhe apresentará uma 
lista de endereços: sites, páginas de redes 
sociais, de enciclopédias on-line colabora-
tivas, de instituições de ensino (pesquisas, 
matérias escolares), ambientais (SOS Mata 
Atlântica, Projeto Ta mar, por exemplo), de re-
vistas de divulgação científica etc. 
O • 
~ 
Pesquisar com segurança 
Fazer pesquisas não é somente uma 
atividade escolar, trata-se de uma prática 
comum atualmente. Mas saber como pro-
curar e separar o conteúdo confiável do 
não confiável é algo que se aprende. 
Neste momento, aparecem as dúvidas: 1' Alunos em escola da cidade de Sumaré (SP). 2014. 
Qual delas é mais confiável? Por qual delas Encontrar páginas confiáveis para sua pesquisa demanda 
começar? .o exercício de senso crítico. 
Veja a seguir dicas para verificar se um endereço é confiável. 
• Selecione páginas cujo endereço tenha a extensão .org (organização não governamenta l), .gov 
(órgão governamental) ou .edu (universidades). Aqueles com final .com muitas vezes têm finali-
dade comercial, por isso, caso os utilize, compare as informações neles obtidas com as de ou-
tras fontes. 
• É preciso checar também dados obtidos em blogs, pois muitas vezes são conteúdos que ex-
pressam opiniões pessoais, não necessariamente se atentando à divulgação de informações. 
Verifique se o autor é um pesquisador, se indica as fontes das informações que publica etc. 
• As enciclopédias colaborativas são abertas à participação do público em geral, isto é, as pes-
soas podem alterar os textos, e nem sempre há indicação de autoria ou de fonte das informa-
ções. Por conta disso, não são ideais como fonte única de pesquisa em termos de confiabilidade. 
3 . Depois que encontrar uma boa fonte de pesquisa, selecione dela as informações que você con-
sidera mais importantes. 
4. Estude as informações já organizadas para que possa expor o assunto e as informações essen-
ciais aos colegas do grupo. 
Após as exposições individuais, o grupo irá eleger, com a orientação do professor, qual pesquisa 
será apresentada à turma. Os critérios de escolha podem ser: relevância do tema; interesse da t_urma; 
forma de apresentação interessante, entre outros definidos claramente antes da escolha. 
Depois de todos os grupos apresentarem as pesquisas, debatam em sa la de aula: "Como a ex-
tinção acelerada de espécies vem sendo enfrentada?". 
Reflita e registre 
1. Como as orientações ajudaram a usar a internet? 
2. O que mais precisamos aprender para fazer uma boa pesquisa? 
Níveis de ameaça às espécies 
Existem categorias aceitas internacionalmente que indicam a classificação de conservação de 
determinada espécie. Elas são nomeadas utilizando-se as iniciais dos respectivos nomes em inglês: 
EX (extinct); EW (extinct in wildlife); CR (critically endangered); EN (endangared); VU (vulnerable); NT 
(near thretened); LC (least concem). Veja o exemplo. 
AMEAÇADO 
• • • • • extinta extinta na 
natureza 
criticam011tc 
Pm pc>rígo 
em perigo 
1. Você leu algo sobre essas categorias em sua pesquisa? 
vulnerável 
2. Como um projeto de conservação pode ajudar a melhorar esse quadro? 
FAZENDO ACONTECER 
Orientações gerais 
1. A maior parte do trabalho será realizada em grupos, porém, uma pesquisa individual antecede 
esse trabalho. Ela consiste em: 
• buscar informações na internet, em livros ou outros materiais sobre 
a proposta escolhida pelo grupo. Cada membro do grupo deve pes-
quisar um caso diferente para compor a apresentação na etapa final; 
• caso haja possibilidade de contato com profissionais que atuam 
na área de conservação, é interessante conversar com eles para 
coletar informações e materiais. 
É importante você seguir 
as orientações sobre como 
fazer pesquisa em fontes 
confiáveis. 
2. Com suas próprias sínteses, cada grupo deve elaborar um cartaz e uma exposição oral para di-
vulgar a investigação. 
Veja algumas sugestões para o cartaz de vocês. 
• Incluam fotos de plantas ou animais ameaçados e pequenos textos, formando um painel. 
• Os cartazes podem ser substituídos por slides digitais. 
Na preparação de cartazes ou slides, fiquem atentos a: 
• preparar e organizar o texto, os esquemas, infográficos, as imagens variadas etc., com a ajuda do 
professor de Língua Portuguesa; 
• transformar os conteúdos das tabelas, gráficos, quadros etc. em texto em prosa/discursivo ou o inverso. 
65 
66 
APOIO 
Baleia franca: <www.greenpeace.org.br>; <www.baleiafranca.org.br>. Nesses endereços há bastantes informa-
ções sobre as ameaças às baleias-francas, bem como a outros animais e a plantas. 
Árvores ameaçadas: <http://infograficos.estadao.eom.br/politica/terra-bruta/extra-arvores-em-extincao>. Artigo 
traz lista de arvores brasileiras ameaçadas. 
Associação IPÊ: <www.ipe.org.br>. Site apresenta as ações do Instituto de Pesquisas Ecológicas (lpê), que é um 
grupo conservacionista do interior do Estado de São Paulo que visa à conscientização da comunidade local 
em suas ações. 
Instituto Renctas: <www.renctas.org.br/>. O Renctas é uma organização não governamental (ONG) que trabalha 
pela conservação da biodiversidade. Em seu site podem ser encontradas diversas informações a respeito da 
biodiversidade e do status de conservação de espécies nacionais. 
WWF: <www.wwf.org.br>. Grupo conservacionista que atua na conservação da biodiversidade. Divulga em seu 
site diversas informações sobre biod1vers1dade e conservação de espécies do Brasil e do restante do mundo. 
Unidades de Conservação: <www.oeco.org.br/noticias/livro-reportagem-de-oeco-apresenta-11-travessias 
-em-unidades-de-conservacao>. Essa página apresenta um livro e outras publicações cujo tema são as Unida-
des de Conservação no país. 
Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade: <www.icmbio.gov.br/portal/especies-ameacadas 
-destaque>. Essa página do Ministério do Meio Ambiente traz a lista de mamíferos e invertebrados aquáticos 
ameaçados. 
Instituto Pró-Carnívoros: <http://procarnivoros.org.br>. Site do grupo conservacionista Pró-Carnívoros, que visa 
promover a conservaçãodos mamíferos carn1'voros e de seus hábitats. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
ANIMAIS BRASILEIROS AMEAÇADOS E PROJETOS DE CONSERVAÇÃO 
Metas 
• Conhecer os procedimentos de recuperação e conservação. 
• Relacionar animais ameaçados a seu ecossistema no Brasil. 
Primeira fase 
1. Reúna-se com os colegas e, juntos, escolham quais animais serão pesquisados (mamífe- ~ 
ros, aves, anf1b ios, cobras, invertebrados etc.) e qual biorna será abordado (Mata Atlântica, ~ 
Amazônia, Cerrado, Pampa, Caatinga ou mais de um, caso tenham dados suficientes). 
2. Realizem pesquisas sobre o tema individualmente para exercitar o hábito de fazer buscas por 
conteúdo relevante. Um exemplo: com as palavras de busca "mamíferos ameaçados+ Pantanal+ 
conservação". A\ém de textos e fotos, cada um pode consultar também links de filmes. 
3. Quando uma ou mais espécies 
forem selecionadas para pes-
quisa, coletem por escrito os 
seguintes dados: importância 
ecológica, hábitat, hábitos (de 
alimentação, de refúgio) e co-
mo participa do ecossistema 
em que está inserido. 
➔ 
Página inicial do site do Instituto Chico 
Mendes de Conservação da Biodiversidade 
(ICMBio). É um exemplo de endereço na 
web com informações confiáveis a respeito 
de questões ambientais. 
,,... _ _..,. ....... _. __ --- --- ,,... _____ ,. __ _ ·---- ---------··-.. 
t:2---
lllslt•os 
Parqoos 
------_ .. __ .. ___ , .. _ 
------------ ----· __ .. ____ ., 
-----·----------::-__.:::.::--.:.=--- --•-'4 -·-
Segunda fase 
1. Todos devem trazer as anotações coletadas durante a pesquisa para a elaboração do 
produto final. 
2. Troquem informações e discutam suas opiniões. 
3. Elaborem um cartaz em papel ou slides para apresentar ao público, seguindo a orientação geral 2. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
.. 
ARVORES E FLORESTAS BRASILEIRAS AMEAÇADAS E 
PROJETOS DE CONSERVAÇÃO 
Metas 
• Conhecer os procedimentos de recuperação e conservação. 
• Relacionar árvores ameaçadas ao seu ecossistema no Brasil. 
Primeira fase 
A questão do desmatamento é hoje o mais grave problema ambiental do Brasil. É essa 
situação que leva o país a entrar nas estatísticas de países com elevada emissão de gases 
carbono e outros. Dentre os aspectos desse problema, destacam-se as queimadas e a der-
rubada de árvores para dar lugar a áreas de plantio, a criação de gado e a mineração. Além disso, árvo-
res de alto valor comercial são retiradas indiscriminadamente das florestas tropicais e, com elas, muito 
se destrói, porque o corte de uma árvore sempre influencia o que está ao redor. Portanto, a extração de 
árvores é uma ameaça à floresta como um todo, 
com uma consequência ainda mais grave: pode 1 
levar à perda de espécies que existem somente j 
em determinadas regiões. j 
1. Reúna-se com os colegas de grupo e, jun- J 
º tos, definam quais árvores, florestas ou ~ 
biornas serão estudados: Mata Atlântica, 
Amazônia , Cerrado, Pampa, Caatinga. 
2. Realizem pesquisas individuais para exerci-
tar o hábito de fazer buscas por conteúdo 
relevante. Um exemplo: com as palavras de 
busca "árvores+ extinção+ Caatinga". 
3. Quando uma ou mais espécies forem se-
lecionadas para pesquisa, coletem por 
escrito os seguintes dados: importância 
ecológica, hábitat, demanda por luz e água, 
enfim, como participa do ecossistema em 
que está inserida. 
➔ 
Castanheira-do-brasil, também conhecida 
como castanheira-do-pará, é uma árvore 
ameaçada de extinção. Amazonas, 2011. 
67 
68 
Segunda fase 
1. Todos devem trazer as anotações coletadas durante a pesquisa para a elaboração do 
produto final. 
2. Troquem informações e discutam suas opiniões. 
3. Elaborem um cartaz em papel ou slides de computador para apresentar ao público, seguindo a 
orientação geral 2. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 3 
- "' CAÇA OU PESCA PREDATORIA E TRAFICO OE ANIMAIS 
Meta 
Divulgar denúncias de tráfico de animais silvestres 
ou plantas, caça e pesca predatórias. 
Primeira fase 
Contrariando a legislação, ainda ocorre a pesca com redes de malha fina e em épocas 
de reprodução do pescado (período do defeso); matam-se desnecessariamente filhotes e 
adultos que nem chegaram a se reproduzir. Da mesma forma, peixes ornamentais e aves 
da Amazônia e do Pantanal são traficados vivos para a Europa e os Estados Unidos. Essas atividades 
são denominadas caça e pesca predatórias, sendo o ser humano o responsável direto pela matan-
ça de animais, levando-os ao risco de extinção. 
Os grupos que escolherem essa proposta devem pesquisar aspectos diferentes: a situação do 
tráfico; a caça ilegal; a pesca predatória. O ideal é que escolham preferencialmente ocorrências em 
biornas ou ecossistemas que estão estudando (ecossistemas costeiros, Amazônia, Pantanal etc.) ou 
no Brasil como um todo. 
1. Realizem pesquisas individualmente para exercitar o hábito de fazer buscas por conteúdo relevante. 
Um exemplo: com as palavras de busca "tráfico+ animais+ silvestres". 
2. Quando houver definição 
do aspecto a ser estuda-
do, coletem por escrito os 
seguintes dados: impor-
tância ecológica, hábitat, 
hábitos (de alimentação, 
de refúgio) e como parti-
cipa do ecossistema em 
que está inserido. 
➔ 
Muitos animais silvestres são 
capturados para ser vendidos 
como animais domésticos. 
Bangcoc, Tailândia, 2018. 
l:i 
Segunda fase 
1. Todos devem trazer as anotações coletadas durante a pesquisa para a elaboração do 
produto final. 
2. Troquem informações e discutam suas opiniões. 
3. Elaborem um cartaz em papel ou slides para ser apresentados ao público, seguindo a orientação 
geral 2. 
~ l RES EITÁVEL PÚBLICO 
Produto final 
Exposição de cartazes. 
• Combinem com os coordenadores e professores um local e uma data para ,a inauguração da exposição de 
cartazes ou slides, acompanhada de explicação. 
• Expliquem oralmente como a onda de extinção vem acontecendo e é enfrentada nos casos investigados 
pelo grupo. 
• Estejam preparados para mostrar exemplos interessantes e responder às perguntas do público. 
@ @tfüHâl@i 
Coletivo com autoavaliação 
Conversa sobre o desenvolvimento do projeto, 
de preferência com a presença dos professores de ::i 
Ciências e de Língua Portuguesa. i 
cil 
• Inicialmente, recordem o que pensavam sobre a j 
questão norteadora do início do projeto. Então, 
avaliem: 
• O que foi aprendido com esse projeto, tendo em 
vista o que se propôs investigar? 
• Os produtos finais conduziram ao problema e à 
resposta dele? Outras respostas são possíveis? 
• Que outras investigações poderiam ser feitas em 
outros momentos? 
• Sua primeira resposta à questão norteadora se mo-
dificou ou foi ampliada? Se sim, em que aspectos? 
Individual 
Conclua a aval iação feita ao longo do projeto. 
➔ 
Criança yanomâmi com 
macaco-de-cheiro, 2001. 
69 
70 
' 
Desde tempos ancestrais, a música acompanha o ser humano nos momentos alegres, 
tristes ou sagrados. Fazemos música usando a voz e os objetos da natureza. 
A história dos ritmos e dos instrumentos de percussão é muito antiga. Eles são parte das 
manifestações culturais dos povos, contam sua trajetória e participam da sua identidade. 
Ao longo do tempo, as culturas vão se transformando, mas certos elementos perma-
necem, tornam-se tradicionais. Uma cultura como a brasileira, que foi constituída por di-
ferentes povos, tem na diversidade uma de suas características principais - e as nossas 
tradições se constituíram dessa soma, dessas misturas. 
Vamos pesquisar a tradição dos batuques no Brasil, com a ajuda inicial do pandeiro, es-
se tambor raso, de usos. tamanhos e sonoridades diversas. 
Na fotografia abaixo, vemos pessoas que se divertem no Carnaval de Salvador (BA) em 1964. 
O Carnaval é uma das grandes festas brasileiras. O pandeiro e outros instrumentos de percussão 
são parte fundamental da música carnavalesca. 
• As músicas 
acompanhadas por 
instrumentos de 
percussão fazem parte 
de sua vida ou da de 
sua comunidade? 
• Em sua opinião, a 
percussão e os ritmos 
são importantes para a 
cultura brasileira? 
• O pandeiro viajou pormuitos lugares antes de 
chegar ao Brasil. Que 
caminho você imagina 
que ele percorreu? 
DIRETO AO PONTO 8-----------
Ao investigar a história dos batuques, o que podemos desco- l 
\... brir sobre nossa própria cultura e nossa história? j 
( JUSTIFICATIVAS 
• A expressão artística de um povo é uma chave 
para compreender sua história. Assim, conhe-
cer a história dos batuques brasileiros é entrar 
em uma viagem que nos levará à formação de 
nosso país, rumo às raízes de nossa identidade 
e diversidade nacional. regional e local. 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Brasil pandeiro 
• Um pouco da história do samba 
• Organizando informações 
• Pandeiros de outros tempos 
• Música do mundo 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
• Projeto investigativo 1 - Batuques na História 
OBJETIVOS 
• Descrever elementos multiculturais da forma-
ção brasileira. 
• Analisar e comparar documentos históricos. 
• Experimentar ritmos. 
• Apreciar música de várias origens. 
• Resgatar elementos da história musical da co-
munidade ou da família. 
• Musicalizar narrativas. 
.J, 
Johann Moritz Rugendas. 
Jogo de capoeira, 1835. 
Gravura, detalhe. 
:-.., 11 · 
\ ,· \ 
• Projeto investigativo 2 - Tambores na diversidade 
cultural 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar resultados da pesquisa. 
Balanço final 
Avaliação individua l e coletiva. 
Avaliação continuada: vamos conversar sobre isso? 
71 
72 
()] EXPLORANDO O ASSUNTO 
Brasil pandeiro 
Na África. os tambores soam desde tempos imemoriais. Tambor é qualquer instrumento de per-
cussão que tem uma membrana esticada sobre um corpo oco. O pandeiro é um tipo de tambor em 
que a largura é maior que a profundidade; é um tambor raso ou tambor de aro. Vamos começar nos-
sa investigação viajando diretamente para o continente africano, uma das raízes do povo brasileiro. 
Ao som dos tambores 
No tempo do Brasil Colonial, uma parcela da população africana foi escravizada e comercializada 
com outros continentes, como a América. 
Milhões de africanos foram trazidos ao Brasil durante quatro séculos, razão pela qual as diversas 
culturas africanas contribuíram - e contribuem - para a formação da nossa identidade cultural. A cul-
tura iorubá, compartilhada por vários povos da África Ocidental. é uma das principais fontes do can-
domblé brasileiro. Aqui, pessoas de muitos povos, como bantos, malês, hauçás e axântis, preservaram 
a cultura deles por meio de histórias, danças e batuques. 
1' Pessoas tocam atabaque no 
Carnaval de 1981, em Belo Horizonte. 
" A importância da história oral para a cul-
g, 
~ tura africana dentro e fora da África é, hoje, 
;,.. 
iº~ largamente reconhecida. Os contadores de 
histórias africanos, chamados griôs, man-
~ 
~ têm viva a memória de seu povo cantando, 
~ contando as histórias e tocando tambores. 
As narrativas, acompanhadas por ins-
Griô: o termo se refere 
a contadores de his-
tórias tradicionais do 
povo. também pode 
ser músico ou poeta. 
trumentos musicais, são passadas de pai para filho. Havia inclusive 
faml1ias de músicos tradicionais que serviam somente aos reis e reci-
tavam narrativas de acontecimentos políticos durante as cerimônias. 
Os tambores cumpriam também outras funções. como transmitir in-
formação a distância, acompanhar gritos de guerra para incentivar o 
heroísmo, ou ainda como oráculos para adivinhar o futuro. 
Os atabaques são importantes nos rituais das 
religiões de matriz africana, como o candomblé. 
1. Qual é o papel dos tambores e dos contadores de histórias nas tradições africanas? 
2. A função deles aproxima-se de quais recursos da atualidade para a mesma finalidade? Por quê? 
3. Você conhece alguma prática da cultura afro-brasileira em que os tambores estão presentes? Qual? 
4. Você já teve alguma experiência com batuques? Se sim, conte suas impressões a respeito da 
sonoridade deles e em que lugares e situações ocorreu o contato. 
Um pouco da história do samba 
Podemos afirmar que a relação da sociedade brasileira com os instrumentos de batuque - entre 
eles, o pandeiro - e com o samba mudou ao longo dos anos? 
Para investigar esse tema, você precisa buscar informações em diferentes fontes históricas. 
A imagem abaixo é a reprodução de páginas da revista Carioca, de 1939, nas quais temos a en-
trevista com o sambista João da Baiana (1887-1974). Nela, o artista conta como era a repressão ao 
samba e como isso mudou com o passar do tempo. Leia a seguir um trecho. 
1' Revista Carioca, n. 200, 
p. 35, ago. 1939. 
Quizila: aversão gratuita; 
implicância; antipatia. 
-·-· .,._ ---- -►-,. ··-- .. -~-J __ ...., ___ _ ·--· ·-··-· ---·-,_, __ .,. __ 
;~~~ 
;;~--g 
É ;::.:::-,7~ ::::.----..-.. 
IJ 
Lourival Coutinho. O samba nasceu na 
Bahia? Gàrioca, Rio de Janeiro, n. 200, 
p. 37, ago. 1939. 
João da Baiana [ ... ] continua: 
- O que eu não compreendi até hoje é a quizi-
la da polícia da época pela calça-larga. No entanto, 
anos mais tarde, a calça-larga foi vestida por todos 
os elegantes do Rio ... Lembra-se disso? 
E como concordássemos: 
- Pois é. Mas a polícia daquele tempo não que-
ria saber de nada e metia todo "calça larga" no xa-
drez. A perseguição da polícia não podia impedir, 
entretanto, que o samba seguisse seu destino ... Eu, 
por exemplo, fui uma grande vítima: por causa do 
samba, trancaflaram-me muitas vezes na cadeia e 
quebraram-me muitos pandeiros. O único delegado 
que, mais tolerante, me poupava o pandeiro era o 
velho Dr. Meira Lima. Ele permitia que eu entrasse 
no xadrez com pandeiro e tudo [ ... ]. Mas, como já 
disse, os tempos mudam. E, em pouco, o samba foi 
merecendo a atenção dos políticos da época ... Certa 
feita, o general Pinheiro Machado quis ouvir-me ba-
ter o pandeiro, e, como este, dias antes, tivesse sido 
quebrado pela polícia, mandou ele o tenente Palmy-
ro Pulcherio, seu correligionário, comprar-me um 
que é este velho "couro" que você aqui vê. Daí por 
diante o samba começou a gozar da proteçáozinha, 
velada embora, dos políticos da época [ ... ]. Assim, 
dentro em pouco, o novo ritmo invadia os lares e 
os salões da alta sociedade [ ... ]. Quem havia de di-
zer que o velho pandeiro, que padeceu as maiores 
afrontas, viesse a gozar das honrarias que hoje goza. 
O samba é um ritmo que surgiu no início do século XX. Os músicos da época combinaram ritmos africanos, 
como o lundu e o samba de roda, com o maxixe e o choro. O maxixe é um ritmo brasileiro para dançar que 
foi muito popular na época. Ele era derivado de outro estilo, chamado polca, de origem europeia. Como to-
das as expressões associadas à cultura negra no Brasil, o samba foi duramente reprimido pelas autoridades. 
73 
74 
1. Que tipo de documento é esse? Qual é seu propósito original? 
2. O título da matéria é escrito em tom interrogativo. Por que haveria essa dúvida? 
3. Quem são as pessoas representadas na imagem? Como essas pessoas estão vestidas? 
4. Por que, em sua opinião, a polícia da época perseguia os sambistas? Esse conflito ainda existe 
no Brasil? 
5. No documento, fala-se que a polícia perseguia quem usava calça larga (roupa que, na época, es-
tava relacionada aos sambistas). Existe, hoje, essa relação entre roupa, música e classe social? 
Certas formas de vestir ainda despertam preconceito? 
Agora vamos analisar outro documento relacionado ao mesmo personagem: o samba Cabide de 
mulambo, interpretado pelo entrevistado, João da Baiana. Leia o trecho da letra abaixo. 
Cabide de mulambo 
Meu Deus, eu ando com o sapato furado, 
Tenho a mania de andar engravatado. 
A minha cama é um pedaço de esteira, 
E uma lata velha me serve de cadeira. 
Minha camisa foi encontrada na praia, 
A gravata foi achada na Ilha da Sapucaia, 
Meu terno branco parece casca de alho, 
Foi a deixa de cadáver, num acidente do trabalho. 
O meu chapéu foi de um pobre surdo e mudo, 
As botina, foi de um velho, da Revorta de Canudo. 
Quando eu saio a passeio, as almas ficam falando: 
Trabalhei tanto na vida, pra você andar gozando. 
A refeição é que é interessante.Na tendinha do Tinoco, no pedir eu sou constante. 
O Português, meu amigo sem orgulho, 
Me sacode um caldo grosso, carregado no entulho. 
"Cabide de Mulambo" (Luiz Bittencourt/Tuyo) © 1949 
byTodamérica Edições Ltda. 
1. Se considerarmos que o eu lírico é um personagem que representa um indivíduo negro e pobre, 
como você relaciona a herança da escravidão com a situação econômica descrita na canção? 
2. Pela leitura dos documentos, pode-se dizer que o Brasil daquela época havia tomado providên-
cias para reverter as distorções e as desigualdades sociais causadas pela escravidão? 
1. Em sua opinião, com o tempo, as questões de preconceito mudaram no Brasil? Pense em situa-
ções como a aceitação das preferências do outro e a perseguição policial. 
2. Ainda existem no Brasil gêneros musicais que são objetos de discórdia e até mesmo de repressão? 
3. O que podemos fazer para tornar nosso país mais tolerante e não repetir os erros do passado? 
Organizando informações 
Neste momento, iniciaremos um trabalho de organização cronológica de dados históricos. 
A linha do tempo é uma ferramenta para organizar uma narrativa de forma cronológica. Nela nós 
incluímos datas de acontecimentos e períodos. Os períodos são mais flexíveis e, dentro deles, pode-
mos nomear acontecimentos ou processos em que as datas não são muito exatas. Vejamos o exem-
plo a seguir, relacionado a nosso tema. 
período 
de invencão 
do samba 
primeiro 
samba gravado: 
Pelo telefone 
Os quadros também podem ser usados para organizar fatos associados a datas e períodos 
relevantes. 
1. Consultem o texto Pandeiros de outros tempos (páginas 76 e 77) para preencher o 
quadro a seguir. Discuta com o grupo as melhores opções. 
Período ou ano Fatos da História Tambores e música 
. .......... - .... ..... .. . . " ........ '" ~ . .. " ... ' .... ' .. ............................................. ,,,, ............ ,, ............ , .. , .. , ................................ ,, ... , ........... ,, .... ,,,, ........ .. 
Pré-História sem documentação escrita da história 
711-1492 dominação muçulmana da Península Ibérica 
.......... , ................... ,, .. ,, ....................................... ,,, .................. , .. ,,,,,,,,,'-''''' ' ' ' ' ' ' '''''' .,. ·'''""''"''':,,, ....... , ............ , ..... , ....... , ........................... , ........................... ,, ...... , .. , .... '' , ........... ,, .. , .. ,, ..... ,,, ..... ,, .. ,,, .. , ... , .. ,, .. ,,,, .. ,,, .... , .. ,,.,, .. ,,, ...... , ... ,, ............... , ........... ,, ...... , .... , .... ,,,, .................................. , ..... ,, .... , ............. ,,,,,,, ... , .. , .... , ........ , 
gfüª~~~%%\\~\§\\\\\~~~\\\~\~~ 
\\\\~.:~:~-:_~~-~.-:;.~\\~\~\~~~~~~~~~\~'..':.\~\\~~\~~~~:,:t\\\\\~~':~\~'~~~·::~,\\~~~~\~ 
1500 chegada do colonizador português ao Brasil ~lfüã~\~lª~~~ 
Final do século XIX período da invenção do samba 
............ , ...... , ....................................... , ........ , .. , .... , , .... , ......... ,,u, .. ,,, .................... .. .. ,, .. ,,,, .................... ,,, .. , ..... , ..................... , ............. , ............................ , ..................... ,,, .. .. .... ,,,,, .... , ............ ,,,,, ........................... ,,,,,, .... , .... , ................. ,, ......... .............. , .... , .. ................................................................................ , ...... , .................................................................. .. ,, ......................................................................... , ...... , .... , ................................................ , ..................... ,, ................................. , ...... , ........................................................................ ,...... ... .................................... ,, 
1916 Primeira Guerra Mundial (1914-1918) primeiro samba gravado: Pelo telefone 
75 
76 
2. Pesquise e amplie o quadro com mais informações relevantes. Crie novos tópicos para 
a cronologia. 
• Procure mais informações acerca da história da música e do samba na internet, em 
livros e em outras fontes. 
• Pesquise outras imagens relacionadas aos batuques e pandeiros para enriquecer a cronologia. 
• Encontre exemplos de músicas apreciadas pelos colonizadores europeus quando chegaram 
ao Brasil e de instrumentos que eram utilizados. 
• Especifique o ano ou o período do tópico ou fase pesquisada. 
• Localize o lugar no quadro em que sua pesquisa se encaixa. 
APOIO 
Musica Brasilis: <http://musicabrasilis.org.br>. Nesse site, você encontra um histórico da música brasileira com informações inte-
ressantes e exemplo de linha do tempo. 
O que o samba pode te ensinar?, de Pedro Borges. Ceert, 19 jan. 2016. Artigo que trata de como esse gênero musical também 
engloba muitos conhecimentos a respeito do Brasil e dos brasileiros. Disponível em: <https://ceert.org.br/noticias/historia-<:ultura 
-arte/9814/o-que-o-samba-pode-te-ensinar>. 
Pandeiros de outros tempos 
Os instrumentos de percussão estão entre os mais an- § 
al' tigos existentes e todos os povos criaram os seus: sejam ~ 
compridos como os atabaques, sejam leves e versáteis ~ 
;_, 
como os pandeiros. Eles estão em festas e rituais do mun- j 
do todo. Na cultura de alguns povos indígenas brasileiros, g 
também foram ou são usados; no entanto, os instrumentos "' 
mais comuns feitos e tocados pelos indígenas do país são 
os chocalhos, as flautas e os apitos. 
➔ 
Indígenas da etnia guarani tocando flautas em 
aldeia Piraquê Açu, em Aracruz (ES), 2014. 
No Oriente Médio e no norte da África, onde a maior parte dos países é muçulmana, os pandei-
ros são muitos comuns e variados; entre eles, há o duff. 
~ 
Os portugueses e espanhóis convi-
veram com os muçulmanos durante um 
largo período, de 711 a 1492, quando dis-
putavam territórios com os árabes. Assim, 
os portugueses que vieram ao Brasil trou-
xeram grande influência dessa cultura. 
Detalhe da imagem na parede 
do Palácio de Chehel Sotun, 
na cidade de lsfahan, no Irã, 
construído no século XVII. 
Na cultura tradicional portuguesa, o adufe é um tipo 
de pandeiro tocado em muitas manifestações artísticas 
regionais ainda hoje. 
➔ 
Vemos um pandeiro nas mãos de um menino, 
em ilustração de um cardápio do navio a vapor 
português Gironde, 1887. 
~ 
----
~ ' p,'-"•·. C' j·J./4.U..,.q 
.r22 ~~ ... ,, \ . ~ q n > , 
O batuque foi marginalizado, mas con-
quistou o gosto nacional. Entre os instrumen-
tos de batuque, o pandeiro é um dos mais 
populares. E é no Carnaval que os instrumen-
tos de percussão têm seus dias de glória. 
Pessoas pulando Carnaval, 
e. 1900 e 1930. 
1. Podemos afirmar que o povo português incorporav.a elementos de diferentes culturas? Por quê? 
2. Podemos dizer que nas manifestações culturais do povo brasile1iro é possível perceber elemen-
tos de diferentes culturas? Por quê? 
3. Considerando o que vimos até agora, podemos afirmar que o pandeiro representa a diversida-
de cultural brasileira? Justifique sua resposta. · 
4. Em sua opinião, a cultura dos diferentes povos que compuseram o Brasil ao longo do tempo 
chega a se combinar e formar uma nova cultura? Por quê? 
77 
78 
Minha comunidade e as tradições afro-brasileiras 
Os batuques estão em muitas comunidades brasileiras. É possível que exista, em sua comunida-
de ou família, pessoas envolvidas com os batuques por meio da música, das religiões afro-brasileiras, 
da capoeira ou de outras manifestações. Elas podem contribuir para esse proj eto. 
1. Forme um grupo com os colegas e, juntos, pesquisem uma dessas manifestações culturais em 
sua comunidade. 
2. Planejem como encontrar essas pessoas e que pergun-
tas podem ser feitas a elas. Veja, a seguir, alguns exem-
plos de questões possíveis. 
• Em qual atividade você (o senhor, a senhora) toca um 
tambor ou outro instrumento de percussão? 
• Que tipo de instrumento você toca? 
• Para que ele é usado? 
• Conte sua históriacomo percussionista. 
Música do mundo 
O direito de cada pessoa praticar 
a própria religião é uma das liber-
dades fundamentais de nosso país. 
Devemos respeitar a fé de todos os 
cidadãos para que nossas escolhas 
também sejam respeitadas. 
Na musicalidade brasileira, são encontrados diversos ritmos, influenciados por tradições culturais 
diferentes, como a africana, a europeia e a indígena. Então, para preparar nossa audição, vamos en-
tender melhor o que é o ritmo. 
Coleção de músicas do mundo 
A proposta é montar uma coleção variada de músicas do mundo, nas quais sejam to-
cados pandeiros e outros instrumentos de percussão. Depois, vamos escutar e apreciar 
coletivamente a sonoridade de diversos batuques. 
Usando a internet e outros meios pa-
ra coletar as músicas, cada um de vocês 
deve trazer para a sa la de aula um som 
de percussão do mundo. É possível regis-
trar a música no aparelho celular ou tra-
zer o CD. 
• Para buscar os registros sonoros em 
bibliotecas ou sites, use as palavras-
-chave destacadas na página seguinte. 
1 A cultura do Japão é 
1 bastante diferente da 
observada em países do 
continente africano, mas os 
japoneses também têm uma 
longa tradição musical com 
instrumentos de percussão. 
➔ 
Artistas tocam 
taikos, tradicionais 
instrumentos de 
percussão, em 
Kagoshima, Japão, 2011. 
Combine com os colegas do grupo como será montada e compartilhada a sua coleção de músi-
cas do mundo. As palavras-chave são: 
íOQUES 
íRAPICIONAIS 
AFRICANOS 
Apreciação musical 
MÚSICAS 
INPÍGENAS 
uACKSONPO 
'PANPEIRO 
APUFE 
'PORíUGUÊS 
'PANPEIRÃO PO 
BOI MARANI-JENSE 
PUFF ARABIAN 
MUSIC 
A música chega até nós não apenas quando a tocamos e cantamos mas também ao escutá-la e 
apreciá-la. 
Uma vez coletados os sons sugeridos acima, organize com os colegas o momento de apreciar as 
músicas. Analise os itens a seguir. 
• Quais são as impressões. sensações, emoções e imagens resultantes das músicas selecionadas? 
• Observe: Quais são os gestos do percussionista? 
• Sinta a pulsação básica, fazendo a marcação com os pés. 
• Diferencie o som da percussão da sonoridade de outros instrumentos. 
• Faça gestos com mãos, como se fosse o percussionista, tentando entrar no ritmo. 
1. Depois da apreciação musical, converse com a turma e compar-
tilhe suas impressões e registros. Procurem responder às se-
guintes perguntas: 
a)Quais são as semelhanças e as diferenças entre as músicas 
do mundo? 
b)Quais deram vontade de dançar? 
c)Quais são os estilos musicais que apresentam apenas percus-
são e quais associam outros instrumentos à percussão? 
d)Há semelhanças entre duff, adufe, tambores africanos e o 
pandeirão maranhense? Quais? 
Roda de batuques 
Escutar o outro e o gru-
po é atitude que merece 
atenção. 
A conversa e a música 
têm sons e silêncios. per-
gunta e resposta. É preci-
so muita atenção ao ouvir 
o outro. 
A música pode ser extraída de objetos e materiais diferentes dos convencionais. Podemos fa-
zer sons rítmicos e musicais com quase tudo. Nesse campo, é preciso experimentar para d·escobrir. 
Vários sons podem ser feitos batucando o corpo, por exemplo. Se usarmos somente as palmas 
das mãos, diversos sons surgirão, isso porque cada posição de mão produz um som diferente. E isso 
79 
80 
se intensifica ao modificarmos os movimentos, por exemplo, combinando mão aberta com fechada, 
batendo em cada lado das mãos etc. Veja alguns exemplos na imagem a seguir. 
Pratique com os colegas os movimentos de percussão com o corpo. Para começar, é preciso or-
ganizar uma roda. Siga os passos descritos a seguir. 
palma grave palma estrela palma estalada 
1l ~,_ ! (( ... ~ l r 1 / 
palma costas de mão estalo de dedos 
peito 
barriga coxa 
Fernando Barba e Núcleo Educaciona: Barbatuques. Brincadeiras e brincadeirinhas: uma exper,ência de formação de professores pelo Brast/, p. 41. 
Disponível em: <www.abemeducacaomus,cal.eom.br/rev1sta_musica/ed5/MEB%20Musica%205.pdf>. Acesso em: 19 set. 2018. 
• Os participantes marcam a pulsação básica com a batida dos pés ou com palmas, de acordo com 
a orientação do primeiro organizador. 
• Um a um, cada participante propõe um batuque corporal. 
• Todos realizam seus batuques, formando uma sequência. 
• Um a um, cada participante improvisa uma frase musical rítmica da forma que preferir (com outros 
batuques, com a voz, com batuques e com a voz). 
Brincando e praticando desse modo, podemos perceber mais uma vez a combinação dos ele-
mentos que cada participante fez para compor frases musicais. 
APOIO 
Barbatuques: grupo de percussão corporal. Procure conhecer a música do grupo e ver co-
mo funcionam os batuques corporais desenvolvidos por ele. 
Stomp: pesquise na internet e conheça o grupo Stomp, que usa elementos não convencio-
nais para deles extrair sons e fazer música. 
FAZENDO ACONTECER 
Orientações gerais 
Frase musical: compo-
nente de urna unidade 
de ritmo ou ritmo com 
melodia, geralmente é 
parte de uma composi-
ção maior. 
Antes de começar, todos retomam a pesquisa a respeito dos batuques em outros tempos, solici-
tada na Etapa 1. Para desenvolver as propostas, retomem a questão norteadora do projeto: 
Ao investigar a história dos batuques, o que podemos descobrir sobre nossa própria cultura e nossa história? 
Após conversar, os grupos irão se organizar e decidir se vão narrar uma história com ritmos e ba-
tuque ou se vão construir tambores para mostrar a diversidade cultural. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
BATUQUES NA HISTÓRIA 
Metas 
• Elaborar uma narrativa sobre o tema. 
• Narrar a história utilizando sons e ritmos. 
Primeira fase 
1. Leiam e comparem as pesquisas dos componentes do grupo, feitas na página 75. 
2. Imaginem uma história para contar sobre os usos, as transformações e as permanências dos ba-
tuques ao longo da história. 
3. Esbocem uma linha do tempo para essa história. 
4. Dividam as pesquisas para ampliar as informações. Combinem a divisão das tarefas para abran-
ger toda a história que vocês vão contar. 
1. Cada componente do grupo deve ampliar um momento da linha do tempo. Alguns podem voltar 
ao passado mais antigo. Outros podem explorar a história do Carnaval do Brasil e de sua comu-
nidade, por exemplo. 
2. Usem os registros das histórias dos tambores em sua comunidade (solicitados na página 78). 
Segunda fase 
Neste momento, é necessário preparar um texto que será 
falado e ritmado ao som de palmas, do pandeiro ou do tambor. 
É preciso pensar em aspectos como o tamanho das frases e a 
força das palavras. 
De forma colaborativa, o grupo deve escrever um texto sobre um te-
ma da história. A sugestão é que essa narração seja musicada e ritmada, 
ao modo dos griôs. 
1. Façam leituras em voz alta para escutar o som do texto, marcan-
do uma pulsação básica com os pés. Se for o caso, modifiquem 
o texto. 
2.Façam exercícios de improvisação, fazendo batuques com a 
narração. 
1'Gravura de griô, ou contador de 
histórias, da África Medieval, 1904. 
81 
82 
3. Considerem o ritmo mais interessante para cada passagem na progressão tempora l, procurando 
transmitir as emoções e sentimentos que percebem no momento. 
Convidem observadores externos durante os ensaios. 
APOIO 
Tradição dos griôs: procure na internet histórias contadas por griôs. Elas serão 
úteis como exemplos das práticas a serem feitas. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
TAMBORES NA DIVERSIDADE CULTURAL 
Metas 
• Produzir tambores e explorar a sonoridade deles. 
• Mostrar a diversidade cultural brasileira por meio dos tambores. 
Primeira fase 
Vamos identificar a diversidade cultural e a relação dos povos antigos e atuais com os tambores. 
1. Voltando aos estudos da Etapa 1, o grupo deve escolher um dos instrumentos para investigar: 
europeus, africanos, árabes ou indígenas. A cultura regional também pode ser mais aprofundada 
nessa fase. 
2. Cada grupo deve estabelecer os tambores que pesquisará: sua sonoridade, lugar de origem, em 
que momento da história se tornou importante no Brasil.1. Cada componente deve ampliar o conhecimento musical, cultural e histórico sobre o instrumento 
de percussão escolhido. Alguns podem voltar ao passado mais antigo. Outros podem, por exem-
plo, explorar o uso desse instrumento no Carnaval do Brasil, no samba atual, no pagode. Contem 
essa história junto com outros fatos importantes da História do Brasil. 
2. Organizem os registros das histórias dos tambores em sua comunidade (solicitados na Etapa 1). 
Segunda fase 
Propomos que você faça um tambor para usá-lo em sua apresentação. 
Produção de tambores 
Em todos os tambores há membranas que vibram. Por isso, eles são chamados membranofones. 
Podem variar as dimensões de largura e altura do corpo (em atabaques e outros tambores com cai-
xa) ou as dimensões dos aros (para pandeiros). 
Material: 
• fita adesiva larga (para a pele do tambor}; 
• qualquer moldura vazada. por exemplo, aro de bicicleta, aro de bordado, aro de tela de pintura 
(para o corpo de um tambor de aro. como o pandeiro ou o duff); 
• baldes, embalagens de plástico, tubos de PVC (para o cor-
po de um tambor com ca ixa de ressonância}. 
Procedimento 
Basta esticar várias faixas de fita adesiva cruzando de um 
lado a outro o aro ou a área que formará a membrana (figura 1). 
Para melhor fixação, passe fita-crepe ao redor do aro (figura 2). 
Se a fita for bem esticada, é possível obter bom som. Aso-
noridade específica do instrumento depende do material de 
que for feito e de suas dimensões. Você poderá decorar seu 
tambor de formas diversas. 
• li 
É hora de organizar uma roda de histórias e sons. Escrevam um texto para reunir as pesquisas da 
primeira fase. Esse texto será falado por um narrador ou vários, conforme vocês se organizarem. Fa-
çam ritmos de acordo com os momentos do texto, durante os ensaios da narração ritmada. 
APOIO 
Tambores com sucata: escreva essa expressão na página de busca. Vários sites fornecem sugestões. 
• • RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Apresentações para a comunidade. 
Os grupos se apresentam. contam suas histórias e mostram seus tambores e ritmos. 
No final, vocês podem combinar as descobertas e aprendizagens, fazendo improvisações musi-
cais junto com as narrativas para enriquecê-las com os sons diversificados de tambores e pandeiros. 
Neste momento, vocês avaliarão sua atuação no projeto. 
Inicialmente, organizem uma conversa coletiva para debater 
as seguintes questões: 
• O que aprendemos com esse estudo? 
• Conhecemos alguma informação ou fato novo sobre o as-
sunto? 
• O que foi mais interessante no projeto? 
Reunindo as fichas individuais de participação. procedere-
mos à autoavaliação e à avaliação do projeto. 
Individualmente 
Concluir a avaliação do projeto. 
jUma manifestação cultural é parte da riqueza 
imaterial de uma sociedade. Ela guarda e 
expressa a trajetória histórica da nação e conta 
muito de nosso estilo de vida. Mas uma tradição 
somente sobrevive se for transmitida para as 
, novas gerações. Por isso, estudar nossa cultura, 
praticá-la e passá-la adiante é tão importante. 
1' Alunos do Grupo Batuque Reciclado 
durante homenagem ao Dia da 
Consciência Negra. Araruama (RJ). 2015. 
83 
84 
, , 
1 
m 
o 
r 
o 
o 
Informações sobre resíduos sólidos são divulgadas diariamente nos meios de comu-
nicação, geralmente com dados numéricos, gráficos e estatísticos. Para ler e interpretar 
essas informações adequadamente, é necessário compreender o que significam. É impor-
tante analisar corretamente o conteúdo publicado em jornais, livros, revistas etc. e se po-
sicionar criticamente. 
Em todos os lugares, e especialmente nas grandes cidades, é gerada enorme quanti-
dade de resíduos e fica cada vez mais difícil dar destino adequado a eles. Os materiais e 
objetos tecnológicos, muito importantes em nosso cotidiano, geram toneladas de resíduos 
que precisam receber um fim adequado. 
Há diversas questões sociais e políticas relacionadas a problemas ambientais como 
esse e nós, como cidadãos, precisamos estar alertas e participar das discussões para 
solucioná-los. 
A fotografia a seguir mostra uma obra de arte feita com resíduos, popularmente chamados de 
lixo. Ata/anta e Hipomenes foi criada em 2005 pelo artista plástico brasileiro Vik Muniz com o au-
xílio dos catadores que trabalhavam em um dos maiores aterros sanitários do mundo, no Jardim 
Gramacho, município de Duque de Caxias (RJ). Atualmente, o aterro está desativado. 
• Vik Muniz transformou materiais descartados em 
arte. Que mensagens essa atitude transmite? 
• Você acha importante ter informações sobre a 
quantidade de resíduos sólidos produzidos no füasil? 
• Por que materiais modernos aumentam a 
quantidade de resíduos que se acumulam em 
todo o mundo? 
1 DIRETO AO PONTO 
Como a Matemática e as Ciências Naturais nos ajudam a en-
frentar o problema ambiental dos resíduos sólidos? 
\_ __ --- --------- __________ __.... 
JUSTIFICATIVAS 
• Para compreender e avaliar algumas situações 
que envolvem resíduos sólidos e se posicionar 
a respeito do assunto, necessitamos de argu-
mentos precisos. A Matemática e as Ciências-
Naturais nos ajudam a entender esse grave 
problema ambiental, enquanto nossa cons-
ciência ambiental é ampliada. 
,,, 
O PLANO? 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
• Interpretando dados numéricos 
OBJETIVOS 
• Criar e interpretar dados numéricos e informa-
ções gráficas de maneira mais precisa. 
• Construir argumentos com base em informa-
ções numéricas e científicas. 
• Colaborar em ações para a redução da ge-
ração de lixo em casa, na escola e na comu-
nidade. 
• A tecnologia e novos materiais: soluções e problemas 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
• Proposta investigativa 1 - Pesquisa da produção do lixo doméstico 
• Proposta investigativa 2 - Conhecendo a composição dos resíduos sólidos brasileiros 
• Proposta investigativa 3 - Atitudes sustentáveis: reúso de materiais 
Etapa 3 - Respeitável púbtico 
• Organização dos resultados da pesquisa 
Balanço final 
• Aval iação individual e coletiva. 
Avaliação continuada: vamos 
conversar sobre isso? 
➔ 
Catadora de 
recicláveis trabalha 
em Chongqing, China. 
- -- -
· ETAPA i) l EXPLORANDO o ASSUNTO 
86 
Interpretando dados numéricos 
Nosso cotidiano é ordenado pelos números. A disponibilidade de transporte público, a quantida-
de de escolas e de professores, os valores e reajustes de salário, a distribuição de serviços de saúde 
e destinação dos resíduos sólidos, entre tantas outras decisões tomadas por governos ou institui-
ções levam em conta dados numéricos. Os investimentos devem ser feitos com levantamento de in-
formações para que não haja desperdício e para que os recursos sejam empregados racionalmente. 
Portanto, é fundamental que a população saiba interpretar dados numéricos para acompanhar as 
questões prioritárias de nossa sociedade e opinar a respeito delas. Uma dessas questões é o tema 
dos resíduos sólidos, produzidos aos bilhões diariamente. Para começar esse estudo de interpreta-
ção de dados sobre esse assunto, vamos ler a matéria jornalística a seguir. ,,,. 
h~J/jomaí,smoespec:ial12:.adounesp wordpress com/2016/02/22/p~ixo-no-brasil-e-onoo-veze.s-rnaicf~escimento-populí>Cional 
Produção de lixo no Brasil é cinco vezes 
maior que o crescimento populacional 
Com o fim das férias escolares, o fluxo de viagens diminui, mas a alta temporada no litoral 
brasileiro e demais pontos turisticos vai até o fim do verão. 
Os trabalhos de limpeza <lesses locais começaram junto com o movimento e já nos primeiros 
13 <lias da temporada, a empresa SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná), responsável 
pela limpeza <las praias do estado, já haYia retirado 290 toneladas de resíduos <los 61 km de faixa 
de areia do litoral. 
Ou seJa, a cada 1 km de areia, 360 kg de lixo sao coletados por dia. Nas praias de Vila Velha 
(ES) são recolhidas 1350 toneladas de resíduo por mês, uma média de 45 toneladas por dia du-
rante a temporada. [ ... ] 
[ ... ] de 2003 a 2014 a geração de lixo no Brasilapresentou um aumento de 29%, segundo o 
levantamento diYulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos 
Especiais (ABRELPE). A taxa é cinco vezes maior que o crescimento populacional no período [no 
país], que foi de 6%. 
[ ... ] () Plano Nacional de Res!duos Sólidos entrou em vigor no final de 2014 par.1 incenuvar a 
reciclagem do lbw no país, mas até o ano passado, oito em cada dez municipios ainda não possu-
íam coleta seletiva e os que tinham poderiam reciclar mais. 
[ ... ] O destino final do lixo é um dos 
agravantes da degradação do meio am-
biente. Não há como não produzir lixo, 
mas é possível reduzir a sua produção 
e reutilizá-lo. A consácntização da po-
pulaçao é um fator importante para que 
as políticas ambientais tenham sucesso. 
1Jd8'f{i4at•i 
Coleta seletiva: processo de coleta de resíduos 
previamente separados em seu local de ori-
gem, para posterior reciclagem. 
•• 
Camila Valente, Giovanna Cornelio e Laís Bianquini. Produção de lixo no Brasil é cinco v= maior que o 
crescimento populacional. foma/ismo Especializado. Disponível em: <https://jornalismoespecializadounesp. 
wordp ress. com/20 16/02/22/ producao-de-lixo-no-brasil-e-cinco-vezes-maior-q ue-o-
crescimen to-populacional>. Acesso em: 22 ser. 2018. 
De acordo com a legislação brasileira, os municípios são responsáveis pelas ações de sanea-
mento básico: oferta de água tratada, coleta e tratamento de esgoto e de resíduos sól idos. Veja, no 
gráfico abaixo, dados de municípios em que há coleta seletiva no Brasil. 
1% 
40% 
8% 
41% 
Região 
Norte (14) 
Centro-Oeste (84) 
Sudeste (434) 
Sul (421) 
■ Nordeste (102) 
Total em 2016: 1055 
Fonte: Pesquisa Ciclosoft 2016. Cempre. D1spon1vel em. 
<http://cempre.org .br/ciclosoft/id/8>. Acesso em: set. 2018 
1. Ao reler o texto 1, escolha uma informação numérica que chame sua atenção para 
explicar a situação do lixo no Brasil. 
2. Com a ajuda dos colegas, compare o título da matéria do texto 1 com os dados do 
quarto parágrafo dele. O título está correto após a análise dos dados matemáticos? 
3. Vamos analisar o gráfico e os dados do texto 2. Qual é a relação entre os valores do gráfico e 
os valores da legenda? 
4. De acordo com os dados do gráfico do texto 2, em quais regiões a coleta seletiva de resíduos 
é praticada mais intensamente? Justifique sua resposta. 
5. Sabendo-se que no Brasil há 5 570 municípios e analisando os dados do texto 2, é correto afir-
mar que a porcentagem dos municípios brasileiros com coleta seletiva ainda é bem pequena? 
Justifique sua opinião com os dados numéricos. 
Para onde vão os resíduos? 
Os resíduos sólidos são um problema de saúde pública. Necessitam ser depositados em locais 
adequados e tratados com cuidado para evitar a multiplicação de animais transmissores de doenças, 
como ratos, mosquitos e moscas. É fundamental evitar a contaminação da água dos rios, oceanos e 
reservas subterrâneas pelo chorume, um líquido escuro e malcheiroso que se forma no lixo. 
De acordo com o levantamento da Abrelpe, em 2016 apenas 58,4% do montante anual dos resí-
duos foram destinados aos aterros sanitários. 
87 
88 
As unidades inadequadas, como ater-
ros controlados e lixões, receberam, 
respectivamente 24,2% e 17,4%, que cor-
respondem a mais de 81 mil toneladas de 
resíduos por dia. 
Aterro controlado: em linhas gerais, é um lixão coberto por terra e iso-
lado da presença humana. o que dá ao local algum tipo de controle, 
mas não segue normas ambientais brasileiras, como impermeabiliza-
ção de camadas do solo. 
Lixão: local a céu aberto, sem nenhum controle ambiental ou tratamen-
to do lixo, com livre acesso. É a pior situação de deposição de lixo. 
,L 
r 
1' Lixão da Estrutural, Brasília (DF), 2017. 1' Aterro controlado em Caucaia (CE), 2018. 
1. Com base nos dados do texto, elabore um gráfico de setor para apresentar visualmente essas 
mesmas informações. Se necessário, peça ajuda ao professor. 
a) Utilize instrumentos de desenho: transferidor, compasso, régua, canetinhas hidrográficas co-
loridas ou lápis de cor. Desenhe um círculo e delimite as áreas do setor, desenhando seus 
ângulos centrais correspondentes. Para isso, estabeleça proporcionalidade direta entre as 
porcentagens de cada caso e as medidas dos ângulos centrais. 
1. Como podemos convencer as pessoas de nosso convívio a reduzir os resíduos sólidos? Propo-
nha boas condutas com base em seus conhecimentos até o momento. 
APOIO 
Aterros sanitár ios, aterros controlados e lixões: <https://cetesb.sp.gov.br/biogas/2017/08/0Vaterros- sanitarios-aterros-contro 
lados-e-lixoes-entenda-o-destino-do-lixo-no-parana/>. Página de órgão governamental explica os destinos dos resíduos. 
Lixo: um grave problema no mundo moderno: <ww.v.mma.gov.br/estruturas/sedr_proecotur!_publicacao/140_publicacao 
09062009031109.pdf>. Nessa página, você encontrará livrete ilustrado com informações a respeito do tema "Resíduos sólidos·. 
O que você faz com seu lixo? Vídeo produzido pela ONU e ambientado no Rio de Janeiro. Enfoca a questão do que as pessoas fazem 
com o lixo que produzem nas praias e opiniões a respeito do descarte desse material. Disponível em: <httpsJ/youtu.be/-fRqAkS83SI>. 
A tecnologia e novos materiais: 
soluções e problemas 
:~ 
-~ 1.------
Todos os dias, descartamos restos de comida e materiais inorgânicos (plástico, vidro, 
metal) em sacos plásticos. Mas, ra ramente vemos o processo de decomposição dos resí-
duos. A proposta aqui é preparar um modelo para olhar mais de perto o que acontece com 
esses materiais em contato com o solo, imitando um aterro. 
Material: 
• 1 recipiente de vidro ou 1 pequeno aquário; 
• plástico para cobrir o recipiente; 
• palito para churrasco; 
• amostra de solo suficiente para preencher o recipiente; 
• pequenas amostras de vários materiais com tamanho de 2 cm x 2 cm. Assegure-se usar materiais 
sintéticos, naturais, papel fino e grosso, pedaços pequenos de alimentos. Além de materiais me-
tálicos e algum resíduo de construção. 
Procedimentos 
1. Façam uma montagem semelhante à da imagem a seguir. Coloquem a amostra de solo aos poucos no 
recipiente e acrescentem as amostras de resíduos, um pouco afastadas umas das outras e próximas à 
parede de vidro, para que fiquem visíveis e vocês possam acompanhar o processo durante o projeto. 
2. Elaborem hipóteses: Que materiais vão se decompor mais rapidamente? 
Há algum material que não sofrerá nenhuma transformação? Façam esses 
apontamentos assim que finalizarem a montagem. 
3. Umedeçam o solo a cada dois ou três dias (não encharcar). Mantenham a 
montagem na sombra, para conseNar a terra úmida. 
4 . Observem o pote uma ou duas vezes por semana, durante três semanas, 
e comparem a aparência dos vários materiais. 
• Registrem suas observações, organizem um quadro como o modelo a se-
guir e completem-no comparando a transformação de todos os materiais 
no período observado. 
Reflita e registre 
Modelo de como os 
materiais devem ficar 
dentro do vidro. 
1. Que materiais se decompõem rapidamente? Quais têm decomposição mais len-
ta? Suas suposições foram confirmadas ou não? 
2. Como ocorre a transformação das amostras orgânicas? Por que os materiais orgânicos são 
chamados biodegradáveis? 
89 
90 
Materiais sintéticos 
\ 
Descobrir e transformar materiais faz parte do de-
senvolvimento da humanidade. Ainda na Pré-História, os 
humanos começaram a utilizar recursos naturais como 
madeira, barro, rochas, osso, couro etc. Nossos ances-
trais usavam ouro, prata e cobre, que podem ser batidos 
a frio, para fabricar utensílios e joias. Já a produção de 
ferro, extraído a quente dos minérios de ferro, represen-
tou grande avanço. 
Mais recentemente deu-se outro salto em relação ao uso 
dos recursos naturais quando começaram a serem desenvolvidas 
possibilidades do uso do petróleo. Iniciou-se, então, uma explora-
ção sistemática e crescente deste material até os dias atuais. 
O chiclete é feito basicamente de açúcar, 
A partir doséculo XX, a indústria petroquímica passou a transfor-
mar derivados de petróleo em plásticos. tintas, detergentes, fibras 
de tecido, espumas (como o isopor), borrachas (para pneu e chi-
clete), fertilizantes e defensivos agrícolas, produtos cosméticos, 
todos conhecidos como materiais sintéticos. A indústria petro-
química desenvolve-se com base em muita pesquisa científica 
e esses materiais têm vantagens: geralmente o custo deles é 
inferior ao do material natural. são versáteis e podem durar mui-
- ~ glucose de milho e goma base. A glucose ajuda a adoçar e a dar maciez. A goma é feita com 
derivados de petróleo especiais, que amolecem 
em contato com o ambiente quente da boca. 
to tempo sem estragar. Mas é exatamente por sua durabilidade que permanecem no ambiente por 
muitos anos. Tudo isso é agravado ao considerarmos que muitos desses objetos são descartados 
diariamente, como garrafas de água e canudinhos, por exemplo. Isso significa que o petróleo, que 
demorou milhões de anos para se formar, em pouquíssimo tempo se 
torna resíduo sólido. 
O vidro é outro material sintético - fabricado com material abun-
dante nas areias - que permanece no ambiente por tantos anos que 
ninguém ainda conseguiu determinar essa duração. Os sintéticos, co-
mo o vidro e os produtos da petroquímica, embora tenham origem em 
materiais da natureza, são compostos obtidos por meio de transfor-
mações químicas. 
Material sintético: materiais 
que não são encontrados na 
natureza, criados por meio 
de pesquisa científica e tec-
nológica, como plástico, nái-
lon, isopor etc. 
1. Reflitam a respeito da seguinte situação: Quais seriam os resíduos gerados por seu grupo 
de amigos em um piquenique na praia? Mas não é tão simples; imaginem essa situação em 
duas épocas: 
a)antes de os plásticos se tornarem populares, ou seja, até a década de 1960; 
b)na atualidade, em que há produtos sintéticos populares e baratos. 
Uma parte da turma deve fazer uma lista dos resíduos do item a e a outra parte fará 
uma lista dos resíduos do item b. Descrevam os materiais e objetos em cada caso: em-
balagens de comidas e bebidas, copos, talheres. Comparem os resultados dos dois 
grupos e pensem nas mudanças ocorridas, na quantidade e na variedade de materiais 
nas duas situações. 
Os caminhos dos resíduos 
Observem atentamente a imagem desta página. Verifiquem quais são os destinos pos-
síveis para o lixo produzido em uma localidade. 
~ r=~=~ 
CENTRO DE A TRIAGEM 
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síduos de hospital ~ 
ra o in~erador. 
y 
mido é levado ~1 
ara ·táno. e 
I 
Y 
seco vão lixo ~ r 
nitárío. ~• 
o 
1. De acordo com os tipos de material, quais são os possíveis destinos dos resíduos sólidos mos-
trados na imagem? 
2. Como é possível aumentar a vida útil de um aterro e economizar dinheiro do município? 
91 
92 
FAZENDOACO ECER 
Orientações gerais 
Reflita a respeito da questão norteadora do projeto e verifique o que já aprendeu até aqui. 
Como a Matemática e as Ciências Naturais nos ajudam a enfrentar o problema ambiental dos resíduos 
sólidos? 
Cada grupo deve escolher uma das propostas investigativas apresentadas. Depois, conversem 
sobre as orientações dadas, de modo que todos entendam corretamente o que se pede. Ao final, 
elaborem uma síntese e discutam os resultados. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
- , 
PESQUISA DA PRODUÇAO DO LIXO DOMESTICO 
Meta 
Coletar dados sobre o lixo doméstico da casa de cada um, organizá-los e interpretar as 
informações obtidas. 
Primeira -=ase 
1. Em casa, fazendo uso de balança, "pese" os sacos bem fe-
chados com resíduos sólidos da cozinha e de outros cômodos 
(exceto os dos banheiros) por três ou mais dias. 
2.Anote os valores encontrados na medição. 
3.0btenha a média diária da massa do lixo de sua casa. 
• Por que é importante "pesar" o lixo de sua casa por, pelo me-
nos, três dias? 
ATENÇÃO! 
Pesar: quando "pesamos• algo, na ver-
dade o que fazemos é medir a mi:ls-
sa do objeto ou da pessoa. Massa 
é a quantidade de matéria de um 
corpo. Peso é a força resultante da 
atração da gravidade sobre a massa 
de um corpo. As balanças que utili-
zamos normalmente estão reguladas 
para aferir apenas a massa. 
Use luvas ou saquinhos plásticos para cobrir as mãos e manter a higiene 
durante o procedimento. Lave as mãos ao concluir a medição. 
Segunda fase 
Após as coletas individuais, organizem os dados para apresentá-los em tabelas. 
1. Interpretem os dados coletados com base nas informações e nos questionamentos a seguir. 
'l Cada brasileiro produz, em média, pouco mais de um quilograma de resíduos por dia, segun-
do a Abrelpe. Quantos alunos do grupo produzem quantidades de resíduos sólidos maiores 
do que a média do brasileiro? E menores? E igual? 
"..)' A "média" de cada brasileiro significa que todas as pessoas do país produzem a mesma quan-
tidade de lixo? 
2. Em seguida: 
,., calculem a taxa percentual de colegas que produzem quantidades de lixo maiores, menores 
ou iguais à média de cada brasileiro; 
b} organizem uma síntese dos resultados em um quadro como o modelo abaixo. 
Comparação da produção de lixo doméstico entre a média 
dos brasileiros e os alunos do 7" ano 
Porcentagem de 
alunos que produzem 
quantidades de lixo 
iguais à média 
menores do que a média 
maiores do que a média 
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• Que tipo de gráfico pode ser usado para melhor apresentar esses dados? Combinem no gru-
po qual será a melhor opção. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
- # # 
CONHECENDO A COMPOSIÇAO DOS RESIDUOS SOLIDOS BRASILEIROS 
Meta 
Avaliar a quantidade de materiais recicláveis na composição dos resíduos sólidos dos brasileiros. 
No lixo diário há muito materia l que pode ser aproveitado na reciclagem. Os recicláveis represen-
tam que porcentagem dos resíduos sólidos? Vamos investigar essa questão. 
Primeira fase 
1. Inicialmente analise a tabela a seguir, sobre a composição dos resíduos sólidos brasileiros. 
Resíduos descartados no Brasil (1994-2008) 
Tipos de resíduos Porcentagem 
matéria orgânica 57,41% 
plástico 16,49% 
papel e papelão 13,16% 
vidro 2,34% 
material ferroso 1,56% 
alumínio 0,51% 
+-- . 
outros inertes 0,46% 
outros materiais 8,1% 
Material ferroso: ferro e ligas metálicas, 
como o aço, que contêm ferro e outros 
elementos qu1·micos específicos. 
Outros inertes: resíduos que não são 
nem solúveis nem inflamáveis; não so-
frem transformação química. Na tabe-
la, refere-se ao entulho de construção, 
pedra e areia. 
Fonte: lpea. Disponível em: <www.1pea.g0v.br/portal/index. 
php?option com_content&viev,article&ld-29296>. 
.__ ____________________ _. Acesso em: set. 2018 
2. Represente em dois gráficos, um de coluna e outro de setores, os dados da composição dos re-
síduos sólidos brasileiros. 
93 
94 
Segunda fase 
1. Comparem a tabela e osgráficos produzidos e discutam: Que representação possibili-
ta melhor visualização dos dados sobre o assunto? 
2. Comentem os gráficos apontando o que pode ser observado sobre a proporção dos materiais na 
composição dos resíduos sólidos. Que material aparece em maior proporção? 
3. Os materiais que compõem os resíduos sólidos podem ser reduzidos ou reutilizados? 
4. Planejem a síntese da proposta em grupo para mostrar a proporção de material que pode ser útil 
para reciclagem ou outra finalidade, antes de seguir para os aterros. 
Colabore com os catadores de resíduos recicláveis. Separe os recicláveis dos resíduos orgânicos. 
O trabalho do catador é um dos mais importantes para a reciclagem de resíduos. 
APOIO 
Catadores de sonhos: <http://tvbrasil.ebc.eom.br/carninhos-da-reportagem/2018/02/catadores-de-sonhos>. Esse vídeo aborda o dia 
a dia de catadores em lixão de Brasllia e o impacto do fechamento desse local na vida de quem dependia dele para sobreviver. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 3 
- -ATITUDES SUSTENTAVEIS: REUSO DE MATERIAIS E OBJETOS 
Metas 
• Observar e avaliar a diversidade de materiais empregados em embalagens. 
• Descobrir e criar propostas de reúso de embalagens. 
Cerca de 40% dos resíduos domiciliares são embalagens. É possível aumentar a vida útil dos ob-
jetos e materiais antes de descartá-los? Vamos investigar essa questão. 
Primeira fase 
Traga para a sala de aula a embalagem de um produto que você usa em seu cotidiano. 
1. Examine detalhes da embalagem de acordo com o roteiro a seguir. 
ê! \O produto tem necessidade da embalagem? 
b)O tipo de embalagem protege o produto ou é exagerada? Indique os excessos, se houver. 
c' A embalagem pode ser reaproveitada ou reutilizada? Ela poderia ser substituída por outra me-
nos poluidora? 
::ljA embalagem foi desenvolvida para atrair o consumidor na hora da compra? O produto seria 
igualmente adquirido caso a embalagem fosse mais simples e menos colorida? 
-:,l A embalagem traz informações e sugestões sobre seu descarte? A quem são dirigidas essas 
sugestões? Ao consumidor, ao reciclador ou a ambos? 
r.)A embalagem será desmanchada facilmente, com o tempo, no aterro? 
'.:!) Por fim, analise o produto. Ele é essencial ou supérfluo (desnecessário)? Para que é utilizado 
ou consumido? 
2. Conclua suas observações indicando as vantagens e as desvantagens da embalagem observa-
da. Organize as informações em um quadro: em uma coluna, escreva as Vantagens e na outra, as 
Desvantagens. 
Segunda fase 
1. Agora respondam: Vocês ficaram com vontade de reusar materiais antes de descartá-los? Em sua 
opinião, essa atitude ajudaria o país ou o mundo? Por quê? 
2. Discutam: Por que o reúso é diferente da reciclagem dos materiais, embora muita gente confun-
da as duas ações? 
3. Por fim, discutam uma forma de expor aos colegas da turma as conclusões do grupo: Como é pos-
sível economizar embalagens na comercialização de produtos? Vocês podem produzir um cartaz, 
elaborar material no computador para disponibilizar em b/og ou pensar em maneiras criativas de 
usar as embalagens que foram examinadas. Podem também fazer ilustrações para acompanhar 
um texto coletivo que destaque os objetos que lembram sólidos geométricos e identificar o no-
me do sólido com o qual ele se parece. 
,_ ,_ 
RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Evento para apresentação dos gráficos e das análises das embalagens. 
Convidem os amigos e colegas da escola para assistir à apresentação dos trabalhos. Arrumem 
os materiais para a exposição em uma sala da escola. É interessante fazer um convite especial com 
agradecimentos para as famílias que ajudaram na quantificação de resíduos e ofertaram materiais. 
Avaliação coletiva 
Retomar: 
• todo o percurso rea lizado no projeto; 
• as primeiras respostas ao problema inicial elaboradas de modo coletivo. 
Discutir com toda a turma, na presença dos professores de Matemática e de Ciências, as ques-
tões a seguir. 
• O que foi aprendido com esse projeto, tendo em vista o que se propôs investigar? 
• Os produtos finais direcionaram-se ao problema e às propostas para a solução dele? Outras pro-
postas são possíveis? 
• Que outras investigações poderiam ser realizadas? Em que momento? 
• A primeira resposta que você deu à questão norteadora manteve-se ou foi ampliada? Se sim, em 
que aspectos? 
Momento individual com autoavaliação 
Concluir a avaliação feita ao longo do projeto. 
➔ 
Nesta fotografia de 2018, o chileno Christian Olivares demonstra um 
tipo de plástico desenvolvido por sua equipe que se dissolve em 
água - e o material dissolvido não contamina o liquido ou o solo. 
96 
Povos indí 
• e comun1 
n 
ad 
tradi • • 1ona1 n 
s 
Bra il 
Muitos povos indígenas já habitavam o Brasil quando os europeus aqui chegaram no 
século XVI. Os conquistadores portugueses trouxeram africanos escravizados de diferen-
tes culturas. 
Ao longo da história, vieram - e ainda vêm - para nosso país pessoas de origens varia-
das: italianos, japoneses, alemães, sírios, bolivianos, nigerianos, venezuelanos etc. Alguns 
desses grupos se organizaram e ainda se organizam em comunidades. 
Além dos imigrantes que passaram a compor a sociedade nacional, o Brasil ainda 
abriga uma grande diversidade de povos indígenas e comunidades tradicionais. Eles têm 
culturas ricas e cheias de características próprias - religiões, festas, danças, alimentação 
etc. -, presentes na formação da cultura nacional como um todo. Por isso, lutam para ter 
garantidos seus direitos básicos para uma existência digna e autônoma. 
Grupo de samba de roda do Quilombo Patioba, originário do município de Japaratuba (SE). 
durante apresentação no município de Laranjeiras (SE). Acompanhadas de batuques e vestindo 
roupas feitas por elas mesmas, as dançarinas mantêm viva a tradição local do samba de roda. 
• Na imagem, um grupo mostra um pouco da cultura de uma comunidade 
remanescente de quilombo. Você sabe como surgiram os quilombos? 
• Quais semelhanças e diferenças podem ser identificadas entre as comunidades 
indígenas e as quilombolas? 
• Indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais no Brasil apresentam 
características culturais próprias. Você saberia citar algumas dessas características? 
' OIRE O AOPO TO -----------
Quem são e como vivem os povos indígenas e comunidades 
tradicionais no Brasil? 
--------------------------=_, 
JUSTIFICATIVAS 
• A sociedade brasileira é caracterizada pela 
presença de povos indígenas e comunidades 
tradicionais cuja diversidade, história e mani-
festações artísticas devemos respeitar e valori-
zar. Investigar os grupos que constituem nosso 
território é um modo de identificar os elemen-
tos formadores de nossa sociedade. 
ANO? 
Etapa 1 - Explorando o assunto 
OBJETIVOS 
• Investigar o modo de vida e as manifestações 
artísticas de alguns povos indígenas e comuni-
dades tradicionais. 
• Refletir sobre a importância de se defender o 
direito à existência de comunidades tradicio-
nais e povos indígenas nas diferentes regiões 
do território brasileiro. 
• Conhecendo povos indígenas e comunidades tradicionais 
• Povos e comunidades em luta por direitos 
• Cultura viva: memória e transformação 
• Danças brasileiras 
Etapa 2 - Fazendo acontecer 
• Proposta investigativa 1 - Povos indígenas nas regiões brasileiras 
• Proposta investigativa 2 - Comunidades remanescentes de quilombos 
Etapa 3 - Respeitável público 
• Organizar resultados da pesquisa. 
Balanço final 
• Avaliação individual e coletiva. 
Avaliação continuada: Vamos 
conversar sobre isso? 
➔ ~i..r..o-
M ã e fazendo pintura corporal em menina 
na Aldeia Moikarakô. Terra Indígena 
Kayapó, São Félix do Xingu (PA), 2016. 
j 
...... ' ' l) l EXPLORANDO o ASSUNTO 
98 
· ETAPA 
Conhecendo povos indígenas e 
comunidades tradicionais 
Povos e comunidades tradicionais são definidos, de acordo com a lei (Decreto nQ 6.040, de 7 de 
fevereiro de 2007), como "grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que 
possuemformas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais 
como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando co-
nhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição". 
Comunidades quilombolas ou comunidades remanescentes de quilombos foram formadas por 
escravos fugidos ou libertos, que se reuniam em lugares distantes de vilas urbanizadas para viverem 
em comunidades praticando atividades de subsistência como agricultura, caça, pesca e coleta. Atual-
mente, são agrupamentos predominantemente constituídos por população negra rural ou urbana. 
Ribeirinhos são populações tradicionais residentes nas proximidades de rios que sobrevivem da 
pesca artesanal, caça, roçado e extrativismo. 
Comunidades caiçaras foram formadas do encontro entre europeus, negros e indígenas que ha-
bitavam o litoral, tendo na pesca artesanal, agricultura, caça e coleta suas principais atividades de 
subsistência. 
Povos indígenas são os diferentes povos que já habitavam as terras do continente americano antes 
da chegada dos colonizadores europeus. Cada povo apresenta tradições culturais e línguas próprias. 
1. Acompanhe as duas canções a seguir e discuta com os colegas as questões propostas. a 
a)Você conhece nomes de povos indígenas? 
b)Qual é a origem das comunidades quilombolas? 
Chegança 
[ ... ] 
Sou Pataxó, 
Sou Xavante e Cariri 
Ianomâmi, sou Tupi 
Guarani, sou Carajás 
Sou Pancaruru 
Carijó, Tupinajé 
Potiguar, sou Caeté 
Fulniô, Tupinambá 
[ ... ] 
Mas de repente 
Me acordei com a surpresa: 
Uma esquadra portuguesa 
Veio na praia atracar 
[ ... ] 
Chegança. Antonio Nóbrega e Wilson freire. 
Canto II 
Muriquinho piquinino, muriquinho piquinino, 
Parente de quiçamba na cacunda, 
Purugunta aonde vai, purugunta aonde vai 
Ô, parente, pro quilombo do Dumbá (2x) 
Ê, chora, chora, ngongo, ê, devera chora, 
ngongo, chora, 
Ê, chora, chora, ngongo, ê, cambada, chora, 
ngongo, chora. 
Domínio público. Uma das músicas cantadas pelos descen-
dentes de africanos que trabalhavam na mineração no municí-
pio de Diamanrina (MG). 
Imagens de um país diverso 
Cerca de 25% do território nacional é ocupado por povos indígenas e comunidades tradicionais. 
Vamos conhecer alguns deles. 
1'Povo indígena pankararu realiza o ritual do Toré. Os 
participantes dançam usando máscara e roupa de palha. 
Moram na cidade de São Paulo (SP). 
1' Procissão de barcos na Festa de São Pedro 
Pescador, em Ubatuba (SP), celebrada pela comunidade 
caiçara residente nesse município. 
1'Comunidade ribeirinha de Corumbá (MS), no 
período de cheia do Rio Paraguai. 
1'Quebradoras de coco babaçu no município de Sítio 
Novo do Tocantins (TO). 
As quebradeiras de babaçu, no norte do país, são exemplo de 
grupo que vive do que é retirado da natureza. Da amêndoa 
do babaçu é possível fazer produtos cosméticos e de limpeza. 
99 
100 
1'0s povos ciganos têm cultura própria e muito rica. São 
Paulo (SP). 
1'Celebração do Dia da Abolição da Escravatura (13 de 
maio) na Comunidade Negra dos Arturos. Contagem (MG). 
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1' Dança conjunta do beija-flor e Yamarikumã da etnia 
kalapalo. Querência (MT). 
1'Professora e crianças indo para a escola no Quilombo 
do Baú, Araçuaí (MG). 
1. As fotografias apresentam povos indígenas e comunidades tradicionais de quais regiões do Brasil? 
2 .A cultura das comunidades tradicionais manifesta-se de forma marcante por meio das suas fes-
tas e danças. Identifique nas fotos algumas dessas manifestações e descreva que objetos são 
usados, como é a vestimenta, quem participa. 
3 . Muitas comunidades tradicionais e povos indígenas habitavam, originalmente, ecossistemas na-
tivos ou áreas rurais. No entanto, com o passar do tempo algumas comunidades migraram para 
centros urbanos ou estes centros urbanos se expandiram até suas terras. É possível identificar 
nas imagens as comunidades que vivem em ambiente urbano? Quais? 
Povos e comunidades em luta por direitos 
As leis existem para estabelecer deveres, reconhecer e garantir direitos. Povos indígenas e comu-
nidades tradicionais estão em luta para fazer valer esses direitos, entre eles, o direito de manifestar 
livremente suas culturas, bem como o reconhecimento do direito à terra, pois é em seus territórios 
que eles podem continuar a desenvolver modos de vida próprios. 
O que os povos indígenas e comunidades tradicionais podem fazer para lutar por direitos? 
Veja uma notícia sobre esse tema. 
Campanha pela garantia da permanência dos povos e comunidades 
tradicionais em seus territórios 
Com o objetivo de sensibilizar um maior número de pessoas sobre os conflitos vividos pelas co-
munidades tradicionais e fortalecer a luta desses povos, o Fórum das Comunidades Tradicionais de 
Angra, Paraty e Ubatuba [área de Mata Atlântica e litorânea na divisa entre SP e RJ], deu início, no dia 
16/05/2014, à campanha "Preservar é Resistir - Em Defesa dos Territórios Tradicionais". 
As populações tradicionais desenvolvem modos de vida próprios e distintos dos demais. 
Seu cotidiano é rico em saberes e fazeres, passados de geração a geração, que envolvem pesca artesanal, 
festas, dança, música, oralidade, artesanato, agricultura de subsistência, técnicas agroflorestais, turismo de 
base comunitária etc., expressando a relação direta que essas comunidades desenvolvem com o seu TER-
RITÓRIO. Trata-se cerra-meio, [afeita] à satisfação de suas necessidades materiais, sociais e culturais. 
Contudo, mesmo possuindo práticas e conhecimentos passados de geração a geração e um impor-
tante papel na conservação dos recursos naturais, sendo reconhecidos como verdadeiro patrimônio 
-" Caiçara puxa rede no cerco, 
sobre canoa trad icional de 
tronco de árvore. Paraty (RJ). 
A pesca artesanal é uma l 
prática passada de geração 
a geração. Constitui um 
bem cultural imaterial. 
102 
cultural, essas populações vivem graves conflitos territo-
riais, que ameaçam constantemente o seu modo de vida 
- especulação imobiliária, grandes empreendimentos, 
privatização de territórios tradicionais, turismo desor-
denado, autoritarismos e repressão dos órgãos ambientais 
por manterem práticas tradicionais, precariedade de ser-
viços essenciais tais como educação, saúde, lazer, sanea-
mento e luz. 
Embora tenham direitos constitucionalmente garantidos, 
a pressão dos órgãos ambientais, somada a (in)consequente 
especulação imobiliária expõem em risco a reprodução social 
das comunidades tradicionais, colocam em xeque não só a 
cultura, que garante a diversidade da sociedade brasileira e o 
patrimônio cultural (material e imaterial) do país, mas a 
sua própria sobrevivência. 
[ ... ] desde 2007 o Fórum de Comunidades Tradicionais 
da região, formado por quilombolas, indígenas, caiçaras, cai-
piras e agricultores familiares, vem se consolidando e fortale-
cendo a luta pelos direitos dessas populações. [ ... ] 
Lil•itf4,mi 
Especulação imobiliária: prática em que grupos 
do setor imobiliário compram imóveis e terre-
nos para vender por preços altos, geralmen-
te inviáveis para moradores tradicionais da 
reg1ão. 
Grandes empreendimentos: empreendimen-
tos comerciais, industria is ou imobiliários com 
grande impacto no ambiente. 
Mod,o de vida: diferentes práticas do dia a dia 
das pessoas, envolvendo o trabalho, a vida fa-
miliar. a alimentação, o lazer, o consumo etc. 
Patrimônio cultural (material e imaterial): al-
go que pertence especificamente a um gru-
po e que deve ser preservado. O patrimônio 
material refere-se a coisas palpáveis, corno 
construções, vestimentas, artesanato etc. O 
patrimônio imaterial refere-se a saberes do 
grupo, como a religiosidade, as canções, as 
tradições orais etc. 
Privatização de territórios tradicionais: nesse 
contexto, é o ato de delegar a adrninistraç2io 
das terras das comunidades tradicionais a gru-
pos privados, com interesses econômicos. 
C ampanha pela garantia dape.rmanência dos povos e comunidades tradicionais em seus territórios. 
Ocupar é resistir: em defesa dm territórios tradicionais. D isponível em : 
<www.preservareresistir.org/campanha>. Acesso em: 18 ser. 2018. 
1. Dê exemplos de "saberes e fazeres" do cotidiano dessas comunidades que são citados no texto. 
2. De acordo com o texto, quais são as ameaças ao modo de vida das comunidades da região? 
3. Identifique a estratégia adotada por esses grupos par.a lutar por seus direitos. 
Está na lei 
Território, cultura, saúde e educação diferenciadas, respeito pelas tradições e modos de v i-
da das comunidades trad icio nais e povos indígenas são direitos previstos em diversos textos de 
legislações nacio nais e convenções internacionais. Vamos conferir no quadro algumas dessas 
regulamentações. 
Proteção da diversidade cultural e das 
comunidades tradicionais nas leis brasileiras 
1988 - Constituição da República Federativa do Brasil (artigos 215 
e 216) 
• Resgata os direitos universais dos brasi,leiros. 
• Reconhece os direitos específicos territoriais e culturais das co-
munidades indígenas e quilombolas. 
• Protege as manifestações das culturas populares. 
1992 - ECO 92 - Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am-
biente e o Desenvolvimento 
• Assegura a conservação da biodiversidade e seu uso sustentá-
vel. 
• Reconhece a relação estreita entre a preservação de recursos 
biológicos e a existência de comunidades locais e populações 
indígenas com estilos de vida tradicionais. 
2003 e 20 08 - Leis 10.639/03 e 11.645/08 - Alterações na Lei de 
Diretrizes e Bases de 1996 
• Garantem o estudo da "história da África e dos africanos. a lu-
ta dos negros e povos indígenas no Brasil, a cultura negra e in-
dígena e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, 
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e 
política. pertinentes à história do Brasil". 
2007- Decreto nº 6.040/2007 - Política Nacional de Desenvolvi-
mento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) 
• Promove o desenvolvimento sustentável dos povos e comunida-
des t radicionais. 
• Fortalece a garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambien-
tais, econômicos e culturais. Valoriza sua identidade, suas formas 
de organização e suas instituições. 
1. A legislação brasileira garante o território aos indígenas e demais comunidades tradicionais? 
2. O evento ECO 92 reconhece os benefícios que os modos de vida dos povos indígenas e comu-
nidades tradicionais trazem para o meio ambiente. Argumente qual seria a relação entre a pro-
teção do meio ambiente e esses grupos. 
3 . Na sua opinião, qual é a importância das leis que defendem os direitos das comunidades tradi-
cionais e dos povos indígenas? 
1. Imagine que você vai participar de uma conferência sobre direitos humanos e precisará fazer 
uma apresentação oral sobre o tema. Redija um texto para essa apresentação, expondo sua 
opinião sobre a necessidade de reconhecimento e respeito aos direitos de povos indígenas e 
comunidades trad icionais de permanecerem em seus territórios com dignidade. 
103 
104 
Cultura viva: memória e transformação 
A língua que usamos, as roupas. a alimentação, os objetos, os tipos de casa, os costumes, as reli-
giões, entre outros, são manifestações da cultura em que estamos inseridos. Nas comunidades tradi-
cionais e de povos indígenas, durante muitos anos foram se estabelecendo traços culturais distintos, 
e há bastante empenho em manter as tradições. Nesse sentido, a cultura dos antepassados é lem-
brada e vivida nas práticas do dia a dia. Por isso, cultura é memória. As manifestações culturais são 
dinâmicas, recebem novos elementos, reinventam-se e podem se transformar. 
O encontro entre indígenas, africanos e europeus resultou em uma grande diversidade de cultu-
ras. Diante dessa enorme variedade, têm destaque as danças e folguedos regionais do Brasil e eles 
representam um dos traços mais marcantes das comunidades tradicionais. Na atualidade, estão pre-
sentes também nos meios urbanos onde se modificaram, guardando ainda a memória das tradições 
dos antepassados. 
Os folguedos são um tipo de festa muito especial porque reúnem narrativa, danças e persona-
gens. As pessoas esperam o ano inteiro para brincar no folguedo, em determinada data ou época 
do ano. Elas ensaiam a coreografia, tocam instrumentos e preparam roupas e adereços para contar 
uma história. Na congada, chegam os reis do Congo. Nas cheganças e marujadas, os povos vêm do 
mar. Nas festas do boi, o animal morre e renasce. 
M 
e 
ID 
f 
~ 
Folguedo: tipo de festa 
popular de caráter lú-
dico que ocorre todos 
os anos em datas de· 
terminadas. em diver-
sas regiões do Brasil. 
Festa do Boi durante 
;- .,,.,,_,_,,, o Encontro de 
Culturas Populares 
---• em Buenos Aires (PE), 
~•10:0~,., ....... .,, 2018. 
1. Quais são as festas ou folguedos populares que você já participou, conhece ou ouviu falar? Será 
que eles têm origem ou relação com as festas reailizad.as pelos povos e comunidades tradicionais? 
APOIO 
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular: <www.cnfcp.gov.br/tesauro/alfabetica.html>. O site dispõe 
de um dicionário com expressões referentes à cultura popular. 
Danças brasileiras 
Veja a seguir imagens de danças de diferentes regiões brasileiras. 
Fandango caiçara 
Nas regiões Sul e Sudeste, o fandango é bastante presente no litoral e chama atenção pelos 
instrumentos fabricados artesanalmente: viola, rabeca, tambor de armação e o adufo ou adufe (tipo 
de pandeiro ancestral). 
r Enc_ontR> de TrtlJfções ! 
· Antonina - PR 1 20. 21. ,t'? de abril i 
Jongo 
-g 
"' e 
8 
~ 
~ 
Grupo executa o fandango em 
Antonina (PR). 
Dança predominante da Região Sudeste, o jongo, também chamado de caxambu, é produzido 
com diferentes tipos de percussão: o tambu, o candongueiro e a gazunga, a puíta (cuíca) e a angoia. 
Os cantadores lançam frases, repetidas pelo coro, que também bate pa lmas na marcação do ritmo, 
e fazem desafios com passos de dança e canto aos demais da roda. 
~ 
Grupo executa o jongo em 
Piquete (SP). 
106 
106 
Coco 
O coco está presente em toda a Região Nordeste. i 
com muitas variações locais de acordo com os passos J 
da dança que o acompanha. Recebe outros nomes a } 
depender da localidade, por exemplo: coco-de-praia, 
coco-de-roda, coco-de-fila, coco-de-embolada. O coco 
é uma espécie de batuque de roda e de improvisação 
de frases entoadas por cantadores, sendo, por essas 
características, semelhante ao jongo. 
1'Grupo Samba de Coco da Mussuca, em 
Laranjeiras (SE). 
i Carimbá .ê 
Siri ri 
1 ... : O carimbó é uma dança que apresenta a mistura 
- de elementos africanos e indígenas, e é típica do es-
s 
ti tado do Pará, na Região Norte. Os casais dançam em 
roda com vestimentas típicas, coloridas e floridas. O 
tambor que deu nome ao ritmo e à dança é feito com 
um tronco de madeira inteiriço escavado por dentro. 
~ 
Dança e canto tradicional do carimbó na 
comunidade de Caranazal, em Santarém (PA). 
!:! 
Dança que mescla brincadeiras indígenas e euro- f 
peias, lembra o fandango. É acompanhada por viola de -z 
ii: 
cocho, ganzá e tamboril. ~ 
::; 
➔ 
Grupo de dança se apresenta durante 
Festival de Cururu e Siriri, em Cuiabá (MT). 
1. Como uma criança ou um jovem aprende uma dança ou participa de um folguedo tradicional? 
2. Onde podem ser encontrados os grupos de folguedo e dança no país: no meio rural ou no meio 
urbano? 
3.As manifestações culturais continuam as mesmas ao longo do tempo? 
Vamos dançar ciranda 
A ciranda é uma dança de origem portuguesa que, q t.1ando chegou ao Brasil, en-
controu semelhanças com danças indígenas. Com a chegada dos africanos, foram 
introduzidos elementos de danças circulares daquele continente. 
As cirandas fazem sucesso até hoje; para dançá-las, todos - ido-
sos, jovens e crianças - formam um círculo, dão as mãos e fazem 
movimentos simples enquanto a roda gira. Danças circulares são 
manifestações humanas muitoantigas e de diferentes culturas 
no mundo. 
Procedimento 
1. Para começar. recorra à sua memória. Pro-
vavelmente você deve ter participado de 
alguma dança de roda quando criança. 
Se você tiver irmãos, primos pequenos 
ou mesmo contato com alguma criança. peça 
que demonstre os tipos de ciranda que execu-
ta atualmente. Apesar de ser uma prática pre-
dominante entre os pequenos, é bastante 
executada também entre os adultos. 
2. Depois, passe a explorar a ciranda típica 
do Nordeste, executada principalmente 
nos estados de Pernambuco e da Paraí-
ba. Faça pesquisa sobre o trabalho da Lia 
de Itamaracá recorrendo aos sites indicados. 
APOIO 
.....#- _-_ 
1" Gravura de revolucionários franceses dançando ao redor 
da Árvore da Uberdade, e. 1792. 
Para conhecer um pouco mais desses ritmos e danças, incluindo a ciranda. 
faça buscas na internet, acesse textos informativos e vídeos com apresen-
tações. Seguem algumas sugestões. 
Ciranda nordestina: <www.cnfcp.gov.br/tesauro/00001651.htm>. Página do 
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular que explica um pouco me-
lhor essa dança. 
Fandango: <www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteu 
do.php?conteudo=453>. Página da Secretaria da Educação do Paraná que 
apresenta características detalhadas do fandango. 
Jongo: <http://jongodaserrinha.org/historia-do-jongo-no-brasil/>. Página com 
informações, áudios e vídeos a respeito do jongo. 
Lia de Itamaracá: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php? 
option=com_content&view=article&id=317>. Página da Fundação Joaquim 
Nabuco que apresenta um pouco da trajetória dessa artista. 
➔ 
Lia de Itamaracá é natural da Ilha de Itamaracá (PE). Canta 
e compõe desde criança e, no ano 2000, gravou um 
álbum que a fez famosa, sendo atualmente co nvidada para 
apresentações em diversas partes do país e do mundo. 
107 
-------~ l FAZENDO ACONTECER 
108 
Orientações gerais 
Para aprofundar os estudos, vamos pesquisar e produzir um livro ou um blog coletivo da turma 
intitulado: Povos indígenas e comunidades quilombolas nas regiões brasileiras. 
Cada grupo fará um capítulo ou postagens com os resultados das pesquisas que rea lizarão. Além de 
textos, utilizem fotografias, desenhos, mapas e gráficos. Não se esqueçam de sempre mencionar as fontes. 
O livro ficará disponível na biblioteca da escola, já o blog deverá ter seu conteúdo disponível em 
plataforma na internet. Divulguem essa produção para as demais turmas e a comunidade do entorno. 
Cada grupo deve escolher a proposta investigativa 1 ou 2 e uma região brasileira. Assim, a turma 
poderá estudar mais manifestações da diversidade cultural do país. 
Sugestão de roteiro de pesquisa 
Nome da comunidade quilombola ou povo indígena. 
Localização: região, estado e município. 
Elementos históricos da comunidade: quando se formou e por qual motivo (quilombo) ou 
quando foi descoberta (indígenas). 
Características físicas da região e do local, como vegetação, fauna, clima. relevo. hidrografia. 
Modo de vida, que inclui descrição de práticas como agricultura, pesca, caça, extrativismo e 
outras formas de subsistência ou fontes de renda. 
Relação entre o ambiente e as atividades socioeconômicas, como agricultura de subsistên-
- eia, pesca artesanal, caça e extrativismo. 
Descrição de elementos da cultura: música, festas, artesanato, culinária, mitos, rituais - com 
destaque para danças e folguedos. 
Desafios enfrentados e as lutas por direitos. 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 1 
-POVOS INDIGENAS NAS 
REGIÕES BRASILEIRAS 
Meta 
Conhecer diferentes povos indígenas 
que vivem nas regiões brasileiras. 
Primeira fase 
Em grupo, observem os mapas e respon-
dam às questões. 
Fonte: Atlas geográfico escolm 7. ed. 
0·1,w o 
PArlf /CO 
Descrição das Iases 
D Declarada 
i:::J Homologada 
D Regularizada 
- Limites internacionais 
- Limites estaduais 
o Capital de país 
• Cap~al de estado 544 lCWIS km 
Rio de Janeiro: IBGE. 2016. p. 112. 1· SUOOOll 
1. De acordo com o mapa 1, em qual 
região se encontra a maior parte 
das terras indígenas? 
2. Após comparar o mapa 1 com o 
mapa 2, responda: As populações 
indígenas concentram-se na re-
gião onde se encontram as maio-
res extensões de terras indígenas? 
3. Como podemos explicar a grande 
presença de população indígena 
onde há menos terras indígenas? 
OCEANU 
PAC!F!CO 
Porcentagem dos 
habRantes que são 
indigenas-por municipio 
> 
OeO,la S,0 % / .f!!.P_ . 
\ o De 5,1 a 20,0% b-,_ 
Fonte: IBGE. Censo demográfico 2010. ( C □e 20,1 ª 88-1 % '\,~ ::-) · 468 936 km 
l : 46 800000 Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/app/atlas/:>. .J li(, 
Acesso em: out. 2018 . .__ __________ ..__..._ ___________ ____ .., 
Segunda fase 
1. Procure informações a respeito de alguma etnia indígena. Utilize o roteiro apresentado anteriormen-
te. Lembre-se de que a população estudada deve viver na região brasileira escolhida pelo grupo. 
2. Anote as informações para compartilhar com seu grupo. 
1. Comparem as informações coletadas individualmente e escolham um dos povos indígenas entre 
os que foram pesquisados. 
2. Verifiquem se é necessário aprofundar a pesquisa de acordo com o roteiro recomendado. 
3. Organizem o conteúdo coletado e comecem a discutir possibilidades para apresentá-lo de forma 
interessante no livro ou blog. 
APOIO 
Instituto Socioambiental (ISA): <https://mirim.org/>. Na página estão disponíveis textos e vídeos a respeito de povos indi'genas. 
Apesar de ser destinado a crianças, o rico conteúdo pode interessar a pessoas de todas as idades. 
Povos indígenas no Brasil: <https://pib.socioambiental.org/pt>. Página bastante completa, em que se pode te r acesso à descri-
ção de características de vários povos indígenas do país. A lista com o nome e a localização dos povos indígenas do Brasil es-
tá disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/Quadro_Geral_dos_Povos>. 
Centro de Trabalho lndigenista (CTI): <https://bd.trabalhoindigenista.org.br/>. Biblioteca digital dessa ONG, com acervo de fotos, 
mapas, cartilhas e textos sobre povos indígenas. 
Fundação Nacional do Índio (Funai): <www.funai.gov.br/>. O site da Funai traz informações relevantes sobre os indígenas brasi-
leiros. 
Fascículos de povos indígenas do Norte e Nordeste: <http://novacartografiasocial.com.br/fasciculos/povos-indígenas-nordeste/>. 
Nesse endereço é possível ter acesso às publicações com dados a respeito de diversos povos indígenas. 
109 
110 
PROPOSTA INVESTIGATIVA 2 
COMUNIDADES REMANESCENTES DE QUILOMBO 
Meta 
Conhecer diferentes povos e comunidades remanescentes de quilombos que vivem nas re-
giões brasileiras. 
Primeira fase 
Um levantamento do Instituto Socioam-
biental mapeou em 2015 as comunidades 
quilombolas. Mas estima-se que atualmen-
te o número total de comunidades rema-
nescentes possa ter aumentado. Observe o 
mapa e, depois, responda às questões. 
1. O que explica o maior número de comu-
nidades quilombolas em certos estados 
brasileiros? Quais são eles? J 
2. Fora o Pará, que é o quarto colocado na 
presença de comunidades quilombolas, 
os outros estados da Região Norte não 
têm números muito elevados dessas co-
munidades. Como explicar esse fato? 
Número de 
comunidades 
remanescentes 
de quilombos 
Do 
Fome,'"'"'"'º SocOomSee<a, <ee ü&Os ,emae=e~; ae §:::'~ •+:-
quilombos. Unidades de ConseNaçõo no Brasil. Disponível em: D De 139 ª 500 s 
<httpsJ/uc.socioambiental.org/territórios-de-ocupação-tradicianal/ 1D De 501 ª 750 535 1070 km 
territó rios-remanescentes-de-quilombos>. Acesso em: 20 out 2018. .___--~-------"---------' _53_500_000 _ ___, 
Segunda fase 
1. Procure informações a respeito de uma comunidade quilombola. Siga o roteiro apresentado an-
teriormente. Lembre-se de que a população estudada deve viver na região brasileira escolhida 
pelo grupo. 
2 .Anote as informações para compartilhar com seu grupo. 
1. Comparem as informações coletadas individualmente e escolham uma das comunidades entre 
as que foram pesquisadas. 
2. Verifiquemse é necessário aprofundar a pesquisa de acordo com o roteiro recomendado. 
3. Organizem o conteúdo coletado e comecem a discutir maneiras de apresentá-lo de forma inte-
ressante no livro ou blog . 
APOIO 
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): <www.incra.gov.br/sites/default/files/1ncra-processosabertos-qui1om 
bolas-v2.pdf>. No site do Incra está disponível um documento com os processos de comunidades quilombolas, organizados por 
região, estado e município. Procure as comunidades existentes na região escolhida pelo seu grupo. 
Fascículos de povos e comunidades tradicionais do Brasil: <http://novacartografiasocial.com.br/fasciculos/povos-e-comunidades 
-tradicionais-do-brasil/>. Nesse endereço é passivei ter acesso às publicações com dados a respeito de comunidades tra 
dicionais em território nacional. 
Cartilha para a defesa dos povos e dos territórios: <https://racismoambiental.netbr/quem-somos/cartilha-para-a-defesa-dos-povos-
e-dos-territorios/>. A publicação traz informações e condutas em defesa do direito à terra e das tradições de distintos povos. 
Observatório Quilombola: <www.koinonia.org.br>. Site dedicado à coleta, organização e análise de informações relativas às co-
munidades negras rurais e quilombolas. 
Quilombolas em busca de seus direitos: <https://theintercept.com/2017/05/12/em-pleno-seculo-xxi-quilombolas-ainda-tem-que-
lutar-por-direitos-basicos/>. Reportagem aprofunda a questão e traz dados a respeito da luta desse grupo para ter seus direi-
tos reconhecidos. 
- -RESPEITAVEL PUBLICO 
Produto final 
Apresentação do livro ou blog com a síntese das pesquisas. 
Para o lançamento do livro ou blog, a turma organizará um debate sobre o tema. Pode ser na 
ho ra do intervalo da saída ou na data de algum evento envolvendo a comunidade escola r. O local 
pode ser o pátio, a quadra, a biblioteca. a sala de informática ou o auditório da escola. Chamem 
toda a comunidade escolar para participar! 
Neste momento será feita uma reflexão coletiva 
com autoavaliação. 
Conversando com seus colegas do grupo de traba-
lho, elabore uma síntese, lembrando e registrando to-
do o percurso da pesquisa vivenciado até o momento. 
• O que foi aprendido sobre o tema pesquisado? 
• Foi possível responder à pergunta "quem 
são e como vivem os povos indígenas e co-
munidade tradicionais no Brasil?" 
• O que é importante comunicar para outras 
pessoas, sejam da própria escola, sejam da 
comunidade? 
A avaliação final do projeto levará em consi-
deração todo o processo envolvido nas discus-
sões e pesquisas, bem como a qualidade dos 
produtos finais apresentados pelo grupo. 
➔ 
Crianças da etnia guarani mbya realizam dança 
tradicional tangara. Aldeia Kalipety, São Paulo (SP). 
O líder indígena brasileiro A1lton Krenak diz que "no dia em que 
nãc houver lugar para o índio no mundo, não haverá lugar para 
ninguém". Essa frase sintetiza os motivos para defender o direito 
dos indígenas a uma vida digna, mas também reafirma o mesmc 
dlfeito às comunidades tradicionais. Garantjr que tenham um 
lugar significa garantir a valorização da natureza, a ligação com a 
terra. o cuidado com a memória dos ancestrais e de próprio país, 
as relações humanas de colaboração e afeto, a cultura diversa 
e rica. Sem esses elementos, sobra bem pouco à humanidade. 
111

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