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Fimose, Parafimose e Torção Testicular

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1 Luana Mascarenhas Couto 18.2- EBMSP 
Fimose e Parafimose e Torção Testicular 
Fimose e Parafimose 
Definição: 
O prepúcio é uma dobra de pele que recobre a glande, 
quando não é possível a retração manual, com exposição 
completa da glande, temos o diagnóstico de fimose. 
 
OBS: Graus da fimose: 
 
 
Já a Parafimose constitui uma das complicações naturais da 
fimose, de modo que o prepúcio é retraído até a base 
glandar e não é possível sua redução, ocasionando edema e 
estrangulamento. 
Tratamento: 
O tratamento inicial da fimose é tópico com Creme de 
corticoesteroides (Betametasona 0,1%). A postectomia é 
indicada em casos de pacientes que não responderam ao 
tratamento conversador e não há complicações da fimose, 
de modo que a idade de realização varia entre 3-10 anos. 
Já o tratamento da Parafimose é uma redução manual 
imediata com auxílio de lubrificantes, sendo que previamente 
fazemos o controle do edema fazendo uma pressão manual 
sobre a glande. A parte distal do pênis é comprimida com um 
anel formado pela mão do médico até que ocorra a 
redução do edema e consiga colocar o prepúcio sobre a 
glande. Em casos de não sucesso da redução, pode-se fazer 
uma pequena incisão do anel parafimótico. 
Torção Testicular 
Definição: 
A torção testicular acontece quando o testículo e o cordão 
espermático (que é responsável pela vascularização do 
tecido) sofrem um ou mais giros, no eixo vertical, resultando 
em edema progressivo da gônada, obstrução venosa e 
comprometimento da perfusão arterial. (Importante salientar 
que as alterações isquêmicas do parênquima já podem ser 
observadas após 4 horas do início do quadro). 
 
Portanto, a torção testicular representa uma emergência 
cirúrgica genitourinária. (DEVEMOS DIFERENCIAR DE 
ORQUIEPIDIDIMITE ONDE HÁ DOR SÚBITA E AUMENTO DO 
VOLUME TESTICULAR). 
Quadro clínico: 
O quadro clínico é bastante característico: 
- Dor testicular súbita UNILATERAL, que geralmente ocorre de 
forma espontânea, podendo até ser precipitada por trauma 
local ou exercício; 
- Não há queixas urinárias ou febre (A PRESENÇA DESSES 
SINTOMAS SUGERE ORQUIEPIDIMITE). 
Ao exame físico teremos um testículo aumentado de volume, 
muito doloroso, em posição mais elevada que o testículo 
contralateral. O reflexo cremastérico (elevação do testículo 
após estimulação da face interna da coxa) está reduzido ou 
abolido. Além Disso, podemos realizar a busca do Sinal de 
Prehn, que consiste na elevação pela mão do examinador do 
testículo acometido, de modo que nos casos de torção, não 
há melhora da dor (Sinal de Prehn negativo). (EM CASOS DE 
ORQUIEPIDIDIMITE HÁ MELHORA DOS SINTOMAS DOLOROSOS À 
MANOBRA= SINAL DE PREHN POSITIVO). 
Diagnóstico: 
O diagnóstico é feito através de: 
- Anamnese + exame físico; 
- USG com doppler da bolsa escrotal  identificará ausência 
de fluxo no cordão espermático. 
Tratamento: 
O tratamento é cirúrgico e de caráter emergencial, de modo 
que após a abertura da rafe mediada no escroto, o testículo 
é acessado, destorcido e sua viabilidade é avaliada. Em 
seguida é realizada a orquidopexia (fixação do testículo em 2 
pontos da bolsa escrotal), sendo obrigatória a orquiopexia do 
testículo contralateral, uma vez que há risco futuro deste 
testículo também torcer. (EM CASOS DE INVIABILIDADE 
TESTICULAR É REALIZADA A RETIRADA DESTE TESTÍCULO).

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