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01 - Sociedade e Estado

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Relações entre Estado 
e sociedade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Diferenciar Estado, nação e governo.
 � Explicar o significado de sociedade e suas características.
 � Identificar os principais aspectos das relações entre Estado e sociedade.
Introdução
Estado e sociedade estão intimamente ligados à natureza humana. O 
surgimento do Estado está relacionado ao fato de que o homem necessita 
viver em sociedade e necessita de cooperação entre seus semelhantes. 
Assim, o Estado emerge para regular essas relações e buscar o bem 
comum para todos, sem distinção. 
Neste capítulo, você vai estudar os conceitos de Estado, nação e 
governo; o significado de sociedade e suas características; e aspectos 
das relações entre Estado e sociedade.
Estado, nação e governo
Estado
Podemos dizer que o Estado é à organização que possui poder supremo sobre os 
indivíduos que ocupam um determinado território, ou seja, é uma organização 
social soberana e coercitiva. Para Max Weber, o Estado é soberano no exercício 
do pleno poder em uma sociedade, possui legitimidade para exercê-lo e, se ne-
cessário, exercer a força física sobre os indivíduos. Isso quer dizer que somente 
as organizações estatais são reconhecidas pelo povo e possuem autoridade e 
poder para regular o funcionamento da sociedade em um determinado terri-
tório. Dessa forma, podemos dizer que “[...] o Estado não admite concorrência 
e exerce de forma monopolista o poder político, que é o poder supremo nas 
sociedades contemporâneas [...]” (COELHO, 2009, p. 16). Nesse contexto, o 
exercício do poder refere-se à capacidade de influenciar de forma decisiva a ação 
e o comportamento das pessoas. Assim, Estado e poder são termos que não se 
dissociam. É comum confundir Estado com governo, com estado-nação, com 
país, e ainda, com regime político ou com sistema econômico. A capacidade de 
a organização exercer o poder sobre os indivíduos é insuficiente para definir o 
significado de Estado, que é impreciso na ciência política.
Existem muitas teorias que tentam explicar a origem do Estado. Aqui 
destacamos as duas explicações clássicas (MATIAS-PEREIRA, 2010):
 � A formação natural, que afirma que o Estado surgiu como uma ne-
cessidade humana, pois o homem, como um ser social, precisa viver
em sociedade para se realizar.
 � A formação contratual, que afirma que o Estado se forma pelo desejo 
voluntário dos homens e não de forma natural, sendo produto de um
acordo de vontades entre indivíduos.
Os elementos essenciais que justificam a existência do Estado são o povo, 
o território e o poder político. O povo é a essência do Estado. O Estado é
o instrumento de poder do povo, a partir do momento que este se organiza
politicamente. Sob o ponto de vista político, o povo é a parte da população
apta a participar do processo democrático, por meio de eleições. Do ponto de
vista sociológico, povo é a continuidade do homem, construído historicamente 
no decorrer do tempo, constituído de valores e aspirações comuns. Sob o
ponto de vista jurídico, povo é o conjunto de pessoas ligadas a determinado
ordenamento jurídico (BONAVIDES, 2000).
O território do Estado constitui a base geográfica do poder. Alguns es-
tudiosos o definem como o espaço pelo qual o Estado exercita seu poder de 
soberania. Fazem parte dele o mar territorial, a terra firme e suas águas, o 
subsolo, a plataforma continental e o espaço aéreo. 
O poder político é o poder do Estado, onde a exclusividade, a universalidade e 
a inclusividade são características que o diferenciam das demais formas de poder. 
A exclusividade diz respeito à tendência de o Estado não permitir, no âmbito de 
seu domínio, que grupos armados independentes se formem. A universalidade 
refere-se à capacidade que o Estado possui de decidir legitimamente em nome 
Relações entre Estado e sociedade2
da coletividade, no que se refere à distribuição e destinação dos recursos de toda 
natureza. A inclusividade, por sua vez, é a capacidade de o Estado intervir em 
todas as esferas da vida social, conforme o tempo, as circunstâncias e o inte-
resse público (BOBBIO; MATTEUCCI; PASQUINO, 1998). Apesar do caráter 
inclusivo e monopolista do poder do Estado, este pode exercer suas diferentes 
funções por meio de diferentes instituições. São três as funções fundamentais 
do Estado, de onde decorrem todas as suas ações (COELHO, 2009):
 � Legislativa: elabora as leis e o ordenamento jurídico necessários à
vida em sociedade;
 � Executiva: assegura que as leis sejam cumpridas;
 � Judiciária: julga a adequação ou não dos atos particulares sob as leis
existentes.
Cabe lembrar que qualquer sociedade humana possui uma ordem jurídica 
e um poder político, que na verdade é um poder jurídico, uma vez que sua 
legitimidade é reconhecida pela ordem jurídica, fazendo-se obedecer por meio 
de normas pelas quais exerce a dominação estatal. No Quadro 1, observe os 
poderes e seus níveis na organização do Estado brasileiro.
Fonte: Adaptado de Bächtold (2008, p. 72).
Poderes/Nível Federal Estadual Municipal
Legislativo Congresso 
Nacional: Câmara 
dos Deputados 
(Deputados Federais) 
e Senado Federal 
(Senadores)
Assembleia 
Legislativa 
(Deputados 
Estaduais)
Câmara 
Municipal 
(Vereadores)
Executivo Presidente da 
República, Vice-
Presidente e 
Ministros
Governador, 
Vice-
Governador e 
Secretários
Prefeito, Vice-
Prefeito e 
secretariado
Judiciário Supremo Tribunal 
Federal, Superior 
Tribunal de 
Justiça, Tribunais 
e juízes federais
Tribunais 
e juízes
Não há
Quadro 1. Organização do Estado brasileiro em poderes e seus níveis
3Relações entre Estado e sociedade
Cabe destacar que a Constituição Federal de 1988 elevou os municípios e o 
Distrito Federal à categoria de membros da federação, que antes eram limitados 
à União e aos estados, formando uma federação composta por três entes: o 
federal, o estadual e o municipal. No Brasil existem 26 estados-membros, um 
Distrito Federal e 5.570 municípios. 
Nação
Podemos definir nação como o conjunto de características culturais, históricas, 
ideológicas que formam uma identidade com a qual os indivíduos se identificam 
e se sentem pertencentes. A nação é formada por um grupo de pessoas que 
compartilham origem, interesses, ideias, valores, princípios, história, língua 
e cultura. A nação é constituída por uma sociedade politicamente organizada 
com governos e leis próprios, cujo papel do Estado é elaborar e assegurar o 
cumprimento das leis. 
As nações precedem o Estado e possuem um caráter mais subjetivo e humano. Diversas 
nações podem formar um Estado e uma nação pode estar dividida em diversos 
Estados (DE MATTOS, 2017).
Nosso país está localizado na América do Sul e é um Estado formado por 
uma federação de entidades subnacionais, chamados de estados-membros, 
cada qual com suas particularidades e cultura. Esses estados-membros são 
pequenas nações, que juntas formam a nação brasileira. No entanto, existem 
nações sem território e sem Estado próprio, ou seja, uma nação necessariamente 
não precisa estar no mesmo espaço geográfico ou dentro de um mesmo país. 
A Espanha é um Estado que possui muitas nações vivendo em seu território. Os catalães 
são um exemplo disso. São uma nação que não possui um Estado soberano e nem um 
território político definido. Dessa forma, têm reivindicado a criação de seus Estados 
independentes e a delimitação de seu território (DE MATTOS, 2017).
Relações entre Estado e sociedade4
Governo
O governo é uma das instituições que compõem o Estado e tem por função 
a administração de um estado ou país. Caracteriza-se por um conjunto de 
pessoas que ocupam posições de autoridade, tendo por objetivo impor regras a 
uma sociedade política e exercer sua autoridade. Nesse contexto, os governos 
se revezam regularmente, enquanto o Estado perdura e sua mudança é difícil 
e lenta. A monarquia e a república são as duas formas existentes de governo. 
Em relação ao seu sistema, o governo pode serparlamentar, presidencial, 
constitucional ou absoluto. Podemos dizer que a forma de governo é o modo como 
o poder é instituído na sociedade e como governantes e governados se relacionam.
O sistema de governo não pode ser confundido com a forma de governo: o sistema 
diz respeito à divisão e exercício do poder político no âmbito do Estado e a forma 
diz respeito ao modo como os poderes se relacionam. Assim, o Brasil é uma
república federativa presidencialista, formada pela União, estados e municípios.
O Brasil é uma república porque o chefe de Estado é eleito pelo povo, por período 
de tempo determinado; presidencialista porque o presidente da república é o chefe 
de Estado e também chefe de governo; e federativa porque os estados possuem 
autonomia política (BRASIL, 2009).
República é a forma de governo em que os representantes são escolhidos 
pelo povo. Surgiu em movimentos contra a monarquia e pela vontade do povo. 
Suas principais características são a temporariedade (o chefe do governo possui 
mandato com o prazo de duração estipulado); a eletividade (o chefe do governo 
é eleito pelo povo); a responsabilidade (o chefe do governo é politicamente 
responsável, o que significa que deve prestar contas de suas ações políticas 
ao povo ou a um órgão que o represente). 
O presidencialismo é o sistema de governo onde a administração do Estado 
é de responsabilidade do presidente da república, que acumula as atribuições 
de chefe de Estado e chefe do governo. A responsabilidade pelo poder execu-
tivo é do presidente da república, que é eleito pelo sufrágio universal e com 
mandato com o prazo de duração pré-estabelecido, podendo este ser cassado 
(impeachment) caso sejam comprovados erros, desmandos ou incompetência 
(crimes de responsabilidade) (GUIMARÃES, 2012). 
5Relações entre Estado e sociedade
Impeachment é o processo político-criminal instaurado por denúncia no Congresso 
Nacional, com a finalidade de apurar a responsabilidade do presidente da república 
em graves delitos ou má conduta ao exercer suas funções. O mesmo pode ser aplicado 
aos ministros do Supremo Tribunal ou de qualquer outro funcionário de alta categoria. 
Se a acusação proceder, cabe ao Senado destituí-los do cargo (HOUAISS, 2010).
O processo de tornar realidade a vontade do Estado ocorre por meio do 
governo, o que faz dele um poder acima dos demais e também exige cons-
tantes reformulações, tanto de legisladores sobre as normas que regem o 
funcionamento do Estado e garantem relações adequadas com a sociedade, 
bem como dos tribunais para assegurar constante aderência entre os atos do 
governo e a legislação. 
Tal dinâmica garante que os atos do governo não sejam desmedidos e tota-
litários. Ao contrário, em um governo democrático, com governantes eleitos e 
tendo seus atos submetidos de forma constante a escrutínios da opinião pública 
e diferentes formadores de opinião, o poder do governo é dependente do apoio 
parlamentar para propostas políticas e legislativas. Depende, também, das 
respostas às expectativas da população e da relação com a mídia, empresas, 
sindicatos e associações de classe, entre outros.
Escrutínio é o processo de votação por meio de urna (HOUAISS, 2010).
Em todos os regimes, democráticos ou não, a força do governo dependerá 
também da sua capacidade de identificar necessidades e anseios sociais e 
transformá-los em políticas públicas que produzam resultados na sociedade, 
dando respostas efetivas aos problemas que pretende enfrentar. Para isso, o 
governo depende também de um aparato administrativo capaz de transformar 
as suas diretrizes em atos e da capacidade de alocar recursos sociais para 
realizá-los. Todo esse complexo conjunto de exigências foi denominado de 
requisitos, ou elementos, da governabilidade.
Relações entre Estado e sociedade6
Democrático ou não, um regime se legitima pelas respostas que dá à sociedade 
(COELHO, 2009).
Sociedade
A sociedade é uma rede de relações entre indivíduos, grupos sociais e organi-
zações. O ser humano possui a tendência e a necessidade de viver em grupo 
para se desenvolver. Dessa forma, quando falamos em sociedade falamos de 
um grupo de pessoas que compartilham a mesma cultura e tradições e se 
localizam no mesmo tempo e espaço. Todo homem está imerso na sociedade 
onde está inserido, sendo influenciado por ela em sua formação. Cabe ressaltar 
que a sociedade humana surgiu da necessidade de ajuda para sobreviver, o 
que o homem necessita desde os primórdios. 
As relações entre os indivíduos de uma sociedade são chamadas de rela-
ções sociais, que são a base da existência da sociedade. Cabe ressaltar que 
essas relações são dinâmicas e se transformam conforme as necessidades de 
mudanças. O comportamento humano é permeado por grande complexidade, 
onde os indivíduos influenciam e são influenciados pelo meio em que vivem. 
Ou seja, nosso comportamento é determinado por nossa cultura e histórias de 
vida pessoal, e para que possamos nos desenvolver, temos como referência o 
comportamento dado pela sociedade. 
Os estudos mais ordenados sobre a sociedade começaram a ser elaborados 
com o evento da Revolução Industrial, com o surgimento de novos grupos 
sociais (a burguesia e o proletariado) e com o surgimento da sociedade capi-
talista. A Revolução Francesa também teve grande participação nessa cons-
trução, uma vez que favoreceu a ascensão da burguesia ao poder, trazendo 
à tona problemas e conflitos sociais e mostrando que a sociedade se dividia 
em grupos antagônicos. 
Explicar as origens da sociedade sempre foi interesse de estudiosos, 
pensadores, filósofos e cientistas. Dentre as diversas teorias que tentam essa 
explicação, duas se destacam: a teoria naturalista e a teoria contratualista. 
A teoria naturalista surge da necessidade natural do homem de viver em 
grupos, o que é explicado por sua condição de ser sociável. Essa teoria é a que 
tem maior número de adeptos, como, por exemplo, Ranelletti (1937), que dizia 
que o homem só se beneficia dos conhecimentos, produção e experiência de 
7Relações entre Estado e sociedade
outras pessoas convivendo e cooperando com elas. A teoria contratualista 
defende que a sociedade é produto da vontade dos homens, ou seja, surge de 
um contrato estabelecido entre eles, que transferem mutuamente direitos e 
deveres impostos por normas. 
A sociedade é construída dia a dia por meio da organização social e da 
participação individual, que de forma ativa definem o modelo de sociedade 
que serve de referência para determinado grupo de indivíduos. Nós vivemos 
em sociedade porque temos capacidade de organização e de seguir regras. 
Cabe destacar que nessa relação em sociedade realizamos trocas constantes 
que não se resumem apenas à lógica do lucro, mas sim trocas simbólicas no 
intuito de manter os laços de solidariedade e dar significado à nossa existência. 
Figura 1. Viver em grupos possibilita produzir significado à sociedade e à 
própria existência.
Fonte: Mix3r/Shutterstock.com.
De uns anos para cá o conceito de sociedade civil foi ganhando relevância 
quando o assunto era analisar a realidade política do Brasil. Tal valorização 
aconteceu com o final da ditadura militar, quando vários setores da socie-
dade reprimidos pelo Estado começam a se movimentar para defender seus 
direitos. Dessa forma, surgem outros movimentos sociais como os dos negros, 
dos índios, buscando conquistar direitos antes negados. Esses movimentos, 
somados à influência das teorias de Gramsci e às mudanças que o Estado 
Relações entre Estado e sociedade8
vinha sofrendo há anos, contribuíram para que o conceito de sociedade civil se 
distanciasse do conceito tradicional. O novo conceito retratava a situação em 
que de um lado estava o Estado, fechado, inacessível e arbitrário, e do outro, 
os cidadãos, com sua participação cada vez mais limitada. No entanto, muitas 
mudanças aconteceram no Estado e na própria sociedade com o surgimento 
de novos grupos sociais, tornando o relacionamento entre eles mais complexo.Uma maior importância dos direitos dos cidadãos na sociedade civil do século 
XIX fez surgir novos conceitos (TONET, 1997).
Para Gramsci, a sociedade civil é composta por instituições pluralistas e privadas, como 
a igreja, a escola, a universidade, os jornais etc., que atuam como produtoras, formadoras 
e reprodutoras de hegemonia, em busca de nova concepção ética-política-cultural 
(MOTTA, 2008).
A sociedade civil é a principal forma de a sociedade se organizar politica-
mente, influenciando o Estado e suas políticas públicas. Na sociedade civil, todos 
os membros correspondem a seu capital, a seu conhecimento e a sua capacidade 
de organização e comunicação. Enquanto a nação tem por objetivo a busca de 
autonomia nacional, segurança e desenvolvimento econômico, a sociedade 
civil, politicamente organizada, busca a liberdade, a justiça social e a proteção 
do ambiente. Podemos diferenciar nação e sociedade civil primeiro por sua 
condição histórica: a nação surge na formação do estado-nação e a sociedade 
civil surge depois da formação do estado-nação, quando adquire consistência 
política. Outro aspecto que diferencia nação de sociedade civil são os valores, 
objetivos e os compromissos pessoais de seus membros: a sociedade civil tem 
como objetivos universais a liberdade, a justiça e a proteção do ambiente, e a 
ideia da divisão em classes sociais, em grupos de interesses e em indivíduos 
centrados na sua própria realização. As pessoas se unem voluntariamente em 
torno de valores ou iniciativas com objetivos específicos, geralmente na forma 
de organizações, associações, institutos, fundações etc. A nação, por sua vez, 
tem como objetivos centrais, a união nacional e o desenvolvimento econômico.
9Relações entre Estado e sociedade
Exemplos de sociedade civil: sindicatos, associações profissionais, instituições de 
caridade, movimentos sociais, grupos ambientalistas, entre outros. Estas são entidades 
privadas, sem fins lucrativos que buscam um bem púbico. Seu agrupamento é chamado 
de terceiro setor (DE MATTOS, 2017).
Para teóricos como Hobbes, Locke e Rousseau, a sociedade civil compre-
endia o Estado e a sociedade politicamente organizada. Para Marx e Engels 
a sociedade civil se confundia com a organização econômica da sociedade e 
com a burguesia estimulada pelo Estado. No entanto, Gramsci, Poulantzas e 
Rey perceberam que o Estado já não era o representante da burguesia, e sim 
o lugar em que os interesses competitivos dos variados grupos capitalistas 
podiam ser unificados. Para Bobbio (1982), o Estado continuava garantindo 
a apropriação e a acumulação capitalista. No entanto, com a ampliação da 
sociedade civil, outros setores ganharam força equivalente à burguesia (tra-
balhadores e intelectuais) e esta deixou de ser parte da infraestrutura para ser 
parte da superestrutura do Estado (BRESSER-PEREIRA, 2016). 
Para aprofundar o conhecimento sobre a obra de Gra-
msci, leia o artigo Estado e sociedade civil em Gramsci: uma 
primeira aproximação. Este texto se propõe a capturar as 
concepções de Estado e de sociedade civil, bem como 
lançar um olhar sobre a construção da relação dialética 
existente entre ambos e a atualidade de sua contribui-
ção para a análise da realidade contemporânea (ROCHA; 
COSTA, 2016). Acesse o link ou o código a seguir.
https://goo.gl/EP2Feq
A sociedade civil brasileira ressurgiu em meados dos anos 1970, quando 
o regime autoritário brasileiro deixou de controlar algumas práticas proibi-
das como reuniões públicas de associações voluntárias, mas continuou no 
controle das regras de competição política (O’DONNELL; SCHMITTER, 
1986; STEPAN, 1989 apud AVRITZER, 2012). Nesse momento, surgiu um 
Relações entre Estado e sociedade10
https://goo.gl/EP2Feq
grande número de organizações da sociedade civil e de movimentos sociais, 
lutando pela democracia, criticando a corrupção, pedindo a diminuição das 
desigualdades e defendendo o ambiente. As identificações da sociedade civil 
com os movimentos e as organizações sociais se opõem ao conceito clás-
sico de Hegel sobre a sociedade civil. Na verdade, são essas organizações e 
movimentos, tanto quanto grupos corporativos e de variados interesses, que 
formam a sociedade civil. 
Para Hegel, a sociedade civil sucede a unidade familiar como lugar de satisfação das 
necessidades. As classes sociais e a oposição entre diferentes grupos, estimulada por 
interesses econômicos, surgem da dissolução da unidade familiar. Conforme cada 
grupo passa a defender seus interesses, a tendência é uma anarquia generalizada, 
colocando em risco a sobrevivência da sociedade (TONET, 1997).
A reorganização da sociedade civil no Brasil resulta dos seguintes processos: 
 � A rápida urbanização, deslocando as pessoas de baixa renda do campo
para as cidades, em locais com serviços precários, gerando a luta por
melhores serviços públicos (SANTOS, 1979; CALDEIRA, 2000); 
 � A modernização econômica do Brasil, transformando as políticas de
planejamento urbano, de saúde e educação em questões tecnocráticas, o 
que levou os atores de classe média (economistas, médicos, advogados, 
professores universitários) a reagirem a esse projeto e organizar formas 
de ação coletiva e associação para disputar esses elementos tecnocráticos 
(BOSCHI, 1987; ESCOREL, 1998; AVRITZER, 2012);
 � Oposição dos setores liberais e de classe média à ausência de regras e
accountability nos processos políticos e civis.
Accountability: termo da língua inglesa que pode significar na língua portuguesa a 
responsabilização pessoal pelos atos praticados e a exigida prestação de contas, tanto 
no âmbito público quanto no âmbito privado (PINHO, 2009).
11Relações entre Estado e sociedade
Principais aspectos das relações
As relações entre Estado e sociedade são marcadas historicamente pelo pro-
tagonismo do Estado. O conceito de Estado é dinâmico, no entanto, é possível 
dizer que desde sua origem até os dias atuais alguns aspectos prevalecem como 
a existência do território e do povo. Alguns autores afirmam que o conceito de 
Estado não é universal, servindo apenas para indicar e descrever uma forma 
de ordenamento político. 
A sociedade civil, por sua vez, é a esfera das relações entre indivíduos, 
grupos e classes, situadas externamente às relações de poder, que caracterizam 
as instituições estatais. 
Para Durkheim, “[...] a sociedade é um conjunto de pessoas interdepen-
dentes que forma um todo maior do que a simples soma das suas partes [...]” 
(BRESSER-PEREIRA, 2016, p. 7). 
O Estado e a sociedade podem ter três formas de intermediação social: a 
nação, a sociedade civil e as classes sociais. É na sociedade civil que acon-
tecem os conflitos que o Estado tem que administrar. A intermediação pode 
acontecer em forma de luta de classes ou de coalizões de classes. A sociedade, 
no contexto político, como nação e como sociedade civil, deve ser comparada 
ao conceito de povo, em seu sentido histórico, enquanto conjunto de clãs e 
tribos, e em seu sentido político-jurídico. 
No sentido histórico, o povo antecede a nação. Comunidades e povos que 
compartilhavam o mesmo idioma e costumes resolveram se transformar em 
nação e se dotar de um Estado. Dessa forma, o povo antecede o Estado e a 
nação. Ao surgir do povo, o Estado o transformou num corpo político: a nação. 
Essa transformação do povo em nação é a base do Estado moderno. 
No sentido político-legal, no contexto do Estado moderno, o povo é o 
conjunto de cidadãos que possuem direitos iguais. Assim, a relação entre 
nação e povo é inversa, ou seja, conforme a nação vai conseguindo formar seu 
Estado, surge o seu povo. Os cidadãos que formam o povo possuem direitos 
e poderes políticos iguais, como, por exemplo, o direito ao voto. Já enquanto 
nação e sociedade civil, o poder do povo varia de cidadão para cidadão porque 
é controlado por aqueles que possuem dinheiro, conhecimento, organização e 
capacidade de comunicação. Dessa forma, na nação, os mais poderosos serão 
aqueles que possuírem mais interessese maior capacidade de organização no 
âmbito da autonomia nacional e do desenvolvimento econômico. Terão mais 
força na sociedade civil aqueles que tiverem maior interesse na liberdade, na 
justiça e na proteção da natureza (BRESSER-PEREIRA, 2016).
Relações entre Estado e sociedade12
Nas relações entre a sociedade e o Estado dois problemas podem ser iden-
tificados (BRESSER-PEREIRA, 2016): 
 � O problema histórico: a discussão gira em torno de quem surgiu pri-
meiro, a nação ou o Estado? Para Bresser-Pereira (2016) há uma relação 
histórica entre a sociedade e o Estado, evoluindo de uma primazia do 
Estado e das elites nacionalistas e burguesas que o formam, para uma 
sociedade política com o povo, do qual a burguesia é a classe principal, 
determinando o Estado, suas leis e suas políticas públicas, à medida 
que a sociedade política se democratiza. O avanço desse ciclo faz com 
que a organização da nação e da sociedade civil amplie seu poder, não 
mais limitado pelas elites econômicas e tecnoburocráticas ou culturais.
Tecnoburocracia é uma classe situada dentro do aparelho do Estado, que o influencia 
interna e externamente. É uma forma de burocracia dotada de muito tecnicismo 
(BORBA, 2004). 
 � O problema da autonomia relativa: a autonomia de quem em relação a 
quem? Do Estado em relação à sociedade? Estes são problemas centrais
da teoria do Estado. No entanto, faz mais sentido indagar quem possui 
autonomia em relação à estrutura econômica da sociedade, a sociedade 
civil ou a nação? 
A principal característica da sociedade civil brasileira de 1930 à década 
de 1980 foi a reivindicação de autonomia em relação ao Estado e aos partidos 
políticos. Foi um período de forte intervenção do Estado na organização da 
sociedade. Durante a democratização, a reivindicação de autonomia tinha 
dois significados principais (AVRITZER, 2004):
1. Buscar a autonomia organizacional em relação ao Estado, ou seja,
agir sem a autorização do Estado, ignorando os limites impostos à
organização interna e externa das associações voluntárias.
13Relações entre Estado e sociedade
Essa prática fez surgir novas associações voluntárias, bem como novas 
formas de reclamar em público para o Estado, tornando-se essa uma prática 
comum (abaixo-assinados, convocação de autoridades estatais, assembleias etc). 
2. Propor formas de administração de políticas sem a participação do Estado. 
Como exemplo disso temos as propostas de novas formas de organização das 
políticas de saúde sem a participação do Estado; movimento pela reforma 
urbana, vetando a participação do Estado nas políticas urbanas, entre outros. 
Os dois movimentos radicalizaram a ideia da autonomia social, tendo forte 
influência nesse período. 
Dessa forma, você pode notar que nesse momento de organização da 
sociedade civil, dois fenômenos ocorreram (AVRITZER, 2012): 
 � O aumento do número de associações voluntárias, expressando uma 
nova correlação de forças entre a sociedade civil e o Estado no Brasil; 
 � A ideia de que a sociedade civil poderia lidar com políticas públicas 
sem a participação do Estado. 
O processo de busca da autonomia do Estado redefiniu significativamente a 
ação da sociedade civil, formando um novo conceito de autonomia. Repensar as 
relações entre Estado e sociedade foi o objetivo principal de grandes estudiosos 
que contribuíram pela análise a partir das relações políticas, econômicas, ideoló-
gicas, sociais etc. Veja que ao longo dos tempos, por meio da ação política, várias 
formas de sociedades politicamente organizadas mostraram-se capazes de fazer 
com que as ideias e as instituições, em relação à base econômica, avançassem.
Evans (2004) propõe reflexões sobre a relação que o Estado e a sociedade 
devem manter para que o desenvolvimento econômico, a melhor distribuição 
de renda e os melhores indicadores sociais sejam garantidos. Para o autor, 
Estado e sociedade devem atuar em parceria, já que possuem autonomia um em 
relação ao outro. Nesse contexto, o Estado conseguiria desenvolver seu corpo 
burocrático de forma satisfatória, compondo-o com pessoas selecionadas por 
suas competências profissionais, desenvolvendo assim, uma perspectiva de 
longo prazo, que transmite confiança aos agentes econômicos, impedindo os 
interesses privados. Um Estado atuante, com pessoas capacitadas e com visão 
de longo prazo, é um Estado forte para criar condições de se implementar um 
verdadeiro projeto em nível nacional. 
No entanto, apenas um Estado forte não é o suficiente. Para o equilíbrio nessa 
parceria está a sociedade na outra ponta, por meio da participação e de efetivos 
Relações entre Estado e sociedade14
controles sociais de políticas públicas. Em nações onde a sociedade civil organi-
zada, com forte interação com o poder público, participa ao mesmo tempo como 
agente de pressão política e parceria em projetos de políticas públicas, obtiveram-se 
melhorias nos indicadores de condição de vida. Uma relação equilibrada entre 
Estado e sociedade poderia rejeitar o medo do estatismo e do corporativismo. Um 
poder público constituído por normas claras e efetivas e com corpo burocrático 
eficiente, somado à participação da sociedade nos variados canais de decisão, 
poderá tornar a democracia brasileira mais real e menos formal (EVANS, 2004).
 � Estatismo é o sistema onde o Estado atua como empresário na produção industrial 
e de serviços de um país.
 � Corporativismo é uma doutrina com base no agrupamento das classes produtoras 
em corporações de defesa de seus interesses.
 Fonte: Houaiss (2010).
Dessa forma, a construção de novos direitos e de políticas públicas se dá a 
partir de interesses e dos conflitos que ocorrem entre os diversos segmentos 
da sociedade e encontram, principalmente, nas instituições públicas estatais, 
o local de sua resolução. Assim sendo, os conflitos fazem parte do sistema
democrático e os direitos formalizados são resultantes desse processo e das
relações entre Estado e sociedade.
1. Existem muitas teorias que tentam 
explicar a origem do Estado. Como 
é chamado o tipo de formação 
que afirma que o Estado surgiu 
como uma necessidade humana?
a) Formação cultural.
b) Formação natural.
c) Formação familiar.
d) Formação contratualista.
e) Formação política.
2. Existem três elementos 
essenciais que justificam a 
existência do Estado. São eles:
a) nação, governo e povo. 
b) governo, república e nação.
c) território, povo e governo.
d) poder político, povo e economia.
e) povo, território e poder político.
3. Explicar as origens da sociedade 
sempre foi interesse de pensadores, 
15Relações entre Estado e sociedade
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filósofos e cientistas. Como é 
chamada a teoria que defende que 
a sociedade é produto da vontade 
do homem, ou seja, surge de um 
contrato estabelecido entre eles?
a) Teoria contratualista.
b) Teoria política.
c) Teoria revolucionária.
d)Teoria econômica.
e) Teoria naturalista.
4. A sociedade civil é a principal 
forma de a sociedade se organizar 
politicamente, influenciando 
o Estado e suas políticas 
públicas. Podemos dizer que 
os objetivos da sociedade civil 
politicamente organizada são:
a) voluntariado, lucro, liberdade.
b) acumulação de riqueza, 
apropriação, voluntariado.
c) autonomia nacional, segurança, 
desenvolvimento econômico.
d) interesses políticos, 
lucro, apropriação.
e) liberdade, justiça, proteção 
do ambiente.
5. Existem três formas de 
intermediação social entre 
Estado e sociedade. São elas:
a) cidades, estados-membros.
b) clãs, tribos.
c) comunidades, povo.
d) nação, sociedade civil, 
classes sociais.
e) bairros, municípios
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Leitura recomendada
KRITSCH, R. Estado e sociedade civil na teoria política: alguns paradigmas e muitas 
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http://www.baudovalentim.net/em-busca-do-sentido-da-
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