Prévia do material em texto
Rose Anne 1 Hanseníase • Doença infectocontagiosa dermatoneurológica de evolução crônica • Causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo intracelular obrigatório → afinidade com a células de Shwann produz a bainha de mielina doença incapacitante • Bacilo Álcool Ácido Resistente (BAAR) • Imunidade celular (Th1) é a única capaz de conter esse bacilo • Imunidade humoral (Th2) é ineficaz → produção de anticorpos • Quadro clínico depende da imunidade do hospedeiro • Atinge principalmente pele (macrófagos), nervos (células de Shwann) e mucosas • Pode também apresentar acometimento ocular, nasal, articular, ganglionar, visceral e da medula óssea, particularmente nos pacientes multibacilares • Na maioria dos casos, é transmitida por meio do convívio com doentes portadores de alta carga bacilar (multibacilares), sem tratamento • Período de evolução/incubação ✓ De 2 a 5 anos para os paucibacilares ✓ De 5 a 10 anos para os multibacilares • Tempo de incubação é longo e progressão da doença é lenta (silenciosa), o que dificulta o diagnóstico precoce • O homem é o principal reservatório (além de tatus, macacos e esquilos) • 10% da população adoece; 90% são imunologicamente competentes contra o bacilo (gene recessivo que confere imunidade à hanseníase) • Adoecimento está associado às condições socioeconômicas de vida • Notificação compulsória e investigação obrigatória (avaliar contactantes) • Alta infectividade e baixa patogenicidade • Alta morbidade (sequelas neurológicas) • Baixa mortalidade e letalidade Principal via de infecção do M. leprae é a respiratória (vias áreas superiores) Apenas os multibacilares (MB) transmitem a doença. Bacilos também são encontrados na: • Pele • Leite materno (não é via de transmissão) • Meio ambiente e animais Quando suspeitar: Lesão de pele + Alteração de sensibilidade Definição de caso Manchas hipocrômicas ou avermelhadas com diminuição da sensibilidade Dormência ou formigamento nas mãos ou nos pés Diminuição da força nas mãos, pés e pálpebras Nervos doloridos ou espessados Edema ou nódulos na face e pavilhão auricular Feridas ou queimaduras indolores em mãos e pés Rose Anne 2 Todo paciente que apresentar pelo menos uma das seguintes apresentações • Lesão e/ou áreas de pele com perda da sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil • Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou tátil • Presença do M. leprae confirmada em bacilos ou bx de pele Perda de sensibilidade segue a seguinte ordem: Epidemiologia • Brasil: país endêmico; • Segundo lugar no mundo em número absoluto de casos; • Taxa de prevalência de 1,01/10.000 habitantes com 20.702 casos em registro ativo; • Associada a condições socioeconômicas; • Norte, Nordeste e Centro-Oeste: altas taxas. Classificação clínica Rabello: • Indivíduos com Hanseníase Indeterminada (I) não tratada podem evoluir para a forma ✓ Polar Tuberculoide (T) ✓ Polo Lepromatoso (L) ou Virchowiano (V) Congresso de Leprologia (Madri): Adição de outra classificação: Hanseníase Boderline ou Dimorfa • O subtipo que mais incapacita, por fazer mais reação hansênica • Grupo clinicamente instável durante a sua evolução • Podem manifestar clínica tanto do Polo T como do Polo L Ridley e Jopling Modificação da Classificação de Madri com base nos aspectos histológicos e imunológicos Pacientes Borderline (B) • Boderline Tuberculoide (BT) ou Dimorfo Tuberculoide • Boderline-Boderline (BB) ou Dimorfo- Dimorfo • Boderline-Lepromatoso (BL) ou Dimorfo Virchowiano 1º) Térmica 2º) Dolorosa 3º) Tátil Rose Anne 3 OMS (1995) → classificação inadequada/errônea • PB (até 5 lesões) • MB (> 5 lesões) Importante para as unidades básicas por facilitar a classificação, mas idealmente deve fazer a classificação com a baciloscopia e, se necessário, Bx Os 10% dos pacientes que adoecem geralmente iniciam com a forma Indeterminada Rose Anne 4 Teste de Mitsuda Avaliar a imunidade do indivíduo Antígenos do M. leprae injetados no braço e se há formação inflamatória ou não • Positivo: 5 mm (não confirma diagnóstico de hanseníase) • Negativo: < 5 mm (imunidade celular) Manifestações clínicas: Hanseníase Indeterminada • Forma inicial da doença, podendo evoluir para outras formas clínicas • Máculas hipocrômicas com bordas mal definidas de número variável ✓ Quanto maior o número, pior a progressão, se não houver tratamento adequado • Na maioria dos casos, a única sensibilidade alterada é a térmica (início) • Se houver eritema e/ou infiltração e alteração da sensibilidade dolorosa e tátil → indicação de outras formas clínicas • Não há espessamento de nervos periféricos • Pode apresentar alopecia, anidrose ou hipoidrose local • Baciloscopia é negativa • Ao anatomopatológico (AP), apenas infiltrado inflamatório inespecífico perianexial e peri e/ou intraneural Hanseníase Tuberculoide • Imunidade celular (Th1) ao bacilo • Pequeno número de lesões (doença localizada) • Placa tricoftoide com bordas bem definidas com centro atrófico (com tendência à cura; crescimento centrífugo) • Nas lesões mais antigas pode haver queda de pelo • Sensibilidade térmica, dolorosa e tátil, geralmente alteradas • Acometimento de troncos nervosos (pequeno número) • Comprometimento neural precoce, grave e assimétrico (neurite grave, intensa) devido à ação da imunidade celular nas células neuronais para destruir o bacilo, levando a lesão neural • Agressão neural pode ser grave, levando a pseudoabscessos e disfunção • Baciloscopia negativa • Ao exame AP observa-se presença de granulomas tuberculoides → agrupamento de macrófagos Hanseníase Lepromatosa ou Virchowiana Rose Anne 5 • Apenas imunidade humoral Th2 ✓ Não consegue conter o bacilo (presente em maior número) – múltiplas lesões e pele infiltrada ✓ Baciloscopia fortemente positiva • Na fase inicial: máculas eritemato- hipercrômicas, ligeiramente infiltradas • Progressivamente, as máculas perdem seus limites em relação à pele normal, aumentam de tamanho e confluem, formando áreas infiltradas, disseminadas ou generalizadas • Lesões papulosas e tuberosas (hansenomas ou lepromas – pequenos tumores) que surgem sobre as áreas infiltradas • Comprometimento neural lento e simétrico • Madarose bilateral → perda de cílios ou da sobrancelha • Xerodermia • Edema de extremidades • Cianose das regiões palmoplantares – inervação dos microvasos está comprometida • Acometimento do pavilhão auricular • Geralmente bilaterais e simétricos • Espessamento dos nervos periféricos, com anestesia bilateral, em bota ou luva e alterações oculares • Nervos mais comumente acometidos: facial e trigêmeo • Ulcerações cutâneas, mal perfurante plantar com perdas ósseas e graves manifestações sistêmicas (em pcts sem tto adequado) Hanseníase Boderline ou Dimorfa • Compreende o maior grupo de pacientes diagnosticados • São divididos em ✓ Dimorfa Tuberculoide → Do ponto de vista clínico, a Dimorfa Tuberculoide se assemelha à Hanseníase Tuberculoide (porém as lesões são maiores na DT) → Apresentam placas eritematosas com tamanho e número variáveis → Baciloscopicamente são negativos ou fracamente positivos ✓ Dimorfa Dimorfa → Presença de múltiplas manchas hipocrômicas da fase inicial com infiltração periférica de cor eritematoferruginosa invadindo a pele normal → aspecto em queijo suíço ✓ Dimorfa Virchowiana → Parecido com Hanseníase Virchowiana em suas diferentes fases evolutivas → Porém existem muitas áreas de pele normal entre as infiltrações e podem evoluir para um quadro de infiltração difusa → Baciloscopia fortementepositiva também • Mais instáveis imunologicamente devido à ação da imunidade tipo 1 e tipo 2 • É comum o envolvimento de troncos nervosos periféricos (em todos os casos de Hanseníase Dimorfa) Rose Anne 6 • São o subtipo que mais fazem reação hansênica, com risco de lesões neurais graves e incapacitantes Reações hansênicas • Episódios agudos, observados ao longo da evolução da hanseníase (antes, durante ou depois do tratamento); • Resultam da destruição de bacilos e liberação de partículas antigênicas • Principal causa de sequela neurológica Reação reversa ou tipo 1 • Lesões cutâneas adquirem um aspecto edemaciado e podem ulcerar; • Troncos nervosos aumentam de volume e tornam-se dolorosos particularmente ao toque; • Mediada por célula Th1 (imunidade celular) • Tuberculoide, dimorfo tuberculoide • Manter PQT + Prednisona Reações tipo 2 • Ocorrem principalmente nos pacientes virchowianos e em menor número nos dimorfo-virchowianos • Trata-se de uma reação inflamatória sistêmica mediada por imunocomplexos (imunidade Th2) – complexo antígeno- anticorpo • Ocorre eritema nodoso hansênico • Febre e comprometimento do estado geral • Além de pelo e nervos, as articulações, músculos, tendões, ossos, linfonodos, olhos, testículos, fígado, dentre outros órgãos podem estar envolvidos • Manter PQT + Talidomida, com exceções Obs: Algumas infecções também podem estimular uma reação hansênica, não apenas a destruição de bacilos Com a hanseníase, o sistema imunológico do paciente fica hiper-reativo Reação hansênica ≠ Recidiva • Reação após o tratamento → não é necessário tratar novamente • Tratar somente a reação • No caso de recidiva, pcts já curados, deve- se iniciar a PQT novamente Rose Anne 7 Fenômeno de Lúcio • Fenômeno trombótico vascular • Carga bacilar intensa que invade os vasos sanguíneos, levando a necrose cutânea • Exclusivo de Hanseníase virchowiana • Ocorre antes do tto • Áreas de necrose cutânea Diagnóstico • Na maioria das vezes, é clínico Pelo menos 1 dessas condições: Pesquisa para sensibilidade térmica, dolorosa e tátil Muitas vezes, lesões nas formas clínicas indeterminada e multibacilar podem estar com sensibilidade normal, sendo inclusive dolorosas Exames laboratoriais Formas indeterminadas, multibacilar inicial, na forma neural e no diagnóstico diferencial entre recidiva e reação hansênica Sempre que possível fazer baciloscopia (não é feita para diagnóstico) Ter à disposição os seguintes exames • Prova da histamina • Prova da Policarpina • Histopatologia • Sorologia anti-PGL1 (PGL1: proteína do bacilo) ✓ Baciloscopia fortemente positiva (forma Virchowiana) tem Anti-PGL1 alto (pior prognóstico) • PCR • ENMG, USG e RM são úteis no diagnóstico da forma neural Em casos duvidosos, crianças, pacientes com deficiências e pacientes psiquiátricos: Prova da histamina • Coloca-se uma ou várias gotas de uma solução de histamina na área suspeita e na área sadia e perfura-se a pele superficialmente nas duas áreas • Observa-se um pequeno halo eritematoso em torno da punctura, devido à ação da Histamina nos vasos • Em seguida, há formação de um halo eritematoso maior, que seria o eritema reflexo devido ao estímulo das terminações nervosas, o que não acontece na lesão de hanseníase e, finalmente uma pápula Prova da Pilocarpina • Injeta-se intradermicamente uma solução de Nitrato ou Cloridrato de Pilocarpina na área suspeita e na área sadia • Saída de gotículas de suor na área sadia e ausência na área suspeita confirma o diagnóstico Anamnese • Sinais e sintomas; Rose Anne 8 • Possíveis vínculos epidemiológicos; • Ocupação e suas atividades diárias; • Perguntar sobre manchas na pele, há quanto tempo, se há alguma área com alteração de sensibilidade no corpo, se tem dores nos nervos; • Fraqueza nas mãos e nos pés, se usou alguma medicação, se teve melhora Geralmente as principais queixas são: • Manchas dormentes na pele • Dores e câimbras • Formigamento • Dormência • Fraqueza nas mãos e pés Exame dermatológico • Identificar as lesões de pele próprias da hanseníase com pesquisa de sensibilidade • Inspeção da superfície corporal no sentido craniocaudal, seguimento por seguimento para identificar as áreas acometidas • Locais mais frequentes: face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas Pesquisa de sensibilidade • Térmica → tubo de ensaio ou algodão e éter • Dolorosa → agulha ou ponta de caneta • Tátil → Mecha de algodão seco Avaliação dermatoneurológica • Neurite pode ser silenciosa (assintomática) ou aguda • Com dor intensa, hipersensibilidade, edema, perda da sensibilidade e paralisia muscular • No estágio inicial, a neurite não tem dano neural demonstrável • Quando crônica, evolui para: • Anidrose → alopecia → perda da sensibilidade (térmica – dolorosa – tátil) → paralisia muscular (nessa ordem) • Deve ser realizada no momento do diagnóstico, semestralmente, na ocorrência de neurites e reações e após o tratamento Principais nervos periféricos acometidos • Face: trigêmeo e facial; • Braços: radial, ulnar e mediano; • Pernas: fibular comum e tibial posterior. Fazer inspeção dos olhos, nariz, mãos e pés Olhos • Perguntar sobre prurido, ardor, visão embaçada, ressecamento, pálpebras pesadas, lacrimejamento Nariz • Verificar congestão nasal, perfuração de septo, desabamento nasal Membros superiores • Questionar sobre diminuição de força, dormência • Verificar se há calosidades, fissuras, ferimentos, cicatrizes, atrofias musculares e reabsorção óssea (perda de falanges) Membros inferiores • Observar calosidades, ferimentos • Reabsorção óssea → perda de falanges • Observar marcha (pé caído) Palpação dos nervos periféricos • Nervo radial • Nervo mediano mão em garra • Nervo ulnar • Nervo fibular comum → “pé caído” • Nervo tibial posterior (sensibilidade da ponta do pé) 1º) Térmica 2º) Dolorosa 3º) Tátil Rose Anne 9 Verificar em cada nervo palpado • Se há dor no trajeto do nervo espontaneamente • Se há dor ou choque à palpação • Se há espessamento, sempre comparando um lado com o outro • Se há endurecimento do nervo • Se há abscessos ou nódulos Avaliação da força muscular Teste de mobilidade articular das mãos e pés Avaliação da sensibilidade dos olhos com fio dental Teste dos pontos com Estesiômetro ou caneta Bic • Estesiômetro – monofilamentos de Semmes-Wenstein Diagnóstico diferencial • P. versicolor → forma indeterminada • Eczema • Tínea do corpo • Vitiligo • Síndrome do túnel do carpo • Neuralgia parestésica • Neuropatia alcoólica • Neuropatia diabética • Neuropatia compressiva • LER Tratamento • Poliquimioterapia; • Acompanhamento das complicações; • Prevenção de sequelas; • Tratamento das incapacidades físicas. Tratamento ambulatorial Dapsona • Ação principalmente bacteriostática • Baixa ação bactericida • Atua provavelmente como antagonista do PABA, impedindo sua utilização na síntese do Ácido Fólico pelo M. leprae • Principais efeitos adversos: gastrite, cefaleia, fotodermatite, hemólise, meta- hemoglobinemia, anemia hemolítica, agranulocitose, hepatite, síndrome dapsona, neuropatia periférica e síndrome nefrótica Rifampicina (RMP) • Ação primariamente bactericida • Age inibindo a enzima RNA polimerase do bacilo em processo de multiplicação • É bem tolerada pela maioria dos pacientes • Efeitos adversos: síndrome pseudogripal, hepatotoxicidade, trombocitopenia, psicose, rash cutâneo, prurido, diminuição do apetite, anemia hemolítica, diarreia, dor abdominal, mal-estar, icterícia, púrpura, epistaxe, insuficiência renal, choque e dispneia Clofazimina • Corantefenazínico (cora onde tem bacilos) • Ação discretamente bactericida e tem ação importante anti-inflamatória • Efeitos adversos: pigmentação cutânea (acinzentada), xerodermia, hipersensibilidade à luz, manifestações gastrointestinais, edema de MMII Rose Anne 10 Drogas usadas em esquemas alternativos • Ofloxacina 400 mg/dia; • Minociclina 100 mg/dia; • Claritromicina 500 mg/dia. Até Julho de 2021: Para Paucibacilares adultos • Dapsona 100 mg/mês supervisionada e 100mg/dia autoadministrada • Rifampicina 600 mg uma vez ao mês em doses supervisionadas durante 06 meses (6 doses em até 09 meses) Para Multibacilares • Dapsona 100 mg diária e 100 mg mensal supervisionada • Rifampicina 600 mg mensal • Clofazimina 50 mg diária e 300 mg mensal supervisionada por 12 meses (12 doses em até 18 meses) A partir de Julho 2021 • Todos os pacientes PB devem utilizar o novo esquema terapêutico (igual ao MB, com a inclusão da Clofazimina) • Passa a ser denominado PQT U (poliquimioterapia única) 6 doses com os mesmos critérios de alta por cura Tratamento PB 6 doses por 09 meses • 3 meses de crédito (caso falte medicamento ou alguma adversidade) Tratamento dos MB é feito em 12 doses por 18 meses • 6 meses “de crédito” • Até 6 meses de pausa, continuar o tto de onde parou • Após 6 meses: recomeçar todo o tratamento Rose Anne 11 Tratamento das reações hansênicas Independe do tratamento da doença em si Reação tipo 1: • Prednisona 1-2 mg/kg/peso • Manter a dose até a regressão do quadro clínico e depois faz o desmame Cuidados com a Prednisona: • Peso; • PA; • TX de Glicemia • Tto para Strongiloides Reação tipo 2: • Talidomida 100-400 mg/dia • Usar a prednisona associada em casos de ✓ Neurite ✓ Iridociclite ✓ Orquiepididimite ✓ Mãos e pés reacionais ✓ Nefrite em necrotizante • Usar Prednisona para reação tipo 2 em mulheres em idade fértil Contatos familiares recentes ou antigos de pacientes PB e MB devem ser examinados independente do tempo de convívio Sugere-se avaliar anualmente, durante 05 anos, todos os contatos não doentes, sejam domiciliares, sejam sociais Vacina BCG • Proteção de 20 a 80% para as formas MB • Profilaxia para contactantes Ausência de cicatriz BCG → 1 dose 1 cicatriz → 1 dose 2 cicatrizes → não é necessário • Contraindicações: ✓ Imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo crianças com HIV e sintomas ✓ RN < 2 kg ✓ Presença de afecções dermatológicas extensas em atividade Obs: pacientes que já realizaram tratamento para Tuberculose não necessitam de vacinação profilática para Hanseníase. Diagnósticos diferenciais • Ptiríase versicolor • Eczema • Tinha do corpo • Vitiligo