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Exercícios de Nutrição e Alimentação Nutrição e Alimentação Animal Vasco Cadavez 2022-05-04 Contents 1 Composição analítica dos alimentos 2 1.1 Exercício 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1.2 Exercício 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1.3 Exercício 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.4 Exercício 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.5 Exercício 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.6 Exercício 6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 1.7 Exercício 7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1.8 Exercício 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 2 Cálculo do coeficiente de digestibilidade 8 2.1 Exercício 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.2 Exercício 10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.3 Exercício 11 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.4 Exercício 12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 2.5 Exercício 13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.6 Exercício 14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3 Formulação de misturas 11 3.1 Quadrado de Pearson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.2 Sistema de equações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 3.3 Exercício 15 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.4 Exercício 16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.5 Exercício 17 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 4 Racionamento prático 14 4.1 Exercício 18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 4.2 Exercício 19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 4.3 Exercício 20 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 1 1 Composição analítica dos alimentos 1.1 Exercício 1 De um alimento moído, pesaram-se 5 g de amostra para uma cápsula previamente tarada (30, 1556 g) e colocou-se numa estufa regulada a 105 °C durante 24 horas. Após as 24 horas, a cápsula foi retirada da estufa e colocada num exsicador, contendo uma substância dessecante, durante 1 hora. Após este período, a cápsula foi pesada obtendo-se um peso de 34, 7556 g. Seguidamente, a cápsula foi colocada numa mufla, a 550 °C durante 5 horas, após o qual foi pesada novamente, tendo-se obtido o peso de 30, 6556 g. 1. Indique: (a) O teor de humidade da amostra; (b) O teor de matéria seca da amostra; (c) O teor de cinzas brutas da amostra; (d) O teor em matéria orgânica da amostra; 2. Para satisfazer as necessidades de manutenção e de crescimento, um cordeiro necessita de ingerir 1, 550 kg de matéria orgânica (MO) deste alimento. (a) Que quantidade de matéria seca deverá o cordeiro ingerir? (b) E de alimento? 1.1.1 Resolução Para resolver este exercício, comecemos por identificar os dados conhecidos: • Pesoamostra = 5 g ou PA = 5 g • Pesocápsula = 30, 1556 ou PC = 30, 1556 • Pesocápsula + matéria seca = 34, 7556 ou PC + MS = 34, 7556 • Pesocápsula + cinzas = 30, 6556 ou PC + Cinzas = 30, 6556 1.1.1.1 Cálculo do teor de humidade Num primeiro passo vamos calcular o peso da humidade (H2O) da amostra: PH = PA − (PC + MS − PC) PH = 5 − (34, 7556 − 30, 1556) = 0, 4000 g Depois de calculado o peso da água que a amostra perdeu durante a desidratação em estufa, vamos calcular o teor (%) de humidade: TH(%) = PH PA ∗ 100 2 TH(%) = 0, 4000 5, 0000 ∗ 100 = 8% 1.1.1.2 Cálculo do teor de matéria seca Como já conhecemos o teor de humidade (TH), o teor de matéria seca (%MS) calcula-se por diferença da seguinte forma: %MS = 100 − TH = 100 − 8 = 92, 00%. 1.1.1.2.1 Desafio: efectue este cálculo de outra forma alternativa. 1.1.1.3 Cálculo do teor de cinzas Num primeiro passo vamos calcular o peso das cinzas (Pcinzas) da amostra: Pcinzas = (PC + Cinzas − PC) Pcinzas = 30, 6556 − 30, 1556 = 0, 5000 g Depois de calculado o peso das cinzas, obtidas após a incenração da amostra em mufla, vamos calcular o teor (%) de cinzas: Cinzas(%) = Pcinzas PA ∗ 100 TH(%) = 0, 5000 5, 0000 ∗ 100 = 10% 1.1.1.3.1 Desafio: Determine o teor de cinzas na matéria seca 1.1.1.4 Cálculo do teor de matéria orgânica Num primeiro passo vamos calcular o peso da matéria orgânica da (PMO) da amostra: PMS = PMO + Pcinzas logo PMO = PMS − Pcinzas = (PA − PH) − Pcinzas PMO = (5 − 0, 4000) − 0, 5000 = 4, 1 g Depois de calculado o peso da matéria orgânica (PMO), vamos calcular o teor de de matéria orgânica ma amostra (%MOA): %MOA = PMO PA ∗ 100 3 %MOA = 4, 1000 5, 0000 ∗ 100 = 82% 1.1.1.4.1 Desafio: Determine o teor de materia orgânica na matéria seca 1.1.1.5 Cálculo da quantidade de matéria seca que o cordeiro necessita ingerir A quantidade de matéria orgânica que o cordeiro deve ingerir para cobrir as suas necessidades de manutenção de de crescimento é: IMO = 1, 550 Kg. Para resolver este problema temos que conhecer o teor de matéria orgânica na matéria seca do alimento (%MOMS), o qual é obtido da seguinte forma: %MOMS = PMO PMS ∗ 100 = 4, 15, 0000 − 0, 4000 ∗ 100 = 89, 13% Portanto, 100 g MS contêm 89, 13 g de MO, através de uma regra três simples podemos determinar quantidade de matéria seca que o cordeiro necessita ingerir: IMS = 1550 × 100 89, 13 = 1739, 03 g de MS = 1, 739 Kg de MS 1.1.1.6 Cálculo da quantidade de alimento que o cordeiro necessita ingerir O teor de matéria matéria seca do alimento, calculado no ponto 1.a) é %MS = 92%, pelo que com um procedimento idêntico ao da alínea anterior obtemos: IA = 1739 × 100 92, 00 = 1890, 21 g de Alimento = 1, 890 Kg de Alimento 1.2 Exercício 2 Temos à disposição um alimento rico em proteína (bagaço de soja) que contêm 90% de matéria seca (MS) e 10% de cinzas na MS. Foi determinado o seu teor de N, pelo método de Kjeldahl, que forneceu o valor de 7, 04 g de N em 100 g MS. A análise da gordura bruta forneceu o valor de 32, 5 g EE/kg MS. O teor em fibra bruta foi de 22% da MS. 1. Indique: (a) O teor de matéria orgânica (MO) na MS; (b) O teor de proteína bruta (PB) na MS; (c) O teor de extractos não azotados (ENA)na MS; (d) O teor de MO na amostra; (e) Que quantidade deste alimento deve fornecer a um porco para que este receba 400 g PB por dia. 4 1.3 Exercício 3 Na tabela seguinte apresentamos a composição centesimal de três alimentos frequentemente utilizados na alimentação de ruminantes. Expresse a composição dos alimentos relativamente à matéria seca (MS) e à matéria orgânica (MO). Componente (%) Milho Azevém Silagem Água 12,0 75,0 73,7 PB 9,0 2,3 2,4 FB 2,5 9,5 8,9 EE 3,5 0,50 0,60 ENA 71,8 9,8 11,7 Cinzas 1,2 2,9 2,7 1.4 Exercício 4 Da análise de um alimento composto obtivemos os seguintes resultados: • Matéria seca (MS): 88% • Cinzas brutas: 8% na MS • Azoto (N): 4% na MS • Gordura bruta (PB): 3, 5% na MS 1. Calcule e expresse os resultados em % de MS (a) O teor de matéria orgânica (MO); (b) O teor de proteína bruta (PB); (c) O teor de extractivos não azotados. 1.5 Exercício 5 No LNA foram analisadas amostras de Beterraba e de milho grão, para as quais se obtiveram os resultados (expressos como g Nutriente por 100 g de MS) apresentados na tabela seguinte. Qual dos dois alimentos tem maior teor de proteína bruta? Componente (%) Beterraba & Milho grão Água 91 14 PB 20 8 1.6 Exercício 6 No trabalho de investigação em curso no LNA, obtiveram-se os seguintes dados: • Peso do cadinho: 42, 3031 g • Peso do cadinho + amostra: 45, 4961 g 5 • Peso da amostra: 3, 1930 • Peso do cadinho + amostra seca: 45, 1541 g • Peso da amostra seca: 2, 8510 1. Determine os teoresde humidade e de matéria seca do alimento. 1.7 Exercício 7 No LNA foram analisadas duas amostras de silagem de milho, para as quais se obtiveram os resultados apresentados na tabela seguinte. 1. Expresse os resultados da composição das duas amostras em % da MS 2. Calcule o teor de ENN da Amostra 1 (em % da MS) 3. Calcule o teor de FB da Amostra 2 (em % da MS) 4. Comente os resultados obtidos Componente (%) Amostra 1 Amostra 2 Água 73 68 FB 7,5 GB 2,0 2,5 PB 3,0 3,5 ENN 10,0 Cinzas 1,2 1,5 1.8 Exercício 8 Na tabela seguinte apresentamos os resultados analíticos de três alimentos analisados no Laboratório de Nutrição Animal. Complete as células vazias da tabelas seguintes. 1.8.1 Determinação do teor de MS (%) do alimento Alimento Tabuleiro (g) Toma (g) Tab + MS (g) MS65 (g) %MS65 Concentrado 186,4 109,30 285,29 98,86 90,44 Concentrado 190,28 134,80 312,82 122,54 90,90 Feno 1 135,49 316,56 127,18 Feno 1 189,36 139,96 321,28 Feno 2 217,60 128,96 337,22 Feno 2 127,98 332,38 114,16 6 1.8.2 Determinação do peso da MS, das Cinzas e da MO. Complete a tabela seguinte. Alimento Cápsula (g) Toma (g) Cáps.+MS (g) Cáps.+Cinzas (g) MS (g) Cinzas (g) MO (g) Conc. 28,4676 2,5027 30,8474 28,5786 Conc. 28,1595 2,5028 30,5433 28,2703 Feno 1 34,1957 1,0060 35,1182 34,2347 Feno 1 35,6396 1,1121 36,6641 35,6922 Feno 2 35,6396 1,1121 36,6641 35,6922 Feno 2 34,3586 2,5031 36,7139 35,2830 1.8.3 Determinação do teores de MO e de Cinzas na MS. Complete a tabela seguinte. Alimento Cápsula (g) Toma (g) %MO %Cinzas Conc. 28,4676 2,5027 Conc. 28,1595 2,5028 Feno 1 34,1957 1,0060 Feno 1 35,6396 1,1121 Feno 2 35,6396 1,1121 Feno 2 34,3586 2,5031 7 2 Cálculo do coeficiente de digestibilidade 2.1 Exercício 9 1. Um touro consumiu 18 kg de silagem de milho, com 35% de MS, e excretou 2 kg de MS de fezes. Qual a digestibilidade da MS da silagem? 2. Um bovino de carne com 550 kg de peso vivo, consome 2, 5% do seu peso vivo de feno (com 90% de MS) e excreta 10 Kg de fezes (com 30% de MS). Qual a digestibilidade da MS do feno? 3. Determine a digestibilidade da MS do alimento concentrado de uma dieta composta por 5 Kg feno (com 85% de MS) e 1, 5 Kg de alimento concentrado (com 92% de MS), sabendo que a excreção de fezes foi de 6, 5 Kg (com 30% de MS) e que a digestibilidade do feno é 60%. 2.1.1 Resolução do ponto 1. O touro ingeriu 18 kg de selagem (ISil = 18 Kg) com um teor de MS de 35% (MSSilagem = 35%), tendo excretado 2 Kg de MS de fezes (MSF ezes). Para determinar a digestibilidade da MS (DMSSilagem) devemos conhecer a MS de silagem que o touro ingeriu (IMSSilagem) e através da fórmula de cálculo abaixo calculamos a disgetibilidade da MS da silagem. A fórmula de cálculo é: DMSSilagem = MSISilagem − MSfezes MSISilagem × 100 A MS de silagem ingerida obtém-se da seguinte forma: MSISilagem = ISilagem × MSSilagem = 18 × 0, 35 = 6, 3 Kg MS de Silagem. Como já conhecemos a MS excretada nas fezes, podemos efectuar o cálculo da digestibilidade, cujo resultado é 68, 25%. DMSSilagem = 6, 3 − 2 6, 3 × 100 = 68, 25% 2.1.2 Resolução do ponto 2. O touro, de 550 Kg de peso vivo, ingere 2, 5% do seu peso de feno. Ou seja, ingere MSIfeno = 550 × 0, 025 = 13, 75 Kg de MS de feno. A MS excretada nas fezes obtêm-se da seguinte forma MSF ezes = 10 × 0, 30 = 3 Kg MS de fezes. Após estes cálculos preliminares, podemos calcular a digestibilidade do feno: DMSF eno = MSIF eno − MSfezes MSIF eno × 100 DMSF eno = 13, 75 − 3 13, 75 × 100 = 78, 18% 2.1.3 Resolução do ponto 3. Neste exercício, pretende-se calcular a digestibilidade da MS de um alimento concentrado (DMSconc) que é fornecido “como complemento ao alimento base”feno”. A ingestão de MS de feno calcula-se da seguinte forma: MSIF eno = 5 × 0, 85 = 4, 25 Kg MS de Feno) A ingestão de MS de alimento concentrado calcula-se da seguinte forma: MSIconc = 1, 5 × 0, 92 = 1, 38 Kg MS de Alimento Concentrado) O MS excretada nas fezes calcula-se da seguinte forma: MSF ezes = 6, 5 times0, 30 = 1, 95 Kg de MS de fezes. Para determinar a digestibilidade da MS do concentrado, precisamos conhecer a MS excretada nas fezes que é proveniente do alimento concentrado. Como conhecemos a ingestão e a digestibilidade do feno, podemos 8 calcular a MS das fezes que tem origem no feno e, por diferença com a MS total das fezes, obtemos a MS das fezes proveniente do alimento concentrado. Calculo da MS das fezes proveninent do feno: DMSfeno = MSIF eno − MSfezes MSIF eno × 100 60 = 4, 25 − MSFfezes4, 25 × 100 Daqui tiramos que 0, 60 × 4, 25 = 4, 25 − MSFfezes logo MSFfezes = 1, 7 Kg de MS das fezes tem origem no feno. A MS das fezes proveniente do concentrado é obtida por diferença, da seguinte forma: MSF ezes = MSFF ezes + MSCfezes, substituindo os valores obtidos nos cálculos intermédios temos 1, 95 = 1, 70 − MSCF ezes, ous seja: MSCF ezes = 0, 25 Kg de MS de Fezes é proveniente do alimento concentrado. Finalmente, poderemos calcular a digestibilidade da MS do alimento concentrado da seguinte forma: DMSconc = MSIconc − MSCfezes MSIconc × 100 DMSconc = 1, 38 − 0, 25 1, 38 × 100 = 81, 88% 2.2 Exercício 10 1. Determine a digestibilidade da MS de um feno com 90% de MS, considerando que um touro de 500 kg é capaz de ingerir 2% de MS do seu peso vivo. A dieta é composta por 50% de MS de feno e 50% de MS de alimento concentrado, o touro excretou 4 kg de MS de fezes, o alimento concentrado possui 93% de MS, a MS das fezes foi 30% e a digestibilidade do concentrado foi 75%. 2. Determine a digestibilidade da PB de um alimento concentrado, de uma dieta constituída por feno e alimento concentrado, sabendo que o animal consumiu de 10 Kg de MS total, da qual 35% de alimento concentrado, e que a excreção de fezes foi de 5 Kg de MS. A MS do feno foi 85%, a do alimento concentrado foi 93%, a PB do feno foi 12%, a PB do alimento concentrado foi 45%, a PB das fezes foi 15% e a digestibilidade da PB do feno foi 70%. 2.3 Exercício 11 Num estudo de digestibilidade de feno, foi utilizado um carneiro ao foram oferecidos 11850 g de feno, durante 7 dias, com 88, 70% da matéria seca (MS) do qual recusou 1651, 2 g com 80, 20% de MS. Além do feno, o carneiro ingeriu durante o mesmo período 140 g de um suplemento mineral com 92, 00% de MS. No mesmo período de tempo, o carneiro produziu 14725 g de fezes com um teor médio em MS de 29, 83%. Determine a digestibilidade da MS da dieta? 2.4 Exercício 12 Num ensaio de digestibilidade, um carneiro recebeu uma oferta média diária de 4135 g de silagem de ervilhaca x aveia com um teor médio de MS de 15, 8%, da qual recusou diariamente 344 g com 19, 8% de MS. Além da silagem, o carneiro ingeriu diariamente 380 g de milho grão com 86, 8% de MS e 25 g de um suplemento mineral e vitamínico (SMV ) com 91% de MS. A excreção média diária de fezes foi de 714 g com 42, 2% de MS. Determine o coeficiente de utilização digestiva: 1. da MS da dieta. 9 2. da MS da silagem, considerando que a digestibilidade da MS do milho é 88% e a digestibilidade do SMV é 50%. 3. do NDF da dieta em % da MS, sabendo que o teor em NDF (em % de MS) da silagem oferecida foi 55, 9%, da silagem recusada foi 62, 7%, do milho oferecido foi 11, 6% e das fezes foi 54, 0%. 2.5 Exercício 13 Numa dieta constituída por feno e alimento concentrado, um novilho ingeriu 10 Kg de MS, da qual 35% de alimento concentrado, e excretou 5 Kg de MS de fezes. Considere: MSfeno = 85%, MSconcentrado = 93%, PBfeno12% na MS, PBconcentrado = 45% na MS, PBfezes = 15% na MS e DPBfeno = 70%. Determine a digestibilidade da PB do alimento concentrado. 2.6 Exercício 14 Tendo em consideração os dados da tabela seguinte, determine a digestibilidade dos nutrientes do feno fornecido a um novilho de 530 Kg que consome 2, 2% de MS do PV e excreta 10, 5 Kg de fezes. Amostra MS MO PB EE FB Cinzas EB % % da MS Kcal/g MS Feno 90 95 10 2 72 5,0 4,7 Fezes 30 90 12 2 74 10,0 4,4 10 3 Formulação de misturas As rações balanceadas, formuladas para um determinado nível de produção, fornecem aos animais os nutrientes que estes necessitam.A formulação de uma ração balanceada integra os conhecimentos das exigências nutricionais do animal (função do nível de produção) e das características nutricionais dos alimentos. A formulação de misturas simples pode ser efectuada por tentativa e erro. Todavia, hoje temos disponíveis calculadoras e computadores que nos permitem resolver estes problemas de forma mais objectiva. 3.1 Quadrado de Pearson O Quadrado de Pearson é um método simples para calcular as proporções de dois alimentos, a incluir numa mistura, para obter o teor de um nutriente (ou nutrientes) desejado. 3.1.1 Considere o seguinte problema Pretendemos formular um suplemento alimentar com 18% de PB para cordeiros em regime de pastoreio. Temos disponíveis milho grão, com 10% PB por Kg de MS, e bagaço de algodão, com 40% PB por Kg de MS. Quais as proporções dos dois alimentos devemos misturar para obter o teor de PB desejado? 3.1.2 Procedimento 1. Imagine um quadrado, nos vértices do lado esquerdo escreva o nome dos dois alimentos com respectivo teor de PB; 2. No centro deste quadrado, escreva o teor de PB desejado para a mistura; 3. Subtrai-a (ignorando o sinal do resultado e seguindo a diagonal) o valor de PB da mistura ao valor de PB do ingrediente, apontando o resultado no direito do quadrado. Ingrediente Prot. Bruta Objetivo Diferença Milho grão 10 22 18 Bag. algodão 40 8 Os valores obtidos no lado direito do quadrado, são as quantidades de milho grão e de bagaço de algodão que devem ser misturadas para obter uma mistura com 18% de PB. Ou seja, devemos misturar 8 partes de bagaço de algodão e 22 partes de milho grão. Para expressar estes resultados como proporções (percentagem), divide-se cada um dos valores do lado direito do quadrado pela sua soma e multiplica-se por 100. Ingrediente Prot. Bruta Objetivo Diferença Proporções Milho grão 10 22 PM = 22/(22 + 8) × 100 = 73, 3% 18 Bag. algodão 40 8 PA = 8/(22 + 8) × 100 = 26, 7% 3.2 Sistema de equações A utilização de um sistema de equações, as calculadoras científicas e os computadores permitem resolver de forma simples estes problemas, possibilita a obtenção de misturas de dois ou mais alimentos (ingredientes). O número de equações do sistema deve ser igual ao número de alimentos (ingredientes) a misturar. Assim, vamos resolver o problema anterior utilizando um sistema de duas equações. Para equacionar o problema vamos considerar: 11 1. X = Proporção de milho grão na mistura e Y = Proporção de bagaço de soja na mistura, assim temos que X + Y = 100; 2. X × PB + Y × PB = 0.18 Assim, o sistema de equações será: { X + Y = 1 X ∗ PB + Y ∗ PB = 0.18 { X + Y = 1 X ∗ 0.10 + Y ∗ 0.40 = 0.18 { Y = 1 − X X ∗ 0.10 + Y ∗ 0.40 = 0.18 { X ∗ 0.10 + (1 − X) ∗ 0.40 = 0.18 { X = 12, 7 { Y = 87, 3 X = 12, 7 3.2.1 Solução utilizando o R As equações são: X + Y = 1 X × 0.10 + Y × 0.40 = 0.18 1. Definir o lado esquerdo do sistema de equações criando uma matriz com os coeficientes das duas equações library(matlib) mat_lhs <- matrix(c(1, 1, # Creating left-hand side matrix 0.10, 0.40), byrow=T, nrow = 2) mat_lhs # Print matrix ## [,1] [,2] ## [1,] 1.0 1.0 ## [2,] 0.1 0.4 2. Definir o lado direito do sistema de equações criando uma matriz com os coeficientes das duas equações 12 mat_rhs <- matrix(c(1, # Creating right-hand side matrix 0.18), nrow = 2) mat_rhs # Print matrix ## [,1] ## [1,] 1.00 ## [2,] 0.18 3. Resolver o sistema de equações solve(mat_lhs, mat_rhs) # Applying solve to matrices ## [,1] ## [1,] 0.7333333 ## [2,] 0.2666667 solve(mat_lhs)%*%mat_rhs ## [,1] ## [1,] 0.7333333 ## [2,] 0.2666667 library(matlib) Solve(mat_lhs, mat_rhs, fractions = TRUE) # Applying Solve from matlib to matrices ## x1 = 11/15 ## x2 = 4/15 3.3 Exercício 15 1. Determina as proporções de milho grão (9% PB na MS) e bagaço de soja (45% de PB na MS) para obter uma mistura 17% de PB na MS. 2. Sabendo que o teor de MS do milho grão é 95% e do bagaço de soja é 98%, calcule a quantidade de milho e de bagaço de soja para obter 100 Kg de MS da mistura. 3.4 Exercício 16 Determine as percentagens de Aveia e de Bagaço de Soja para obter uma mistura com 14% de PB. O teor de PB da Aveia é 100 g PB por kg MS e do Bagaço de Soja é 440 g PB por kg MS. 3.5 Exercício 17 1. Determine as percentagens de erva e de trigo grão que devem utilizadas para obter uma mistura com valor energético de 11 Mj EM por Kg MS. As características dos alimentos são as seguintes: Alimento %MS EM (Mj/Kg MS) PB (%MS) Erva 17 10,8 14,0 Trigo grão 88 12,0 11,0 2. Calcule a quantidade dos dois alimentos que devemos utilizar para elaborar 100 Kg de MS de mistura. 3. Determine o teor de PB na MS da mistura. 13 4 Racionamento prático 4.1 Exercício 18 1. Pretendemos formular uma dieta para um cavalo em crescimento, com 10 meses de idade, cujo peso vivo adulto médio da raça é 450 Kg. O ritmo de crescimento deve ser óptimo e temos disponíveis os seguintes alimentos: 2. Feno de prado natural (alimento nº: 62); 3. Aveia grão (alimento nº: 112); 4. Cevada grão (alimento nº: 120); 5. Tremoço branco (alimento nº: 134). Explique as suas opções e o procedimento para optimizar a dieta. 4.2 Exercício 19 1. Pretendemos formular uma dieta para um cavalo em crescimento, com 22 meses de idade, cujo peso vivo adulto médio da raça é 550 Kg. O ritmo de crescimento deve ser moderado e temos disponíveis os seguintes alimentos: 2. Feno de prado natural (alimento nº: 62); 3. Aveia grão (alimento nº: 112); 4. Cevada grão (alimento nº: 120); 5. Tremoço branco (alimento nº: 134). Explique as suas opções e o procedimento para optimizar a dieta. 4.3 Exercício 20 1. Pretendemos formular uma dieta para uma égua no primeiro mês após o parto, cujo peso vivo adulto médio da raça é 500 Kg. Temos disponíveis os seguintes alimentos: 2. Feno de prado natural (alimento nº: 62); 3. Aveia grão (alimento nº: 112); 4. Millho grão (alimento nº: ); 5. Bagaço de soja 48-50 (alimento nº: ). Explique as suas opções e o procedimento para optimizar a dieta. 14 Composição analítica dos alimentos Exercício 1 Exercício 2 Exercício 3 Exercício 4 Exercício 5 Exercício 6 Exercício 7 Exercício 8 Cálculo do coeficiente de digestibilidade Exercício 9 Exercício 10 Exercício 11 Exercício 12 Exercício 13 Exercício 14 Formulação de misturas Quadrado de Pearson Sistema de equações Exercício 15 Exercício 16 Exercício 17 Racionamento prático Exercício 18 Exercício 19 Exercício 20
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