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GE - Avaliação Educacional_01

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UNIDADE I
GUIA DE ESTUDO
Avaliação Educacional
2
PArA início dE convErsA
Olá caro(a) educando(a)!
Seja bem-vindo(a), ao nosso primeiro encontro com a disciplina de Avaliação Educacional, espero que 
goste desta experiência que a partir de agora iremos vivenciar.
oriEntAçõEs dA disciPlinA
Meu caro(a), a disciplina propõe analisar e refletir sobre as práticas avaliativas a qual o docente exerce 
sobre os educandos de graduação. Sabemos que houve avanços na educação superior, onde os educandos 
são capazes de cultivar o pensamento crítico e reflexivo e desenvolver competências às novas exigências 
do mundo do trabalho. Para isso, o futuro docente deve compreender as práticas pedagógicas, voltadas 
para a avaliação de aprendizagem pertinente ao nível de ensino superior.
A disciplina Avaliação Educacional visa atender as diretrizes fundamentais para o exercício da docência 
no ensino superior, bem como outras áreas que socializem conhecimentos pedagógicos, especialmente 
no que diz respeito aos aspectos conceituais, técnicos, legais e éticos.
Ela baseia-se na importância dos processos da avaliação como caminho fundamental na formação dos 
futuros docentes.A avaliação aplicada nesse nível de ensino possibilita reflexão, análise, o diagnóstico 
dos processos e das necessidades educativas.
você sAbiA?
Você sabia que o estudo fundamenta-se nas práticas avaliativas que contribuirão para a formação do 
docente? Então leias as seguintes condições:
•	 Nortear a prática pedagógica no processo avaliativo;
•	 Efetivar um processo avaliativo contínuo, crítico e coerente no contexto da docência universitária;
•	 Identificar procedimentos avaliativos específicos e pertinentes aos processos de ensino e apren-
dizagem no nível universitário;
•	 Criar estratégias para avaliar a aprendizagem dos docentes na graduação, considerando as dire-
trizes atuais para a educação superior.
Enquanto futuro docente do ensino superior é imprescindível você destacar no seu currículo o estudo da 
avaliação da aprendizagem.
???
3
PAlAvrAs do ProfEssor
Os conhecimentos serão socializados durante as quatro unidades por meio de vários teóricos renomados 
na área da educação que analisam, discutem e indicam caminhos para a avaliação da aprendizagem 
nesse nível de ensino. Podemos destacar: Luckesi, Hoffmann, Perrenoud, Carlos Gil, Paulo Freire, Ferreira 
e outros.
Aproveite a oportunidade desse estudo o qual implicará na valorização da sua formação, fornecendo 
condições de desenvolvimento à futura docência.
Organizei esse guia de estudos, levando em consideração alguns conceitos e situações pedagógicas que 
envolvem o uso da avaliação. 
Prezado(a) aluno(a), nessa primeira unidade iremos entender historicamente a evolução da avaliação 
desde o primórdio até a atualidade, em seguida recorreremos aos aspectos conceituais à luz de alguns 
autores estudiosos da área de avaliação educacional, e por fim faremos recortes sobre os Parâmetros 
Curriculares Nacionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
você concordA?
Você concorda que alguns docentes têm dificuldade em elaborar uma avaliação objetiva que vai além da 
decoreba? Na graduação, você já passou por esta experiência?
Caso você tenha tido essa experiência, não culpe seu docente! Você verá, através do estudo da história 
da avaliação educacional, que os docentes desde os primórdios, sofreram influência sobre as práticas 
avaliativas.
PAlAvrAs do ProfEssor
Antes de iniciarmos nosso estudo, convido você a ler uma matéria que se encontra na revista época: 
“Como fazer uma prova nota 10”. A matéria relata o método avaliativo - utilizado por alguns docentes 
ainda voltados para a elaboração de conteúdos decorados.
lEiturA comPlEmEntAr
Vamos lá, se você pretende ser um bom docente em um futuro próximo, para que de-
senvolva uma boa prática avaliativa, que tal fazer esta leitura que vou lhe indicar? 
Clique aqui para acessar. Espero que goste.
???
http://revistaepoca.globo.com/ideias/noticia/2011/12/como-fazer-uma-prova-nota-10.html
4
Caro(a) aluno(a), a partir dessa leitura, podemos observar:
•	 Falta de preparo dos docentes em elaborar uma avaliação;
•	 Preocupação das instituições de ensino em preparar o docente para atuar de forma significativa 
no ato de avaliar;
•	 Elaboração de conteúdo decorado sem foco na aprendizagem.
A matéria nos convida a refletir sobre um aspecto importante na formação dos docentes, referindo-se à 
ação de avaliar o processo de ensino e aprendizagem. Entedemos que o grande desafio do docente avalia-
dor, será saber avaliar e mudar o cenário das práticas educativas,minimizando o alto índice de reprovação 
dos educandos.
Sendo assim, pretendo socializar com você nesse guia de estudos conhecimentos sobre avaliação educa-
cional, e refletir como a avaliação interfere no processo de ensino-aprendizagem dos educandos à medida 
em que o docente utiliza a avaliação apenas como um recurso curricular. 
Preparado? Então lhe desejo um bom estudo!
A HistÓriA E A EvoluçÃo dA AvAliAçÃo EducAcionAl no brAsil
Caro(a) estudante, considerando o passar dos tempos, o processo avaliativo é visto de uma forma com-
plexa no contexto da história da educação. Em nossos estudos veremos o conceito de avaliação e as 
diferentes práticas avaliativas aplicadas desde a época dos jesuítas até os tempos contemporâneos. 
Ao mencionar sobre a avaliação percebemos que desde a sua origem os processos avaliativos estão vol-
tados para punição, controle e exclusão. Para entendermos melhor esse estudo, faremos abordagens no 
cenário histórico das tendências da avaliação educacional.
Com a vinda dos Jesuítas deu-se os primeiros indícios de um sistema avaliativo no Brasil. A catequese 
e a instrução indígena era a proposta educativa do ensino, voltado para criar uma atmosfera civilizada e 
religiosa. 
A prática pedagógica, marcada numa forma normativa, o ensino era caracterizado por meio da memoriza-
ção, configurando-se uma pedagogia tradicional, sendo ressaltado por Aranha no seguinte trecho:
“O ensino jesuítico possuía uma metodologia própria baseada em exercícios de fixação por 
meio de repetição, com objetivo de serem memorizados. Os melhores alunos auxiliavam 
os professores a tomar lições de cor dos outros, recolhendo exercícios e tomando nota dos 
erros dos outros e faltas diversas que eram chamadas de decuriões. As classes inferiores re-
petiam lições da semana todo sábado. Daí a expressão ‘sabatina’ utilizada por muito tempo 
para indicar formas de avaliação”. (ARANHA, 1989, p. 51). 
5
você sAbiA?
Você sabia que a concepção pedagógica era centrada na memorização dos conteúdos, como forma de 
apropriar os conhecimentos através de resoluções de exercícios e na memorização de fórmulas? Então, 
assim, a concepção do professor era o centro de todo o processo educativo. 
Os conteúdos eram passados como verdades absolutas, não havendo permissão de questionamentos, 
nem tão pouco levantamento de dúvidas.
A relação professor versus aluno era autoritária, onde apenas o professor detinha o saber e o aluno 
recebia o conhecimento transmitido pelo professor e, consequentemente, o diálogo entre eles não era 
proporcionado.
Libâneo enfatiza que:
“Os objetivos, explícitos ou implícitos, referem-se à formação de um educando ideal desvin-
culado com a sua realidade concreta. O docente tende a encaixar o educando num modelo 
idealizado de homem que nada tem a ver com a vida presente e futura. A matéria de ensino é 
tratada separadamente, isto é, desvinculada dos interesses dos educandos e dos problemas 
reais da sociedade e da vida”. (LIBÂNEO, 1994, p. 64). 
PAlAvrAs do ProfEssor
Você concorda que Libâneo nos remete a refletir sobre o papel do educador que é de propor novas estra-
tégias pedagógicas de forma a conciliar a formação do educando com suas reais experiêcnias de vida?
Então, analisando o período republicano, a avaliação da aprendizagem atuava de forma sistemática, onde 
os educandos passaram a ser avaliados por meio de aplicação de provasorais, escritas e práticas. Esse 
processo de avaliação tinha um único objetivo: aprovação ou reprovação do educando.
você sAbiA?
Você sabia que em 1904 a avaliação passou a ser sistematizada a partir de notas que iam de 0 a 5, com 
o intuito de avaliar a aprendizagem de forma classificatória, numa visão capitalista? Pois é, a primeira re-
pública teve início em 1920, trazendo algumas discussões sobre o formato do ensino tradicional limitado 
à elite e pautado na aprendizagem de forma mecânica.
???
???
6
Entre 1930 e 1940 foi instituído o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, junto a esse movimento 
destacava-se os reformistas da educação, dentre eles: Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando Azevedo 
e outros. Os pioneiros tinham um olhar diferenciado para a educação, idealizavam uma escola mais de-
mocrática, buscando um ensino voltado para uma concepção humana para atender a uma classe menos 
favorecida. Esses renovadores elaboraram um plano de reconstrução nacional de educação, buscando 
novos métodos educacionais e se contrapondo à escola tradicional.
Criar uma nova política nacional de ensino em todos os níveis e modalidades era o objetivo dos percus-
sores do movimento. Nessa época a igreja católica tinha sob seu controle uma boa parte das escolas da 
rede privada e atuava contra o movimento dos manifestos. Os integrantes do manifesto idealizavam uma 
escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita. Contudo, a iniciativa privada se beneficiou ao conseguir 
liberdade para atuar e o Estado aos poucos foi se eximindo da sua responsabilidade com a educação.
Caro(a) estudante, a proposta da Escola Nova tinha como parâmetro se opor às práticas da escola tradi-
cional, onde seu papel era de formar atitudes nos educandos, valorizando o autodesenvolvimento, desse 
modo o processo avaliativo permitia que o educando desenvolvesse uma autonomia sobre sua formação.
Os docentes deixavam de ser meros transmissores de conhecimentos e tornavam-se facilitadores.
No tocante aos conteúdos a Escola Nova permitia que os educandos buscassem seu próprio conhecimen-
to, a transmissão do conteúdo não era prioritária, ficando assim o processo de ensino-aprendizagem no 
segundo plano.
Com a proposta de aprender fazendo, Freire indica que:
“Só aprende aquele que se apropria do aprendido transformando-o em apreendido, com o que 
pode por isso mesmo, reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a 
situações existentes concretas”. (Freire, 1977, p. 27- 28).
A democracia do Brasil era um dos pontos mais essenciais do movimento da Escola nova, sendo os refor-
mistas, os que acreditavam numa integração de vários grupos sociais. Nesse sentido o governo federal, 
tinha como princípio defender a base única para a educação, sem repudiar as características de cada 
comunidade.
vEjA o vídEo!
Que tal assistirmos um vídeo agora? Convido você a clicar aqui e assistir ao vídeo 
Escola Nova. Ele tem aproximadamente 4 minutos e 17 segundos, espero que goste.
AvAliAçÃo dA APrEndiZAGEm EducAcionAl nA AtuAlidAdE
Desde a antiguidade, a avaliação estava voltada para a pedagogia do exame, ou seja, apenas para a 
promoção através da nota, com pouca preocupação em estabelecer uma qualidade no processo de en-
sino-aprendizagem. Um exemplo claro são os preparativos dos educandos para resolver questões de 
vestibular. 
https://www.youtube.com/watch?v=Lr5xe2LXoqs
https://www.youtube.com/watch?v=Lr5xe2LXoqs
7
De acordo com LUCKESI, o exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma pedagogia do exame 
do que por uma pedagogia centrada no ensino-aprendizagem.
Os educandos estão centrados na promoção, estão interessados em saber como se dará o processo de 
promoção no final do período escolar. 
O que predomina é a nota.
PArA PEsquisAr
Para melhor compreensão sobre a pedagogia do exame, clique aqui e boa leitura!
Continuando nosso raciocínio, a forma de avaliar atualmente é um marco do processo histórico, que a 
cada dia vem sendo modificada pelas histórias e políticas, mas que ainda está no processo de efetivas 
mudanças. 
Nos dias atuais, a visão dos educadores sobre o que é avaliar está modificando, eles percebem que a 
configuração da avaliação não foca apenas a obtenção de um resultado.
No âmbito da educação, a avaliação é compreendida como uma atividade complexa de aprendizagem, 
pois ainda visualizam-se traços repressivos. 
Meu caro(a), a avaliação não é caracterizada apenas por um procedimento de medição, é vista como uma 
ferramenta que auxilia os educadores no processo de ensino-aprendizagem, indicando-lhe o caminho que 
proporcione aprendizado.
Não basta selecionar instrumentos avaliativos. É necessário realizar várias ações: o diagnóstico, a to-
mada de decisão e o desenvolvimento do educando, ou seja, não lançar mão do favorecimento que a 
avaliação pode proporcionar como um instrumento eficaz, mediando o processo de ensino-aprendizagem.
Na atualidade, a avaliação educacional visa o benefício do educando, do docente e de todos os envolvidos 
no processo de ensino e aprendizagem.
Pensando assim, a proposta da prática avaliativa é evidenciar o docente como o defensor do saber e o 
principal agente de transformação da aprendizagem, se contrapondo com a pedagogia tradicional. Nas 
décadas passadas, a avaliação era uma espécie de vilã, que se remetia para a aprovação e reprovação 
do educando.
PAlAvrAs do ProfEssor
Bem, concluímos o estudo sobre a história e a evolução da avaliação educacional do Brasil.
Se você leu a matéria da revista Época: “Como fazer uma prova nota 10”, concordará que a influência do 
método utilizado no período do ensino jesuítico ainda sobrepõe às práticas avaliativas atuais.
http://www.webartigos.com/artigos/os-efeitos-da-pedagogia-do-exame/6590/#ixzz4D0TZCKEx
8
Nos dias atuais, a prática avaliativa, deverá superar os métodos de conteúdos decorados, como também 
constituir uma avaliação dialética no processo de aprendizagem.
AvAliAçÃo dA APrEndiZAGEm: AsPEctos concEituAis
Caro(a) educando(a), para estudarmos avaliação de aprendizagem, é necessário revisar a compreensão 
que temos sobre ensinar e aprender. Podemos entender que a aprendizagem denomina-se ao processo de 
aquisição de conhecimentos, habilidades e competências, através de experiências, de ensinamentos e de 
estudo. Quando o(a) educando(a), aprende há uma mudança de comportamento. Em geral a aprendizagem 
sempre apresenta uma alteração na conduta de uma pessoa, uma nova percepção que vem a somar no 
cognitivo.
O ensino é uma forma sistemática de transmitir conhecimentos para instruir e educar. É criar condições de 
desenvolvimento e orientações estratégicas de forma que o educando(a) se aproprie dos conhecimentos.
Fundamentar, agregar novos conhecimentos, desenvolver competências em diversas áreas do saber sig-
nifica aprender.
Partindo do princípio que houve o entendimento sobre aprendizagem e ensino, estudaremos com mais 
propriedade questões sobre avaliação. 
PAlAvrAs do ProfEssor
Para ampliarmos a discussão sobre o conceito de avaliação, optei em escolher 03 autores renomados que 
exercem influências sobre a avaliação educacional. São eles: Cipriano Carlos Lukesi, Jussara Hoffmann 
e Philippe Perrenoud.
Vejamos algumas concepções sobre a avaliação dos autores.
“O sentido fundamental da ação avaliativa é o movimento, a transformação. Os 
pesquisadores muitas vezes se satisfazem com a descoberta do mundo, mas a 
tarefa do avaliador é a de torná-la melhor. O que implica num processo de inte-
ração educador e educando, num engajamento pessoal a que nenhum educador 
pode se furtar sob pena de ver completamente descaracterizada a avaliação em 
seu sentido dinâmico”. (HOFFMANN, 1998, p. 110). 
O ato de avaliar a aprendizagem implica em acompanhamento e reorientação 
permanente da aprendizagem. Ela se realiza através de um ato rigoroso e diag-
nóstico e reorientação da aprendizagem, tendo em vista a obtenção dos melhores 
resultados possíveis, frente aos objetivos que setenha à frente. E, assim sendo, 
a avaliação exige um ritual de procedimentos, que inclui desde o estabelecimen-
to de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos resultados 
expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens ainda 
não efetuadas. 
9
Para tanto, podemos nos servir de todos os instrumentos técnicos hoje disponíveis, contanto que a leitura e 
interpretação dos dados sejam feita sob a ótica da avaliação, que é de diagnóstico e não de classificação.
“O que, de fato, distingue o ato de examinar e o ato de avaliar não são os instrumentos utili-
zados para a coleta de dados, mas sim o olhar que se tenha sobre os dados obtidos: o exame 
classifica e seleciona, a avaliação diagnostica e inclui”.(Luckesi, 2001).
Cipriano Carlos Luckesi envolve três passos para uma boa avaliação: 
•	 saber o nível atual de desempenho do educando (etapa também conhecida como diagnóstico); 
•	 comparar essa informação com aquilo que é necessário ensinar no processo educativo (qua-
lificação); 
•	 tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados (planejar atividades, se-
quências didáticas ou projetos de ensino, com os respectivos instrumentos avaliativos para cada 
etapa).
Luckesi defende que só deve avaliar aquilo que foi ensinado. Realizar exigências que não faz sentido, que 
não é pontual não desenvolve o conhecimento do educando.
“Na avaliação da aprendizagem, o docente não deve permitir que os resultados das provas 
periódicas, geralmente de caráter classificatório, sejam supervalorizados em detrimento 
de suas observações diárias, de caráter diagnóstico. A avaliação é um processo que deve 
estar a serviço das individualizações de aprendizagem”. ( Perrenoud, 199, p54).
Vamos agora elucidar as citações dos autores sobre avaliação? Vamos lá!
Hoffmann - Deixa claro que avaliar envolve valor e pessoa. A relação educador e educando, envolve 
um sentimento de compromisso. Nesse sentido, o docente se torna um aprendiz no processo, e realiza 
atividades educativas intervindo, ajudando e orientando o educando. A partir disso o docente assume um 
compromisso com seus próprios processos de aprendizagens. 
luckesi - Na sua concepção, a avaliação não deve ser feita para promover o educando burocraticamente, 
mas uma promoção que desenvolva o intelectual e o social. A aprendizagem deverá ser sempre diagnos-
ticada nas práticas avaliativas.
Perrenoud - Defende que a avaliação deve ser contínua, desvaloriza a classificação dos educandos por 
meio da nota. Avaliar deve ser um processo natural, bem como significativo.
Caro(a) estudante, acho que você percebeu como é importante conhecer a visão desses estudiosos sobre 
avaliação da aprendizagem.
A Prova é apenas uma das formas de se gerar nota, que por sua vez, é apenas uma das formas de se 
avaliar. (Vasconcellos, 1993)
No dia a dia, as práticas de avaliação funcionam como uma espécie de passaporte que são necessárias 
para “passar”. Infelizmente, é a visão mais frequente utilizada pelos docentes nas diversas instituições 
de ensino, inclusive, a do nível superior.
10
Diferente de uma prática de promoção, a avaliação educacional é um exercício didático necessário e 
atuante do docente, devendo seguir todos os passos do processo ensino e aprendizagem, tendo o objetivo 
de verificar progressos, dificuldades e orientar todo o desenvolvimento do educando.
o quE siGnificA PEA?
PEA significa Processo de Ensino e Aprendizagem.
você sAbiA?
Você sabia que na concepção do educador Paulo Freire, não existe ensino sem aprendizagem, ou seja, 
educar é um processo dialógico. Nessa relação educador e educando, existe uma interação entre ensinar 
e aprender. É a partir da interação e da troca que a aprendizagem torna-se possível.
como são vistos o ensino e a aprendizagem na graduação?
Nesse nível de ensino, o ensinar e o aprender acontecem quando as práticas educativas são consideradas 
como atividade integrada com a finalidade de desenvolver a capacidade de investigação, ação-reflexão-
-ação, criando e recriando situações de aprendizagem.
Os pressupostos do ensino e da aprendizagem na universidade, hoje, apresentam os seguintes compro-
missos: organizar e oferecer um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que assegurem aos 
docentes, aprendizagem nos campos científico, pessoal e profissional; incentivar o comprometimento com 
as questões culturais e sociais, de forma crítica e autônoma, e com a produção de novos conhecimentos; 
Em diversos momentos do PEA as atividades da avaliação incluem:
conhecer o educando - pode-se orientar e guiar o educando no processo educativo avaliando-o, para 
melhor conhecer a sua personalidade, atitude, aptidões, interesses e dificuldades, para estimular o su-
cesso de todos.
verificar os ritmos de progresso do educando - é a coleta de dados sobre o aproveitamento dos 
educandos através de  provas,  exercícios  ou de  meios auxiliares, como observação do desempenho e 
entrevista, para verificar se houve um progresso do educando, desde o ponto de partida da aprendiza-
gem até o momento. O docente pode organizar um caderno para anotar a progressão dos educandos em 
cada período.
detectar as dificuldades de aprendizagem - ao avaliar, o docente pode detectar algumas dificuldades 
dos educandos. Também pode apontar as dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos tem “pro-
blemas na representação do afastamento ou cota de um ponto”, escreve corretamente e conhece bem a 
Gramática. Este registro deve ser acompanhado de modo a superar as dificuldades.
orientar a aprendizagem - os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, me-
lhorar e completar o trabalho. Com base nesses resultados deve, na medida do possível, adequar o ensino 
de forma que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.
???
11
lEiturA comPlEmEntAr
Título: Avaliação da aprendizagem; visão geral.
Entrevista concedida ao Jornalista Paulo Camargo, São Paulo, publicado no caderno do 
Colégio Uirapuru, Sorocaba, estado de São Paulo, por ocasião da Conferência: Avalia-
ção da Aprendizagem na Escola, Colégio Uirapuru, Sorocaba, SP, 8 de outubro de 2005. 
Autor: Cipriano Carlos Luckesi. Clique aqui para acessar.
vEjA o vídEo!
Meu caro(a), caso você queira se inteirar mais do conteúdo acesse o link abaixo, e 
assista ao vídeo da Professora Jussara Hoffman com a participação de Luckesi, sobre 
avaliação: Caminho para a aprendizagem. Ele tem aproximadamente 14 minutos e 45 
segundos de duração. Espero que goste. Clique aqui para assistir.
 
Não basta avaliar somente o desempenho do educando, mas toda a atuação do processo ensino-apren-
dizagem.
Luckesi e Jussara denominam a avaliação como um suporte auxiliar da aprendizagem.
A AvAliAçÃo APrEciAdA nos PArÂmEtros curriculArEs nAcionAis-Pcn 
PAlAvrAs do ProfEssor
Caro(a) educando(a), em algum momento neste guia de estudo, você fará um questionamento.
Qual será a contribuição dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a docência do ensino superior?
Os Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN é a referência nacional para o ensino da educação bási-
ca. Sua proposta curricular proporciona algumas reflexões significativas relacionadas às ações didáticas 
pedagógicas em sala de aula, incluindo a avaliação.
Ao PCN, cabe a referência de ser um documento norteador das práticas na perspectiva de organização 
curricular nacional, que serve de fonte para o docente avaliar os educandos, independentemente do nível 
de ensino que ele atua. É um instrumento útil no apoio às discussões pedagógicas em seu exercício da 
docência, na elaboração de suas avaliações, principalmente na reflexão sobre a prática educativa no 
processo de ensino e aprendizagem.
http://www.luckesi.com.br/artigosavaliacao.htm
https://www.youtube.com/watch?v=ln7pcf1Th3M
12
Dessa forma, o PCN indica que a avaliação tem a função de alimentar as adequações da aprendizagem, 
criando novas atividades para se trabalhar em sala de aula, tornando eficiente o processoavaliativo. 
GuArdE EssA idEiA!
Nessa concepção, a avaliação transcende o processo avaliativo tradicional que compreende aos aspectos 
de julgamentos e controles.
O PCN, sob o ponto de vista de documento oficial, preconiza que a avaliação alimenta, sustenta e orienta 
a intervenção pedagógica, ou seja, introduz elementos para que o educador, pense, elabore de forma 
diferenciada, quebrando padrões rígidos de avaliar.
De acordo com o documento, a avaliação:
•	 subsidia o docente com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a cria-
ção de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou 
reconhecidos como adequados para o processo individual ou de todo grupo;
•	 Para o educando, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e 
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender;
•	 Para a instituição de ensino, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações 
educacionais demandam maior apoio.
A concepção de avaliação nos Parâmetros Curriculares Nacionais excede a visão tradicional, focaliza 
levar em consideração a aprendizagem como o produto final, desenvolvendo o docente no ponto de vista 
pessoal e social. 
Para enriquecer, fiz alguns recortes da literatura do PCN, onde juntos refletiremos sobre a utilização desse 
documento na nossa formação enquanto educadores, o que nos auxilia na tarefa de reflexão e discussão 
de aspectos do cotidiano da prática pedagógica, a serem transformados continuamente.
Vejamos alguns recortes do PCN.
Algumas possibilidades para sua utilização são:
a) Rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das atividades, expectativas de aprendi-
zagem e maneiras de avaliar;
b) Refletir sobre a prática pedagógica, tendo em vista uma coerência com os objetivos propostos;
c) Preparar um planejamento que possa de fato orientar o trabalho em sala de aula;
d) Discutir com a equipe de trabalho as razões que levam os educandos a terem maior ou menor 
participação nas atividades escolares;
e) Identificar, produzir ou solicitar novos materiais que possibilitem contextos mais significativos de 
aprendizagem;
13
f) Contribuir, de forma relevante, para que profundas e imprescindíveis transformações, há muito 
desejadas, se façam no panorama educacional brasileiro, e posicionar você, professor, como o princi-
pal agente nessa grande empreitada.
No PCN, a avaliação é compreendida como: 
•	 Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;
•	 Conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica, para que o 
educando aprenda da melhor forma;
•	 Conjunto de ações que buscam obter informações sobre o que, e como foi aprendido;
•	 Elemento de reflexão contínua para o docente sobre sua prática educativa;
•	 Instrumento que possibilita ao educando tomar consciência de seus avanços, dificuldades e pos-
sibilidades;
•	 Ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos 
específicos caracterizados como fechamento de etapas de trabalho.
É fato que a natureza do PCN desvincula da proposta curricular do ensino superior, mas cabem adequa-
ções aos educandos da graduação diante das questões avaliativas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
devem ser vistos como materiais que subsidiarão a constituição de sua proposta educacional mais geral, 
critérios de avaliação e orientações didáticas, efetivando uma proposta articuladora dos propósitos mais 
gerais de formação de cidadania, com sua operacionalização no processo de aprendizagem. 
Caro(a) educando(a), diante do que vimos, a concepção do PCN sobre a avaliação possibilita um nortea-
mento para os docentes de diferentes níveis de ensino sobre as ações didáticas pedagógicas avaliativas. 
Basta adequarmos a proposta de avaliação sugerida pelo PCN no contexto do ensino superior, para termos 
sempre sucesso nas práticas educativas avaliativas. 
“Para se compreender o real significado da legislação não basta ater-se à letra da lei; é 
preciso captar o seu espírito. Não é suficiente analisar o texto; é preciso analisar o contexto. 
Não basta ler nas linhas; é preciso ler nas entrelinhas.” (Saviani 1996).
AvAliAçÃo EducAcionAl nA concEPçÃo dA ldb
A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei orgânica e geral da educação brasileira. Como o 
próprio nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do sistema educacional. 
A LDB 9394/96 aborda temas como os recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação.
Entende-se que o papel do docente contempla qualquer processo de mudança relativo ao sistema de 
ensino. No Art. 13, principalmente nos itens III a V ressalta a responsabilidade dos docentes nas práticas 
avaliativas.
Não cabe a mais ninguém, enquanto profissional, a aprendizagem dos educandos.
A LDB preconiza a inter-relação do docente com a avaliação, demonstrando quão ela é significativa na 
função docente.
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A seguir nestes termos, todos os itens.
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
II - Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos educandos;
IV - Estabelecer estratégias de recuperação para os educandos de menor rendimento;
V - Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos 
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
VI - Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Vamos entender os itens abordados nas principais responsabilidades do docente, mediado pela LDB.
O inciso i, do artigo, institui as instituições de ensino a desenvolver seu projeto político-pedagógico 
voltado para construir e assegurar a gestão democrática se caracteriza por sua elaboração coletiva com 
participação do docente.
O inciso ii do artigo, orienta o docente que cumpra com o plano de trabalho de acordo com a proposta 
pedagógica da escola.
O inciso iii, do artigo, prescreve sobre a incumbência do docente em zelar pela aprendizagem dos edu-
candos. Decerto, refere-se à boa prática pedagógica que envolve a didática e conhecimentos a serem 
transmitido em sala de aula.
O inciso iv, do artigo reporta-se ao estabelecimento de estratégias de recuperação para os educandos 
de menor rendimento. Nesse inciso o educando passa a ser o foco de atenção no processo ensino-apren-
dizagem. 
O papel do docente é criar estratégias para trabalhar o conteúdo educacional, despertando o interesse do 
educando em aprender, convertendo o fracasso escolar em bons rendimentos.
O inciso v, do artigo traz a seguinte responsabilidade para os que atuam no magistério: participação 
do docente em todo o período letivo, realização e envolvimento ao planejamento, à avaliação e ao 
desenvolvimento profissional.
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Na próxima unidade você verá que existe uma associação com a função da avaliação formativa, como 
Inciso IV do artigo 13 que prescreve o papel do docente em criar estratégias para trabalhar o conteúdo 
educacional e sanar falhas na aprendizagem do educando.
No artigo 14 da Lei 9.394/96, a LDB ao se referir à avaliação, determina que sejam observados os critérios 
da avaliação contínua e cumulativa da atuação do educando, com prioridade dos aspectos qualitativos 
sobre os quantitativos e os resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
No 1º parágrafo do Art. 14, a avaliação do aproveitamento, a ser expressa em notas ou menções, prepon-
derará os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e os resultados obtidos durante o período letivo 
sobre os da prova final, caso esta seja exigida.
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PAlAvrAs do ProfEssor
Você observou que em nosso estudo, em vários momentos, refletimos sobre os aspectos que prevalecem 
à avaliação da aprendizagem sobre a classificação do educando atravésda nota? 
Pois bem! Como você pode observar no parágrafo § 1º do Art.14 da LDB, não se valoriza o sistema opres-
sivo de notas parciais e médias finais no processo da avaliação escolar.
Apesar da orientação da lei, ainda vimos docentes avaliando seus educandos sob o aspecto quantitativo, 
sem levar em consideração a análise qualitativa que está associada ao nível de compreensão do educan-
do em determinada área de conhecimento. É claro que a avaliação qualitativa deverá ser evidenciada, 
através de conceitos ou notas, o que não deve é valorizar como principal objetivo nas práticas avaliativas.
Então meu caro(a), nos veremos na próxima unidade com mais informações proveitosas para sua cami-
nhada acadêmica.
Lembre-se o seu tutor aguarda sua sinalização para lhe ajudar no que for preciso.
Até a próxima!