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UNIDADE II GUIA DE ESTUDO Avaliação Educacional 2 II PArA início dE convErsA Olá Caro(a) aluno(a), fico feliz em estarmos juntos em nossa segunda unidade para continuarmos com nossos estudos. Nessa unidade vamos tratar das diferentes modalidades e funções da avaliação, considerando que a unidade anterior socializamos conhecimentos sobre o histórico da educação, aspectos conceituais à luz de Luckesi, Hoffman e Perrenoud, a avaliação apreciada nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN e o artigo 13 da LDB – Leis de Diretrizes e Bases. Através dos estudos aprendemos que a avaliação é mais do que um ato de julgar ou mesmo de atribuir notas ao desempenho do educando. O pressuposto é que a avaliação é uma ferramenta alinhada ao pro- cesso de ensino e aprendizagem. Preparado(a)? Então, vamos continuar com nosso raciocínio. ModALidAdEs E FUnÇÕEs dA AvALiAÇÃo dE APrEndiZAGEM Meu caro(a), em conformidade com Benjamin Bloomum, importante pesquisador da área de aprendiza- gem, a avaliação pode ser classificada em três tipos ou modalidades: Diagnóstica, Formativa e Somativa. (BLOOM; HASTINGS; MADAUS, 1983, p. 8). visitE A PáGinA Caso você se interesse em saber mais sobre Benjamin Bloom e sua teoria sobre avalia- ção, espero que goste. Clique aqui para acessar. Nesse capítulo o estudo visa fornecer informações para o futuro docente no tocante à aprendizagem dos diferentes tipos de avaliação aplicada no contexto educativo. Você perceberá que a necessidade de avaliar se fará sempre presente, por isso se dá a importância de entendermos com mais afinco os tipos de avaliações que devem ser praticadas, por isso, dizemos que podem ser: a) Diagnóstica b) Formativa c) Somativa https://sites.google.com/site/ramirodotcom/os-meus-textos-de-pedagogia/benjamim-bloom 3 Avaliação diagnóstica Esse tipo de avaliação atua como um processo analítico, ou seja, coleta informações prévias do que se pretende fazer. Pedagogicamente, esse tipo de avaliação é realizada no início do curso, do ano letivo, do semestre ou trimestre, da unidade. Vejamos como a avaliação diagnóstica na visão de Ferreira (2009, p. 33), pode ser utilizada: • Conhecer o educando sua bagagem cognitiva e/ou suas habilidades; • Identificar possíveis dificuldades de aprendizagem; • Verificar o que o educando aprendeu ou não aprendeu, identificando causas de não aprendizagem; • Caracterizar o educando quanto a interesses ou necessidades; • Replanejar o trabalho. Nesse sentido, a avaliação diagnóstica serve como uma adaptação dos programas de ensino em relação aos conhecimentos dos educandos. Essa avaliação permite que o docente perceba antecipadamente as dificuldades que os educandos externam sobre determinado assunto, a ponto de oferecer oportunidades de aprendizagens. Caro(a) educando(a), para uma prática educativa de sucesso o ideal é que o docente inicie suas atividades de ensino a partir da investigação do nível de conhecimentos dos educandos. GUArdE EssA idEiA! No exercício da docência é de fundamental importância levantar informações sobre a ausência dos pré- -requisitos da aprendizagem dos educandos. Uma vez percebido a falta da aprendizagem, sugere direcio- nar uma estratégia de ensino, pois possibilita o ajuste de todo planejamento de aula, obtendo sucesso frente ao processo de ensino e aprendizagem. Os profissionais da educação precisam compreender que a avaliação prossegue sistematicamente, sem focar apenas o resultado. A função da avaliação diagnóstica é verificar previamente o conhecimento dos educandos e os pré-requisitos necessários para o preparo de novas aprendizagens. Fique atento, pois quando nos referimos à avaliação diagnóstica percebemos a necessidade de constituir levantamentos das capacidades cognitivas dos educandos em relação aos conteúdos a serem ministra- dos. Através dessa prática de avaliar busca-se saber e identificar as aptidões e interesses dos educandos, averiguando os conteúdos e as estratégias de ensino mais apropriadas. É importante que você leia os livros mais recomendados da docente Jussara Hoffmann, que são: Avaliação Mediadora uma prática em construção da pré-escola à universidade, e Avaliação: Mito e Desafio uma perspectiva construtivista. 4 Machado observa que: “A avaliação diagnóstica possibilita ao educador e educando detectarem, ao lon- go do processo de aprendizagem, suas falhas, desvios, suas dificuldades, a tempo de redirecionarem os meios, os recursos, as estratégias e procedimentos na direção desejada” (MACHADO, 1995, p. 33). LEitUrA coMPLEMEntAr Caso você se interesse por este conteúdo, faça uma leitura extra, o livro é: Diagnóstico para superar o tabu da avaliação nas escolas. AMAE Educando, n. 255, out.1995. MACHADO, Maria Auxiliadora C. Araújo. Uma das funções da avaliação diagnóstica consiste, portanto, na garantia de que todos poderão aprender, além de ser: • Um estímulo ao crescimento e ao fortalecimento das dinâmicas entre o docente e educando; • Um estímulo ao crescimento e ao fortalecimento das dinâmicas entre docente e educando; • Um processo na busca do equilíbrio sem censuras, repressões e punições; • Uma segurança na caminhada pedagógica; • Uma garantia de interesses e do direito das pessoas e das instituições; • Um meio para superar limites sem traumas; • Aprender a aprender por causa da transitoriedade dos conhecimentos. ( Machado,1995p.37) PALAvrAs do ProFEssor Percebeu como é importante o docente entender a possibilidade que a avaliação diagnóstica fornece no processo ensino aprendizagem? No próximo estudo observaremos uma analogia que o estudioso Perrenoud faz sobre a avaliação diagnós- tica. Você, com certeza, achará interessante. Um médico não se preocupa em classificar seus pacientes, dos menos doentes até os ter- minais. Tampouco destina a eles o mesmo tratamento. Ao contrário, dedica-se a encontrar para cada doente o tratamento adequado e, por isso, utiliza-se do diagnóstico para conhecer cada um deles. Porém, o diagnóstico sozinho não tem utilidade alguma. É verdadeiramente inútil se depois dele não vier uma ação apropriada. Com a avaliação também é assim: o diagnóstico é importante, mas de nada adianta se a ele não se sucederem ações concretas. (PERRENOUD, 2008, p. 15) A analogia feita por Perrenoud entre o tratamento do doente e a aplicabilidade da avaliação diagnóstica nas atividades educativas, nos leva a consolidar o aprendizado que obtivemos sobre essa avaliação. 5 Pense um pouco: De nada adianta o docente coletar informações sobre o conhecimento prévio do edu- cando e não aplicar estratégias de ensino para alavancar a aprendizagem. Não é mesmo? No próximo estudo você verá aspectos relevantes sobre a avaliação formativa. PALAvrAs do ProFEssor Bem! Você, com certeza, entendeu a função da avaliação diagnóstica em um contexto geral da educação, não é diferente aplicá-la no nível de ensino superior. Essa prática avaliativa não é comumente exercitada pelo docente em sala de aula no nível de graduação. Os conteúdos são ministrados sem ao menos pes- quisar os conhecimentos prévios dos educandos. Ao assistir o vídeo indicado, você verá os problemas gerados quando o docente não se utiliza dessa modalidade de avaliação. Nem sempre a avaliação diagnóstica identifica a falta do conhecimento, ela poderá também revelar a aprendizagem pelos educandos em determinada situação de ensino. vEjA o vídEo! A cena do filme “O sorriso de Mona Lisa”, tem como principal ambiente a Welley Col- lege, escola feminina tradicionalista do início da década de 50. Pelo cenário podemos identificar que se trata de uma educação tradicional, como foi visto em nosso estudo, na unidade I. O intuito de você assistir ao vídeo é identificar a falha da professora Katharine quando ela não percebe em que nível de aprendizagem as alunas estão, bem como, conferir o quanto a professora fica surpresa em saber que as alunas já trazem conhecimentos prévios sobre o conteúdo a ser ministrado porela. A cena tem aproximadamente 4 minutos e 24 segundos. Clique aqui para acessar. Avaliação Formativa No que tange a avaliação formativa, ela oportuniza o docente a localizar e corrigir as dificuldades dos educandos encontradas durante o processo ensino-aprendizagem. Ela está alinhada diretamente a um propósito de verificar os objetivos elencados no planejamento do docente. As funções relacionadas à avaliação formativa são de orientar, apoiar, reforçar e corrigir. “Uma avaliação formativa (...) dá informações, identifica erros, sugere interpretações quanto às estratégias e atitudes dos educandos e, portanto, alimenta diretamente a ação pedagó- gica” (PERRENOUD, 2008, p. 68). Essa citação nos aponta uma indicação de Perrenoud - um dos teóricos da avaliação da aprendizagem sobre avaliação formativa. Na ótica do teórico essa avaliação apresenta características que permitem análises das aprendizagens dos educandos, dando condições ao avaliador de perceber quais os saberes que realmente os educandos dominam e quais precisam dominar. https://www.youtube.com/watch?v=_p01d_mr5nE https://www.youtube.com/watch?v=_p01d_mr5nE 6 ??? você sAbiA? Você sabia que a avaliação formativa é também conhecida como processual? Pois é, ela se baseia segun- do os princípios do construtivismo e da aprendizagem significativa. Por meio da aplicabilidade dessa ava- liação, o educando percebe os seus erros e acertos e se sente estimulado para prosseguir seus estudos. Nessa modalidade de avaliação sua finalidade é orientar e regular o processo de ensino-aprendizagem. É a componente indissociável da prática pedagógica. Avaliar formativamente é compreender o ritmo de aprendizagem e utilizar-se de uma metodologia que promova a recuperação do educando que ficou prejudicado na aprendizagem. O seu olhar é solidário para aquele educando que tem um ritmo de aprendizagem lenta. PALAvrAs do ProFEssor Imagine você, atuando na docência do ensino supeiror, usando a avaliação formativa. Você usaria essa avaliação como prevenção para captar os avanços e as difciculdades dos educandos, não é mesmo? O docente do ensino superior deve sanar todas as dificuldades dos educandos durante o processo pedagó- gico para poder prosseguir nos ensinamentos. O docente, ao aplicar esse tipo de avaliação, poderá tomar novas decisões, rever novos planos e definir ações que promovam aprendizagens. Uma avaliação com características formativas leva a uma reflexão constante da prática pedagógica. Caro(a) estudante, você já pensou em algum momento de nosso estudo, que a avaliação formativa não pode ser dissociada da avaliação diagnóstica? Por isso, é importante que o docente pense com cuidado em que se baseará a avaliação que ele vai propor. Igualmente à avaliação diagnóstica, a avaliação formativa também identifica dificuldades no decorrer da aprendizagem a fim de regulá-las de forma ágil. Todavia, as duas modalidades de avaliação, seja a formativa ou a diagnóstica, informa o desenvolvimento do educando ao docente, possibilitando ajustes durante o processo. Na sua prática pedagógica sempre associe as duas avaliações como um elo. Veja que maneira interessante de apontar as características da avaliação formativa por Villas Boas (2006, p.181). Caso você se interesse em aumentar sua bagagem acadêmica, leia este livro: Avaliação Formativa: Práticas Inovadoras. Organizado por Benigna Maria de Freitas Villas Boas (Editora Papitus), 2006. 7 cArActErísticAs dA AvALiAÇÃo ForMAtivA a) É conduzida pelo docente; b) Destina-se a promover a aprendizagem; c) Leva em conta o progresso individual, o esforço nele colocado e outros aspectos não especificados no currículo; d) São considerados vários momentos e situações em que capacidades e ideias que, na avaliação somativa, poderiam ser classificados como erros, na formativa, fornecem informações diagnósticas; e) Os educandos exercem papel central, devendo atuar ativamente em sua própria aprendizagem, ou seja, eles progredirão se compreenderem suas possibilidades e fragilidades e se souberem como se relacionar com elas. Vejo através do nosso estudo que para aplicar a avaliação formativa no dia a dia da docência requer um esforço pedagógico. Pois é, esta informação sobre a avaliação formativa nos faz refletir que no mundo educativo nada se trans- forma de um dia para o outro. É preciso apropriar-se de uma prática avaliativa, pois requer uma mudança em todo o processo de ensino aprendizagem. Quebrar o paradigma de avaliação implica mudar, também, todo o trabalho pedagógico do qual a avalia- ção decorre. PALAvrAs do ProFEssor E você, caro(a) educando(a), está disposto a transformar no decorrer da sua docência essa nova visão de avaliar? A avaliação formativa é a componente indispensável e indissociável da prática pedagógica. Alguns docentes acreditam que a avaliação formativa é solicitar do educando que ele realize várias atividades para serem atribuídas notas. Não é bem assim! Desta forma, estariam aplicando a avaliação classificatória. A avaliação formativa se configura quando o docente se preocupa em fazer com que o educando participe ativamente das aulas, ativando seu cognitivo. Ele abre espaço para perguntas, para dúvidas, como também, permite que os educandos deem sugestões sobre as aulas. Nesse sentido, o docente não espera o final do semestre para avaliar a aprendizagem por meio de apenas um instrumento “prova”. Diante do argumento da avaliação formativa, o docente deve alterar sua programação de aula, rever suas abordagens pedagógicas, auxiliar os educandos na sua aprendizagem, quando assim for necessário. 8 Essa é, sem dúvida, a função da avaliação formativa. Para aplicar a avaliação formativa é necessário desapegar das formas tradicionais de avaliar. Nessa pers- pectiva o docente deve desmistificar a forma excludente do ensino, visando realmente formar o educando, e não somente quantificar seu desempenho. Conforme apontado por Ferreira (2009, p. 53), o docente: • Não deve ironizar respostas pessoais de seus educandos em situação de prova ou de outros ins- trumentos de avaliação; • Deve justificar seus julgamentos, pois o educando tem direito de saber por que errou; • Deve procurar não proceder a correções que gerem ambiguidades; • Deve evitar a todo custo “marcar” educandos, castigando-os na correção com nota baixa, dando a entender que o processo educativo é baseado somente na nota; deve respeitar o educando e avisar quando e como vai avaliá-lo; • Em hipótese nenhuma, pode subtrair pontos do educando (pois é um direito adquirido dele). PALAvrAs do ProFEssor Posso lhe sugerir? Este livro pode lhe auxiliar em seus estudos: Retratos da Avaliação - Conflitos, Desvirtuamentos e Caminhos Para a... Didáticos; Subgênero: Pedagogia; Autor: Lucinete Ferreira; Editora: MEDIACAO,2009. Ferreira aponta que a avaliação formativa tem seu foco no processo de ensino-aprendizagem. Luckesi afirma que o docente torna-se pesquisador da prática pedagógica pelos seguintes princípios: • Conscientizar-se de que sua atividade tem por objetivo “iluminar” a realidade de aprendizagem de seu educando; • Comprometer-se com uma visão pedagógica que leve em consideração o fato de que o ser huma- no sempre pode aprender; • Estar ciente de que a construção do conhecimento depende tanto da exposição teórica de conteú- dos quanto dos instrumentos utilizados para abordá-los na prática, além de algumas outras variáveis ; • Ter a noção clara de que a prática avaliativa vinculada à aprendizagem só faz sentido se for parte de um processo e também se fornecer uma posição sobre a aprendizagem final do educando. PArA rEsUMir Resumindo, a avaliação diagnóstica tem uma característica de pesquisar em que nível de aprendizagem o educando se encontra a partir de uma prática de ensino. 9 Enquanto a avaliação formativa propõe uma realimentação para a avaliação diagnóstica, contemplando estratégias de ensino para as dificuldades que surgirem medianteas dúvidas e questionamentos dos educandos. Até agora meu querido(a) alguma dúvida? Qualquer questionamento o seu tutor aguarda sua sinalização. Avaliação somativa A avaliação somativa funciona como um sumário de forma quantificada. Tem lugar em momentos especí- ficos ao longo do ano letivo, como por exemplo, no final da unidade, em que o educando realiza diversas atividades (trabalhos, pesquisas e provas), este recebe uma nota única pela soma desses resultados. Essa nota deve refletir o desempenho e as aprendizagens desse educando no período em questão, classifican- do-o de acordo com os níveis de aproveitamento previamente estabelecidos. GUArdE EssA idEiA! Mesmo tendo a avaliação somativa uma característica de classificatória, quando bem feita, não acarreta danos ao processo educacional. O seu resultado não pode associar apenas a um valor numérico por meio de uma nota. Portanto, é preciso planejar as atividades de modo que essa prática não se transforme em um jogo de classificação, causando danos ao processo educacional do educando. O seu principal objetivo é integrar-se com a avaliação diagnóstica e a formativa. Essas três formas de avaliação devem ser vinculadas ou conjugadas para garantir a eficiência do sistema de avaliação e a excelência do processo ensino-aprendizagem. É justamente nessa visão que se procura mudar atualmente as práticas educativas. Como argumenta Hoffmann (1998, p. 57), a avaliação não deve ser classificatória, pois ela “considera as tarefas numa line- aridade, sem a articulação de uma com a outra, o que as torna independentes e estáticas”. Assim, cada atividade que o educando faz tem valor por ela mesma, sem estar ligada a outra, sem ser parte de outro conhecimento maior. No quadro a seguir, temos a contribuição do autor Edmar Henrique Rabelo que fez uma síntese de cada uma das modalidades avaliativas, o que concerne aos tipos de avaliação. PERIODOS TIPOS OBJETIVOS INTERESSES BUSCAS Início Diagnóstica Orientar Explorar Identificar Adaptar Predizer Educando enquanto produtor A avaliação busca conhecer, prin- cipalmente as aptidões, os inte- resse e as capacidades e compe- tências, enquanto pré-requisitos para futuros trabalhos. 10 Durante Formativa Regular Situar Compreender Harmonizar Tranquilizar Apoiar Reforçar Corrigir Facilitar Dialogar Educandos enquanto atividades, processo de produção. A avaliação busca informações sobre estratégias de soluções de problemas e das dificuldades surgidas. Depois Somativa Verificar Classificar Situar Informar Certificar Por á prova Educando enquanto produto final A avaliação busca observar Comportamentos globais, social- mente significativos, determinar conhecimentos adquiridos, e, se possível ,dar um certificado Rabelo, E.H. Avaliação, Novos Tempos, Novas Práticas. – Petrópolis, RJ, ed. Vozes 1998 p 73. PrAticAndo Vamos fazer uma revisão do nosso estudo, preenchendo a cruzadinha com os tipos de avaliação que iden- tificar nas situações descritas a seguir: 1. Análise preliminar em um curso na busca de identificar ou avaliar os conhecimentos específicos dos alunos antes de iniciar atividades. 2. Enfoca o papel do estudante, a aprendizagem e a necessidade de o educador repensar o trabalho para melhorá-lo. 3. Avaliação com questões objetivas, as quais são atribuídas pontuações com a finalidade de somar esses resultados em relação a avaliação global do aluno ou aprendiz. 11 diagnóstica Formativa somativa Avaliação institucional A avaliação na educação superior não se restringe apenas ao processo de ensino e aprendizagem do educando, se complementa com a avaliação institucional a qual estimula e intensifica as relações de compromisso e cooperação entre os membros da comunidade acadêmica. Apesar de não ser o foco do nosso estudo é pertinente se apropriar enquanto docente desse nível de ensino. Veja abaixo as informações, na íntegra, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP sobre Avaliação Institucional e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). 1 2 3 12 A Avaliação Institucional é um dos componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e está relacionada: • À melhoria da qualidade da educação superior; • À orientação da expansão de sua oferta; • Ao aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; • Ao aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da afirmação da autonomia e da identidade institucional. A Avaliação Institucional divide-se em duas modalidades: Autoavaliação - Coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da autoavaliação institucional da CONAES. Avaliação externa - Realizada por comissões designadas pelo Inep, a avaliação externa tem como referência os padrões de qualidade para a educação superior expressos nos instrumentos de avaliação e os relatórios das autoavaliações. O processo de avaliação externa independente de sua abordagem e se orienta por uma visão mul- tidimensional que busque integrar suas naturezas formativas e de regulação numa perspectiva de globalidade. Em seu conjunto, os processos avaliativos devem constituir um sistema que permita a integração das diversas dimensões da realidade avaliada, assegurando as coerências conceituais, epistemológica e prá- tica, bem como o alcance dos objetivos dos diversos instrumentos e modalidades. sinaes - Criado pela Lei n° 10.861, de 14 de abril de 2004, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) é formado por três componentes principais: a avaliação das instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes. O Sinaes avalia todos os aspectos que giram em torno desses três eixos: o ensino, a pesquisa, a extensão, a responsabilidade social, o desempenho dos alunos, a gestão da insti- tuição, o corpo docente, as instalações e vários outros aspectos. Ele possui uma série de instrumentos complementares: autoavaliação, avaliação externa, Enade, Avalia- ção dos cursos de graduação e instrumentos de informação (censo e cadastro). Os resultados das ava- liações possibilitam traçar um panorama da qualidade dos cursos e instituições de educação superior no País. Os processos avaliativos são coordenados e supervisionados pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (Conaes). A operacionalização é de responsabilidade do Inep. PArA PEsqUisAr As informações obtidas com o Sinaes são utilizadas pelas IES, para orientação da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social; pelos órgãos governamentais para orientar políticas públicas e pelos estudantes, pais de alunos, instituições acadêmicas, público em geral, para orientar suas decisões quanto à realidade dos cursos e das instituições. Acesse os links que constam as informações acima. Link 1 Link 2 http://portal.inep.gov.br/superior-sinaes http://portal.inep.gov.br/superior-avaliacao_institucional 13 PALAvrAs do ProFEssor Por fim, concluímos nosso estudo apontando sobre as modalidades e funções da avaliação da aprendi- zagem. Você, futuro docente, precisa aprender sobre avaliar, quebrando paradigmas de sua experiência como educando. Por muito tempo, o estudo sobre avaliação esteve direcionado em teorias de medição, o que justifica as posturas dos docentes com as quais convivemos até hoje. Será um desperdício o estudo desse módulo para a formação do futuro docente se as concepções das práticas avaliativas não forem ao encontro da ação, avaliar para aprender. Portanto, pense e repense na sua contribuição para a formação dos seus futuros educandos. Todas as informações socializadas aqui nesse estudo, diretamente ou indiretamente, influenciarão em sua formaçãodocente. Vamos avançar para a unidade III. Até lá!
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