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Sérgio Luiz de Barros Santiago TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS ������������������������ 5 GESTÃO DE MUDANÇAS ������������������������������ 14 GESTÃO DA DIVERSIDADE �������������������������� 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������������� 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS �������������������������������������������� 37 2 INTRODUÇÃO Os novos papéis e funções incorporados à gestão estratégica de pessoas ressaltaram algumas temá- ticas que se relacionam entre si e se completam, as quais já foram mencionadas, porém algumas delas serão aprofundadas neste módulo. Tradicionalmente em gestão de RH se tratou de desempenho apoiada na performance dos indi- víduos; porém, desempenho foca o resultado, e competência trata a causa, o que, sem dúvida, é mais relevante e mais estratégico sob o ponto de vista do alinhamento com as metas empresariais. Destacando que há competências individuais e competências organizacionais, em que nem sempre a somatória daquelas resulta nesta. Na obtenção de competências organizacionais invariavelmente se deve realizar mudanças, pois trata de capacidades dinâmicas de grande rele- vância – as quais suportam a reconfiguração das competências, daí a complementaridade. O disparo para mudanças vem da percepção pelos indivíduos e grupos dentro da organização de inconsistências e paradoxos que, ao serem enfrentados, geram as transformações para alavancar benefícios e minimizar os efeitos negativos das divergências e contradições percebidas, seja no nível individual, seja no nível organizacional. 3 A diversidade no ambiente organizacional ganhou relevância a partir de movimentos socioeconômicos que ocorreram recentemente, em que o poder das minorias aflorou na sociedade e passou a pesar nos interesses econômicos, simultaneamente com o fenômeno da globalização, que rompeu a fronteira das nações e miscigenou o mercado de negócios e de trabalho, alterando compulsoriamente valores culturais na sociedade e na organização. Razão pela qual a gestão de pessoas passou a trabalhar essa realidade no sentido de minimizar obstáculos de convivência e integração dos indivíduos, bem como na captação de competências e talentos que ainda não viviam o ambiente das organizações. 4 GESTÃO DE COMPETÊNCIAS Entender gestão de competências passa por compre- ender o que vem a ser a competência individual, um substituto do que se entendia por qualificação para assumir uma posição de trabalho, mas também a base da mudança de abordagem, até então tratando da vinculação direta de desempenho com metas organizacionais, para a associação e coordenação das competências individuais na construção do que se conhece como competência organizacional, um conjunto de conhecimentos que a empresa possui agregado às competências de seus colaboradores. Dutra (2004) considera uma troca de uma adminis- tração de comportamentos baseados na posição, nas atividades e funções para outra que se baseia nas responsabilidades e contribuições complexas, mas efetivas das pessoas ou de grupos para o desenvolvimento organizacional. A evolução do que se entende por qualificação para o trabalho para o que se entende por competência se dá com a mutação acelerada da tecnologia e o crescimento em amplitude e intensidade da atividade concorrencial, uma vez que essas transformações modificaram o conteúdo das posições de trabalho. Muitas tarefas manuais e repetitivas, de poucas exigências quanto à qualificação, foram substituídas pela automação, com as consequentes mudanças 5 nas lógicas de trabalho. Houve, conforme Casey (1999), uma requalificação com funcionários assu- mindo novas responsabilidades que exigem maiores capacidades e conhecimentos. Deu-se a ruptura com o modelo taylorista-burocrático. A requalifica- ção veio com o desenvolvimento de capacidades cognitivas e de mudanças comportamentais para propiciar maior flexibilidade e autonomia no tra- balho. Trata-se aqui de competências individuais. Dentre as capacidades cognitivas, Zuboff (1994) aponta a qualificação intelectiva necessária para responder questões como: A que isso se refere? Qual é o significado disso? O autor deu três dimensões a tal qualificação: (a) pensamento abstrato, pois o uso da informática leva à desconstrução das referências físicas; (b) raciocínio indutivo, pois a informatização leva ao pensamento analítico, à compreensão do relacio- namento entre dados e à construção da relação hipótese-teste-prova; e (c) concepção teórica de processos, que vem a ser um roteiro hipotético obtido por meio dos dados, o que torna possível a sistematização de ideias e hipóteses. Há uma corrente entre os autores que considera a adoção do conceito de competência após surgirem novas formas de execução dos trabalhos, com as organizações incentivando o trabalho em equipe 6 e a responsabilidade coletiva pela sua realização, condição que exigiu novos saberes e atitudes das pessoas que atuam nas empresas. Por outro lado, a necessidade de contingenciamen- to frente à incerteza e à oscilação dos mercados levou-as a voltar o foco totalmente aos resultados, ao invés da maneira como o trabalho acontecia no dia a dia. A imprevisibilidade vem da ocorrência de um evento, o que a provoca. Os eventos podem gerar oportunidades e novos desafios que provo- cam a mobilização dos indivíduos. Na literatura é comum se observar competência atrelada à ideia de capacidade, ou seja, de conheci- mentos, habilidades e atitudes, também conhecidos por CHA, que são desenvolvidos em diferentes situações e se mobilizam em certas condições de trabalho, assim, competência seria a combinação e a mobilização dessas capacidades para atender uma determinada demanda de trabalho ou enfrentar um evento que surja. Assista a este vídeo que explica bem o significado do CHA por meio de um desenho e tire suas conclusões. Trata-se de trabalho extremamente didático e esclarecedor. Disponível aqui. REFLITA 7 Ruas (2005) apresenta interessante comparação entre competência e qualificação, conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1: Competências versus qualificação. Competência Qualificação y Baixa previsibilidade de atividades e negócios; y Intensificação e abrangên- cia da concorrência; y Predominância de eventos; y Relações de trabalho in- formais e flexíveis. Sindicato fraco; y Organizações de trabalho com base em metas; dele- gação de responsabilidade e multifuncionalidade; y Foco nos resultados; y Estimulo à aprendizagem no circuito duplo. y Relativa estabilidade socioeconômica; y Concorrência localizada; y Predominância de proces- sos e padrões; y Relações formais de traba- lho. Sindicato forte; y Organização de trabalho com base em postos defi- nidos e tarefas prescritas e programadas; y Foco no processo; y Estimulo a aprendizagem de circuito simples. Fonte: RUAS (2005) adaptado. Exercer a competência implica na interação entre os profissionais da empresa, em que cada um deve orientar-se pela prática do que ocorre e articular-se com os outros, ao colocar suas capacidades em uso. Construindo uma rede de relacionamentos torna-se mais fácil mobilizar pessoas contribuin- do para objetivos coletivos. Essa mobilização é representada na Figura 1. 8 Dessa forma, podemos compreender competência para além do armazenamento de conhecimentos, habilidades e atitudes, mas à mobilização destas para uma ação determinada, ou seja, as competên- cias serão úteis na medida em que são colocadas em prática, comunicadas para todos. Figura 1: Competência: comunicar resultados. Condições Prazo de entrega e abrangênciaDesempenho Adequação de desempenho, clareza, etc. Habilidades Conhecimentos Básico e técnicos Competência Comunicar resultados Entrega Avaliação Recursos Material de escritório e informática Atitudes Aprender e sistematizarFonte: RUAS (2005) adaptado. Já as competências organizacionais têm outro conceito; elas englobam articulações de recursos organizacionais, aprendizado e o saber-fazer cole- 9 tivo; e, principalmente, coordenação e integração de diferentes habilidades e diferentes correntes de tecnologia, segundo Prahalad e Hamel (1997). Ao mencionar articulação de recursos organiza- cionais, estamos tratando, conforme Le Boterf (2003), de: (a) recursos humanos – as competên- cias individuais; (b) recursos tecnológicos – as tecnologias utilizadas pelos talentos; e (c) recursos organizacionais – a estrutura de gestão de RH, incluindo seus sistemas. O autor ainda detalha os componentes da compe- tência organizacional: y Saber agir – saber o que e por que faz; saber julgar, escolher, decidir. y Saber mobilizar – criar sinergia e mobilizar recursos e competências. y Saber comunicar – compreender, trabalhar, transmitir informações, conhecimentos. y Saber aprender – fazer uso do conhecimento e da experiência, rever modelos mentais; saber desenvolver-se. y Saber se engajar e comprometer – saber coo- perar, empreender, correr riscos, e se comprometer com o que faz. y Saber assumir responsabilidades – ser responsá- vel por suas ações e merecedor de reconhecimento. 10 y Saber enxergar e tomar conhecimento do ne- gócio e do ambiente da organização, observando oportunidades e alternativas. No entender de Ruas (2004) as competências organizacionais podem ser: (a) básicas – que garantem a sobrevivência da organização em um mercado determinado; (b) seletivas – que dife- renciam a organização no seu mercado e permite posicionar-se estrategicamente; e (c) essenciais – aquelas próprias, inimitáveis, pioneiras, que dão liderança no seu mercado. Conforme o ramo de negócio e o porte da organi- zação, as competências podem ser desdobradas de modo a adequar-se às situações específicas de cada negócio. Essa adequação levou à definição de competências funcionais, pois estruturam os diferentes processos e, por isso, têm alcance me- nor, algo referente a um grupo ou equipe dentro da organização. Portanto, as competências organizacionais, cria- das a partir da direção estratégica da empresa, são compostas de competências individuais e funcionais. Vide Figura 2. 11 Figura 2: Estratégias e Competências. Estratégias empresariais Competências funcionais organizacionais Competências individuais Aprendizagem Aprendizagem Fonte: FLEURY e FLEURY (2004) adaptado. Baseando-nos em diferentes abordagens de di- versos autores, consolidamos o direcionamento estratégico segundo seus objetivos: (a) ter exce- lência operacional – a busca da maximização da relação qualidade/preço; (b) liderança em produto ou serviço – desenvolvimento de produtos ou ser- viços inovadores que atendam às expectativas do mercado; e (c) foco no cliente – orientado para o atendimento de clientes especiais. Acesse o Podcast 1 em módulos 12 Quando consideramos o alinhamento e o desen- volvimento de competências à estratégia organiza- cional, explicitamos a necessidade de um sistema de gestão de pessoas que cuida da interação e das trocas de diferentes tipos de conhecimentos, dis- seminando-os por todos os lados da organização. 13 GESTÃO DE MUDANÇAS As transformações e as pressões oriundas do cenário externo às organizações exigem destas capacidades de aprendizagem e de cooperação maiores, para fazer frente à gestão da complexi- dade, diversidade e ambiguidade que caracterizam as condições em que atualmente têm de operar. (ULRICH, 1998) Os fatores externos, que de forma independente provocam as mudanças, segundo Fombrun (1984), são, sobretudo, de carácter: (a) tecnológico – com as inovações tecnológicas na produção e na tec- nologia da informação; (b) econômico – face às oscilações do mercado e dos indicadores macro- econômicos; (c) socioculturais – decorrência dos novos valores e atitudes no trabalho e no papel social das organizações perante a sociedade; e (d) político – devido aos níveis em que são tomadas as decisões que, direta ou indiretamente, condicionam o exercício da atividade empresarial. A tabela 2 mostra as mudanças e suas implicações para a gestão de pessoas. 14 Tabela 2: Mudanças Organizacionais e Implicações na Gestão de RH. Fatores Mudanças Implicações para a GRH TÉ CN O LÓ G IC O S y Aumento da taxa de inovação dos produ- tos e serviços; y Novas tecnologias de produção e de informação. y Reformulação dos méto- dos de trabalho; y Alteração do fluxo e do conteúdo da comunicação; y Redefinição de funções; y Novos programas de for- mação (técnica e comporta- mental) e de desenvolvimen- to dos trabalhadores; y Reformulação dos crité- rios e sistemas de avaliação do desempenho; y Alteração das condições ergonômicas do local de trabalho. EC O N Ô M IC O S y Aumento da com- petição global; y Desregulação dos mercados; y Escassez de recursos; y Terceiriza- ção dos países industrializados. y Maior flexibilidade (funcio- nal; numérica e temporal); y Reformulação dos sistemas de promoção e de incentivo com vincula- ção destes à avaliação de desempenho. 15 Fatores Mudanças Implicações para a GRH SO CI O CU LT UR A IS y Alteração da com- posição da força labo- ral (aumento dos ní- veis de escolaridade e de profissionalização dos trabalhadores); y Alteração da im- portância atribuído à qualidade do produto e do serviço prestado ao cliente; y Alteração dos valores e atitudes dos indivíduos face ao trabalho. y Redefinição das funções; y Redefinição dos padrões de trabalho; y Alteração das políticas de recrutamento e seleção; y Alteração ao nível do con- trato psicológico que é esta- belecido entre o trabalhador e a entidade empregadora; y Necessidade de novos sistemas de motivação; y Utilização de estratégias para aumentar a impplica- ção organizacional (p. ex. aumentar participação dos trabalhadores); y Preocupações com a qua- lidade de vida no trabalho. PO LÍ TI CO S y Tensão entre o se- tor público e o privado ao nível do enquadra- mento regulador das suas atividades; y Atividades de parceria, aliança e cooperação entre grupos regionais. y Novos programas de formação (estratégica) dos elementos da alta direção; y Novos sistemas de re- compensa do desempenho. Fonte: TAVARES e CAETANO (2000) adaptado Segundo Tavares e Caetano (2000), mesmo com as diferenças existentes entre os diversos proces- sos de mudança, sejam no que diz respeito aos sistemas abrangidos, seja no contexto interno em que ocorrem, ou ainda a respeito da fase de vida da organização, bem como nas pressões exerci- 16 das para mudar; etc. é possível identificar onde o impacto é mais sentido. A transformação mais crítica ocorreu face à re- novação tecnológica e à melhoria dos produtos ou dos serviços prestados ao cliente. Em nível tecnológico, deveu-se à renovação ou atualização dos equipamentos e sistemas de TI, incluindo as aplicações de automação nas áreas de produção. Quanto aos produtos e serviços houve, em algumas empresas, a introdução de inovações e melhorias destinadas a atender as necessidades e desejos dos consumidores. A organização interna mudou também por reflexos das transformações mencionadas, principalmente nas estruturas da empresa, algumas mais radicais, outras apenas em alinhamentos e readaptações. O sistema social também teve de se adaptar, me- lhorando processos de comunicação interna, aqui aproveitando as mudanças tecnológicas. Houve reflexos também nos valores da cultura organi- zacional quanto aos clientes externos – valores da qualidade do serviço e do produto – e para os clientes internos, incentivando a importância de assumir suas responsabilidades pelos trabalhadores. 17 Na literatura, encontram-se diversas tipologias para as mudanças, podendo ser, conforme Silva (1999), incrementais, quando se referem a acréscimos na estrutura ou reestruturações;e transformacio- nais, quando modificam a missão e os objetivos da organização. Também poderão ser contínuas pela evolução constante, ou episódicas, quando descontínuas ou de pouca frequência, segundo Weick e Quinn (1999). Tabela 3: Tipos de Mudança. Forma Tempo Incremental Estratégica Antecipada Sintonia Reorientação Reativa Adaptação Recriação Fonte: Acuña e Fernandez (1995) adaptado. Já para Acuña e Fernandez (1995), existe um cru- zamento de enfoques de forma de implementação e o tempo em que ela se dá. Vide Tabela 3. As mudanças geram certa instabilidade social, apresentando resistências por parte das pesso- as, temendo a desestabilização no ambiente de trabalho ou a inadequação estratégica perante possíveis obstáculos colocados pelo mercado; resistência esta que precisa ser superada. Tais resistências são devidas, segundo Mascarenhas, et al. (2004), a um leque amplo de forças emocio- nais e, muitas vezes, irracionais, tais como: medo, 18 angústia, desconfiança, divergência, que geram atitudes contrárias ao movimento mutante e, por isso, requerendo uma gestão. É generalizada entre os teóricos que um mínimo de três fases devem ser observadas no processo de mudança: fase 1 – descongelamento, que se baseia no questionamento do estado atual da organização. Nessa fase há uma instabilidade organizacional, devido à busca de um novo estado de equilíbrio; fase 2 – movimento, durante o qual comportamentos, estruturas e hábitos são modi- ficados, com a substituição de tudo o que não for mais adequado ou superado por qualquer tipo de obsolescência; e fase 3 – recongelamento, em que os novos padrões são consolidados, estabilizan- do-se a organização em novo ponto de equilíbrio, que altera a identidade da organização. Outro modelo é inspirado no entendimento de que a mudança é um processo linear, durante o qual se procura solucionar problemas ou atingir metas consensualmente. O processo, segundo Kotter (2013), tem oito etapas e é representado no Tabela 4. 19 Tabela 4: Mudança em oito etapas. Modelo 1 ESTABELECIMENTO DE UM SENSO DE URGÊNCIA Exame do mercado e das realidade dos concorrentes Identificação e discussão das crises potenciais ou oportunida- des fundamentais. 2 CRIAÇÃO DE UMA COALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA Formação de um grupo com autoridade suficiente para liderar a mudança. Motivação do grupo para que trabalhe junto como um time. 3 DESENVOLVIMENTO DE UMA VISÃO ESTRATÉGICA Criação de uma visão para ajudar a direcionar o esforço da mudança. Desenvolvimento de estratégias para concretizar essa visão. 4 COMUNICAÇÃO DA VISÃO DA MUDANÇA Uso de cada veículo possível para comunicar constantemente a nova visão e estratégias. Fazer a função da coalização administrativa modelar o com- portamento esperado dos funcionários. 5 ELIMINAÇÃO DE OBSTÁCULOS E EMPODERAMENTO DE FUNCIONÁRIOS PARA AÇÕES ABRANGENTES Eliminação dos obstáculos. Mudança de sistemas ou estruturas que minem a visão da mudança. Encorajamento para correr riscos e usar ideias, atividades e ações não tradicionais. 6 REALIZAÇÃO DE CONQUISTAS DE CURTO PRAZO Planejamento de melhorias visíveis no desempenho ou "conquistas". Criação dessas conquistas. Visível reconhecimento e recompensa do pessoal que tornou as conquistas possíveis. 20 Modelo 7 CONSOLIDAÇÃO DE GANHOS E PRODUÇÃO DE MAIS MUDANÇAS Uso da maior credibilidade para mudar todos os sistemas, estruturas e políticas imcompatíveis e que não se adequem à visão de transformação. Contração, promoção e desenvolvimento do pessoal que pos- sa implementar a visão da mudança. revigoramento do processo com novos projetos, temas e agentes da mudança. 8 ESTABELECIMENTO DE NOVOS MÉTODOS NA CULTURA Criação de um melhor desempenho por meio de um comporta- mento voltado para o cliente e a produtividade, de uma lideran- ça mais forte e melhor e de um gerenciamento mais eficaz. Articulação das conexões entre os novos comportamentos e o sucesso organizacional. Criação de meio para garantir o desenvolvimento e sucessão das lideranças. Fonte: Kotter (2015) adaptado. Kokitsu (2012) define gestão de mudança como: Um processo estruturado de aplicação de conhecimen- tos, técnicas e instrumentos; bem como de exercício de atitudes para gerenciar o processo de mudança interior de cada pessoa que precisa mudar sua for- ma de trabalhar, de modo a produzir os resultados desejados de um projeto ou iniciativa de mudança. Seja na tipologia, seja nas fases do processo, seja na sua definição, a ideia de mudança passa uma sensação de algo estático, que começa e termina, sem interrupção. A ideia de um processo, sujeito a interrupções temporárias, mas com continuidade de 21 fluxo a partir da suspenção de qualquer interrupção, por superação do motivo ou causa, cresceu com a valorização da participação humana na mudança, seja como provocador ou agente, seja como mantenedor que acompanha o processo até o novo equilíbrio. Existem ferramentas para aplicação em gestão de mudanças reconhecidas no mercado pela sua utilidade e eficácia. Dentre elas, apresentamos o modelo do Instituto Prosci, denominado ADKAR, desenvolvido por Jeff Hiatt, que considera cinco estágios, confor- me mostra a Figura 3, para mudanças individuais; e Figura 4, para mudanças organizacionais. Figura 3: Metodologia ADKAR na perspectiva individual. Comunicação Coaching Treinamento Mapa de patrocinadores Gerenciamento de resistências Consciência Conhecimento Reforços Desejo Habilidades Ferramentas de gerenciamento de mudanças Fases individuais da mudança (ADKAR) Fonte: RUA, et al. (2015) adaptado. 22 Figura 4: Metodologia ADKAR na perspectiva organizacional. Fase 1 - Preparando a mudança Definição da estratégia de mudança Desenvolvimento de patrocínio Preparação do time de gestão da mudança Fase 2 - Gerenciamento a mudança Tomada de ações e implementação de planos Desenvolvimento de planos de mudança organizacional Fase 3 - Reforçando a mudança Diagnosticar lacunas e gerenciar resistências Implementação de ações corretivas e celebração do sucesso Coleta e análise de feedback Fonte: RUA, et al. (2015) adaptado. Existem outras ferramentas disponíveis no mercado para as empresas que se interessarem, como: o modelo PCI, da Consultoria Change First, que con- 23 sidera seis fatores de sucesso a serem observados para o êxito da mudança; o modelo Strategy, da Strategy Consulting, que considera quatro áreas do conhecimento e quatro fases de execução como base para o sucesso de uma mudança. 24 GESTÃO DA DIVERSIDADE O encontro de RH com a diversidade está contido na contribuição da função de gerir as pessoas para o acolhimento na organização daqueles indivíduos que são naturalmente diferentes, procurando sua inclusão na estratégia de negócios e buscando o bem estar de cada indivíduo, segundo Truss, et al (1997). Ser naturalmente diferente significa praticar religião diferente, ser de etnia e/ou nacionalidade diferente, ter atitude sexual diferente, ser de cultura diversa e, principalmente, portar anomalias físicas, mentais ou intelectuais não impeditivas para o exercício de uma profissão. Destacamos essas variedades dentro da diversidade porque a maioria das empre- sas tem certa miopia e só enxerga diversidade em religião e nacionalidade e para por aí. Todavia, há atitudes exemplares de algumas organizações que têm incentivado a ruptura de barreiras em todas estas condições de diferenciação entre as pessoas. Suponha uma vaga de emprego publicada com a seguinte descrição: pessoa com boa aparência, condições físicas normais, traços finos, pele clara e boa estatura. Agora, tente identificar que tipo de indivíduo o anúncio quer contratar. 25 Ou, ainda, outro que utiliza a imagem exposta na Figura 5 como ilustração; e me diga quem é o personagem buscado. Figura 5: Imagem de Anuncio de Recrutamento. Fonte: Unsplash. Parece absurdo, mas casos assim não são incomuns, a chamada gestão da diversidadeveio para mudar essa realidade dentro das organizações, quer nos processos de recrutamento e seleção, quer nas suas políticas e cultura no dia a dia corporativo. No âmbito empresarial, grandes questões sobre o tema têm aflorado sendo objeto de debate e orientação, dentre eles: y Discriminações sociais para acesso ao emprego; 26 y Divisão sexual do trabalho e baixa participação feminina em cargos de comando e liderança; y Divergências relativas à cultura; y Obstáculos para a admissão de jovens no mercado de trabalho; y Alijamento de pessoas com mais de 50 anos do mercado de trabalho; y Dificuldades para inclusão de portadores de deficiência física, mental ou intelectual no mercado de trabalho; y Descarte de indivíduos classificados como LGBTQ+ Dessler (2003) busca apresentar a realidade das organizações quando escreve “[...] as metas de igualdade e tratamento justo que orientam a legis- lação de oportunidades iguais de emprego estão sendo ultrapassadas pelas mudanças demográfi- cas e pela globalização do mercado”. Segundo o autor, o cenário tem mudado para as organizações, pois “os homens brancos já não dominam mais a força de trabalho, e as mulheres e as minorias representarão a maior parte do crescimento da força de trabalho em um futuro previsível.” Dessler (2003) descreve a atitude atual, em que “as empresas hoje estão se empenhando para obter um equilíbrio sexual, étnico e racial na força 27 de trabalho, não por causa das imposições legais, mas por uma questão econômica.” Conforme Ulrich (1998), se a diversidade é uma questão pertinente à gestão estratégica da ARH é porque “as práticas de recursos humanos são processos organizacionais que podem ampliar as competências individuais e as capacidades organizacionais”. Sob o ponto de vista de Nkomo e Cox Jr (1999), o conceito de diversidade foi forjado a partir de pensamentos mais restritos sobre o tema, partindo do individual, considerando as diferenças entre as identidades de cada ser humano. Essa interpre- tação se ampliou gradativamente para envolver diferentes grupos sociais, com culturas diversas, e que apresentam diferenças na história, origem, função, personalidade, formação educacional, entre outros atributos que ultrapassam os conceitos de diversidade até então limitados apenas à raça e gênero. Finalmente, segundo Fleury (2000), deu-se uma nova configuração à diversidade com a inclu- são das diferenças primárias, que são diferenças humanas imutáveis, como: idade, etnia, gênero, raça, orientação sexual, etc.; e secundárias mu- táveis, como: formação educacional, localização geográfica, e experiência de trabalho. 28 Ao se pensar diversidade é preciso considerar as diferentes formas de pensar, agir, comunicar e alimentar as pessoas com quem se compartilha espaços na sociedade, na família e na organização, imaginando sua participação nos projetos pesso- ais, grupais e organizacionais com a finalidade de obter resultados favoráveis iguais ou superiores aos desejados. Sob o ponto de vista institucional, as definições de gestão da diversidade a consideram como uma ferramenta administrativa que pode trazer resultados positivos para a organização. Portan- to, é razoável pensar que a gestão da diversidade trabalha com a ideia de uma boa integração entre os funcionários, de modo que cada um contribua com o seu talento para atingir metas planejadas pela empresa. Acesse o Podcast 2 em módulos No olhar de cada indivíduo, a diversidade gerencia- da pode liberar a expressão da sua personalidade, angariando respeito no ambiente corporativo. Sendo possível que o colaborador se identifique com os princípios da empresa, obtendo, então, um crescimento profissional e pessoal na organização e na sociedade. 29 Alves e Galeão-Silva (2004). Consideram que a gestão da diversidade traria a “redução de custos com a diminuição da turnover e absenteísmo – es- pecialmente entre as minorias atraídas; atração de funcionários talentosos para a empresa provenientes das minorias; sensibilização para novas culturas que formam o mercado; aumento da criatividade e inovação na empresa; aumento da capacidade de resolução de problemas; aumento da flexibilidade do sistema administrativo.” A reflexão do autor aponta para uma junção de interesses sociais, econômicos e empresariais na gestão, dando-lhe uma imagem pluralista; im- portante para o capital humano que visa a todos esses objetivos. Promover a diversidade abre oportunidades na organização para que todos se expressem plenamente, mostrando seus interesses e suas diferenças no ambiente de trabalho. Sicherolli, et al. (2008) explicam que a diversidade potencializa “[...] os resultados de uma organização de duas formas: variáveis de respostas afetivas, isto é, como os funcionários se sentem a respeito do seu trabalho e do seu empregador; e variáveis de realização, medidas por critério que revelam a performance relacionada com a identificação do grupo”. 30 Entretanto, há algumas dificuldades para a gestão da diversidade, pois os que se beneficiam dela podem ser afetados quando os demais percebem que alguém (o beneficiado) está tendo preferência em uma seleção, ou qualquer outro procedimento, resultando em avaliações negativas do processo. Três direções acolhem as diferentes definições de diversidade, na opinião de Pereira e Hanashi- ro (2007), a primeira foca as diferenças entre identidades sociais, aquelas que caracterizam os grupos de indivíduos; a segunda fundamenta-se nas diferenças entre as identidades individuais; e a terceira contempla a diversidade como um evento que envolve diferenças e semelhanças entre grupos e indivíduos; todavia, não são suficientes para diferenciar indivíduos e grupos, pois o que diferencia em uma cultura pode não ser motivo de diferenciação em outra. As equipes de trabalho são integradas, em caráter tem- porário, por elementos da organização que têm papéis mais ou menos determinados, interdependentes, traba- lhando para um mesmo objetivo. Essas equipes podem ter várias configurações, desde as mais tradicionais até equipes virtuais interligadas por computador. FIQUE ATENTO 31 As organizações que exercem de fato a gestão da diversidade e beneficiam-se da variedade de ideias, da criatividade agregadas pelos indivíduos e dinâmicas de aprendizagem, podem capitalizar a variedade de alternativas trazidas por eles. O dia a dia das equipes de trabalho é repleto de impro- visações e novos conhecimentos relevantes para as empresas. Enquanto as equipes de trabalho são organizações formais de pessoas, apesar de temporárias, exis- tem também organizações informais, compostas por indivíduos que se relacionam por interesse comuns, provenientes da mesma empresa ou de várias delas, e trabalham buscando continuamente por soluções a problemas que são apresentados. Essas organizações informais são denominadas comunidades de prática. O termo foi cunhado por Jean Lave e Etienne Wenger, em seus estudos sobre a teoria da aprendizagem, para se referir ao processo de aprendizagem. Para Wenger (2010), a aprendizagem envolve relações sociais, abrangendo nesse contexto, muito mais do que a relação mestre e estudante. Para os autores, uma comunidade de prática re- pousa em três características basilares: domínio, comunidade e prática: 32 y Domínio – o grupo compartilha de um interesse comum ou de algo que inspira a todos; y Comunidade – o grupo se estrutura com relações e interações emanadas do processo de aprendiza- gem conjunto e da partilha de informações; y Prática – um repertório de atitudes desenvol- vido pelos próprios componentes de aplicação recorrente e de modo compartilhado. Equipes caracterizadas pela diversidade, se bem geridas, podem trazer inúmeros conhecimentos, experiências, perspectivas, estilos de trabalho, valores e premissas que podem potencializar a aprendizagem no trabalho em grupo. Segundo Hanashiro, et al (2004), a composiçãode equipes pode ser pensada em cinco dimensões: (a) atributos demográficos: idade, etnia, gênero, religião, etc.; (b) conhecimentos, habilidades e capacidades referentes à tarefa a ser realizada; (c) valores, crenças e atitudes; (d) personalidade, estilos cognitivos e comportamentais; (e) status na organização (posto, especialização, etc.). No entender de Mathieu, et al (2000), as equipes de trabalho ou as comunidades de prática que abri- gam em seu corpo a ideia da diversidade possuem estruturas cognitivas díspares, a mente dos indiví- duos interagentes interpretariam as provocações e avaliariam as situações por meio de percepções 33 e conclusões diferentes de uma equipe comum, forjando procedimentos, propondo decisões alter- nativas, desenhando diferentes mapas mentais compartilhados; e o resultado dessa vivência pode se traduzir em proposições criativas e inovadoras aos padrões das organizações. Todavia, a relação da diversidade com o desempenho é muito com- plexa e inclui aspectos contingenciais que podem afetar relações e gerar resultados inconsistentes. Algumas perguntas cabem agora: como mudar os padrões dominantes na sociedade e nas organiza- ções? Como construir um alinhamento entre gestão da diversidade e o contexto organizacional? Quais as melhores políticas e práticas para a existência da gestão da diversidade nas empresas? Todas essas perguntas requerem profunda reflexão e não encontraremos respostas determinantes e conclusivas. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Assumir as três reponsabilidades agora apresen- tadas será um grande desafio, um esforço enorme para qualquer setor de RH, independentemente do ramo ou porte da empresa, porque mexe com es- trutura, políticas e práticas e com a própria cultura organizacional. É difícil enfrentar tais problemas, mas verificamos a necessidade de adaptar as organizações, de do- tá-las da competência apropriada, seja por treina- mento, seja por captação no mercado de talentos para atender às estratégias empresariais e, por outro lado, criar um clima adequado no ambiente de trabalho, que acolha as pessoas e as motive a serem comprometidas e participantes da estratégia corporativa, alinhadas com os planos da empresa. O mercado exigirá das empresas, para serem competitivas, uma mudança de comportamento, uma posição proativa construída sobre seu capital humano, todo ele gerenciado por RH, mas um RH estratégico que valoriza a boa liderança, o trabalho em equipe, a criatividade e a inovação, oriundas da diversidade de ideias, de valores, de cultura, agregando valor ao trabalho, aos processos, aos planos e aos resultados, com o cumprimento de objetivos e metas, sejam individuais, dos grupos e equipes, e da organização, com reflexos positivos para o mercado e para a sociedade. 35 O tópico 3 – Gestão da diversidade – procura identificar e apresentar caminhos para que as empresas acolherem profissionais das diversas identidades existentes nos seres humanos, aproveitando suas competências, pois a diversidade, mesmo sendo de difícil administração, traz novas ideias, habilidades, conhecimentos, comportamentos, relacionamentos, atitudes e outras características distintivas entre elas que, se bem gerenciadas, melhoram a qualidade e o desempenho do trabalho de todos, agregando criatividade e inovação e criando um clima ameno no ambiente. O tópico 2 – Gestão de mudanças – foca a observação dos movimentos que ocorrem no cenário em que a empresa se insere, participa com as demais áreas da organização na identificação dos impactos provenientes das flutuações de cenário e, também, das providências necessárias à absorção desses impactos, mas principalmente da sua superação, seja se defendendo de ameaças seja identificando oportunidades para a empresa. As mudanças ocorrem preventivamente e reativamente e, em ambas, é mostrado um posicionamento efetivo e estratégico de RH. O tópico 1 – Gestão de competências – debate o modelo de gerenciar a aprendizagem, a capacitação e qualificação dos recursos humanos de uma organização. Apresenta caminhos para a gestão de talentos, sua captação no mercado e na própria empresa, a permanente atualização e a sua retenção. Analisa maneiras de proteger o conhecimento da empresa, seja dos concorrentes seja no aspecto legal. Preocupa-se com as formas de administrar o conhecimento, seja nos processos de coleta, armazenamento, análise e disseminação de informações. TEMAS CONTEMPORÂNEOS EM ESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS Referências Bibliográficas & Consultadas ACUÑA, E.; FERNÁNDEZ, F. Análise de mudanças organizacionais: utilidades para políticas sociais. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: FGV/EBAP, v. 29, n. 2, pp. 80-109, 1995. ALVES, M. A.; GALEÃO-SILVA, L. G. A crítica da gestão da diversidade nas organizações. Revista de Administração de Empresas. v. 44, n.3, pp. 20-29, 2004. Disponível em: http://www. scielo.br/pdf/rae/v44n3/v44n3a03.pdf. Acesso em: 05 out. 2019. ARAUJO, L. C. G.; GARCIA, A. A. Gestão de pessoas: estratégias e integração organizacional. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2014. [Minha Biblioteca] CASEY, C. The changing concepts of work. In: Understanding learning at work. Londres: Routledge, 1999. 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