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– Cefaleia INTRODUÇÃO - Conceito = dores referidas no segmento cefálico - Diagnóstico mais comum em neurologia - Quando mais intensa, pode ser uma doença altamente incapacitante - Frequência diária = 15% da população mundial - Sem muita diferença entre homem e mulher CLASSIFICAÇÃO 1. Cefaleia primária: constituem doenças, não advém de nenhum outro sintoma, tem fisiologia própria Ex: enxaqueca, cefaleia tensiona, cefaleia em salto 2. Cefaleia secundaria: cefaleia que advém de outra doença, é um sintoma; consegue identificar um evento causador e há uma relação temporal com evento causador e a cefaleia Ex: cefaleia que decorre de um trauma, tumor cerebral, AVC, viroses → Cuidados: - Um causo de cefaleia primaria, não pode excluir a cefaleia secundária -> observar red flags - Não fazer diagnóstico de cefaleia, com um único episódio ANAMNESE DE UMA CEFALEIA - Tipo de dor; duração; localização; irradiação; intensidade (leve – não causa impacto, moderada – impacto/desconforto, grave – impossibilita de fazer atividades); fator desencadeantes; fator de melhora ou piora; frequência; evolução; sintomas associados (fotofobia, fonofobia, cosmofobia, paresias, parestesia); uso de medicações; histórico de traumas e procedimentos locais EXAME CEFALIÁTRICO - Sinais vitais: avaliação da PA e temperatura - Inspeção: oroscopia e otoscopia - Palpação: seios da face, cervical, crânio, artéria temporal superficial e ATM -> busca pontos de dor - Avaliação do estado de consciência - Pares cranianos: I – Olfação II – Acuidade visual e campo visual III e IV – Reflexo pupilar V – Sensibilidade facial, reflexo corneano VII – Teste motor e simetria facial - Irritabilidade meníngea TIPOS DE CEFALEIA – PRIMÁRIA 1. CEFALEIA TENSIONAL (miogênica, muscular) - Mais prevalente em ambos os sexos - 42% dos adultos sofrem com cefaleia tensional - Facilmente pode ser confundida com cefaleias secundárias - Associada frequentemente a estresse e alterações do sono e fome -> fatores desencadeantes mais comuns -> FISIOPATOLOGIA: ainda incerta - Pacientes agudos: hipersensibilidade periférica -> excesso de contração muscular, isquemia e inflamação - Pacientes crônicos: menor limiar de dor; disfunção do reflexo antinociceptivo (alodinia) -> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS a. Tipo de dor: aperto ou opressão, não pulsátil b. Intensidade: leve a moderada c. Duração: 30 minutos a 7 dias d. Localização: bilateral - frontal, occipital, polocraniana (raro), irradiação temporal e cervical - Não agrava com atividade rotineira (sumir escada) - Ausência de náusea ou vomito *Pode ter náusea leve se for intensidade moderada - Fotofobia ou fonofobia – não pode ser associado - Pode apresentar dolorimento pericraniano (nódulos dolorosos) aumentados à palpação e. Frequência: - Infrequente: < 1 crise/mês - Frequente: 1 a 14 crises/mês - Crônica: ≥ 15 crises/mês em período > 3 meses → Diagnóstico é por exclusão!!! -> TRATAMENTO - Trata comorbidades (redução de estresse, rotina de sono e exercícios, alimentação saudável) *Quadros leves não precisa de medicação a. TRATAMENTO ABORTIVO: visa cessar a crise de cefaleia (controla dor aguda) - Analgésicos simples: *Paracetamol 500-1000 mg (6-6h) -> dose máx.: 4g *Dipirona 500-1000 mg (6-6h) -> dose máx.: - *Aspirina 500-1000 mg (8/8h) - AINE’S (bloqueia formação de prostaglandina): *Ibuprofeno 600 mg (8/8 - 6/6h) -> dose máx.: 3/4g *Naproxeno 500 mg (12/12h) *Cetoprofeno 25 a 50 mg (12/12h) -> dose máx.: 200 mg *Diclofenato 100mg (12/12h) Obs.: AINE’S pode causar episódios de gastrite e ulceras gástricas b. TRATAMENTO PREVENTIVO (crônico): visa reduzir quantidade/intensidade de crises - Antidepressivo tricíclico (ação: recaptação de serotonina, noradrenalina – neurotransmissores se tornam mais disponíveis -> modula recepção a dor) *Amitriptilina 25 – 75 mg/dia EA: sonolência, ganho de peso, tremor, hipotensão e constipação - Outros tratamentos: acupuntura, biofeedback com eletromiografia, terapias cognitivo- comportamentais, fisioterapia, técnicas de relaxamento 2. ENXAQUECA (migrânea) - Cefaleia que causa grande perda da qualidade de vida; incapacitante - 2x mais comum em mulheres *Pico de ocorrência: 30-50 anos - Forte história familiar de herança poligênica -> FISIOLOGIA - Suscetibilidade à migrânea: papel genético => poligênico; Obs.: Hipótese vascular => não se sustenta!!! -> FISIOLOGIA E FASES DA DOENÇA - Não é obrigatória a presença de todas as fases!!! a. Pródromo ou sintomas premonitórios -> Ativação gradativa do núcleo espinhal do trigêmeo, tornando cérebro mais suscetível -> fase que a pessoa pressupõe que vai ter a dor, já tem os sinais de crise - Iniciam até 48 horas antes da crise de cefaleia; - Fadiga; depressão; bocejo; desejo por certos alimentos; tensão cervical; hipoatividade; b. Aura -> Depressão alastrante (despolarização com excitação seguida de redução da atividade cortical); - Sintomas neurológicos reversíveis -> é focal - Pode preceder, acompanhar ou ocorrer independente da cefaleia; **Nem toda enxaqueca tem aura (apenas 20-25%) - Duração: 5 a 60 minutos => soma sintomas e multiplica pelo tempo (ex: 4 sintomas x 60 min = até 240 min) - Aura visual (occipital) é mais comum: *Escotomas cintilantes -> tem área de borramento e tem flashs na visão *Escotomas escuros -> pontos escuros/manchas pretas na visão *Hemianopsia -> apagamento de parte do campo visual (cegueira de um hemisfério do campo visual) *Fosfenos -> presença de “estrelas”/pontos luminosos *Espectros de fortificação -> zigue-zague luminoso - Outras auras: *Parietal: parestesias, disartria; *Olfatório: fantosmias (sentir cheiro que não existe); *Frontal: depressão, irritabilidade, euforia; *Pré-central: hemiplégica (paresia no corpo - raro); *Tronco encefálico: disartria, vertigem, zumbido, hipoacusia, diplopia, ataxia, redução do nível de consciência; c. Fase dolorosa (cefaleia e sintomas associados) -> Ativação trigeminal => liberação do peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP - sinalizador de dor) => sensibilidade sequencial -> ocorre oligoemia nessa fase - Localização: temporal, frontotemporal -> unilateral (geralmente); *Mulheres em idade fértil podem ter cefaleia bilateral ou dos dois lados em momentos diferentes - Intensidade: moderada e forte intensidade; - Tipo: pulsátil, latejante; - Fator de piora: atividade rotineira (subir escada e caminhar); - Duração: 4 a 72 horas (conta tempo de sono) - Sintomas associados: náuseas e vômitos, fotofobia e fonofobia, osmofobia (incomodo a cheiro); d. Fase de resolução (recuperação) - Sintomas podem durar vários dias após o desaparecimento da dor!!! *Exaustão; sonolência; astenia; dificuldade de concentração; irritabilidade; hiporexia -> CLASSIFICAÇÃO - Enxaqueca sem aura (comum); - Enxaqueca com aura - Aura típica sem enxaqueca; - Enxaqueca crônica: ≥ 15 crises por mês em período > 3 meses; -> RASTREAMENTO → DX migrânea sem aura: precisam 5 crises com 2 fatores, ter 2 de 4 características típicas e presença de ao menos um fator (náusea, vomito, fotofobia e fonofobia) - POUND - ID migrânea -> COMPLICAÇÕES a. Estado migranoso => crise debilitante que dura por mais de 72 horas -> ocorre por abuso de analgésicos b. Aura persistente sem infarto => duração > 72 horas; c. Infarto migranoso => 1 ou + sintomas de aura que dura + de 60 min + AVCi mostrado por exame de imagem; d. Crise epilética => durante dor da cefaleia com aura ou até 1 h após; -> TRATAMENTO - Não farmacológico: dieta saudável; exercícios regulares; padrão de sono regular; evitar consumo excessivo de álcool e cafeína; evitar mudanças agudas nos níveis deestresse; evitar fator desencadeante a. TRATAMENTO ABORTIVO: cessar a crise - Tratar precocemente => reduz risco de alodinia; - Usar dose terapêutica adequada, fazendo as adequações necessárias; - Modificar via de administração quando houve gastroparesia; - Trocar por drogas de início de ação mais rápido ou, diante de crises recorrentes, meia-vida mais longas; - Associar substância para obter menor índice de recorrência e efeito mais rápido *Analgésico combinado com cafeína => potencializa ação e ajuda controlar a crise de forma mais efetiva - Crises fracas => inicialmente, não medicamentoso, isolamento luminoso e de sons => ausência de resposta => analgésicos ou AINEs; - Crises de moderada intensidade => analgésicos simples ou AINES => triptanos; - Crises incapacitantes => triptanos; - Crises graves e incapacitantes => tratamento parenteral; - Triptanos: é um agonista do receptor de serotonina; causam vasoconstrição em menor intensidade e inibem liberação de peptídeos neuroestimuladores EA: sonolência, boca seca, hipertensão arterial Contraindicação: doenças cardiovasculares e cerebrovasculares - Ergotaminas: *Poder ação fraco para controle da cefaleia *Não é tão usado - Antagonista de dopamina: usado em crise incapacitantes, tratamento coadjuvantes *Principalmente para náuseas e vômitos, mas pode ser usado como antienxaquecoso *Medicamento usado para quem não responde a mais nada b. TRATAMENTO PROFILÁTICO: visa reduzir quantidade/intensidade de crises -> Indicação: 2 ou mais crises/mês por > meses ou quando abortivo é ineficaz; - Grau A de evidência (enxaqueca aguda): BB (EA: asma, DPOC e bloqueio atrioventricular) *Propranolol 20 a 80 mg/dia; *Metropolol 25 a 100 mg/dia; *Timolol 20 a 30 mg/dia Anticonvulsivantes Topiramato 30 a 100 mg/dia -> muito eficaz (EA: perda ponderal, taquicardia, sonolência e tremor – pode aumentar o risco de nefrolitíase; evita em mulheres em idade fértil) Valproato 250 a 1500 mg/dia (EA: ganho de peso e queda capilar; evita em mulheres em idade fértil)) Flunarizina 3 a 10 mg/dia Outras medicações Amitriptilina 12,5 a 75 mg (EA: ganho ponderal, tremores, constipação, xerostomia) Duloxetina 60 a 120 mg Tríade clássica profilática (aguda): propranolol, topiramato e amitriptilina -> usa de modo isolado, não associa, normalmente – usa de 6 a 12 meses - Anticorpos monoclonais => antagonistas do CGRP: enerumab (bloqueia receptor), eptizenumab, galcanezumab, fremanezumab; - Profilaxia enxaqueca crônica *Topiramato e toxina botulínica (grau A de evidência); 3. CEFALEIA EM SALVAS E OUTRAS TRIGEMINOAUTONÔMICA - Possuem unilateralidade da dor e a presença de sintomas autonômicos; - Cefaleias em salvas é a mais incapacitante; - CS é rara => prevalência de 0,09 a 0,4% (mais em homens) - Possui fisiopatologia incerta -> CLASSIFICAÇÃO - Cefaleia em salvas; - Hemicrania paroxística; - Hemicrania contínua; - Cefaleia neuralgiforme unilateral de curta duração com hiperemia conjuntival e lacrimejante (SUNCT) - Cefaleia de curta duração, unilateral, neuralgiforme, com sintomas autonômicos cranianos -> FATORES DESENCADEANTES - Álcool; - Medicamentos vasodilatadores - Histamina; - Sono; - Alterações comportamentais, mentais ou emocionais; - Aumento da atividade física; - Apneia do sono; -> MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - Dor de intensidade forte; - Unilateral; - Orbitária, supraorbitária e/ou temporal; - 15 a 180 minutos de duração; - Acompanhada de sintomas autonômicos: lacrimejamento (epífora), hiperemia conjuntival, congestão nasal, rinorreia, edema palpebral, sudorese facial, miose e ptose; - Pode ocorrer náuseas e vômitos; e não tão comum fotofobia, fonofobia e osmofobia - Apresenta surtos sazonais, com até 8 crises/dia -> pode ficar vários meses sem surtos e épocas com até 8 dias de dor intensa - Episódica: períodos de crise que ocorrem de 7 dias a 1 ano, com períodos de remissão que duram ao menos 3 meses; - Crônica: períodos de crise que duram 1 ano ou mais com remissão durante menos que 3 meses; DX: 5 crises com dor forte ou muito forte unilateral, orbital supraorbital e/ou temporal, durando 15-180 minutos + ao menos um dos sintomas ou sinais ipsilaterais à cefaleia (lacrimejamento, congestão, rinorreia, edema palpebral, sudorese, miose/ptose) + sensação de inquietude ou de agitação -> TRATAMENTO a. TRATAMENTO ABORTIVO: cessar a crise - Oxigênio 100% em máscara facial sem recirculação, 12L/min por 20 min, inalado em posição sentada, levemente fletido para frente *Independente da oxigenação - Sumatriptano 6mg subcutâneo -> caso não responda a oxigênio b. TRATAMENTO PROFILÁTICO: visa reduzir quantidade/intensidade de crises -> -> Indicação: todos os casos!!! - Transicional (até que o definitivo, de fato, faça efeito) *Naratriptano 2,5 mg de 12/12 h por 7 dias; Nunca deve usar dois triptanos ao mesmo tempo, pois pode aumentar risco de infarto -> não usa sumatriptano, se tiver usando naratriptano *Corticóides (prednisona 60 mg/dia, DU, por 6 a 10 dias); *Bloqueio anestésico do nervo occipital maior; - Definitivo: *Verapamil 240 a 1200 mg/dia, de 8/8 h (grau A); *Lítio 300 a 900 mg/dia, 8/8 h ou 12/12 h (grau B); Deve fazer controle mensal dos níveis séricos de lítio *Topiramato 75 a 200 mg, 12/12 h (grau B); *Divalproato de sódio, melatonina, baclofeno (C) Obs.: faz tratamento transicional e definitivo ao mesmo tempo, porém, só durante um período de tempo até o tratamento definitivo fazer efeito - Tratamento cirúrgico => casos não responsivos; → HEMICRANIA PAROXÍSTICA - Dor excruciante pulsátil, em pontadas/queimação; - Localização: fronto-orbital, unilateral; - Duração: 2 a 30 minutos - Frequência: 1-40 x/dia, sem predominância noturna - Associada a sintomas autonômicos; - Tratamento = indometacina (nível A); *AAS, acetazolamida, piroxicam, verapamil, naproxeno, sumatriptano podem ser utilizados => baixo grau de evidência; 4. OUTRAS CEFALEIAS PRIMÁRIAS - Cefaleia numular; - Cefaleia primária da tosse; - Cefaleia primária do exercício físico; - Cefaleia primária em trovada; - Cefaleia primária associada à atividade sexual; - Cefaleia por estímulo frio; - Cefaleia por pressão externa; - Cefaleia primária em facada; - Cefaleia persistentes e diária desde o início; Obs.: cefaleias marcadas são sinais de alertas (red flags) para doenças da fossa posterior -> deve pedir TC de crânio para excluir causas secundárias TIPOS DE CEFALEIA – SECUNDÁRIA - Red/Orange flags: realiza TC de crânio ou outro exame complementar (ressonância, etc) 1. CEFALEIA PÓS-TRAUMÁTICA - Uma das mais frequentes cefaleias secundárias; - Quedas, prática de esportes, acidentes de trânsito, ferimentos por disparos de arma de fogo, agressões; - Não existe padrão clínico, assumido características das primárias => mais comumente mimetiza a tensional ou a enxaqueca; *Necessita história temporal e causal -> surge até 7 dias após o trauma - Após 3 meses é crônica; - Tratamento igual ao da cefaleia primária que mimetiza; - Tratamento (crônica) = topiramto, tricíclicos, divalproato; 2. CEFALEIA DEVIDO A ALTERAÇÃO LIQUÓRICA → Cefaleia da hipertensão liquórica - Cefaleia intratável, papiledema, sintomas visuais, zumbido pulsátil, que piora ao deitar e melhora em posição ortostática; - Mais comum em mulheres obesas; - Tratamento: diuréticos inibidores da anidrase carbônica (acetazolamida), topiramato, punção liquórica; → Cefaleia da hipotensão liquórica - Pode ocorrer após punções liquóricas; - Cefaleia que inicia ou piora em posição ereta e desaparece em decúbito horizontal, geralmente em pressão, occipitalbilateral, intensidade moderada ou forte, com cervicalgia, rigidez nucal, náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia; - Maioria tem melhora espontânea; - Cafeína 300 mg 2x/dia por 3 dias; 3. NEURALGIAS → Neuralgia do trigêmeo - Cefaleia unilateral, em choque elétrico, penetrante, intensidade forte, com espasmos faciais, sintomas autonômicos leves , durando de fração de segundo a 2 minutos; - Tratamento = carbamazepina, oxcarbamazepina, gapentina *Tratamento cirúrgico; → Neuralgia occipital - Dor recorrente de segundos a minutos, intensidade dforte, penetrante ou facada, que é desencadeada por estimulação do escalpo, com dolorimento na região dos nervos afetados; 4. ARTERITE DE CÉLULAS GIGANTES OU TEMPORAL - Apresenta sintomas sistêmicos; - Cefaleia intensa, pulsátil, contínua ou paroxística, na região temporal, uni ou bilateral, associada a claudicação de mandíbula, mialgia, rigidez nucal e, eventualmente, amaurose; - Dor e rigidez à palpação de artéria temporal; - VHS >/= 50 mm/h; - Dx final é por biópsia; - Tratamento = prednisona 40 a 60 mg/dia 5. CEFALEIA POR USO EXCESSIVO DE MEDICAMENTOS*** - Uso excessivo de medicações sintomáticas: *Analgésicos simples por 15 dias/mês ou mais em ao menos 3 meses; *Ergóticos, triptanos ou analgésicos combinado com cafeína em > 10 dias/mês por pelo menos 3 meses; - Mais comumente tem características da enxaqueca com aumento da intensidade e frequência; *Com o tempo, perde a característica primária, aumenta da intensidade e frequência das crises - É uma cefaleia resistente/refratária a medicação - Pode ser matutina ou acordar o paciente com intensidade da dor; - Tratamento: *Educação e modificação do estilo de vida; *Tratamento preventivo da cefaleia primária; *Tratamento das crises de dor, após o paciente ficar 7 dias sem tomar nenhuma medicação abortiva (analgésico simples, AINES, triptanos, etc); 6. OUTRAS CEFALEIAS SECUNDÁRIAS - Cefaleia após AVCi; - Cefaleia desencadeada por HSA (hemorragia subaracnóidea); - Cefaleia atribuída a aneurisma sacular não roto (pode gerar alteração visual e de fala, perda de atenção e concentração, mudança de comportamento, desequilíbrio, incoordenação, paralisia de nervo craniano); - Meningite; - Cefaleia atribuída a tumores intracranianos, malformações; - Cefaleia cervicogênica; - Cefaleia por erro de refração; DIÁRIO DE CEFALEIA - Serve para pode acompanhar o tratamento do paciente; características das últimas crises; quando teve cefaleia *Presença de cefaleia; *Intensidade; *Ingestão de analgésicos; *Dias de trabalho ausentes; *Sinais e sintomas associados; - Exemplo de diário da cefaleia: DICAS DIAGNÓSTICAS - Mandamento: sempre fazer diagnósticos diferenciais, é critério não ser melhor explicada por outro diagnóstico => lembrar dos redflags!!! - Pacientes podem apresentar cefaleias que preenchem critérios com episódios não vão satisfazê-los => tratamento, esquecimento... - Peça ao paciente para descrever uma crise não tratada e uma tratada; - Não fecha diagnostico de cefaleia com um único episodio → Cefaleias primárias
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