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FIANÇA E LIBERDADE PROVISÓRIA Fiança É uma garantia, na forma de caução em dinheiro ou bens, efetuada pelo réu em favor do Estado, para substituir provisoriamente sua prisão cautelar nas hipóteses previstas em lei, e objetivando assegurar o pagamento das custas do processo, multa e indenização à vítima no caso de condenação. Em resumo, é uma maneira civilizada de substituir a prisão cautelar daquele que ainda não foi definitivamente condenado, por determinado bem de valor (dinheiro ou bens preciosos), enquanto não transitar em julgado a sentença. Quem pode conceder: CPP, Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). o A autoridade policial, nos crimes em que a pena máxima não exceda 4 anos o juiz, em qualquer espécie de crime afiançável. Valor: CPP, Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1º Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Finalidade: CPP, Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa, se o réu for condenado. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Crimes Inafiançáveis CPP, Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Hipossuficiência do réu: CPP, Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Se o réu for extremamente pobre e não puder arcar com o pagamento da fiança, o juiz poderá conceder a liberdade provisória eximindo--o de prestá--la (art. 350 do CPP). O réu, todavia, ficará sujeito às mesmas condições dos arts. 327 e 328 — obrigação de comparecer a todos os atos do processo para os quais for intimado e proibição de mudar de residência sem autorização judicial ou de ausentar--se de comarca por mais de 8 dias sem comunicar o local em que poderá ser encontrado. Poderá o juiz, ainda, aplicar qualquer das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, caso entenda necessário. O descumprimento de qualquer dessas obrigações fará com que o juiz determine a substituição da medida imposta, que imponha outra em cumulação ou que decrete a prisão preventiva (art. 350, parágrafo único, c.c. art. 282, § 4º, do CPP). Quem pode prestar fiança: Próprio preso; ou Terceiro, em seu favor Objeto da fiança: CPP, Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. § 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade. § 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e, sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de ônus. A fiança consistirá no depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública ou hipoteca de imóvel. A avaliação de imóveis ou de pedras, objetos ou metais preciosos dados em fiança será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade (art. 330, § 1º). No caso de pedras ou outros objetos preciosos, o juiz determinará a venda por leiloeiro ou corretor (art. 349 do CPP). No caso de hipoteca, a execução dar--se--á no juízo cível pelo órgão do Ministério Público (art. 348). Reforço da fiança CPP, Art. 340. Será exigido o reforço da fiança: I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente; II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas; III - quando for inovada a classificação do delito. Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada. Quebra da fiança CPP, Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado. Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - resistir injustificadamente a ordem judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). V - praticar nova infração penal dolosa. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 346. No caso de quebramento de fiança, feitas as deduções previstas no art. 345 deste Código, o valor restante será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). (leia- se: do saldo restante, metade será recolhida ao fundo penitenciário e o valor remanescente, se existir, será devolvido ao réu ou a quem tenha prestado a fiança em seu favor.) A quebra da fiança implica perda de metade de seu valor, devendo o juiz decretar a prisão preventiva ou aplicar qualquer das outras medidas cautelares do art. 319. Cassação da fiança CPP, Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie será cassada em qualquer fase do processo. Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a existência de delito inafiançável, no caso de inovação na classificação do delito.Art. 340. (...) (...) Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for reforçada. É a hipótese de reconhecimento do não cabimento da fiança, ou seja, do seu deferimento de forma indevida, porquanto não era possível o seu deferimento. A cassação da fiança implica a devolução integral do valor ao acusado, que deverá ser recolhido à prisão. Restituição da fiança CPP, Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado, será restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do art. 336 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Em resumo, a fiança deverá ser restituída, corrigida monetariamente, se o réu for absolvido em definitivo ou se for declarada extinta a ação penal, Perda da fiança CPP, Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Em resumo, haverá perda do valor da fiança se o réu for condenado irrecorrivelmente e não se apresentar à prisão. Nesse caso, após serem descontadas as custas e demais encargos, o valor remanescente será recolhido ao fundo penitenciário. Se o réu for condenado em definitivo e não houver decretação de perda da fiança (réu que se apresentou para cumprir pena), os valores remanescentes após os descontos das custas e dos encargos serão restituídos ao condenado. Liberdade Provisória Previsão legal: CPP, Arts. 321 até 350 CPP, Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). A Liberdade Provisória com ou sem fiança é um instituto de Direito Processual Penal que concede liberdade, sob certas circunstâncias, ao réu que está na iminência de ser preso, ou foi preso, legalmente em flagrante. Ela é aplicável sempre que se estiver diante de uma prisão em flagrante, legal, mas desnecessária. Trata-se da liberdade concedida, em caráter provisório, ao indiciado ou réu, preso em decorrência prisão em flagrante, que, por não necessitar ficar segregado, em homenagem ao princípio da presunção de inocência, deve ser liberado, sob determinadas condições. Em resumo, concede-se liberdade provisória quando houver prisão em flagrante válida, mas o indiciado/acusado não necessitar ficar detido enquanto transcorre o processo, o que ocorrerá quando os requisitos para a decretação da prisão preventiva não estiverem presentes. A princípio, qualquer crime admite liberdade provisória sem fiança. Isto porque deve prevalecer o Princípio Constitucional da Presunção de Inocência, que diz que ninguém é culpado até que seja condenado por uma sentença penal condenatória transitada em julgado, então, a regra é a liberdade, e deve ser respeitada sempre. A liberdade provisória é um direito subjetivo do acusado. Em resumo, a liberdade provisória é um instituto adstrito, restrito, à prisão em flagrante, não sendo aplicável à prisão preventiva ou temporária; Requisitos: Para que a liberdade provisória seja concedida, é necessário que NÃO estejam presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva – art. 312 do CPP. Ademais, possuir o réu circunstâncias pessoais favoráveis (primariedade, bons antecedentes, emprego fixo, residência fixa) contribuirá. A regra é que a liberdade provisória será concedida mediante o recolhimento de fiança. Infrações de menor potencial ofensivo Nos termos do art. 61 da Lei n. 9.099/99, são todos os crimes com pena máxima não superior a 2 anos e todas as contravenções penais. Nesta modalidade de infração penal, o ato da prisão em flagrante é possível; porém, de acordo com o art. 69, parágrafo único, da Lei n. 9.099/95, quando o preso for apresentado à autoridade policial, esta não lavrará o auto de prisão nem exigirá fiança se o autor do fato for imediatamente encaminhado ao Juizado Especial Criminal ou assumir o compromisso de lá comparecer quando intimado para tanto (na última hipótese deverá assinar termo de compromisso). Nestes casos, a autoridade policial se limita a lavrar termo circunstanciado do qual deve constar um resumo das circunstâncias do fato criminoso e, em seguida, deve libertar o autor da infração — sem lhe exigir fiança. Ex.: pessoa é presa em flagrante por crime de desacato porque ofendeu um policial no exercício da função. É levada à delegacia e lá assume compromisso de comparecer ao Juizado. O delegado lavra o termo circunstanciado e imediatamente a libera. Apenas se o agente recusar--se a assumir o compromisso de comparecer ao Juizado — o que é raríssimo — é que a autoridade deverá lavrar o auto de prisão e, em seguida, conceder a fiança. Crimes inafiançáveis CPP, Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). A Constituição e as leis penais, ao estabelecerem que certos crimes são inafiançáveis, conferiu legalmente a eles a característica de delitos de maior gravidade. Por isso, tendo havido prisão em flagrante, em regra, haverá conversão em prisão preventiva, salvo se alguma circunstância do caso concreto levar o magistrado a concluir que a custódia cautelar não se faz necessária. Em caso de concessão de liberdade provisória, o juiz não poderá arbitrar fiança, pois se trata de crime inafiançável; contudo, no atual regime, poderá impor qualquer das outras medidas cautelares diversas da prisão. Além disso, o réu deverá, sob pena de decretação da prisão, comparecer a todos os atos do processo para o qual seja intimado, não poderá mudar de endereço sem prévia autorização judicial e nem ausentar--se de sua residência por mais de 8 dias sem comunicar onde poderá ser encontrado, obrigações de todos os réus que estão em liberdade provisória, e não apenas dos que estão sob regime de fiança. Em se tratando de infrações inafiançáveis, como crimes hediondos, racismo, tráfico de drogas etc., não havendo necessidade de prisão preventiva, nem de providências cautelares alternativas, também caberá liberdade provisória. Só que aqui não existe a possibilidade de o juiz optar pela fiança, já que esta é vedada para tais crimes. Deverá, portanto, impor outra medida restritiva. Outros casos em que é impossível a fiança CPP, Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). IV - quandopresentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). Após a reforma introduzida pela Lei n. 12.403/2011, todos os crimes que não forem expressamente declarados inafiançáveis pela legislação serão considerados afiançáveis, independentemente da quantidade de pena cominada. Liberdade provisória sem fiança CPP, Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória, sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código e a outras medidas cautelares, se for o caso. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). o Presença de excludentes de ilicitude e compromisso de comparecimento obrigatório aos atos processuais. A prova deverá ser contundente, forte, não precisando ser absoluta; o Ausência de hipóteses que possibilitem a prisão preventiva e não cabimento de fiança; o Infrações penais às quais não se comine pena privativa de liberdade (CPP, art. 283, § 1º) e infrações de menor potencial ofensivo, quando a parte se comprometer a comparecer à sede do Juizado Especial Criminal (Lei n. 9.099/95, art. 69, parágrafo único). o Quando o réu for hipossuficiente e não tiver condições de arcar com a fiança. Como regra geral, a liberdade provisória, sem arbitramento de fiança, é cabível sempre que os requisitos da prisão preventiva não estiverem visíveis, sendo válida a situação para qualquer delito. Somente o juiz pode conceder liberdade provisória sem fiança, devendo antes ouvir o Ministério Público. Liberdade provisória com fiança A opção entre a liberdade provisória com ou sem fiança não é aleatória, mas condicionada à garantia dos atos processuais e de sua efetividade. Por isso, a lei diz que o juiz imporá, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 (cf. CPP, art. 321, segunda parte); Desse modo, a liberdade provisória será concedida obrigatoriamente, mas a fiança, assim como qualquer outra medida cautelar alternativa à prisão provisória, somente será imposta, se necessária para garantir o processo. Toda medida restritiva precisa ser justificada fundamentadamente, sob pena de padecer de justa causa. A liberdade provisória, com arbitramento de fiança, destina- se aos delitos considerados afiançáveis (consultar os arts. 323 e 324 do CPP, expondo as situações em que é vedada a fiança), encontrando-se os valores da fiança no art. 325 do Código de Processo Penal. Momento para a concessão da fiança: o Desde a prisão em flagrante (antes de lavrar o auto, quando a atribuição for da autoridade policial e vinte e quatro horas após a sua lavratura, quando for competência do juiz) até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Resumo: Obrigatória: trata-se de direito incondicional do acusado, não lhe podendo ser negado e não está sujeito a nenhuma condição. É o caso das infrações penais às quais não se comina pena privativa de liberdade e das infrações de menor potencial ofensivo (desde que a parte se comprometa a comparecer espontaneamente à sede do juizado, nos termos da Lei n. 9.099/95, art. 69, parágrafo único). Permitida: ocorre nas hipóteses em que não couber prisão preventiva. Assim, ausentes os requisitos que autorizam a decretação da aludida prisão, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP, observados os critérios constantes do art. 282 do mesmo Diploma (art. 321 do CPP). É inconstitucional qualquer lei que proíba a concessão de liberdade provisória quando não estiverem presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, pouco importando a gravidade ou a natureza do crime imputado. Estrutura: O pedido de liberdade provisória deve se ater aos requisitos autorizadores da prisão e da concessão da liberdade provisória postulada. É importante frisar que na liberdade provisória nunca será discutido o mérito da ação, isto é, nunca se discutirá se o indivíduo preso é inocente ou culpado. O que se deseja é a obtenção da liberdade em virtude de expressa permissão legal; Petição simples, instruída com documentos, quais sejam: o certidão de antecedentes criminais; o comprovante de residência e de trabalho, dentre outros. Endereçada ao juiz; Qualifica-se o indivíduo preso em flagrante. O fundamento constitucional é o art. 5º, LXVI, da Constituição Federal. O fundamento legal é o art. 310, III, c/c o art. 321, ambos do Código de Processo Penal. Fatos; Direito; Pedido; o É necessário fazer menção aos dispositivos legais que fundamentam o pedido. Na peça de liberdade provisória, deverá ser requerida a expedição do alvará de soltura mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo. Caso a liberdade provisória seja com fiança, deve-se requerer seu arbitramento. Modelo: COM FIANÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA COMARCA DE _____ DO ESTADO DE _____, EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____ (pular 1 linha) Autos do Inquérito Policial nº ___ (pular 8 linhas) _____, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado em (endereço/cidade), através de seu advogado que esta subscreve (procuração inclusa – doc. 1), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA com arbitramento de fiança com fundamento no artigo 5º, inc. LXVI, da Constituição Federal, c/c art. 321, do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir expostos: (pular 1 linha) DOS FATOS (pular 1 linha) – narrar em parágrafos de até 5 ou 6 linhas; – não repetir a mesma palavra, muitas vezes, dentro do mesmo parágrafo; – não discutir tese(s); – narrar de maneira organizada – início/meio/fim. (pular 1 linha) O requerente foi preso em flagrante delito, por infringir o disposto no artigo ___ do _____, relatando o auto de prisão flagrante que (inserir os fatos com suas próprias palavras). (pular 1 linha) DO DIREITO (pular 1 linha) O requerente (falar sobre residência fixa – comprovante de residência – doc. 2). Ademais, (falar sobre ser primário – folha de antecedentes – doc. 3). Acrescentando-se ao quanto exposto (falar sobre emprego fixo – cópia da carteira de trabalho – doc. 4). A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inc. LXVI (trabalhar o artigo). Nesse sentido, frise-se que o artigo 310, III (trabalhar o artigo 310). De acordo com o artigo 322, parágrafo único, do Código de Processo Penal (trabalhar o artigo 322). Assim, analisadas todas as condições pessoaisfavoráveis do requerente, conforme já explicadas acima, frise-se também não estarem presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, nos termos do que dispõe o artigo 312 do Código de Processo Penal, a saber, para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Como já citado, o requerente é primário, possui bons antecedentes e tem endereço e emprego fixos. Por fim, conforme exige o artigo 321 (ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, o juiz deverá conceder a liberdade provisória), não havendo motivos para que o requerente seja preventivamente detido, é de ordem a concessão da liberdade provisória ora pleiteada. DICA! Sempre citar, quando cabível, para construir e fundamentar a tese: artigo da Constituição Federal, artigo do Código Penal, artigo do Código de Processo Penal, Legislação Penal Especial e Súmulas. (pular 1 linha) DO PEDIDO (pular 1 linha) Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência o arbitramento da fiança e a concessão da liberdade provisória consoante o disposto no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal e artigos 310, III, c/c 321, ambos do Código de Processo Penal, expedindo-se o alvará de soltura mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo. Nestes termos, Pede deferimento. (pular 1 linha) Local e data (pular 1 linha) Advogado __________ OAB / _____ nº _____ ou “Assinatura” OAB / _____ nº _____ SEM FIANÇA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA COMARCA DE _____ DO ESTADO DE _____, EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____ (pular 1 linha) Autos do Inquérito Policial nº ___ (pular 8 linhas) _____, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), residente e domiciliado em (endereço/cidade), através de seu advogado que esta subscreve (procuração inclusa – doc. 1), vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer Liberdade Provisória com fundamento no artigo 5º, inc. LXVI, da Constituição Federal, c/c art. 310, III, do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir expostos: (pular 1 linha) DOS FATOS (pular 1 linha) – narrar em parágrafos de até 5 ou 6 linhas; – não repetir a mesma palavra, muitas vezes, dentro do mesmo parágrafo; – não discutir tese(s); – narrar de maneira organizada – início/meio/fim. (pular 1 linha) O requerente foi preso em flagrante delito, por infringir o disposto no artigo ___ do _____, relatando o auto de prisão flagrante que (inserir os fatos com suas próprias palavras). (pular 1 linha) DO DIREITO (pular 1 linha) O requerente (falar sobre residência fixa – comprovante de residência – doc. 2). Ademais, (falar sobre ser primário e bons antecedentes – folha de antecedentes – doc. 3). Acrescentando-se ao quanto exposto (falar sobre emprego fixo – cópia da carteira de trabalho – doc. 4). A Constituição Federal, em seu artigo 5º, inc. LXVI (trabalhar o artigo 5º). Nesse sentido, frise-se que o artigo 310, III, do Código de Processo Penal determina que o Magistrado conceda a liberdade provisória com ou sem fiança. A Lei 8.072/1990, em seu artigo 2º, II, veda a fiança para a situação analisada. Ainda, de acordo com o disposto no artigo 323 (o aluno deverá selecionar o inciso I, II ou III e indicar o conteúdo), o crime em tela é inafiançável. No entanto, presentes os requisitos legais e constitucionais, é possível a liberdade provisória sem fiança. Assim, analisadas todas as condições pessoais favoráveis do requerente, conforme já explicadas acima, frise-se também não estarem presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, nos termos do que dispõe o artigo 312 do Código de Processo Penal, a saber, para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Como já citado, o requerente é primário, possui bons antecedentes e tem endereço e emprego fixos. Por fim, conforme exige o artigo 321 – ausentes os requisitos que autorizam a prisão preventiva, o juiz deverá conceder a liberdade provisória – , não havendo motivos para que o requerente seja preventivamente detido, é exigência legal a concessão da liberdade provisória ora pleiteada. (pular 1 linha) DICA! Sempre citar, quando cabível, para construir e fundamentar a tese: artigo da Constituição Federal, artigo do Código Penal, artigo do Código de Processo Penal, Legislação Penal Especial e Súmulas. (pular 1 linha) DO PEDIDO (pular 1 linha) Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, após a oitiva do representante do Ministério Público, a concessão da liberdade provisória sem fiança, consoante o disposto no artigo 5º, LXVI, da Constituição Federal e artigo 310, III, c/c o artigo 321, ambos do Código de Processo Penal, expedindo-se o alvará de soltura e mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo. Nestes termos, Pede deferimento. (pular 1 linha) Local e data (pular 1 linha) Advogado __________ OAB / _____ nº _____ ou “Assinatura” OAB / _____ nº _____ RELAXAMENTO DE PRISÃO Conceito: O relaxamento da prisão é a petição cabível nos casos de decretação ilegal de prisão em flagrante ou preventiva. Quando a prisão for ilegal, será caso de relaxamento. Agora, quando a prisão preventiva for legal, mas desaparecer a causa que a justificava, será o caso de pedido de revogação. Fundamentos legais: CPP, Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) I - relaxar a prisão ilegal; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). CF, Art. 5º (...) (...) LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; Prisão em flagrante: CPP, Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) § 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for, enviará os autos à autoridade que o seja. § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade. § 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvidosua leitura na presença deste. (Redação dada pela Lei nº 11.113, de 2005) § 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal. Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). § 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. Para que o flagrante seja legal, deve ter sido realizado em uma das hipóteses arroladas no art. 302 do CPP, e o auto de prisão em flagrante deve ser elaborado seguindo as disposições do art. 304 até 309, do Código de Processo Penal. São elas: Atuarão na lavratura do auto de prisão em flagrante a autoridade policial, escrivão, condutor e testemunhas. Não é obrigatória a presença de defensor técnico na lavratura do auto de prisão em flagrante, devendo a autoridade que o lavra informar o preso de seus direitos. Contudo, se o preso indicar que tem advogado e a autoridade policial não permitir sua atuação no flagrante haverá nulidade. O auto de prisão em flagrante será lavrado pela autoridade policial do local em que ocorrer a prisão captura, pouco importando o local da competência para julgamento do feito. O flagrante será conduzido pela autoridade policial com a ajuda do escrivão e o código dá solução distinta caso não haja autoridade policial e caso não haja escrivão. Se não houver autoridade policial no local da captura, será o preso apresentado à autoridade do lugar mais próximo em que efetuada a prisão, nos termos do art. 308 do CPP. Por outro lado, caso não haja escrivão no local, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal, nos termos do art. 305 do CPP. É importante lembrar que a autoridade policial não é a única com atribuição para lavrar o flagrante. Assim, por exemplo, podemos destacar a Súmula 397 do STF: O poder de polícia da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em caso de crime cometido nas suas dependências, compreende, consoante o regimento, a prisão em flagrante do acusado e a realização do inquérito. Também é exemplo a hipótese em que o crime é cometido na presença do magistrado em razão de suas funções, sendo então sua a atribuição para lavratura do auto de prisão em flagrante, nos termos do art. 307 do CPP. Entendemos que a medida não viola o sistema acusatório desde que, é evidente, o magistrado seja afastado do caso e não julgue-o, devendo o feito ser encaminhado para seu substituto lega O condutor é a pessoa que conduz o preso à autoridade policial. Normalmente trata-se de policial militar mas não há nenhuma obrigatoriedade de que seja sempre ele. Será ele a primeira pessoa a ser ouvida na lavratura do auto de prisão em flagrante, nos termos do art. 304 do CPP. Após deverão ser ouvidas as testemunhas e por último o conduzido, nos termos do art. 304 do CPP. Normalmente surgem aqui dois questionamentos. Devem ser ouvidas no mínimo duas testemunhas, no entanto prevalece o entendimento de que o condutor pode ser considerado para fins da contagem deste número mínimo de testemunhas. fato de o código exigir que sejam ouvidas duas testemunhas não significa que a ausência de testemunhas impeça a lavratura do auto de prisão em flagrante. Nesta hipótese, deverá haver duas testemunhas também, mas evidentemente que não serão testemunhas presenciais, ou seja, testemunhas que viram o cometimento do crime. Trata- se de testemunhas da apresentação do preso à autoridade, chamadas de testemunhas instrumentais, instrumentárias, da apresentação ou fedatárias. Após a lavratura do auto de prisão em flagrante deverão ser feitas as comunicações nos termos do art. 306 do CPP: o CPP, Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. § 1.º Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. § 2.º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas. o Todas estas comunicações deverão ser feitas no prazo de 24 horas. Assim, o preso deverá receber a chamada nota de culpa que indicará o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas. Daí porque se entende que este prazo é o prazo máximo para a lavratura do auto de prisão em flagrante. No entanto, a jurisprudência tem entendido que, em situações excepcionais, é possível superar este prazo, desde que observado o parâmetro da razoabilidade: “III – In casu, a prisão em flagrante ocorreu de forma regular, ademais, ainda que não tivesse sido comunicada de forma imediata à autoridade judiciária, o atraso desde que não seja demasiado – na comunicação da prisão ao juiz competente, por si só, não gera mácula do flagrante, se observados os demais requisitos legais. Além do mais, tal alegação fica superada em face da decretação superveniente da prisão preventiva, o que ocorreu na presente hipótese (precedente).” (STJ, HC 375488/SP, 5ª T., rel. Min. Felix Fischer, DJe 15.03.2017) O Juiz e o Promotor deverão receber o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral deverá ser encaminhada para a Defensoria Pública. Modalidades de flagrante: Flagrante próprio: O flagrante previsto nos incs. I e II é o chamado flagrante próprio, flagrante real ou flagrante propriamente dito. Foram equiparadas duas figuras distintas a) a da pessoa que está cometendo a infração penal e b) a da pessoa que acaba de cometê-la. As duas figuras são muito próximas do ponto de vista temporal: enquanto na primeira a ação do agente se desenvolve (está cometendo a infração penal), na segunda ela acabou de se encerrar (acaba de cometer a infração penal). Flagrante impróprio: o inciso III traz a figura do flagrante impróprio, imperfeito, irreal ou quase flagrante. Trata-se da hipótese em que a pessoa é perseguida logo após o cometimento da infração, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. o O conceito de perseguição é dado pelo art. 290, § 1º, do CPP: Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando: a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista; b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço. É assente na doutrina a lição de que enquanto houver a perseguição haverá o flagrante, ainda que o agente tenha sido perdido de vista. Diz-se ainda que desde que não tenha havido solução de continuidade da perseguição (interrupção da perseguição),haverá o flagrante. Flagrante presumido: o inciso IV traz o chamado flagrante presumido, assimilado ou ficto, em que a pessoa é encontrada, logo depois, com instrumentos, armas e objetos ou papéis que façam presumir ser ela a autora da infração. Nesta hipótese temos o sujeito que é encontrado logo depois da prática criminosa com o objeto que fora subtraído da vítima. Duração: A prisão em flagrante terá duração até que o magistrado análise a prisão do suspeito e tome uma das medidas previstas no art. 310 do CPP. Vale dizer, o magistrado ao receber o auto de prisão em flagrante poderá relaxar a prisão (caso seja ilegal), conceder liberdade provisória ou outra medida cautelar ou ainda decretar a prisão preventiva. Estrutura Número de petições Assim como a liberdade provisória, o pedido de relaxamento da prisão em flagrante é elaborado em uma única petição, dividida em endereçamento, preâmbulo, fatos, direito e pedido. Endereçamento A peça será endereçada ao Juiz de Direito ou ao Juiz Federal, a depender do crime cometido ser da competência da Justiça Estadual ou da Justiça Federal. Qualificação e fundamentos constitucionais e legais A peça conterá a qualificação do requerente, bem como os fundamentos legais e constitucionais utilizadas para o oferecimento do relaxamento. São eles o art. 5º, LXV, da Constituição Federal e o art. 310, I, do Código de Processo Penal c/c o dispositivo que aponte o aspecto material/formal desobedecido. Dos fatos Deve ser elaborada uma síntese dos fatos ocorridos. Do direito Desenvolvem-se as teses referentes a prisão ilegal. Nessa linha de raciocínio, o advogado demonstrará ao juiz as razões pelas quais o flagrante é ilegal. Do pedido Deve haver menção aos dispositivos legais que fundamentam o pedido. Não é necessário fazer menção ao conteúdo do artigo, devendo apenas apontá-lo. O requerimento será de relaxamento da prisão em flagrante com a consequente expedição do alvará de soltura. Também se deve requerer a oitiva do membro do Ministério Público. Denominação Requerente. Prazo O pedido de Relaxamento de Prisão em Flagrante não possui prazo fixo, podendo ser feito enquanto perdurar a situação de ilegalidade no flagrante. Modelo EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA COMARCA DE _____ ESTADO DE _____, EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA __ VARA CRIMINAL (Vara do Júri / Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher / Juizado Especial Criminal) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____ (pular 1 linha) Inquérito Policial nº ___ (pular 6 linhas) _____, (nacionalidade), (estado civil), (profissão) residente e domiciliado em (endereço), através de seu advogado que esta subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer o Relaxamento da Prisão em Flagrante com fundamento no artigo 5º, inc. LXV, da Constituição Federal, c/c art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelos motivos a seguir expostos: (pular 1 linha) DOS FATOS (pular 1 linha) – narrar em parágrafos de até 5 ou 6 linhas; – não repetir a mesma palavra, muitas vezes, dentro do mesmo parágrafo; – não discutir tese(s); – narrar de maneira organizada – início/meio/fim. (pular 1 linha) O requerente foi preso em flagrante delito, por infringir o disposto no artigo ___ do _____, relatando o auto de prisão flagrante que (deve-se especificar com as próprias palavras os motivos da prisão em flagrante e os vícios do auto de prisão, tudo conforme os dados fornecidos pelo caso). (pular 1 linha) DO DIREITO (pular 1 linha) Dispõe o artigo 5º, LXV, da Constituição Federal. Ademais, afirma o artigo 310, I, do Código de Processo Penal. Assim, tendo em vista a presença de vícios no flagrante, tais como (trabalhar os vícios – como visto antes, normalmente a discussão é acerca da ausência de situação flagrancial, o indivíduo foi preso em desrespeito ao artigo 302 do CPP, que traz as situações de flagrante, ou então não foi cumprida alguma formalidade do auto de prisão em flagrante – artigo 304 do CPP) (deve-se então especificar a matéria de direito conforme o vício apontado). Desde logo, frise-se não estarem presentes os motivos autorizadores da prisão preventiva, os termos do que dispõe o artigo 312 do Código de Processo Penal, a saber, para a garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal. Como já citado, o requerente é primário, possui bons antecedentes e tem endereço e emprego fixos. Com efeito, dado que o presente flagrante é ilegal em virtude dos vícios antes expostos, deve ser concedido o presente relaxamento da prisão em flagrante de forma a cumprir determinações constitucionais e legais. DICA! Sempre citar, quando cabível, para construir e fundamentar a tese: artigo da Constituição Federal, artigo do Código Penal, artigo do Código de Processo Penal, Legislação Penal Especial e Súmulas. (pular 1 linha) DO PEDIDO (pular 1 linha) Ante o exposto, com base no art. 5º, inc. LXV, da Constituição Federal c/c o art. 310, I, do Código de Processo Penal, requer a Vossa Excelência, após a oitiva do representante do Ministério Público, determine o relaxamento da prisão em flagrante, colocando-se o requerente em liberdade através da expedição do competente alvará de soltura. Nestes termos, Pede deferimento. (pular 1 linha) Local e data (pular 1 linha) Advogado __________ OAB / _____ nº _____ ou “Assinatura” OAB / _____ nº _____ ALEGAÇÕES FINAIS (MEMORIAIS) Previsão legal: Procedimento comum: CPP, Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008). Procedimento do júri: CPP, Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e procedendo-se o debate. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) § 1o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 2o As provas serão produzidas em uma só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 3o Encerrada a instrução probatória, observar-se-á, se for o caso, o disposto no art. 384 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 4o As alegações serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à acusação e à defesa, peloprazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez). (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 5o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo previsto para a acusação e a defesa de cada um deles será individual. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 6o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 7o Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível à prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 8o A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) § 9o Encerrados os debates, o juiz proferirá a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Em regra, as alegações finais são apresentadas de forma oral. Contudo, considerando a complexidade do caso ou o elevado número de acusados, o juiz poderá convertê-las em memoriais escritos, a serem apresentados no prazo de 5 dias. Momento: O momento de apresentação dos memoriais é após o encerramento da instrução e antes da sentença. Estrutura: É elaborada em uma única petição, cuja estrutura é composta de endereçamento, preâmbulo, fatos, direito e pedido. Endereçamento É encaminhada a um juiz de Direito ou Juiz Federal competente da Vara Criminal (procedimento comum ordinário) ou da Vara do Júri (procedimento especial do júri – crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os crimes conexos) ou Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher ou até mesmo Juizado Especial Criminal (desde que haja a excepcional conversão de memoriais orais em escritos). Qualificação e fundamento legal Na elaboração do preâmbulo, não é necessária a qualificação do acusado. A previsão legal para a apresentação da peça é o art. 403, § 3º, do CPP, na hipótese de rito ordinário. Para o rito do júri, a possibilidade de oferecimento de memoriais escritos é oriunda da aplicação analógica do art. 403, § 3º, do CPP (cumulado com o art. 411 do CPP). Por fim, importa frisar que, para o rito sumário e sumaríssimo, não há previsão legal de apresentação de memoriais escritos, mas poderá ocorrer excepcionalmente em analogia ao art. 403, § 3º, do CPP. Dos fatos Neste tópico o advogado deve fazer um breve resumo dos principais fatos ocorridos no processo, inclusive com a menção aos fatos imputados ao acusado. Do direito A divisão no tópico pode ser feita em preliminares e mérito. Apenas para ilustrar, aqui vão algumas teses: o Desclassificação; o Afastamento de qualificadoras; o Circunstâncias judiciais favoráveis; o Reconhecimento de atenuantes; o Afastamento de agravantes e causas de aumento; o Reconhecimento de causas de diminuição; o Concurso de crimes mais favorável ao agente; o Regime inicial de cumprimento de pena menos gravoso; o Substituição da pena por restritiva de direitos, ou pena de multa; o Sursis; o Recurso em liberdade; o Negativa de indenização; o Negativa aos efeitos do art. 91 do Código Penal. Tratando-se do rito especial da primeira fase do Júri, após a apresentação dos memoriais, poderá haver decisão de pronúncia (art. 413 do CPP) impronúncia (art. 414 do CPP), absolvição sumária (art. 415 do CPP) ou desclassificação (art. 419 do CPP). Do pedido O pedido sempre dependerá da tese desenvolvida no tópico “Do direito”. Assim, se a tese é de absolvição, deve ser feito o pedido de absolvição. Havendo preliminares, o pedido para que sejam reconhecidas deve ser feito antes dos pedidos relativos ao mérito. Cabe lembrar que o pedido deve estar sempre embasado em um dispositivo legal, sendo necessária a referência a tal dispositivo. Não é necessário, contudo, que seja feita a transcrição do artigo. Dessa forma, como exemplo, temos: “Ante o exposto requer seja decretada a absolvição de ‘B’ com fundamento no artigo 386, inc. I, do Código de Processo Penal”. Denominação do postulante Acusado, imputado ou réu. Prazo Quando há conversão de memoriais orais em escritos, são cinco dias sucessivos para cada parte. Primeiro manifesta- se a acusação, depois a defesa. Modelo: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _____, ESTADO DE _____, OU EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA CRIMINAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE _____, OU EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JÚRI DA COMARCA DE _____, ESTADO DE _____, OU EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA DE _____, ESTADO DE _____, Processo nº __/__ (pular 8 linhas) _____, qualificado nos autos da Ação Penal que lhe move a Justiça Pública, por infração ao artigo ___ do ou da _____, via de seu advogado e procurador que esta subscreve, vem, mui respeitosamente à douta presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, apresentar MEMORIAIS ESCRITOS, expondo e requerendo o quanto segue: (pular 1 linha) DOS FATOS (pular 1 linha) – narrar em parágrafos de até 5 ou 6 linhas; – não repetir a mesma palavra, muitas vezes, dentro do mesmo parágrafo; – não discutir tese(s); – narrar de maneira organizada – início/meio/fim. (pular 1 linha) DA PRELIMINAR (pular 1 linha) DICA! Sempre citar, quando cabível, para construir e fundamentar a tese: artigo da Constituição Federal, artigo do Código Penal, artigo do Código de Processo Penal, Legislação Penal Especial e Súmulas. (pular 1 linha) DO MÉRITO (pular 1 linha) Por via de regra, este é o momento de articular tese que redunde na absolvição do cliente, nos termos do art. 386, em caso de rito comum ou absolvição sumária, sendo rito do júri. DICA! Sempre citar, quando cabível, para construir e fundamentar a tese: artigo da Constituição Federal, artigo do Código Penal, artigo do Código de Processo Penal, Legislação Penal Especial e Súmulas. (pular 1 linha) SUBSIDIARIAMENTE (pular 1 linha) Aqui o candidato deve mencionar todas as teses alternativas à anulação do processo e à absolvição pura e simples. A pertinência da tese dependerá do caso concreto, como, por exemplo, desclassificação do crime mais grave para menos grave, diminuição da pena, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, regime prisional mais brando, para início de cumprimento de pena etc. (pular 1 linha) DOS PEDIDOS (pular 1 linha) Por tudo o quanto foi exposto e inequivocamente provado, requer: preliminarmente a ... nulidade absoluta .......... Caso Vossa Excelência entenda de forma diversa, afastando a nulidade apontada, quanto ao mérito, postula-se a absolvição do acusado, com fulcro no inciso ___ do art. 386 do Código de Processo Penal. Apenas pela eventualidade, em caso do não acatamento da tese meritória, subsidiariamente requer a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, nos termos do art. 44 do CP (ou suspensão condicional da pena – art. 77 do CP; ou causa de diminuição de pena etc.). DICA! Sendo caso de rito especial do Júri, além de preliminares, a defesa poderá requerer a impronúncia (art. 414 do CPP); absolvição sumária (art. 415 do CPP) ou desclassificação (art. 419 do CPP). Em verdade, é plenamente possível requerer comotese principal a absolvição sumária (art. 415 do CPP) e, subsidiariamente, a desclassificação (art. 419 do CPP) ou impronúncia (art. 414 do CPP). (pular 1 linha) Pede deferimento. (pular 1 linha) Local e data (pular 1 linha) Advogado _________________ OAB / _____ nº _____ ou “Assinatura” OAB / _____ nº _____ Bibliografia complementar GONÇALVES, Victor Eduardo R.; REIS, Alexandre Cebrian A. Esquematizado - Direito Processual Penal. Editora Saraiva, 2022. E-book. ISBN 9786553623101. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553623101/ NUCCI, Guilherme de S. Curso de Direito Processual Penal. Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN 9786559646838. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559646838/ RODRIGUES, Cristiano; CURY, Rogério. Série Método de Estudo OAB - Prática Penal, 2ª edição. Grupo GEN, 2018. E- book. ISBN 9788530978617. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530978617/ AVENA, Norberto. Processo Penal. Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9786559645084. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645084/ NUCCI, Guilherme de S. Processo Penal e Execução Penal. (Esquemas & Sistemas). Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9786559645053. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645053/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553623101/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559646838/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530978617/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645084/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645053/ CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. Editora Saraiva, 2022. E-book. ISBN 9786553620704. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553620704/ NUCCI, Guilherme de S. Prática Forense Penal. Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9786559645220. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645220/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786553620704/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786559645220/
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